ESPIONAGEM GLOBAL
Não tem mais jeito. O tempo do
segredo acabou-se. Todo mundo revelado, carimbado, espionado, fuçado,
esquadrinhado e rotulado.
Os últimos governos americanos
chutaram o pau da barraca e abriram geral a mais acachapante espionagem de
todos os tempos. Vale tudo. Emails, cartas, telefones, telégrafos, faxes e até
cochichos ao pé do ouvido.
As paredes da vergonha na cara foram
para o espaço juntamente com as ondas transmitidas para espiões decifrarem o
que queremos, comemos, pensamos e imaginamos.
Barak Obama está no comando do último
capítulo dessa novela bem sem vergonha, por sinal, e imoral que seu governo que
busca incessantemente saber de tudo e de todos espionando amigos e inimigos,
antigos aliados ou desafetos eternos.
Até Dilma Roussef teve sua vida
exposta frente ao senhor feudal americano que, infringindo tudo o que
consideramos legal, pegou a moça de calça na mão e sabe até que marca de shampoo
ela usa e quanto coloca nos cabelos.
Cada um dos maiores líderes mundiais
tem sua ficha completa no armário de Obama com as marcas de dente preferidas,
papos de família, segredos do alfaiate, ou da manicure, quantos fios de
macarrão cada um comeu no jantar e se o café estava na temperatura correta.
Se bem que espionar o Brasil é mais
para dar risada do que fazemos por aqui no parquinho de diversões do governo
brincando de malabarismo com sua população sofrida que não consegue mais
enxergar a luz no fim do túnel, pois este foi superfaturado e não teve as obras
continuadas por decisão da justiça.
Feliz quem ainda mora nas cavernas e
fala com seu vizinho dando uns bons gritos na ravina falando sobre a divisão da
caça e da pesca.
Obama representa um governo fora da
lei que justifica todos seus atos como se todas as pessoas no mundo estivessem
com vontade de colocar bananas de dinamite no assento do presidente americano
fanfarrão.
Pela segurança nacional espiona com a
maior cara de pau até o nosso trato intestinal para ver se não vamos poluir a
atmosfera com as flatulências do dia a dia.
Nada vai adiantar as estrebuchadas da
Dilma da chanceler alemã Ângela Merkel que unidas tentam fazer com que o
governo americano venha a público se explicar.
Explicar o que?
Quando se tem a boca na botija o
máximo que podemos fazer se for criança é dar uns bons safanões na hora em que
o pequeno meliante é pego com o dedo no creme do bolo antes da festa começar.
Com Obama vai reclamar para quem se
até o papa é espionado?
A ONU é palco pago dos EUA, a corte
internacional pode ser comprada por Obama e seus espiões apaixonados.
Não há o que fazer.
Um pouco dessa culpa é nossa,
enquanto conectados globalmente com imensa vontade tacanha de exibirmos tudo o
que nos diz respeito no celular, internet, redes sociais e afins.
Quem hoje achar um celular no chão e
ligá-lo vai descobrir tudo acerca do seu dono, onde nasceu, para onde vem e
para onde tinha intenção de ir, o que comprou no supermercado e se a aventura
com sua namorada rendeu ou não um bom filme pornográfico que igualmente poderá
ser assistido com legendas e os gritos e ai e ui.
Se no meio dos gritos de prazer ele
ou ela gritar Oh My God já estará nas garras dessa gentalha do governo
americano que passa os nossos segredos maiores boca afora.
Um meio prático de escapar a tudo
isso é juntar milhares de super engenheiros e criar sistemas impenetráveis a
qualquer tentativa de bisbilhotice.
Isso soa a gastar uma grana que
ninguém tem e montar equipamentos que talvez ainda sejam ficção por ora.
Outra medida prática é sussurrar aos
ouvidos interessados em nossas conversas não antes verificar se não instalaram
nenhum microfone espião nas entranhas dos interlocutores.
Usar a velha e conhecida carta
entregue em mãos com aquele selo antigo de cera que se usava para lacrar as
correspondências.
Outro método prático é mandar
bilhetinhos como fazia Jânio Quadros quando era prefeito de São Paulo ou John
Kennedy nos EUA. Simples é prático, barato e se for cifrado melhor ainda algo
como “fui comer feijoada na esquina” como sendo a senha para “vou abastecer meu
carro no posto Shell da Rua do Gasômetro 262 em frente ao bar do Maneco”. Indecifrável.
Dilma na ONU falando a respeito da
espionagem de Obama foi doce e subserviente demais pelo tom que usou, mais ou
menos “não faça mais isso menino travesso, vai apanhar no bumbum”.
Perdeu uma ótima oportunidade de
rasgar o verbo com o moço bom no norte, descer o tamanco na cabeça dele e
dizer-lhe algumas verdades maiores que o deixaria usando calcinhas cor de rosa
no meio do capitólio.
Não teria muito mais o que fazer já
que o cara tem na mão a faca, queijo, goiabada, mesa, as velas aromáticas e um
arsenal atômico de mega computadores capazes de fazer exame de sangue do Padre
Inácio baseado apenas em sua conversa no Face com seu sacristão a combinar a
próxima missa.
Ultraje a rigor, megalomania de uma
sociedade louca e rica, devaneios de um governo impróprio para menores de 90
anos, mais um presidente eleito com voto de confiança para agir de forma
totalitária espionando até a sua santa mamãe no Publix (rede de supermercados
americana).
Somos culpados de tudo isso vez que
lá e cá ninguém liga a mínima se os governos têm ou não autorização da
sociedade para agir fora da lei, como estamos preocupados com o preço da banana
e o prognóstico de próximo jogo da Copa do Brasil tanto fez como tanto faz.
E como Obama vai ler esse meu email
mal criado, vez que todos somos espionados, quero que ele vá igualmente prá tonga
da mironga do cabuletê.