JORNAL PENA LIVRE

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

VOLTO JA

Meus queridos leitores,

Dizem que ninguém é de ferro. Embora alguns nos tratem como peças de aço inox somos, na verdade, frágeis e necessitando sempre cuidados que, às vezes, são negligenciados por nós mesmos. Abusos de horário, de alimentação, de bebidas de qualquer natureza, esforços, stress e fumo muitas vezes, falta de exercícios físicos e uma longa lista adiante.

Essa mistura fina não pode dar em nada, exceto em problemas de saúde como os que tive neste ano.

Foram momentos de agonia e apreensão que graças a Deus foram superados.

A máquina agora vai apertar os parafusos, trocar os filtros, a fiação danificada e dar uma pintura geral.

Amigos e amigas, vou deixá-los momentaneamente para pequena interrupção em meus trabalhos dando-me direito a um pouco de sol, paz e a companhia da brisa marítima que tanto me faz falta.

Voltarei em dezembro, na certeza de aproveitar esse interregno para afiar os assuntos de nossos interesses sempre patrocinando a voces a oportunidade de enxergar a coisa toda de um outro ângulo.

Vou jogar com força hercúlea meus celulares para bem longe, puxar o fio do computador para não ligá-lo de forma nenhuma, não quero ler jornal, revista, somente o bom e velho gibi do Tio Patinhas. O maior stress que quero passar será descobrir que horário o almoço será servido.

Desligarei o tico e o teco e os mandarei para a praia.

Assim será.

Abraços a todos e até a volta que será em meados de dezembro.

terça-feira, 10 de novembro de 2009













QUEDA DO MURO DA VERGONHA

Cresci ouvindo o som do império klingon atacando o lado da federação dos planetas unidos, ou seja, o rugir das bombas, guerras, propaganda dos EUA e a antiga URSS.

Brigaram por tudo desde quando terminou a segunda grande guerra. Não vamos esquecer que os dois lados foram aliados um dia.

Lutaram para ver quem fabricava mais bombas, capazes de nos destruir centenas de vezes como se nos advertissem que para morrer precisaria matar cinco ou seis vezes o mesmo cadáver. Os dois personagens digladiaram-se ferozmente para ver quem seria o primeiro a pisar na lua, quem tinha maior poder de fabricar aviões espiões, tanques, armamentos, navios de guerra e outras tantas parafernálias belicistas.

Não contentes em colocar o nazismo de joelhos os dois artistas quiseram dividir o palco como se fosse um bolo de festa. E assim foi.

Dividiram a boiada em dois: do lado de cá os bois bons e do outro lado os bois malvados. Colocaram muro. Depois colocaram mais um. Depois arames, cães, holofotes, minas terrestres, cercas elétricas.

As famílias foram divididas: metade boa a outra parte na cadeia.

Quem ficou do lado errado dos arames farpados não podia externar nada, não podia falar nem reclamar que no supermercado da esquina estava faltando pão.

Congelou-se o lado oriental da Alemanha e durante muito tempo o povo sobreviveu à luz da mais completa escuridão de idéias, do desconforto rude, da propaganda interminável dizendo que este, sim, seria o mundo perfeito.

Os dois lados podiam se entreolhar através das frestas dos muros imponentes. Era crime imaginar-se num shopping comprando um presente de aniversário para o filho, ou um carro novo decente para passear. A URSS construiu, ao longo de quase trinta anos, um muro que deixava a humanidade de novo assistir povos iguais sendo separados por ideologias que lhes eram alheias ou que no dia a dia pouco importavam.

Quantos foram mortos, trucidados, interrogados somente porque queriam saborear o gosto delicioso da liberdade da mais simples forma à mais complexa, desde caminhar na rua a qualquer hora como seguir para qualquer direção que desse na telha. Ou imaginar dias melhores ou um cenário mais democrático, talvez.

Pensar assim era a punição certa. O calabouço guardou na barriga boa parte do povo que cometeu o crime de sonhar.

Na luta mais sangrenta que o ser humano pode imaginar, ou seja, conseguir a qualquer custo a liberdade, muitas fugas cinematográficas foram anotadas: gente cavando buraco feito tatu, nadando no rio cercado de fios e bombas terrestres nas margens, gente que saiu voando em um ultraleve e utilizando balões de ar quente (casos de duas famílias que construíram balões e se lançaram do outro lado com sucesso).

A cada investida o lado negro da força fazia mais e mais obras para conter o povo. Torres foram erguidas para controlar tudo do alto.

Como sempre, um dia depois do outro acaba sendo o remédio mais eficaz contra dores de cabeça.

Eis que senão quando surge no horizonte um certo senhor comunista com sua careca ornamentada com um sinal divino na cor vermelha que atendia pelo nome de Mikhail Gorbachev. Sabendo que a pirâmide de seu império fatalmente estava fazendo água nas bases, Gorbachev iniciou um processo de distensão juntamente com o astro de cinema classe B, o presidente norte-americano Ronald Reagan.

Juntos assinaram termos que colocava no armário um belo arsenal destrutivo de toda sorte de aparatos bélicos atômicos.

Havia uma brisa no ar. Diferente. Mais fresca e mais cheirosa.

Em 1985, viaja até ao Reino Unido, onde se encontraria com a dama de ferro Margareth Thatcher. A partir deste momento, Gorbatchev tenta reformar o partido, que dava então mostras de decadência, ao apresentar o seu projeto que se resumia nas expressões Glasnost ("transparência") e Perestroika ("reestruturação") e que é apresentado no 27.º Congresso do Partido Comunista Soviético em 1986.

Em 1986, Gorbachev também teve de lidar com a explosão do reator da Usina Nuclear de Chernobyl, localizada na Ucrânia, o que acabou provocando uma onda de radiação por toda a Europa. A desorganização e as informações escassas na época contribuíram para que o barco do regime comunista começasse a afundar titanicamente. Em 1989 foi a pique chegando no fundo do oceano.

Não restava mais nada a fazer a não ser abrir as fronteiras para que as duas Alemanhas pudessem, finalmente, se abraçarem como naquele sonho contido durante mais de vinte anos.

A noite foi gloriosa. Euforia total, reencontros de famílias partidas ao meio, choro, histeria do mais apaixonado grito de liberdade que havia muito sido guardado, o martelar de anônimos levando lascas do muro, destruição das barreiras e a difícil reconstrução do País da parte do muro que ficou do lado de lá como que congelada no tempo.

Os velhos Trabant dariam lugar aos formosos carros alemães do ocidente.

A festa acabou quando ruiu a ultima pedra do muro. Alguns países europeus não estavam querendo essa unificação entre eles França e a Inglaterra que temiam que a força resultante das duas Alemanhas unidas pudesse colocar de novo o país no primeiro lugar da nação européia mais poderosa. Bobagem. São outros tempos e outras pessoas.

De fato, a nova Alemanha surgiu como a nação mais rica do velho continente, mas o caminho para a equalização da parte oriental com a ocidental ainda vai consumir centenas de milhares de euros. Mas, e daí afinal de contas?

Parabéns à Alemanha unida pelo aniversário da queda do muro que era de vergonha, do medo, da covardia, da insensatez, da frieza, do desdém para com povos iguais separados por uma tolice fria que diziam ser uma guerra.

A antiga URSS percebeu que o seu sistema não se sustentaria e que no fritar dos ovos foi, de fato, um imenso desperdício de vidas e dinheiro.

Viva.


Certas moralidades no Brasil me assustam e me dá muito nojo, ta

UNIBAN DE SAIAS CURTAS


Certas moralidades no Brasil me assustam e me dá muito nojo, tal como se estivesse vendo uma barata doméstica circulando na cozinha perto da minha comida. São cenas do cotidiano que refletem bem a como anda nossa sociedade no quesito comportamental.

Moralidades tiradas na última hora do meio da cartola são nocivas, perigosas e abrem precedentes para a maldade coletiva pura.

De certo, há de se considerar que somos provocados à uma reação individual que nos remete ao somatório público quase que invariavelmente tomando o rumo do insano e da histeria de um grupo.

Basta alguém surrar o vizinho da mesa no bar da esquina que o quebra pau irradia-se quase instantaneamente no recinto. Existe, sim, uma quota de insanidade coletiva pronta para entrar em ação.

Todo mundo acompanhou a história de uma estudante paulistana que se envolveu num desses dramas de reação em cadeia. Uma jovem de vinte e poucos anos foi expulsa a socos e pontapés da universidade que estudava por usar uma saia curta e, dizem, provocante.

A reação furiosa dos colegas de estudo beiraram a loucura demente cooptando à violência gratuita e aflorando uma moralidade altamente discutível, com cenas somente ilustradas em filmes de caça às bruxas da inquisição.

Não cabe aqui discutir padrões toscos de vestimenta adequada a uma determinada situação.

A observação mais atenta não se passa desapercebida. Conclui-se rapidamente que algo vai de muito errado na sempre emergente sexualidade brasileira e seu famoso jeitinho de lembrar sempre que estamos dispostos a contemplar ações voyeristas quaisquer que sejam.

A nobre estudante entre em ação com seu vestidinho curto mostrando seus atributos de menina bonita e que acabou causando uma histeria incontida da galera. Notável moralidade mentirosa e fora de ordem, hipócrita até o osso.

Foram pedradas e ataques deliberados à jovem. Manifestações falsas de usos e costumes há muito abandonados no âmbito das universidades. Só conseguiu sair resgatada por policiais que a protegeram dos ferozes baderneiros.

Como conseqüência boa parte do campus daquela universidade foi depredada por vândalos quebrando tudo o que encontraram pelo caminho e tendo como mote a saia da menina que era ou não muito curta. Uma questão paralela.

Tenho convivido muito tempo com o ambiente universitário e observado o comportamento dos meninos e meninas saídos há muito pouco tempo da puberdade. É espantoso como a coisa evoluiu para a liberdade quase total com cheiro de libertinagem.

A saia de Geise, a estudante envolvida neste caso, estava de fato curta, mas não havia nada de mais nisso. Muito pelo contrário. Observa-se atualmente que o espaço universitário, em muitos casos, virou mesmo palco de desfiles de modas masculina e feminina com tendências usadas depois no lugar comum. Nenhum óbice.

O problema começa quando o desfile é mais adequado a um cabaré.

Minha última incursão nesse ambiente foi recente no meu curso de pós-graduação numa universidade particular.

Quantas não foram as vezes em que circulavam pelos corredores meninas praticamente nuas exibindo vestidos curtíssimos, seios quase de fora, mini blusas que mal cobriam alguma coisa, calças com cós baixo demais revelando muito mais que uma micro saia.

Os garotos de cabelos espetados, calças mostrando surradas cuecas, roupas cheias de metal pesado, calcados furados e rasgados, uma moda trapo eu diria.

Por fora corriam as bebidas de uso geral e de forma exagerada, drogas, festinhas de arromba, fugas da sala de aula para aquele amasso rapidinho com quem ele ou ela “ficou”.

Nem com toda a exibição de carnes fartas em quantidade de se empanturrar, nada justifica, em sã consciência, a fuga da realidade dos demais alunos caçando com a bandeira da moralidade meninas que ousaram demais.

O desfecho não poderia ser, dentro deste contexto, uma atitude normal tomada pela Universidade Uniban que resolver expulsar a menina que se transformou rapidamente num godzila furando a moralidade secular e usual dos demais estudantes.

Piada de humor negro.

A Uniban olhou a coisa toda através da lente de aumento tosca e mal focada da forma jurídica e tão somente. O advogado da instituição é no mínimo burro instando uma resolução com essa aumentando, e muito, o preço de uma provável reparação à jovem e sua família.

E a Uniban inadvertidamente incentivou bandalheiras futuras e escondeu sob suas saias os arruaceiros que quase destruíram o campus colocando a culpa na parte mais frágil da história.

Como sempre. Culpa-se quem tem menos poder para se defender facilitando a vida de todos os que deveriam ser fichados na polícia.

Que família irá colocar seus filhos numa entidade universitária cuja direção é formada por fundamentalistas talibãs?

Pior que a saia curta, os arruaceiros que, no mínimo, devem ser os queridinhos da direção da Uniban, senão qual seria a melhor explicação para isso tudo? Surto de moralidade num país da apologia constante a nudez?

Tanto é verdade isso que certamente a aluna será uma das próximas capas de revistas de nu feminino e numa entrevista recente afirmou estar interessada numa carreira de atriz de televisão. Na minha opinião está contratada.

Para a psicóloga Rachel Moreno, do Observatório da Mulher, por exemplo, a reação dos estudantes e da universidade refletem posições contraditórias e "hipócritas" da sociedade em relação à mulher. "Por um lado, a nossa cultura diz que a mulher tem que valorizar o corpo, afinal de contas, tem que ser bonita, gostosa, e tem que se mostrar. Por outro lado, a mulher é punida quando assume tudo isso com tranqüilidade."

Sorte de Geise. Já está acumulando caches de valores interessantes coisa que a sua futura carreira provavelmente não lhe proporcionaria em dez anos de luta e ganhando salário.

Nossa sociedade é por demais hipócrita. Joga sujeira na Geni e depois adquire produtos de sua nudez consumindo sua porção voyerista de forma incontestável.

A Uniban está de parabéns pela sua infantil decisão prejudicando o efeito marketing de sua própria instituição. Suicídio.

A tempo...hoje saiu a noticia que a Uniban resolveu voltar atrás. Entretanto, o dano está feito. Não há mais como dissociar a posição reacionária e monarquista cheirando a um grupo talibã da tal Universidade.





Certas moralidades no Brasil me assustam e me dá muito nojo, ta

UNIBAN DE SAIAS CURTAS


Certas moralidades no Brasil me assustam e me dá muito nojo, tal como se estivesse vendo uma barata doméstica circulando na cozinha perto da minha comida. São cenas do cotidiano que refletem bem a como anda nossa sociedade no quesito comportamental.

Moralidades tiradas na última hora do meio da cartola são nocivas, perigosas e abrem precedentes para a maldade coletiva pura.

De certo, há de se considerar que somos provocados à uma reação individual que nos remete ao somatório público quase que invariavelmente tomando o rumo do insano e da histeria de um grupo.

Basta alguém surrar o vizinho da mesa no bar da esquina que o quebra pau irradia-se quase instantaneamente no recinto. Existe, sim, uma quota de insanidade coletiva pronta para entrar em ação.

Todo mundo acompanhou a história de uma estudante paulistana que se envolveu num desses dramas de reação em cadeia. Uma jovem de vinte e poucos anos foi expulsa a socos e pontapés da universidade que estudava por usar uma saia curta e, dizem, provocante.

A reação furiosa dos colegas de estudo beiraram a loucura demente cooptando à violência gratuita e aflorando uma moralidade altamente discutível, com cenas somente ilustradas em filmes de caça às bruxas da inquisição.

Não cabe aqui discutir padrões toscos de vestimenta adequada a uma determinada situação.

A observação mais atenta não se passa desapercebida. Conclui-se rapidamente que algo vai de muito errado na sempre emergente sexualidade brasileira e seu famoso jeitinho de lembrar sempre que estamos dispostos a contemplar ações voyeristas quaisquer que sejam.

A nobre estudante entre em ação com seu vestidinho curto mostrando seus atributos de menina bonita e que acabou causando uma histeria incontida da galera. Notável moralidade mentirosa e fora de ordem, hipócrita até o osso.

Foram pedradas e ataques deliberados à jovem. Manifestações falsas de usos e costumes há muito abandonados no âmbito das universidades. Só conseguiu sair resgatada por policiais que a protegeram dos ferozes baderneiros.

Como conseqüência boa parte do campus daquela universidade foi depredada por vândalos quebrando tudo o que encontraram pelo caminho e tendo como mote a saia da menina que era ou não muito curta. Uma questão paralela.

Tenho convivido muito tempo com o ambiente universitário e observado o comportamento dos meninos e meninas saídos há muito pouco tempo da puberdade. É espantoso como a coisa evoluiu para a liberdade quase total com cheiro de libertinagem.

A saia de Geise, a estudante envolvida neste caso, estava de fato curta, mas não havia nada de mais nisso. Muito pelo contrário. Observa-se atualmente que o espaço universitário, em muitos casos, virou mesmo palco de desfiles de modas masculina e feminina com tendências usadas depois no lugar comum. Nenhum óbice.

O problema começa quando o desfile é mais adequado a um cabaré.

Minha última incursão nesse ambiente foi recente no meu curso de pós-graduação numa universidade particular.

Quantas não foram as vezes em que circulavam pelos corredores meninas praticamente nuas exibindo vestidos curtíssimos, seios quase de fora, mini blusas que mal cobriam alguma coisa, calças com cós baixo demais revelando muito mais que uma micro saia.

Os garotos de cabelos espetados, calças mostrando surradas cuecas, roupas cheias de metal pesado, calcados furados e rasgados, uma moda trapo eu diria.

Por fora corriam as bebidas de uso geral e de forma exagerada, drogas, festinhas de arromba, fugas da sala de aula para aquele amasso rapidinho com quem ele ou ela “ficou”.

Nem com toda a exibição de carnes fartas em quantidade de se empanturrar, nada justifica, em sã consciência, a fuga da realidade dos demais alunos caçando com a bandeira da moralidade meninas que ousaram demais.

O desfecho não poderia ser, dentro deste contexto, uma atitude normal tomada pela Universidade Uniban que resolver expulsar a menina que se transformou rapidamente num godzila furando a moralidade secular e usual dos demais estudantes.

Piada de humor negro.

A Uniban olhou a coisa toda através da lente de aumento tosca e mal focada da forma jurídica e tão somente. O advogado da instituição é no mínimo burro instando uma resolução com essa aumentando, e muito, o preço de uma provável reparação à jovem e sua família.

E a Uniban inadvertidamente incentivou bandalheiras futuras e escondeu sob suas saias os arruaceiros que quase destruíram o campus colocando a culpa na parte mais frágil da história.

Como sempre. Culpa-se quem tem menos poder para se defender facilitando a vida de todos os que deveriam ser fichados na polícia.

Que família irá colocar seus filhos numa entidade universitária cuja direção é formada por fundamentalistas talibãs?

Pior que a saia curta, os arruaceiros que, no mínimo, devem ser os queridinhos da direção da Uniban, senão qual seria a melhor explicação para isso tudo? Surto de moralidade num país da apologia constante a nudez?

Tanto é verdade isso que certamente a aluna será uma das próximas capas de revistas de nu feminino e numa entrevista recente afirmou estar interessada numa carreira de atriz de televisão. Na minha opinião está contratada.

Para a psicóloga Rachel Moreno, do Observatório da Mulher, por exemplo, a reação dos estudantes e da universidade refletem posições contraditórias e "hipócritas" da sociedade em relação à mulher. "Por um lado, a nossa cultura diz que a mulher tem que valorizar o corpo, afinal de contas, tem que ser bonita, gostosa, e tem que se mostrar. Por outro lado, a mulher é punida quando assume tudo isso com tranqüilidade."

Sorte de Geise. Já está acumulando caches de valores interessantes coisa que a sua futura carreira provavelmente não lhe proporcionaria em dez anos de luta e ganhando salário.

Nossa sociedade é por demais hipócrita. Joga sujeira na Geni e depois adquire produtos de sua nudez consumindo sua porção voyerista de forma incontestável.

A Uniban está de parabéns pela sua infantil decisão prejudicando o efeito marketing de sua própria instituição. Suicídio.

A tempo...hoje saiu a noticia que a Uniban resolveu voltar atrás. Entretanto, o dano está feito. Não há mais como dissociar a posição reacionária e monarquista cheirando a um grupo talibã da tal Universidade.





quinta-feira, 5 de novembro de 2009













ASSALTÓRIOS, ROUBATÓRIOS E CALOTÓRIOS

O desfecho de uma luta com vencedor de cartas marcadas. Ilusão de um dia resolver as pendências das pessoas físicas e ou jurídicas na base da negociação e garantir o pagamento de valores em questionamento.

Governos municipais, estaduais e o federal na orquestra de um calote sideral colocando as máscaras dos assaltantes mais vis e que usam sempre as armas da perversidade.

Não é de admirar a extrema competência do congresso em legislar olhando somente o lado do mais forte e do exímio devedor, vendendo seus votos em troca de migalhas eleiçoeiras ou a liberação de alguma verba perdida nas emendas parlamentares.

O total é uma cifra mastodôntica. São meros cento e vinte bilhões de verdinhas brasileiras que serão surrupiadas dos bolsos de quem estava negociando seus precatórios, que é uma espécie de papagaio jurídico onde existe uma promessa de pagar “X” numa linha qualquer do tempo.

O tempo agora será infinito enquanto durar o sol e as estrelas. Ponto final.

O congresso jogou com a covardia governamental que insiste em tomar antecipadamente valores que são indevidos e na hora do acerto empurra tudo para debaixo do tapete da vergonha.

Qual a diferença, afinal de contas, entre encarcerados por latrocínio, roubos, furtos e estelionato e essa jogada do Estado? Para mim nenhuma. Deveriam todos estar tomando banho de sol na cadeia e condenado a dormir um em cima do outro.

Negociantes de boa fé, comerciantes, atacadistas, lojistas e toda sorte de setores da economia que um dia foram ou são fornecedores do governo tem que rezar para a dose diária de sorte não os abandonar.

Vender para o governo é uma atitude de risco tão grande quanto pilotar um avião wide body (com mais de seis metros de largura) cheios de passageiros com o piloto mamado com dez litros de pinga na cabeça ou participar de um bacanal sem uso de preservativos de couro.

Se um dia houver o questionamento de um centavo que seja pode chamar o contador e contabilizar a grana no prejuízo mesmo que a tal linha do tempo mencionada acima não será longa o suficiente para a espera do desfecho e o pagamento do precatório.

Felizes os que participam dessa ceia e legalmente institucionalizam o calote oficial dando em troca para a sociedade um sorriso de deboche e um kit com nariz de borracha vermelho para usarmos de forma perene.

Cada dia que passa necessito de buracos mais profundos para me esconder de tanta vergonha de ser brasileiro e assistir o Estado patrocinar arrastões morais e penais jogando a sociedade para o limbo do esquecimento.

A perspectiva foi perdida e inicia a uma nova era da irresponsabilidade estatal num cenário de responsabilidade fiscal.

Mantida a redação do Senado, o pagamento dos precatórios, que já não são quitados em prazo razoável, suscitará a criação de filas que vão inviabilizar o recebimento dos recursos pelos cidadãos que têm o direito já devidamente reconhecido pelo Poder Judiciário, mas que são insistentemente negligenciados por estados e municípios, principais defensores da aprovação da nova redação para o texto constitucional.

Se a PEC for aprovada, quem vai investir em um País em que o Estado desrespeita direitos já garantidos na Justiça para o credor? Qual investidor estrangeiro acreditaria em um país Brasil em que o calote é oficializado e previsto na Constituição?

Pior que isso. Segrega o País inteiro e seus infelizes habitantes num patamar pré-cambriano de relacionamento Cidadão-Estado.

A coisa já começou a descarrilar. A Austin Rating, empresa classificadora que estabelece risco de crédito, recolocou num patamar de negatividade forte o governo de SP e o município de São Paulo por adotar o calote oficial.

Isto reduz melancolicamente o fluxo de investimentos justo numa época que precisamos gerar emprego e renda.

Uma das razões apontadas pela agência para o rebaixamento tanto da capital quanto do estado foi o ambiente jurídico frágil, com destaque para a aprovação da PEC 12 pelo Senado.

Irresponsabilidade pura.

O verdadeiro atentado violento ao pudor neste caso é uma forma de leilão estipulado para que as partes negociem uma depreciação dos valores em discussão.

Os valores que sobram dessa sem vergonhice não pagam nem os juros da dívida, que também estão sendo mudados para TR mais poupança. Isto significa que todos os precatórios perdem parte do seu valor atual, tanto aqueles vencidos como o que estão para vencer. Não se pode negar. É a legalização do calote oficial com a graça e bênção dos nobres salafrários deputados e senadores da republiqueta das bananas! É o fim do Estado de direito e a desqualificação do poder Judiciário em sua soberania e independência, ao passo em que se pretende destruir totalmente as suas sentenças.

Nada mais a declarar ou fazer, exceto escolher uma sarjeta para chorar até entupir os bueiros.

Parabéns, um país se faz assim mesmo com calotes e corrupção.




terça-feira, 3 de novembro de 2009

A FILA DA MORTE - OBESIDADE









A FILA DA MORTE - OBESIDADE




Milhares são os obesos no Brasil que esperam atendimento pelo sistema único de saúde para conseguir fazer a cirurgia de redução de peso.

A sociedade trata o assunto como estético, mas os especialistas consideram a obesidade mórbida uma questão de pandemia mundial, um mal moderno.

O repórter da Record News nesta noite de domingo, dia 01/11/2009, exibiu reportagem longa e abrangente sobre o tema mostrando, inclusive, esquemas sórdidos e inacreditavelmente comuns para furar a fila dos obesos que necessitam cirurgias para redução do estomago.

O governo federal ainda não acordou para o fato de que a obesidade hoje é um mal muito mais sério do que doenças que estão conosco há milhares de anos matando como câncer, doenças do coração e etc.

Os hospitais públicos que são credenciados para a cirurgia são poucos. Por si só essa matemática cria a perspectiva de formação de esquemas alternativos para empurrar a fila para frente. Quem paga tem uma chance. Quem não tem dinheiro morre.

Nu e cru assim mesmo.

O esquema montado no ABC paulista é simples.

A Fundação ABC ligada a Universidade ABC tem um hospital credenciado. O médico chefe da equipe desvia o interessado em furar a fila para uma consulta particular no seu próprio consultório. Lá o cliente recebe a lista de exames para serem realizados antes do procedimento cirúrgico.

Adicionalmente é encaminhado para nutricionistas e psicólogos igualmente inseridos no esquema.

O pagamento de 50% do valor estipulado é então realizado neste momento, ficando o restante para depois da cirurgia em cheques pré-datados. No hospital o fura fila recebe indicação do dia e horário para a operação.

A equipe médica opera o paciente, cujos custos são cobertos pelo Estado fechando o circulo da canalhada médica.

Quem não tem para pagar morre pelo caminho num sofrimento atroz.

O Brasil do esqueminha mais uma vez em ação como em tantos outros casos onde o interesse particular vale mais que o público.

Depois nada adianta reclamar da política suja e criminosa. Tudo no Brasil tem o maldito fura fila, o espertalhão com dinheiro, o pilantra que arma o esquema e o pobre coitado que toma fumo sempre.

Tudo feito a céu aberto sem pudor. A pilha de dinheiro cresce, como no caso deste médico cafajeste, e do outro lado a de cadáveres das vítimas que não podem pagar que morrem pelo caminho da indiferença.

A reportagem denunciou outra barbaridade inacreditável para um país cristão como o nosso.

Pacientes gordas grávidas que são encaminhadas para hospitais públicos são deixadas de lado à sua própria sorte. Os médicos consideram esse tipo de tratamento complicado, caro e de risco alto. As grávidas não recebem cuidados e são deixadas de lado. Fica sendo assistida somente pela sorte e pela providência divina.

Em São Leopoldo (RS) um médico acusado de matar cinco pessoas é o atual vice-prefeito e ficou tudo por isso mesmo. Ninguém punido.

A repórter, que fez a matéria ao vivo, recebeu ameaças na tv enquanto fazia uma entrevista com um dos pilantras da secretaria de saúde municipal. Audácia completa.

Na cidade ninguém quer falar sobre o caso como se o médico assassino fosse uma espécie da capo da máfia siciliana. Se falar morre. Menos aqui neste espaço livre para elogiar e também meter o pau se necessário o for.

Deitado eternamente em seu berço de ouro o Estado vira as costas para tudo isso.

Sindicâncias são abertas para encher de fumaça os casos mais gritantes. Tudo acaba mesmo na pizzaria da esquina com direito a um pedaço extra da iguaria.

O médico, digo gangster, de São Leopoldo não foi encontrado. Estava “viajando” como sempre. Na volta da viagem retomará seu esquema de morte e ponto final. Ninguém dá a mínima porque as vítimas pertencem à classe dos quatro “P”, pobre, preto, pardo, prostituta.

A reportagem mostrou a família das cinco vítimas. Nunca vi tamanho sofrimento, penúria e descaso.

Como pode um médico ser tão temido numa cidade com pouco mais de 200 mil habitantes onde impera a lei do silêncio?

Brasileiro leva porrada e se cala, é roubado e ainda faz piadinha, morre nas filas deste cancro malcheiroso que é nosso sistema único de saúde, capaz apenas de incentivar armação de esquemas onde médicos ganham com a desgraça dos outros.

Cadê a polícia e a justiça para fritar esses assassinos e deixa-los apodrecer na cadeia?

A polícia não prende e a justiça não faz nada porque recebe também seu quinhão para deixar rolar. Qual outra explicação seria admissível?

O pagador de impostos subsidia a falcatrua toda e morre esperando ser operado.

Esse médico do ABC, em seu pomposo uniforme branco reluzente, e tantos outros canalhas deveriam ser colocados em aviões de carga e jogados em alto mar com pedras amarradas no pescoço, como fazia o General Galtieri na Argentina quando queria se livrar de personas non gratas e desafetos políticos.

Para casos desta natureza pena de morte seria pouco. Até quando vamos tolerar esse tipo de coisa? Até quando o brasileiro vai ser manso, corno, traído, surrupiado e ainda inventar piadinhas de salão?

São Paulo e outros estados brasileiros devem vir a público, desnudados de suas habituais caras de pau e fazer alguma coisa, nem que seja cavar mais buracos para enterrar as vítimas desse tipo de esquema monstruoso feito nas barbas de todos nós trouxas e coniventes.