JORNAL PENA LIVRE

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domingo, 30 de outubro de 2011
















QUEM SAIR POR ÚLTIMO APAGA A LUZ!!!



Manuel Bandeira, iminente poeta brasileiro recifense de nascimento e morto em 1968, escreveu o poema “Vou me embora pra Pasárgada”, que passo a adapta-lo neste instante. Usei de algumas alterações e cortei alguns trechos para captar a idéia que quero passar agora.
Vou-me embora pra qualquer lugar onde possa ser amigo do rei, onde possa escolher uma cama com a mulher que eu quiser me deitar, onde possa ter uma existência sem inconseqüências que me aborrecem na casa da mãe de Joana que se transformou nosso país.
Lá onde quero viver pode ser uma existência de aventura e como farei ginástica, andarei de bicicleta, montarei num burro se quiser e subirei no pau-de-sebo.
Tomarei banhos de mar sem que me roubem a camisa, e quando estiver exausto deitar-me-ei na beira do rio ou do mar e me preocuparei apenas se devo comer filé com fritas ou não.
Mandarei chamar a mãe d’água para me contar histórias de um país deixado para trás com seus desmandos e idiossincrasias. Em Pasárgada tem tudo: policial na esquina para me proteger, faixa branca onde posso cruzar a rua sem tombar no asfalto atropelado e muito tempo para vadiar sem me preocupar com a chave no contato.
Lá terei a cama que quero e posso ser amigo do rei.
No final do dia levarei meu cão sarnento, sim, para dar um passeio, ele também é gente já diria saudoso ministro de outrora. Um tempo que deixei para trás com suspiros de quem tira estrepe do pé ou se cura de dor de barriga crônica.
De Brasil nem quero saber de olhar no mapa mundi ou navegar pelo Google Earth para achar onde um dia soltei minha pipa com calção rasgado, pé grosso de apagar charuto sem bronca e chupar cana de açúcar depois de apanha-la correndo atrás do caminhão.
Bons tempos que papai me dizia para calar a boca senão vinha “os homi” e nos levava para lugares tenebrosos. Tudo verde oliva, mas bandido não tinha carreira, vinha Nini e seu cavalos, Erasmo um certo Dias e delegado que fazia sumir criminoso, hoje paparicado pelos direitos humanos que trata melhor quem faz maldade e não tem dó de quem morreu ou aqui ficou paralítico ou doente do pânico.
DKW, Vemaguet e o luxo do Itamarati, não aquele que hoje nos faz vergonha, mas da cortina de plástico para tapar o sol no vidro traseiro. O velho professor que colocava o aluno ajoelhado no milho e não tinha essa de processar ninguém, Deus, Padre e Professor eram o trio sagrado de qualquer cidadela.
Vou me embora pra Pasárgada lá terei o imposto que é justo na hora até da nossa morte amém.
Terei o pão sem bromato da padaria do seu Zequinha, o carro que sonho pelo preço de ninharia e sonhar com uma viagem à Tailândia nem que seja para ver apenas o sol raiar.
Em Pasárgada tem lugar ao sol, governo honesto e corrupção quase zero, respeito ao idoso e hospital para curar-me a ferida sem que empenhe as jóias da coroa em preços salgados que me levam à sepultura.
Quero ir agora pra Pasárgada. De moto, trem ou enchendo minha bóia de pneu usado e subindo o mar Atlântico sem nunca mais olhar para trás.
Paz de acordar sem ver na manchete ministro, governador, prefeito, senador, deputado e até presidentes algemados e pegos com cuecas cheias de dinheiro. Paz de ir dormir sem que o país acorde mergulhado no caos de insanidades administrativas, colocar ministro da saúde o verdureiro da esquina, votar em deputados velhos palhaços sem graça e atletas de roubos e falcatruas.
Um lugar onde possa comprar um remédio sem pagar mais impostos que xampu de cachorro, ou o ICM ridículo da cebola e do tomate. Em Pasárgada posso levar um carro bom por preço de fusca ou carroça do Collor.
Não quero olhar para os lados na hora de partir. O porto ficará como salvaguarda de um lugar onde nunca mais quero saber, olhar, ouvir, ler ou visitar.
Se quiserem me visitar terei “puxadinho” em Pasárgada com mais espaço que apartamento de quarto e sala em São Paulo, vaga na garagem sem espremer o carro para caber e geladeira cheia de comida sem agrotóxico, sem mercúrio e sem fertilizante de coco de galinha.
Vou me embora para lá onde posso ser amigo do rei sem pagar taxa de esgoto, iluminação, taxa do lixo, taxa da água para regar flores no jardim, taxa do estacionamento, do flanelinha e do guardador de capacete de moto na praça. Ou ainda pagar 62 diferentes impostos para comprar um televisor novo.
Vou correndo para lá onde os governantes têm salário de trabalhador de roça para administrar o bem comum, onde falcatrua é punida com cadeia severa, tomar bebida na rua então e sair dirigindo....hum cadeia também.
Quero rasgar minha cidadania da vergonha, tocar fogo no meu passaporte e ser cidadão de Palau, viver de sarongue ou pelado até ficar enrugado ao sol tal como uma casca de noz, sem ter que voltar para casa correndo porque a noite caiu ou dar dinheiro para o motoqueiro apitar na minha rua espantando..... sei lá os fantasmas da rua Thomaz na Vila Resende.
Quero paz e palhaço de graça. Não quero usar nariz de borracha nem ter que viver no meio de criança que faz arruaça e pede perdão ao papai dentro do blindado importado.
Cansei e quero jogar a toalha. Bem longe para nunca ninguém achar.
Quero uma casa no campo para os netos brincarem e uma vaca para minha esposa matar a vontade de acariciar o bicho.
Eu quero uma casa no campo como Elis dizia musicalmente, onde eu possa compor muitos rocks rurais e tenha somente a certeza, dos amigos do peito e nada mais
Onde eu possa ficar no tamanho da paz, e tenha somente a certeza dos limites do corpo e nada mais.
Eu quero carneiros e cabras pastando solenes, no meu jardim, eu quero o silêncio das línguas cansadas, eu quero a esperança de óculos, meu filho de cuca legal
Eu quero plantar e colher com a mão, a pimenta e o sal, eu quero uma casa no campo
do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé, onde eu possa plantar meus amigos, meus discos e livros e morrer no pé da macieira e nada mais.

sábado, 22 de outubro de 2011














MORTE EM SÉRIE – COISA ÁRABE

Acaba de tombar mais um maluco árabe e seu séqüito de corrupção, crimes contra a humanidade, alucinações de poder, faxinas étnicas e segue uma longa lista.
Foi feita a vontade do freguês. Muammar Kadafi queria ficar até morrer e assim foi.
Como ele previa que cairia só morto e inevitavelmente levou para o caixão boa parte de família, cumpre ao mundo tomar como exemplo o final trágico de mais um homem que se julgava acima de Deus e dos homens.
Foi tarde muito tarde. Sou católico e falar desta forma soa estranho. Que seja.
Foi tarde demais e atrás dele deixou um rastro de morte e agonia. Tantas famílias destruídas por um deprimente espécime da raça humana que nos enche de vergonha.
O lugar de Kadafi está garantido na galeria dos monstros tais como: Sadan Hussein, Hitler, Goering, Baby Dock e certamente o inferno se encherá com mais um para o diabo tomar conta, se conseguir e não for morto também.
Não quero me concentrar em soltar foguetes por isso.
Abordarei outra face desta moeda de dor e sacrifício.
General e político líbio (9/1942). Nasceu em Sirte cidade onde tombou sem deixar saudades, perseguiu carreira militar e aos 23 anos transformou-se oficial pela Academia Militar da Líbia. Em 1969 liderou um golpe militar que derrubou a monarquia pró-Ocidente da Líbia, comandada pelo rei Idris I.
Até 1977 foi presidente do Conselho do Comando Revolucionário da Líbia. Confiscou os bens das comunidades italiana e judaica (igual o que Collor fez por aqui), nacionalizou empresas estrangeiras e perpetrou uma ditadura militar.
Em 1977 tornou-se igualmente secretário-geral do Congresso Geral do Povo - único partido reconhecido pela Constituição promulgada naquele ano - e presidente do país. Kadafi escreveria a Constituição da Líbia que, obviamente, era apenas um pedaço de papel dando poderes ilimitados e quem fosse contra seguiria automaticamente para a sentença de morte.
Mistura na chaleira do ódio e um nacionalismo extremado com radicalismo religioso, defendendo um socialismo islâmico, ou seja, uma sopa que explodiria em cruel violência contra seu próprio povo.
Adepto da união dos países de língua e civilização árabes empunha uma bandeira da política de intervenção, sobretudo nos países africanos. Em nome da causa palestina (Palestina sempre enfiada nesse caldo), patrocinou ações terroristas no Oriente Médio e na Europa.
Em 1991, os líbios, sob comando de Kadafi, são acusados comprovadamente do atentado a bomba que em 1988 explodiria um jato da Pan American em Lockerbie, na Escócia, matando 270 pessoas instantaneamente.
O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) impôs embargo aéreo à Líbia. Nos anos 90, Kadafi deu uma maneirada para sair do foco da ONU e refrescou um pouco a temperatura política da Líbia.
Destrancou a economia ao capital estrangeiro, disparou as privatizações e, a partir de 1993, combateu o fundamentalismo islâmico, ao romper com o Irã, que oferecia suporte a grupos extremistas, inclusive Bin Laden.
A faceta curiosa de uma mente preparada para o totalitarismo. A morte não tem significado de importância para pessoas como Kadafi, nem mesmo membros da família que se imagina valores inegociáveis sob qualquer parâmetro de análise e dentro de qualquer cultura digna de respeito.
Nada disso parou Kadafi. Colocou seus filhos em perigo e a si próprio para perpetuar-se no poder cegante e que não o deixou perceber que haveria muitas escolhas extremamente interessantes.
Uma delas e óbvia seria imigrar para o Brasil aproveitando a fresca amizade de Lula que o tinha na mais alta escala, bem como Dilma que o chamou de líder na declaração que deu na África do Sul comentando sua morte. Líder? De que?
Se nós pudemos (Brasil) acolher Cesare Battisti, o crápula que agora mama nas tetas do Estado sob cobertura da infame justiça brasileira que não enfiou o sabujo no primeiro avião para deporta-lo sumariamente, porque não acolher Kadafi?
Ou poderia ter ele vindo para a Argentina que já tem um know-how competente para acolher criminosos como fez no tempo do final da segunda guerra cedendo migração para uma constelação de superbandidos nazistas, cujos crimes atentaram contra a humanidade.
Kadafi poderia ter saído na calada da noite como fez o ex-presidente do Peru (Alberto Fujimori) - muitos anos atrás e que correu como rato em navio afundando para o Japão quando a seringa aproximou-se demais do seu lombo e de sua família.
Idiota. Kadafi idiota.
Kadafi deveria ter lido sobre Ronald Biggs (assalto ao trem pagador britânico) que cometeu seu crime e veio esconder-se no Brasil e aqui viveu feliz para sempre retornando à Inglaterra quando ficou doente. Não queria ser tratado em hospitais brasileiros, principalmente públicos especialistas em deixar gente morrer na calçada e colocar doentes nas mesas da cozinha por falta de espaço.
Biggs é o símbolo mundial de um astro criminoso que se deu bem até o final de vida.
No Brasil ou Argentina, países amigos em confraternizar com Muamar Kadafis da vida ou Mahmoud Ahmadinejads, aqui ou acolá teria acolhida, inclusive para pilotar quaisquer uma das políticas de relações exteriores dos dois países colocadas sob comando de “verdureiros” (empregados de varejões) sem qualquer experiência na área.
Ou então convidar Kadafi para ficar no comando do Ministério das Minas e Energia porque o titular da pasta não sequer porque gasolina pega fogo. Kadafi era presidente da Líbia sabidamente entupida de petróleo até os ossos.
Deveria entender do riscado mais que centenas de ministros que não sabem assinar o nome.
A psicologia tem nesse caso um forte exemplo para preencher muitos livros de como a mente humana se transmuta permitindo ao seu dono ser classificado com um ser mutante que prefere morrer a gastar o que Kadafi amealhou, por exemplo. Teria vivido nababescamente em qualquer lugar do mundo. Fortuna da ordem de dezenas de bilhões de dólares o ex-maluco líbio e a parentada toda poderiam aqui ou na Argentina se transformar rapidamente em clientes Plus Mais Platina Brilhante Mais e Mais em qualquer banco comercial e aplicar o dinheiro no jogo do bicho que na América do Sul é a faculdade mais honesta da nossa economia.
Foi-se Kadafi assim como vão da cola dele logo, logo, o também assassino em massa da Síria e mais algumas figurinhas iminentes de paisecos enfiados no caldeirão do oriente médio.
Vamos ser se na Líbia o soneto não se vinga contra o poeta com o país se virando, quem sabe, para outra família terrorista do estilo Kadaki/Mahmoud Ahmadinejad. É esperar para ver como fica.
Enquanto isso na sala de justiça, como era dito num desenho animado dos heróis Marvel, lá em São Bernardo do Campo quem sabe o dia de ontem (21/10/2011) não vai virar feriado não?
Ponto facultativo pela morte do amigo do ex-rei vermelho brasileiro. Bandeiras a meio pau que aqui é o Brasil amigos.


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Magno Almeida Lopes, escritor e jornalista free-lancer, administrador de empresas com habilitação em negócios internacionais, tecnólogo de obras e solos, engenheiro de rede Lan, membro efetivo da academia Piracicabana de letras, MBA em comércio exterior. Piracicaba (SP), 22 de outubro de 2011. Email: lopesmagno@gmail.com

quinta-feira, 13 de outubro de 2011
















E O SHOW DE INIQUIDADES CONTINUA....

Dizer que nosso Congresso é uma casa de leis é ofender a inteligência das amebas. A julgar pelos projetos de lei em andamento percebo que são as nossas amiguinhas invertebradas do reino protista, filo amoeboflagellata, classe sarcodina, ordem tubulinida, família amoebidae, gênero amoeba, espécies várias, que estão de fato escrevendo a maioria dos textos.
Tive a paciência de garimpar o novo estatuto da juventude, cujo deputado relator é um superdesconhecido deputado Benjamim Maranhão (PMDB).
Apesar do nome o cientista deputado é do estado da Paraíba, capital João Pessoa e cirurgião dentista.
Já serviria de conselho ao nobre deputado que volte à velocidade da luz para as pinças, amalgamas, cáries e a infernal maquininha que abre buracos nos dentes dos seus pacientes.
Ali talvez sua utilidade seja imprescindível e mais que esperada.
Desista de ser deputado.
O documento é a síntese de um cenário pavoroso onde o nível político nacional desceu as escadarias abaixo rumo ao infinito e cria um lodo documental de impossível deglutição e processamento, mesmo para as mentes mais surrealistas que temos neste país.
Primeiro estabelece uma curiosa classificação do que o nobre deputado apelida de JUVENTUDE: temos os jovens-adolescentes (15 e 16 anos), jovens-jovens (18 a 24 anos) e jovens-adultos (25 a 29 anos).
Seguindo esse raciocínio bidimensional eu criaria ainda os jovens-pré-velhice e os jovens-prá lá de Bagdá e, finalmente, os jovens jurássicos assim a lista ficaria completa.
Seguindo adiante no texto o grupo (acho que foi um grupo que criou o texto, afinal tanta burrice não poderia ter vindo de uma só pessoa) assegura nos parágrafos e incisos que os jovens não serão discriminados por etnia, raça, cor de pele, cultura, origem, idade, sexo. Garante-se ainda a liberdade de reunião, de idéias e de expressão.
O criativo grupo fez o famoso cola e copia da Constituição e faz chover no já pantanoso lago salgado da política nacional.
O que ali está escrito já é abordado na Carta Magna.
Num outro momento brilhante o texto destina obrigatoriamente cerca de 30% dos recursos do Fundo Nacional de Cultura para projetos voltados a jovens, saber lá Deus que tradução se dar para isso. Traz ainda, como era previsto, regras para a mídia: a criação em redes de rádio e televisão de horários especiais voltados para a realidade social do jovem. Outra incógnita.
Abre-se espaço para torrar a grana do Fundo Nacional de Cultura via ONGs, que sabidamente redunda em gente metendo a grana no bolso para passear em Miami.
São 60 artigos/incisos e parágrafos que insultam a inteligência das nossas amigas desdentadas e amebóides.
Cria a meio entrada até para jogo do bicho. Os marmanjos acima dos 30 financiarão os não menos marmanjos de até 29 anos no cinema, teatro e outros acontecimentos culturais. Só faltou incluir meia entrada no motel.
A medida se intromete no universo dos governos estaduais e municipais quanto ao tema dar desconto para transporte público, por exemplo.
O curioso documento amebóide abrange uma juventude classificada até os 29 anos de idade. Porque 29?
Fico imaginando que tipo de aluno em estudo continuado conseguiria alcançar tão longa idade ainda estudando.
No mínimo alunos com 29 anos de idade que não pararam de estudar devem ter tomado bomba até no pré-infantil por estarem tão velhinhos ainda em contato com giz, lousa e a maça da professora.
No artigo nº 3 sociedade assegura aos jovens o direito a vida, cidadania, educação, saúde copiando mais uma vez o texto constitucional colocando melado no tacho do açúcar ou ainda sal nas águas do mar.
No artigo de nº 4 os jovens são serão objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado a estes direitos receberão punição prevista em lei.
As nobres amebas conseguiram resolver numa só patada toda a sorte de histórico de violência a que os jovens são submetidos, especialmente quando se entopem de álcool e destroem vidas no trânsito, como vimos recentemente em Minas Gerais um adolescente dirigindo uma Van cheia de outros jovens perder o controle e liquidar com a vida de três amigos a bordo fora os feridos graves que ainda estão em estado crítico.
No capítulo I, artigo oitavo uma curiosidade: “a juventude é um direito personalíssimo”.
Confesso que não entendi o que isso quer dizer.
A juventude é uma passagem orgânica da idade criança para a de adulto. É uma definição não um direito.
No capítulo III mais “copy chup text” da Constituição garantindo mais direitos já jurassicamente abordados na Carta Magna, destaque para o artigo 13º que apenas transcreve texto inteiro da Constituição.
No capítulo VII artigo 28 o documento cria uma série de organismos: conselhos, secretarias e Fundos que já existem e são subutilizados.
Um exemplo clássico para ilustrar o tema seria o programa Projovem.
Nos últimos seis anos, o programa federal destinado a resgatar jovens que estão fora da escola colocou na fogueira R$ 3 bi. Na versão urbana, formou menos de 210 mil alunos, apenas 38% do total imaginado. Na área rural, 59 mil, só 1% e com fiscalização de faz-de-conta e bem próxima de zero, há desvio de recursos, indícios de corrupção.
Está mais que na hora da massa de políticos parar de escrever tantas besteiras para não mudar nada, a verdadeira arte do “embromation” a todo custo achando que do lado de cá somos todos um conjunto de quadrúpedes sem cérebro.
Mais uma vez prova-se uma teoria perigosa. Precisamos mesmo de Congresso? Não seria a hora de fechar essa fuzarca e distribuir a grana gasta com pizzas verdadeiras que poderiam encher vários estádios de futebol?
Sim eu pergunto isso porque sem o Congresso talvez minha vida e de tantos milhões de brasileiros pudesse ganhar um “plus” de qualidade sem a safadeza como cartilha e a edição de medidas tão ridículas quanto clarear pelos de macacos no deserto do Saara.


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Magno Almeida Lopes, escritor e jornalista free-lancer, administrador de empresas com habilitação em negócios internacionais, tecnólogo de obras e solos, engenheiro de rede Lan, membro efetivo da academia Piracicabana de letras, MBA em comércio exterior. Piracicaba (SP), 13 de outubro de 2011. Email: lopesmagno@gmail.com

sexta-feira, 7 de outubro de 2011















CONFLITO DE GERAÇÕES – Apple e seu criador

Na data de antes de ontem (05/10/2011) a Apple se apagou um pouco pelo falecimento do seu jovem criador Steve Jobs. O símbolo, uma maça parcialmente comida, representava uma alusão à criação e a árvore da sabedoria que entre idas e vindas marcou o mundo e o alterou de modo definitivo.
Minhas homenagens a ele que é um ícone das gerações criativas que nasceram nos anos 50, os chamados baby bommers. Nunca fui consumidor de sua marca, a bem da verdade, não fiquei em nenhuma fila para comprar os famosos produtos Ipad e I alguma coisa freneticamente disputado por uma legião de fiéis adeptos da marca.
Não quero falar do homem Steve Jobs, e como todo ser humano teve lá seus pecados e suas virtudes, altos e baixos, suas taras, apreensões e sonhos.
Não vou glorificá-lo como todos o fazem quando o céu chama os ídolos e pessoas importantes, nem santificá-lo isso é tarefa para pessoas que tem mais tempo livre e imaginação fértil.
Quero falar sobre o conflito de gerações.
A meninada hoje jocosamente tem chamado a geração dos baby boomers, hoje senhores na faixa dos 50 anos de idade, de geração quadrada, de senhores jurássicos, de babacas atrasados que não sabem de nada.
Nosso papo começa aqui hoje.
O jovenzinho de hoje se imagina como o supra sumo da esperteza pilotando um potente computador plugado na rede mundial e que em conjunto com outros cabeças ocas têm feito piadinhas acerca das gerações anteriores e cometem um pecado mortal de “insabedoria”, ou seja, um vocábulo inventado por mim para definir pessoas que são absolutamente desaculturadas, alias um fenômeno triste e que tem tomado conta dos pirralhos que fazem anedotas com os cinquentões de hoje.
Eu considero, com reserva de direito ao uso da brutalidade da palavra, que as gerações mais moderninhas são apenas nuvens de gafanhotos pegando carona no que hoje se chama tecnologia.
A bordo dos seus celulares mágicos, capazes até de levar o cachorrinho da família para dar uma volta e seus mirabolantes aplicativos coloridos, vangloriam-se pela façanha de se conectarem ao mundo falando com o vizinho lá do outro lado do globo como se isso fosse a coisa mais natural do universo.
A geração que se coloca como ponto central das piadinhas de salão é a mesma que inventou o mundo que vemos hoje e a mesma que proporciona a facilidade de comunicação que todos tem acesso atualmente.
Posso dizer que foi ou ainda é a minha geração.
Esta foi e ainda é primorosa na arte de criar coisas que podem transformar o mundo. Esse um sonho de Jobs quando criança, sair e mudar o mundo de alguma forma.
Nós mudamos o mundo com os microships, os terabytes, os computadores, o telefone sem fio, o celular, raio laser, as tantas e tantas tecnologias capazes da arte de transformação da sociedade onde vivemos. Se antes nas cavernas incomunicáveis e caçando para não morrer hoje plugados 24 horas pessoa a pessoa literalmente.
Tudo on line tudo ao vivo e a cores.
As gerações posteriores criaram o que? Quase nada.
A não ser novas formas de utilizar a rede para promover badernas, saborear a comunicação em sociedades que pregam uma virulenta violência gratuita, sacanear o próximo, marcar brigas pelas teias sociais, como matar professores em duas lições e como consumir tudo o que tem pela frente como uma verdadeira e voraz nuvem de gafanhotos.
Gerações perdidas no consumo de álcool e tóxico. Ah, mas Jobs também deu uma cheiradinha em LDS, a droga “must” da época dizem alguns, então eu também posso.
De fato Jobs experimentou o mundo das drogas, mas abandonou tão logo seu gênio criativo pôs-se em marcha e não precisou de nenhuma clínica para desintoxicar o sangue pelas noitadas a fio consumindo toda sorte de química para ficar “ligadão”e ter coragem de conversar com o sexo oposto.
A fuga da juventude no álcool, sexo descompassado, violência, drogas gira em torno do que fazer com o potencial de inteligência que cada um de nós possui de forma comprovada.
A minha geração utilizou a inteligência natural para criar as outras para consumir e não para destruir tirando vantagem do momento tecnológico ou fazendo piadas corroídas de tão velhas atirando na cara dos baby bommers que nossa geração é feita de gente quadrada, sem inspiração e sem brilho.
A molecadinha esquece que tudo isso que hoje é consumido vem de invenções, patentes e idéias colocas em prática pelos jurássicos de plantão, aqueles mesmos que patrocinaram as mudanças que hoje o mundo experimenta.
Há muito esse conflito de gerações vem ocorrendo agora ao vivo no Youtube.
É a geração que tem vergonha quando os pai deixam os filhos na escola.
Cabe a nós mais uma vez colocarmos as mangas de fora para ajudar essa meninada a tomar jeito e usar seu cérebro para criar como a minha geração o fez e ainda o faz.
O Brasil notadamente é um país deseducado, despolitizado, desarrumado, desarticulado, desorganizado coloca em prática o tempo da idiotização, da bestificação massificada e da estupidificação maléfica que leva gerações inteiras a saborear um gosto amargo de derrota e incapacidade.
São gerações posteriores à nossa que frutificaram a sabedoria de rua, a infâmia, o uso do tempo para “descriar” e desaprender, para ferir e jogar a culpa no vizinho.
Basta observar o que um aluno do segundo grau faz com seu tempo livre: joguinhos na internet, falar com amigos nas redes sociais, muita revista de mulher pelada para masturbação, pregar a balbúrdia a desordem e o caos.
Falta criatividade, falta administração correta do tempo ocioso, falta genialidade de criar em vez de destruir e chamar nossa geração de picaretas antiquados e quadradões.
Nós não perdíamos tempo com superficialidades, supérfluos e consumo do pico da tecnologia existente, nem tampouco utilizávamos nosso tempo livre para marcar a próxima briga de rua, dar porrada em homossexuais ou desabrigados de rua, nem, tampouco, descobrir a enésima modalidade nova de trucidar colegas de classe e professores que lutam e ganham um salário de bosta (me desculpem o palavrão, mas quando bem colocado o vocábulo traz energia e colorido) para aturar monstrinhos criados domesticamente por pais alheios e criminosamente responsáveis por toda essa bagunça.
Há exceções? Claro sempre há. Tem gente gastando tempo criando alguma coisa nova e inédita, mas são tão raros os casos que se perdem na densidade tênue como oxigênio na estratosfera terrestre.
A escola não ensina, mas faz de conta que sim, os pais fazem de conta que educam, mas na verdade promovem apenas artefatos tecnológicos aos seus filhos para se sentirem seguros, o governo faz de conta que se importa, mas trai o futuro do País articulando uma educação que cheira o escárnio e a boçalidade extremas.
Jobs nos deixa um ensinamento de que criar é uma inspiração que se soma às milhares de horas de suor e dedicação, concentração e foco.
As gerações mais moderninhas consomem a Apple, mas não sabe como ela organizou o mundo em janelas contínuas de visualização em outras linhas de programação, do mouse, da tela que aceita toque, do sistema operacional que Bill Gates utilizaria para consolidar a Microsoft.
Jobs foi além disso.
A culpa dele concorrente por ter deixado um dia a Apple fora de mercado sem dúvida o maior pecado de Steve que queria que todo o processo fosse de seu absoluto controle, coisa imperdoável em termos mercadológicos.
Novamente no comando de sua Maça, Jobs implementaria uma segunda fase da empresa que a fez ser hoje uma das mais rentáveis e de maior valor de mercado no mundo.
Mesmo afastado por mais de uma década, Jobs conseguiria com seu gênio inventivo emplacar uma nova geração de desenhos animados com a empresa Pixar, de sua propriedade que ajudou a criar um marco do desenho animado com o famoso Toy Story. A Pixar deixa a marca do criador com inovação, invenção e o estabelecimento de limites além da nossa imaginação para fazer a coisa funcionar como ele mesmo costumava dizer. Esta empresa ajudou Jobs a ser individualmente o maior acionista do grupo Disney no mundo.
O principal ensinamento de Jobs, Pixar e Apple, entretanto, é abstrato e o mais valioso bem que todos nós podemos usufruir: como não perder tempo com bobagem, como ser criativo e como agir com determinação, além claro, de muita inspiração.
O mundo certamente ficou profundamente alterado. Se para melhor ou para pior isso será julgado mais à frente.
Depois da passagem de Steve a certeza de que os baby boomers criativos estão em processo de extinção e, por incrível que pareça, não houve reprodução criativa nem inventiva que se seguiu às gerações posteriores.
Lamentável.
Descanse em paz Jobs. Seu nome se juntará a tantos outros que conseguiram alterar a face deste planeta. Obrigado por sua contribuição.