JORNAL PENA LIVRE

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terça-feira, 15 de junho de 2010


















NÃO É QUESTÃO DE SEMÂNTICA

O governo Lula aclama aos quatro ventos que o Brasil está se desenvolvendo numa velocidade próxima dos famosos tigres asiáticos da década de 80/90 do século passado, fala das conquistas sociais, das aventuras do seu ministério das relações exteriores, blá, blá e blá. Tudo conversa para tentar eleger Dilma.
Manga de camisa e manga fruta, embora sejam palavras escritas da mesma forma, uma não tem nada a ver com a outra, bem como fogos pode ser plural de incêndios ou artefatos do tipo rojão, e bombas de festas juninas.
Lula confunde desenvolvimento com crescimento. Será que são a mesma coisa? Explica-se
Crescimento é medido pelo PIB, que é tudo o que o Brasil produz na economia. Essa medida tem apenas uma conotação de comparar valores econômicos e dá indicio a uma verificação de desempenho e fica por aí.
Desenvolvimento diz respeito ao que o país pode produzir com seu PIB acompanhado da qualidade de vida das pessoas, redução das catastróficas desigualdades sociais e o maior respeito ao meio ambiente e não é medido monetariamente e, sim, através do IDH (índice de desenvolvimento humano mede o nível de bem estar de uma população) e do índice de GINI (é utilizado para calcular a desigualdade de distribuição de renda de uma região)
Desenvolvimento está ligado diretamente às pessoas e como elas sentem a presença do Estado, à medida que pagam seus impostos cada dia maiores, mais injustos e, ainda, ao conceito do atendimento das necessidades de um grupo de pessoas, da sociedade enfim.
Celso Furtado (1968) dizia que o desenvolvimento possui um sentido, é um conjunto de respostas e um projeto de autotransformação de uma coletividade humana. Nenhum dos três candidatos à presidência no Brasil tem essa ideologia na cabeça e no coração, mas tão somente rascunhos de obscenidades políticas e idiotices econômicas que estão, sim, transformando o Brasil num país rico com índice de desenvolvimento saariano.
Acho que alguém tem que ensinar aos candidatos apresentados para as próximas eleições que uma coisa não é igual à outra, muito pelo contrário.
A partir do momento que temos um país como o nosso capaz de alcançar um PIB da ordem de pouco mais de UM TRILHÃO de dólares, mas de outro lado ainda observa gente morrendo nas filas dos hospitais nos quatro cantos da rosa dos ventos ou pessoas sem poder sair às ruas por conta das balas perdidas, que podemos afirmar que o Brasil está se desenvolvendo bastando, para tanto, olhar os números do PIB.
Isso é conversa para fazer manada dormir no pasto. Nunca dantes na história deste país, parafraseando Lulalá, tivemos números educacionais tão terrivelmente críticos, saúde terminal de norte a sul e no quesito segurança nossas cidades parecendo a faixa de Gaza.
Não precisa ser muito bidu para entender do que eu falo. Basta apenas fazer uma visita aleatória em qualquer hospital público para perceber que nem existe gaze, os doentes entopem corredores, restos de curativos dividindo espaço com ratos, médicos de menos e vergonha de mais.
Ou quem sabe dar um pulinho da escola publica ali na esquina para descobrir que giz não tem, professor também, plano de ensino pobre, livros didáticos escritos por pessoas analfabetas e alunos depredando tudo na base da bordoada.
Que dizer então da segurança? Tem gente sendo assaltada dentro de Delegacia de Polícia e o policial de plantão nada faz. É o cúmulo.
Falar em crescimento sim, desenvolvimento, Sras e Sres, isso não, não mesmo.
Enquanto tivermos pessoas morrendo aqui mesmo no estado mais rico da nação, crianças desoladas pela falta de assistência educacional; famílias vivendo sob a linha da pobreza absoluta, doentes apodrecendo nos fétidos hospitais públicos brasileiros, com raríssimas exceções, um povo sendo objeto de assalto, seqüestro, assassinato dentro das Delegacias, afirmar que somos desenvolvidos é irritar minha santa ignorância. Isto é pura provocação dos candidatos a presidente.
Desenvolvimento se constrói distribuindo renda com emprego e educação, não jogando dinheiro em programas para criação de uma geração parasitária com ajuda do Bolsa Família. Desenvolvimento se faz com serviços que já estão pagos na fonte com os horrorosos impostos que recolhemos.
Desenvolvimento é aluno sentado no banco da escola aprendendo matemática, geografia, ciências, português, educação moral e cívica, ética e depois freqüentar uma universidade pública de altíssima qualidade, grátis para quem não pode pagar e cara para os filhinhos de papai e, como conseqüência, formarmos profissionais dignos de nota dez.
Criar um país desenvolvido é ter um PIB social que representa o ganho que a sociedade pode verificar no decorrer do tempo com seu esforço pagando na marra tributos sobre tudo o que produz ou consome.
Por isso posso afirmar que temos um PIB até que razoável, embora o governo insista em travar nosso crescimento com juros indecentes para segurar o consumo quando o natural seria incentivar o processo produtivo transformando-o em ganho de escala. Deste PIB apreciável, de outra feita, tiramos um índice pífio de desenvolvimento que esse o que conta de fato, é esse que nos faz ficar sem medo de sair às ruas não temendo sermos assaltados ou fuzilados, ou aquele que me dá o médico quando preciso e o remédio quando necessário e o desenvolvimento que oferta aos filhos do Brasil uma educação de primeiro mundo. Correr atrás do PIB é fácil.
Os candidatos fazem isso e falam que estão no caminho do desenvolvimento.
Uma mentira tão mentirosa quanto aquela que nos contaram, anos atrás, onde deveríamos fazer o bolo crescer primeiro para dividi-lo depois.
E o povo acredita votando nos três paladinos do mesmismo que vai ter alguma chance de lograr êxito com promessas de PIB maior e coisas afins e conseguir ter suas efetivas e autênticas reivindicações atendidas. Rsrsrsrs
Quero ver peito, valentia e coragem para detonar toda essa patifaria de impostos e criar algo novo copiando modelos comprovadamente melhores e mais baratos.
Dilma, Serra e Marina nenhum deles tem esse estofo nem vontade de fazer isso.
Todos falam em fazer o PIB engordar deixando no osso o desenvolvimento que é o que queremos na verdade. Não nos serve para nada riqueza e pobreza do mesmo lado da moeda.
Lamentável um país como este, com duzentos milhões de habitantes, ser capaz de produzir uma safra tão estéril de pessoas que se apresentaram para ascender ao poder.
Será que dentre o novo povo não poderia ter surgido uma coisa menos mixuruca que Serra, Marina e Dilma?
Não tinha coisa melhor? Pobre Brasil.
Seja lá quem for que vai se sentar no “puder” a população vai amargar mais cinco ou seis anos de mais balas perdidas, pobres morrendo de fome, crianças desnutridas educacionalmente falando, faculdade vomitando profissionais que servem para matar, derrubar pontes ou chamar o Juiz de Sr. MERETRISSIMO, e do nosso bolso vazando uma conta galáctica de impostos a pagar.
Não tenho mais esperança de ver minha geração colhendo os frutos do que plantou lá atrás. Viver num país onde pendurar uma bandeira na parede e ser patriota não fosse somente para torcer em época de copa do mundo de futebol, nos sentindo sem qualquer orgulho e todos feridos pelos mesmos beócios de sempre.
Pior ainda. As promessas do próximo mandato, não importando quem vai carregar aquele enfeite de presidente no ombro, são as mesmas: manter na ionosfera as taxas de juros, cabides de emprego, falácia, fisiologismo, deixar a saúde pública se transformar em campos de concentração, a formação de alunos cada vez mais estúpidos por uma educação de farsa, sistema bancário estufando os cofres de tanto gerar lucros e uma amaldiçoada distribuição de renda que é apropriada a Bangladesh ou Suazilândia.

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