JORNAL PENA LIVRE

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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011












QUANTO RISO Ó QUANTA ALEGRIA


Mais de mil palhaços no salão, Arlequim está chorando pelo amor da Colombina, no meio da multidão é pedaço da letra Máscara Negra que muitas pessoas confundem sua autoria como sendo de Mário Lago, um erro comum.
Na verdade está composição tem autoria de José Flores de Jesus, carioca e mais conhecido como Zé Keti, falecido em 1999.
A letra revela um carnaval que não existe mais. Quase ninguém reconhece as figuras típicas de carnavais antigos: Colombina, Pierrô, Arlequim, as famosas máscaras negras, uso do inesquecível lança perfume proibido pelo ex fanfarrão presidente do Brasil Jânio Quadros. Também aqui outra polêmica. Muita gente pensa que a proibição saiu de uma canetada de Getúlio Vargas.
Havia um glamour nos desfiles de carnaval e nos salões da cidade do Rio de Janeiro. Tudo mudou Até o ritmo do samba enredo alterou-se profundamente e hoje não passa de uma britadeira enfurecida tamanha a rapidez das batidas dos atabaques e tamborins mais parecendo aqueles discos 33 rpm que eram tocados em 78 rpm.
A concorrência para o baile da cidade do Rio de Janeiro celebrado no Morro da Urca era intensa. Os jet sets, vips, artistas de cinema internacional, ricos e milionários digladiavam-se para conseguir um ingresso que prometia ser a festa dos sonhos e era certamente.
De outro lado, em outros salões os desfiles de fantasia de gala faziam delirar a platéia principalmente quando entrava desfilando Clovis Bornay, friburguense de carteirinha filho de pais espanhóis e suíços. Bornay dedicou-se a vida inteira a trazer o luxo e a originalidade para as passarelas do samba.
Por último e também grandioso o baile do Municipal. Retrato de uma Hollywood tupiniquim carioca onde os flashes e repórteres disputavam as celebridades para estampá-los nos jornais e revistas de fofocas do dia seguinte.
Panteras e panterinhas do meu Brasil, ademã que eu sigo em frente, sorry periferia e cavalo não desce escadas, atributos a Ibrahim Sued que carimbou sua simpatia e bom humor nas tiradas sarcásticas elogiando e por vezes espinafrando as beldades que desfilavam ou que davam vexame.
As colunas de Ibrahim eram o momento prazeroso do dia especialmente na época do carnaval. Os jornais que as publicavam causavam algazarra nas bancas de jornal. Todo mundo queria ver e saborear as picantes histórias de Sued.
Saiu a Av. Getúlio Vargas e entrou a Marques de Sapucaí, terminou o desfile das beldades lindas e famosas, bem como as músicas que tanto embalaram sonhos de Pierrô.
O carnaval contemporâneo é um desfile de horrores, um filme de sexta-feira 13 com direito a uma série interminável de versões.
A mais abominável figura dos carnavais atuais é sem dúvida o trio elétrico.
Misto de caminhão e palco com seu som bestialmente alto, disputa a atenção de turba de foliões que torturam seus corpos espremidos com sol a pino e se desmanchando de sudorese.
Fico imaginando Olinda em Pernambuco. Conheci Olinda algum tempo atrás e pude caminhar pelas ladeiras e ruas estreitas onde o famoso carnaval olindense acontece.
Com o medo de invasões e depredações quase todas as residências estão extremamente fortificadas com grades grossas, toda parafernália de alarmes, câmeras (para quem pode pagar claro), cães bravos fazendo parecer cenário de filme. Também pudera.
Tento imaginar a tortura chinesa que se submete os moradores da Olinda. São 5 dias onde dormir é apenas um sonho e os trios elétricos rachando as paredes com decibéis fora da escala.
Igualmente Farol da Barra em Salvador e imediações, Recife na Praça do Povo.
O desfile da Sapucaí deixou de ser popular há muito.
Hoje é apenas um grande negócio para encher o Rio de Janeiro de turistas que pagam fortunas para ver o grande desfile.
O nu enobrece a pista onde deveria existir o talento do sambista, as celebridades exibem seus corpos exuberantemente estufados com silicone nos carros alegóricos imensos, as madrinhas de bateria, mulheres bomba, bombom, melancia, melão e outras tantas frutas com seus traseiros aparecendo sem inspiração para mais nada que não exaltar o lado sexual da festa.
Os bailes, outrora de glamour, deixaram espaço para o escacho, a droga correndo solta, a bebedeira, o quebra-quebra de turmas enfurecidas pelas seringas que enfiam nos braços injetando anfetaminas, mescalina, ópio, crack, extasy até injeção de cavalo contendo toda sorte de química.
O propósito é um só: alcance de um estado de delírio onde tudo é permitido, inclusive milhares de casos de “Boa noite Cinderela”, uma bebida é servida para uma mulher contendo drogas que a fazem apagar. Nesse meio tempo são levadas pela turma, seviciadas, estupradas e acordam sei lá onde, grávidas, claro, quando não aparecem mortas.
Os salões mais apimentados são edições pioradas de Sodoma e Gomorra ou até pior.
É a evolução, celebram os entendidos, das festas urbanas como se isso fosse uma lei imperial.
Involução diria eu do divertimento para a sacanagem pura, o bordel.
De um folião ativo e interessado lá atrás hoje sou um fugitivo da festa de Momo, correndo para algum paraíso onde não consiga ouvir nada mais que som dos pássaros e apreciar a natureza, tomando um sol que ninguém é de ferro e quem sabe até uma geladinha suada.
Bumbum paticumbum bumburundum é o samba, isso aí.
Certamente neste carnaval estarei em lugar ignorado e não sabido, bem longe do show de horrores que é nosso carnaval atual.
Quanto riso ó quanta tristeza.
Finalmente o grande finale. Cidades como São e Rio registram bailes que misturam o carnaval e o funk, muito em moda atualmente.
As músicas aclamam partes íntimas das mulheres e abusam dos palavrões. Um mix de terror urbano com apologia ao sexo de salão exibido publicamente como nos bons circos onde os bichos eram parte do espetáculo.
Todo esse comportamento selvagem com aval e fiança dos pais que ajudam criar bestas feras capazes de transformar uma festa popular de salão numa demonstração do que há de pior no ser humano.
É o fenômeno BBB (big brother brasil): um magnífico negócio, cujo foco é o lado mais imbecil das pessoas com direito a voto e paredão.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011















FINALMENTE UMA COISA NORMAL

Os estilistas e os proprietários de grandes empresas de vestuário, bem como o universo da moda sempre exigem modelos/manequins mortas de fome.
Um desfile de ossos requebrando com a roupa folgada como se fosse um mastro a segurar uma bandeira enorme, enfim, uma coisa grotesca que não condiz, naturalmente, com o que se observa nas ruas, as ditas pessoas normais com suas gordurinhas em excesso, pneus, culotes e vai por aí afora.
A dupla acima: estilistas e grandes empresas de moda sempre foram responsáveis pelas inúmeras mortes de modelos que, na busca de conseguir um corpo semelhante à de uma múmia, tombaram literalmente de inanição por conta de uma moda burra e insana que não enxerga o normal.
O mundo é mais gordo hoje. As pessoas comem mais e melhor, exercitam-se de menos e abusam de tudo o que as fazem estufar.
Antigamente não existia essa orgia de comida que está ao nosso dispor 24 horas por dia. Recordando que não muito atrás no tempo ir ao supermercado era coisa de rico.
O normal era comprar o arroz, feijão e carne, frutas e verduras na vendinha da esquina. Até óleo de cozinha já foi vendido avulso acomodado em barris de 200 litros onde o comerciante negociava o produto fracionado, a granel.
Com a profusão de gente mais gorda, não importando o sexo, a moda nunca conseguiu acompanhar a mudança no corpo das pessoas. A distância entre o que se vê nas passarelas e o que as pessoas normais usam é maior que muitos anos luz.
Algo está mudando, entretanto.
Isoladamente algumas marcas já se atrevem a desfilar modelos mais encorpados(as), mulheres e homens com seus quilos a mais e perceberam, tarde demais é verdade, que esse público não anda nu pelas ruas e que demanda elegância também porque não?
Desfiles de moda estão incorporando a beleza mais volumosa e se aproximando do normal e percebendo ganhos antes não alcançados quando vestiam somente mortas de fome e anoréxicas.
Percebo claramente, em discussões dessa natureza, os radicais de plantão desfilando seu ódio e um modo de vida medieval onde a fome é certeza de corpo saudável.
Quem afirma isso desconhece a natureza humana ou a dos bichos. Dá na mesma.
A escola de samba unidos da inanição prega a saúde usando corpos em estado de decomposição e a bandeira são pilhas de ossos que andam pelas passarelas forçando as(os) modelos a sofrer com fome e à beira de um colapso energético corpóreo.
Modelos famosas(os) já pereceram em nome dessa bobagem de moda esqueleto algo errado e as empresas que exigiram delas(es) tamanho estado de fome extrema deveriam ter sido responsabilizadas no mínimo culposamente e terem pago seu quinhão na desgraça de muitas(os) jovens.
Parece que alguns empresários estão criando juízo e costurando uma moda para mulheres lindas como é o comum do padrão brasileiro, mas que hoje se encontram um pouco ou muito fora do peso.
Independentemente ele ou ela todo mundo quer se vestir bem com roupas trabalhadas e até mais ousadas.
Para o gordinho(a) brasileiro(a), até bem pouco tempo atrás, o mercado só oferecia uma moda de cores mortas e cortes horríveis. A saída era a costura independente onde as pessoas podiam comprar seus tecidos e utilizar uma roupa mais confortável, bela e da moda, geralmente pagando bem mais caro devido a falta de produção em escala maior.
Em shopping centers é possível localizar muitas lojas especializadas em números maiores atendendo a uma demanda que ficou décadas reprimida.
Nessas lojas não tem lugar para desfile de atrocidades famintas e com pele sem cor e olhos fundos.
Viva o gordo e abaixo o regime não é, evidentemente, uma pregação saudável. Todo excesso é submetido a algum tipo de condenação.
Não podemos imaginar e supor que num mundo recheado de facilidades para locomoção, controles remotos e comidinhas fáceis que a tendência seria, em tese, todo mundo ficar magrinho. Apenas um sonho de Ícaro.
Cada vez mais a humanidade ficará mais gorda e nem por isso ela será condenada a andar nua sem experimentar a moda por si só.
Parabéns aos poucos e pálidos empresários que desfilam mulheres e homens mais normais, sem essa de mostrar apenas pele e ossos para os quais já estamos fartos de olhar.

Que seja cada dia mais perceptível a moda para os normais. (foto da abertura:modelos Mayara Russi e Bianca Raya)

Acessem meu blog para ver este artigo e muitos outros
http://jornalpenalivre.blogspot.com/
Magno Almeida Lopes, escritor e jornalista free-lancer, administrador de empresas com habilitação em negócios internacionais, tecnólogo de obras e solos, engenheiro de rede Lan, membro efetivo da academia Piracicabana de letras, MBA em comércio exterior. Piracicaba (SP), 16 de fevereiro de 2011. email: lopesmagno@gmail.com

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011













PEGA LADRÃO, PEGA LADRÃO

Se fizermos a suposição de pegar uma pessoa que tenha super habilidades na álgebra ela será capaz de desenvolver grandes cálculos utilizando uma máquina de somar de R$ 1,99 comprada na padaria.
Ao contrário supor, um completo topeira na arte de somar um mais um e se oferecermos a ele o Deep Blue (super computador americano que derrotou o grande enxadrista Garry Kasparov em 1997) a conta nunca será feita.
Na economia brasileira a presidente Dilma e seus técnicos da área econômica precisam urgente voltar a estudar velhos conceitos da ciência da matemática e reestudar os renomados livros de economia.
Os jornais hoje trazem como manchete mais um assalto aos nossos bolsos parecido com o batedor de carteira conforme figura inicial deste texto. La vai barão como se dizia antigamente quando a maior nota na era do cruzeiro (Cr$ 1.000,00, vigente de 15.05/1970 a 27.2.1986) trazia e efígie de Barão do Rio Branco.
A equipe econômica do governo pretende dar um aumentozinho de nada menos que 952,63% (isso mesmo novecentos e lá vai fumaça por cento) no IOF cobrado dos clientes de cartões de crédito que fizerem compras no exterior.
A desculpa á criativa e soa a brincadeira.
Os entendidos arquitetos do aumentozinho dizem que é para evitar que as famílias contraiam dívidas em dólar e não entrem em estado de inadimplência.
Bobagem. Dados do próprio Ministério da Fazenda apontam a inadimplência das famílias como a menor dos últimos 10 anos. Notícia divulgada no começo de mês de fevereiro/2011.
Os empresários estão estrebuchando e argumentando que o aumento traria mais conforto na equação importações x exportações nacionais barrando um pouco o fluxo de produtos que entram no país e que competem com a indústria nacional.
Outra santa bobagem.
Entra muita importação pelo baixo valor do dólar americano. Isso é verdade.
Também é verdade que a indústria nacional não consegue competir com o dólar no patamar que está porque não tem ganho de escala e seus produtos são por demais taxados pelo mesmo governo que quer entubar um aumento dessa natureza no IOF.
Isso provoca na ponta do lápis produtos sempre mais caros para negociá-los na exportação.
O governo quer vencer a briga na taxa do câmbio na base da porrada comprando ou vendendo dólares. Vai acabar dilapidando nossas reservas cambiais sem conseguir conter a baixa da moeda yankee porque esse fenômeno tem outras causas que o governo provoca como manter taxas referencias de juros, as mais altas do universo, sugando dólares para a farra do boi financeira.
O que a equipe da grana de Dilma quer é arrecadar mais com abusivos aumentos como esse de escandalosos 952,63% no IOF dos cartões de crédito de uso em dólares.
Sempre uma medida dessa natureza provoca a criação de mecanismos de escape, não muito saudáveis para quem pretende viajar e escapar do IOF que mete a mão no nosso bolso como um reles batedor de carteira, a saber:
· Obviamente quem for viajar para o exterior vai preferir levar dinheiro estrangeiro em travelers checks ou mesmo em dinheiro corrente;
· Cartão de débito em dólares. O marcado já tem esse cartão que é carregado em moeda yankee ou Euros e o usuário gasta como se fosse um cartão normal.
De mais a mais, imaginando uma compra de US$ 2,000.00 isso custaria em IOF mais ou menos R$ 80,00 ao invés dois atuais R$ 7,60 (0,38%). Alguém vai se importar em pagar isso para ter a facilidade de devorar os shopping centers seja lá de onde for e pagar com o plástico mágico?
Está na hora do governo governar e não ficar inventando penalidades esdrúxulas e bem infantis para arrecadar mais e mais confiscando renda de todos nós.
Ou faz-se isso ou então vamos concluir que o pessoal do Ministério da Fazenda, BC, Receita Federal está urgentemente precisando sentar no banco de escola e fazer as operações básicas....de novo.
Sra Dilma Roussef, está na hora de tirar sua caneta do bolso e fazer valer os milhões de votos dados à sua candidatura. Interrompa esse processo de idiotização econômica voltada para assaltar ainda mais nossos combalidos bolsos e mandar essa moçada para a faculdade estudar como se administra uma economia com esse tamanho.
Se tiver dificuldades posso emprestar minha calculadora financeira, isto se alguém souber usá-la e interpretar os resultados direitinho.
Vamos trabalhar quem sabe faz a hora não espera anoitecer. (sei que é acontecer, mas ficou melhor o termo substituto).
Que tal alguém aí em cima arregaçar as mangas da inteligência ao invés de meter a mão no nosso bolso? Estamos cansados de tanto pagar imposto e não ter nada em troca exceto fisiologismo e casuísmo com a negra mancha da corrupção.

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Magno Almeida Lopes, escritor e jornalista free-lancer, administrador de empresas com habilitação em negócios internacionais, tecnólogo de obras e solos, engenheiro de rede Lan, membro efetivo da academia Piracicabana de letras, MBA em comércio exterior. Piracicaba (SP), 08 de fevereiro de 2011. email: lopesmagno@gmail.com

domingo, 6 de fevereiro de 2011













AS VELAS DO MUCURIPE

As velas do Mucuripe
Vão sair para pescar
Vão levar as minhas mágoas
Pras águas fundas do mar
Hoje à noite namorar
Sem ter medo da saudade
Sem vontade de casar
Composição Belchior e Fagner.
Pego carona nessa linda canção para aqui exortar a atual situação de nosso sistema elétrico brasileiro que agora vive em soluços nos dando de presentes uma série de apagões.
A vela do mucuripe acaba sendo uma paródia à vela de iluminar feita de parafina que é um item que entrou no cotidiano na lista de compras domésticas. Aproveitada também nas horas vagas para fazer uma fé aos céus rezando para dias melhores sem escuridão.
Dias estes que não virão na atual balada do sistema elétrico brasileiro e as petulantes incompetências, a começar do nosso pitoresco ministro das minas e energia, Edson Lobão.
Sabidamente o gajo é tão menos conhecedor de energia elétrica do que minha samambaia e é proprietário de uma postura consistente com um outro cargo onde talvez mostrasse serviço como um bilheteiro de cinema (se souber fazer contas, claro) ou lanterninha.
Levantando vôo numa panorâmica pelo Brasil afora vamos constatar facilmente problemas graves no sistema elétrico brasileiro. Há se considerar dois cenários distintos: produção de energia e distribuição.
A produção até que vai de vento em popa. Nada de saímos em desfile de escola de samba e apontar que nesse quesito estamos bem na foto.
Nada disso.
O sistema de geração trabalha no fio da navalha desde 1989 quando nossa política energética sofreu abalos sísmicos, cujos estragos jamais foram consertados. A malha industrial de geração energética conta com suporte de inúmeras centrais movidas a combustível mineral para repor déficits quando a temporada das chuvas acaba não enchendo os reservatórios das usinas hidroelétricas.
Isso acaba sendo horrível para o aquecimento global dada a quantidade de dióxido de carbono produzido por termoelétricas.
A Brasil recebe uma das maiores cargas solares de todos os países do mundo. Esta energia não é aproveitada para micro geração doméstica porque a tecnologia ainda é cara e nunca contou com subsídios governamentais para uma política agressiva nesse sentido, ainda mais levando-se em conta o vilão doméstico do consumo: o chuveiro elétrico.
Energia eólica também é experimental no Brasilo e o governo dá de ombros aos estudos do desenvolvimento nessa área energética. Os países baixos fazem atualmente na Europa a mais notável e agressiva política no aproveitamento dos ventos, um exemplo que deveria ser seguido.
O grande problema energético no Brasil é a distribuição. É aqui que nosso vôo vai dar uma paradinha para pegar uma lupa.
Faz tempo que a distribuição é o tendão de Aquiles do sistema. Nunca mais recebeu atenção governamental, as distribuidoras são redutos eleitorais cuja competência não é técnica, mas política. Essas empresas são a cabidaria de empregos dos escalões intermediários da velha politicalha canibal brasileira.
Elas não estão para distribuir energia e sim cargos polpudos com salários siderais.
Isso é que provoca apagão.
São Pedro, coitado, leva a culpa toda vez. O raio caiu aqui ou acolá e interrompeu o fornecimento num ponto A, aí o sistema desligou-se para segurança.
O papo é o mesmo desde 5.000 AC.
Edson Lobão, quando chamado para explicar o que houve, esconde-se em infantis comentários geralmente cândidos e sem qualquer conhecimento prévio da cadeia de eventos que originou o apagão.
O nosso Ogro comandante do Ministério de Minas e Energia é especialista na relação carnal entre ele e o clã Sarney, mas neca de pitibiriba de saber que pelo menos se enfiando o dedo na tomada dá choque. Em outras palavras o homem nunca entendeu e nunca entenderá nada do sistema energético brasileiro. Há cientistas debruçados em escarafunchar todas as nuances do rolo de fios, centrais, subestações sem conseguir, ao menos, enxergar uma luzinha sequer.
Alías, pegando carona num desvio aqui para mencionar a falcatrua monstruosa da mudança recentemente ocorrida em nosso padrão de tomadas elétricas.
Criou-se um Frankstein elétrico totalmente incompatível com qualquer sistema na face da terra. Estrangeiros que aqui viajam reportam a incapacidade de utilizar seus aparelhos portáteis elétricos cujas tomadas não se encaixam nem com dispositivos duplos.
A lupa aponta esse como o mais gritante e feroz assalto aos nossos bolsos com o sisteminha que foi feito mesmo para engordar cofres das empresas que produzem os monstrinhos que agora somos forçados a comprar.
Uma inexplicável relação carnal e incestuosa entre o poder público e os interesses privados criando um mercado imediato através de uma canetada criminosa e irresponsável.
Taí uma ótima oportunidade para investigar de onde surgiram as pressões para mudar um sistema de tomadas que vinha sendo usado com êxito e com segurança.
A distribuição brasileira de energia é um ser com necessidades especiais. Está tetraplégico, inclusive a cabeça.
As linhas físicas (fios e cabos) são jurássicas, enferrujadas, desgastadas e com manutenção zero. As concessionárias cobram do nosso bolso uma conta temperada com malagueta para nos dar o escuro como contrapartida ou um fornecimento de vaga lume. (Eletrobrás ou Vagalumebras?)
Elas escaparam todas de pagar o que nos devem pela cobrança ilegal de reajustes além da conta desde 2003, mas a Eletrobrás perdoou as empresas que deveriam agora usar o que nos roubaram e consertar suas malhas com espinhela caída.
As centrais de distribuição (subestações) são outro ponto de análise.
Mal projetadas, sem proteção para raios e outras manifestações meteorológicas, conduites estragados, transformadores completamente tomados por ferrugem, esse é o cenário normal em qualquer subestação que podemos encontrar pela frente. Basta olhar detidamente.
O que as concessionárias fazem com zilhões de reais que nos cobram em cada conta? Que política, exceto empregar VIPS dos escalões superiores, elas têm para manutenção do parque distributivo elétrico?
Quem tem poder sobre essas empresas monstros?
Ninguém responde por nada muito menos Edson Lobão que tem o compromisso apenas e tão somente de canibalismo político a custa da nossa luz.
Os prejuízos são incontáveis em apagões como esse que colocou a pique o nordeste brasileiro. Hospitais em estado de nocaute, sistemas de refrigeração comprometidos como em supermercados, perdas de aparelhos elétricos pela sobrecarga excessiva no religamento da energia e vai por ai afora.
A coisa está se transformando num godzila perigoso e venenoso.
O jeito é mesmo comprarmos um bom estoque de velas de parafina, deixarmos o mínimo de produtos na geladeira e sempre ter o bojão cheio de gás para aquecer água para nosso banho.
Do jeito que a coisa caminha para trás nada me convence ao contrário, mas estamos num processo de haitização aqui no Brasil é isso?
No setor elétrico pelo menos sim.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

SINDICATO DOS LADRÕES















SINDICATO DOS LADRÕES

1954. Hollywood. Entra em cartaz o Filme estrelado por Lee J Cob, Marlon Brando e Rod Steiger. Johnny Friendly (Lee J. Cobb) é um gângster que atua nas docas de Nova York. Ele é também o chefe do sindicato, sendo assessorado por Charley Malloy (Rod Steiger), um vil advogado. Os dois usam um ex-boxeador, Terry Malloy (Marlon Brando), que é irmão de Charley, para atrair Joey Doyle (John F. Hamilton) até o telhado, onde dois capangas de Friendly o empurram para a morte. O motivo do assassinato era que assim ele nada falaria para a comissão do crime, ou seja, era um delator, e para aqueles que controlavam o sindicato merecia morrer.
Sucesso no cinema a bilheteria foi estrondosa.
O tema do filme aproveitava, e muito, coisas do cotidiano no universo das milhares de docas americanas onde o Sindicato imperava nada saia ou entrava nos portos sem o conhecimento prévio ou autorização da entidade e a onda de crimes pelo poder que isso trouxe.
Tomou posse ontem, dia primeiro de fevereiro de 2011, outro Sindicato, desta vez estabelecido em Brasília. Do número de deputados e senadores que estão tomando posse pela primeira vez 54 deles tem ficha corrida policial e agora vão se esconder atrás do tal foro privilegiado para escapar das punições a que todos nós aqui embaixo no calabouço da sociedade estamos sujeitos.
Para os deputados quatro e para os senadores oito anos de mandato atuando com galhardia e no crime como fazia o grupo de Jonny Friendly, Charley Maloy e Terry. No filme Lee J Cob fazia o papel do comandante do crime organizado no cenário das docas de New York e no senado um tal José Sarney, octogenário conhecido bandido e motivo do livro escrito por Palmério Dória com o sugestivo nome de Honoráveis Bandidos, que versa sobre a saga da família Sarney.
Palmério Dória, um dos jornalistas mais respeitados do País, conta pela primeira vez, num livro, toda a história secreta do surgimento, enriquecimento e tomada do poder regional pela família Sarney, no Maranhão, e o controle quase total, do Senado,pelo patriarca que virou presidente da República por acidente, transformou o Maranhão no quintal de sua casa e beneficiou-se assim como aos amigos e parentes. Um livro arrasador, na mesma linha de “Memórias das Trevas”, que tinha o também senador Antônio Carlos Magalhães como personagem e vendeu mais de 80.000 exemplares quando foi lançado.
Dizem que as casas das leis brasileiras são o retrato fiel da nossa sociedade. Com isso depreende-se que somos parte de um grupo de quase duzentos milhões de bandidos, facínoras e criminosos o que, evidentemente, não é verdade.
Há de se ressaltar que os 54 bandidos que tomaram posse ontem tiveram massacrante votação, a começar pelo símbolo do Congresso Nacional na presente legislatura, o palhaço titirica (escrito propositalmente com minúsculas mesmo), que agora se julga apto a empenhar-se nas comissões do congresso que dizem respeito a educação! É um absurdo e o mais completo descalabro jamais visto na história deste país.
Ah, diga-se de passagem. O palhaço ao ser entrevistado sobre sua posse fez um agradecimento da seguinte forma: “Quero agradecer aos meus eleitores pela votação que recebi e desde já meu forte abraço POR TRÁS a todos”. Bem feito para os quase um milhão e trezentos mil patetas que votaram no tiririca e é isso o máximo que receberão dele.
A sociedade honesta e que pega na enxada todos os dias açoitando-se diariamente recendo baixos salários, trabalhando diuturnamente em escalas de trabalho quase escravo, que paga apimentados impostos arcará com a despesa extraordinária e celestial do Sindicato dos Ladrões em Brasília.
O grupelho trabalhará apenas olhando seus próprios interesses e dane-se o resto de todos nós.
Sarney emocionado cumpre seu quarto mandato à frente do Senado e jura de pés juntos que será seu derradeiro trabalho e que se recolherá à sua aposentadoria, certamente bem merecida engordada com vários contra-cheques obesos e desavergonhados de várias pensões que o velho recebe como ex isso e aquilo outro.
Deste ponto em diante, os filhos, netos, bisnetos e tataranetos do clã maranhense jamais precisarão se sujeitar a um segundo sequer de trabalho como todos nós conhecemos. Parabéns o povo quis assim, a voz do povo é a voz de Deus. (podem dar fortes gargalhadas).
Jean Wyllys (ex integrante do excremento eletrônico BBB) e Romário completam o cenário desesperador de figuras populares que agora farão parte do Sindicato dos Ladrões e farão pós na arte de sacanear o povo com banda de música e muita cara de pau. Quem sabe agora Romário com seu salário de gente grande não possa chamar seus inúmeros credores do Rio de Janeiro e pagar o que deve. O sabujo é conhecido por ser péssimo pagador e embrulhão nos negócios que comandou.
A maioria esmagadora dos partidos que apoiam o governo de Dilma garantem a perpetuação dos crimes cometidos contra todos nós diariamente a cada sessão que deliberarem artifícios para nos enrolar e roubar.
O ciclo se fecha com a sociedade obtusamente complacente com a ignomínia, que dá oportunidade a tantos palhaços tiriricas da vida, que vota em bandido do calibre de tantos escadinhas e fernandinhos beira mar.
A lona do circo foi estendida ontem.
Espetáculo de baixo calão que nos exigirá ingressos caros quando a parte que nos cabe nos é tirada dos nossos salários, de imensa parte do que comemos, vestimos e consumimos.
De volta receberemos em contrapartida obscenidades, crimes inafiançáveis, maracutaias, negociatas, politicalha e a dominação de clãs como Sarney que insistem em perdurar para sempre. E agora abraços por trás!
O falecido cantor Cazuza deve estar rolando de rir no túmulo vendo profetizada a letra de sua música que dizia “....Nas noites de frio é melhor nem nascer; nas de calor, se escolhe: é matar ou morrer, e assim nos tornamos brasileiros, te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro, transformam o país inteiro num puteiro, pois assim se ganha mais dinheiro”.