JORNAL PENA LIVRE
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domingo, 18 de março de 2012
ROMARIO DIZ QUE COPA SERÁ UMA MERDA.
Ao migrar dos gramados para o tapete da Câmara, Romário trocou os pés pela língua. Mas não perdeu o cacoete de atacante. Neste sábado (17), o deputado pendurou em sua página no Facebook comentários ácidos sobre a Copa de 2014.
“É uma pena ouvir nas rádios, ver na TV, abrir os jornais e ler que o governo federal se uniu à Fifa para que a Copa do Mundo seja a maior de todos os tempos. Uma mentira descabida! Não será a melhor e nós vamos passar vergonha”, anotou.
Queixou-se da ausência de representantes do Congresso na audiência concedida na véspera por Dilma Rousseff ao presidente da Fifa, Joseph Blatter. “Se continuar acontecendo coisas erradas e estranhas como esse encontro do Blatter com pessoas que não são ligadas a Lei Geral da Copa, ela será uma merda.”
Romário (PSB-RJ) foi à canela: “O governo federal está enganado o povo.
E a presidente Dilma está sendo enganada ou se deixando enganar.” Convocou as arquibancadas: “Brasileiros, continuem cobrando e se manifestando, porque essa palhaçada vai piorar quando tiver a um ano e meio da Copa.”
Pisou na rótula: “O pior ainda está por vir, porque o governo deixará que aconteçam as obras emergenciais, as que não precisam de licitações. Aí vai acontecer o maior roubo da história do Brasil.”
Romário prosseguiu: depois da violação das arcas, “eu quero ver se as pessoas que apareceram sorrindo na foto durante a reunião de ontem [de Dilma com Blatter] vão querer aparecer. Esse Brasil é um circo e os palhaços vocês sabem bem quem são.”
Deve-se o destampatório de Romário à composição da mesa do Planalto. Referiu-se à reunião como uma dessas “coisas que só acontecem no nosso país”. Percorreu a lista dos presentes: “O presidente da Fifa vem ao Brasil e se encontra com a presidente Dilma. Até ai perfeito!”
“Nesse encontro estão presentes Aldo Rebello, ministro dos Esportes, ok; Pelé, embaixador honorário do Brasil para a Copa do Mundo de 2014, ok; Ronaldo, conselheiro do Comitê Organizador Local (COL), ok. Só uma pergunta: qual dessas pessoas têm a ver com a Lei Geral da Copa? Nenhuma.”
Listou os ausentes: “O presidente da comissão da Lei Geral da Copa, Renan Filho [PMDB-AL], não estava lá. O relator da Lei da Copa, Vicente Cândido [PT-SP], também não. O presidente da Casa onde será votada a lei, Marco Maia [PT-RS], também não estava presente.”
Tomado pelas palavras, Romário avalia que ele próprio deveria ter recostado os cotovelos na mesa de reuniões do Planalto: “Muitos outros que têm muito a ver com a Lei Geral da Copa não estavam presentes.” Voltou a mirar a canela: “Na minha concepção de político, a política vai de mal a pior.” De novo, foi para a galera: “O povo tem total razão de reivindicar e cobrar principalmente mais seriedade e responsabilidade das pessoas que tem autonomia para decidir coisas importantes como essa (Copa do Mundo).”
Terminado o encontro do Planalto, o ministro Aldo Rebelo levou Joseph Blatter ao encontro de um grupo de deputados. Entre eles alguns dos que Romário gostaria que tivessem participado da reunião do Planalto –o presidente da Câmara Marco Maia, por exemplo.
Rebelo, Blatter e os deputados trocaram afagos e sorrisos ao redor de espetos de picanha. A julgar por sua manifestação radioativa, Romário parece avaliar que a Lei Geral da Copa mereceria um encontro mais formal. Uma reunião em que a conversa não fosse entrecortada pela mastigação do churrasco.
Opinião deste escritor a seguir.
Bom eu acho o Romário destemperado sempre, mas nesse caso ele tem razão.
O picadeiro vai ter 200 milhões de palhaços e eu já vou tratar de comprar meu nariz de borracha. Pena que não tenho dinheiro para ficar uma temporada fora do Brasil. Escolheria para ficar em Dokelau, bem longe, exatamente nas olimpíadas e copa do mundo, mais a copa das confederações para não ser reconhecido pelos estrangeiros nas ruas a me perguntar:
- ô cara é isso que vocês sabem fazer? Que droga não consigo chegar no estádio. Seu serviço de transporte é precário, hotéis caros e over price por todo lado. Vou me embora prá Pasárgada imediatamente.
Deixar políticos rolarem na maresia da grana fácil exatamente no pior entroncamento dinheiristico entre governo e construtoras, puxa vida é um sonho de consumo como criança vendo brinquedo na vitrine da loja.
Tenho vergonha de receber gente de fora aqui no meu pais, tenho medo de erguer minha cabeça quando um turista qualquer é assaltado no desembarque vindo de fora, tenho vontade de enfiar a cabeça na terra quando penso que ele pagará as tarifas de hotéis mais caras do mundo para um serviço chinfrim, com o governo parado na porta do hotel cobrando impostos sem vergonhas e desavergonhados.
Tenho vergonha de ser brasileiro nessa hora.
Romário tá certo. Picanhas à parte, a grana vai solar solta para entupir os cofres dos vadios de sempre que estão no esquema de construir e roubar, de falsear e falcatruar tudo o que enxerga pela frente.
Outra coisa esse tal Joseph Blatter. Quem ele pensa que é o Al Capone? No meu país esse cara cantaria fininho e bastante educadamente exigiria que fosse seu comportamento, senão o convidaria e embarcar do buraco de onde veio. O comitê olímpico e da copa também negociaria com eles em outros termos mais ou menos assim....aqui no nosso país nós é que daremos as ordens não vocês....
Para cimentar o defunto....
Se liberar a bebida durante os eventos esportivos porque também não liberar a maconha e o crack? O álcool mata mais que todas as drogas reunidas.
Bom, mas aí é querer pedir demais. O cartel do álcool já molhou a mão da moçada e deu de presente para o ano que vem muitos camarotes da Sapucaí e vasto arsenal de bebidas para encher a cara, afinal aqui vira tudo festa mesmo.
Ah me ajuda ai ô!
sexta-feira, 2 de março de 2012
Quem matou Gabriela Nichimura?
Segundo o parque Hopi Hari foi o mordomo o culpado da menina desabar de 20 metros de altura numa cadeira imprópria para uso havia muito tempo.
Nada cabe de culpa ao parque, sua direção ou qualquer empregado. Foi um acaso do destino, uma fatalidade. A japonesinha em férias no Brasil cometeu um suicídio e vamos encerrar o caso para não prejudicar as vendas do Hopi Hari e seus fantásticos brinquedos, afinal de contas Gabriela estava na hora errada e sentada no lugar errado.
Com as bençãos Papais em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Sabe o que vai acontecer depois da morte da menina sem sorte?
Nada.
Vão desenterrar um Zé Mané sem lenço e sem documentos, auxiliar de serviços gerais, desdentado e ignorante como uma mula para dar uma de bode expiatório e ele será culpado por tudo até pela mudança do clima.
É assim que se resolvem as coisas aqui no Brasil que envolvem interesses comerciais de empresas que, geralmente, faturam horrores às custas da segurança das pessoas.
O Hopi Hari, na largada, disse que a menina não estava sentada na cadeira problemática cujo problema era sim de conhecimento da direção do parquinho e que ela estaria numa cadeira B qualquer.
Mentira. Agora as fotos pegaram a gerentada do porque de calcinhas na mão e que agora preferem fechar a matraca para não se comprometer ainda mais.
Dureza.
E Gabriela precisou viajar meio planeta de avião numa viagem de mais de 24 horas, na prática, para morrer no território brazuca por negligência da meninada feliz que explora um parque com a manutenção andando de cadeira de rodas.
Pior que isso.
O povão assiste a tragédia e no dia seguinte está na fila para comprar ingressos para seus filhotes. Aposto o Pão de Açúcar no Rio de Janeiro que o parque está cheio hoje dia primeiro de março de 2012 e as famílias achando tudo normal. Perdeu-se o senso de perigo.
É o mesmo que receber passageiros num avião velho remendado com arame e dizer que aquilo não tem perigo. Bah!
A justiça mais uma vez vai entrar no enrola, enrola, embroma, embroma e no final vai jogar no xadrez o Seu Mané vindo da Paraíba semana passada que veio varrer o chão do parque em troca de pirulitos Zorro como salário.
Um País que deixa gente dirigindo jetski na praia aniquilando até quem anda nas areias, que libera geral para parques matarem a granel, sabidamente não é um lugar onde eu gostaria de ter nascido, vivido ou morrido.
A polícia vai indiciar os responsáveis pelo parque, claro, um belo grupo de investidores que vai pagar sua licença para matar a preço de abacaxi na feira. O juizes vão condenar os réus a pagarem 2 cestas básicas ou ajudarem uma velhinha atravessar a rua. Ou até, quem sabe, dar de presente um carro novo para o filho do magistrado em troca de culpar o seu Zé.
De volta para o Japão os pais de Gabriela levarão na bagagem as cruzes de seu calvário, uma “banana” da justiça brasileira e uma indenização capaz de pagar um sanduíche de pão com “mortandela” na esquina, isso somente daqui a 300 anos quando eles estiverem enterrados, mortos e sepultados.
Vá pedir justiça para o padre isso sim.
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