JORNAL PENA LIVRE
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quarta-feira, 25 de agosto de 2010
VIOLÊNCIA DA SOCIEDADE NÃO DA POLÍCIA
Tombstone. Arizona (EUA). Em 26 de Outubro de 1881, uma disputa entre os irmãos Earp (família de Delegados norte-americanos) e um grupo conduzidos por Ike Clanton ( chefe de uma gang de bandidos) culminou no tiroteio mais comemorado do folclore ocidental -- o Tiroteio no OK Curral. Três do grupo de Clanton morreram, Ike e um outro membro ferido conseguiram escapar. Três irmãos Earp -- Virgil, Wyatt e Morgan -- junto com o Doc Holliday sobreviveram. Morgan e Virgil foram feridos, e Virgil deixou de ser xerife por sua participação nos homicídios.
Parece que o Rio de Janeiro nesta semana que passou repetiu a dose. Desta vez não em OK Curral, mas na zona sul nas imediações do hotel Intercontinental, que fica localizado bem perto de uma entrada de favela.
O confronto envolveu bandidos e policiais civis e militares em vasto tiroteio a céu aberto. Uma verdadeira chuva de balas de altíssimo calibre, principalmente do arsenal dos bandidos.
O motivo de tudo isso no fritar dos ovos: os assaltantes querendo recursos líquidos para financiar a movimentação do comércio de drogas e armas. Simples. Apenas e tão somente uma questão de negócios.
Já falei aos quatro ventos que a solução não é colocar um policial em cada metro da cidade armado até os dentes.
Ninguém quer apostar no mais óbvio. O que move esse imenso e bilionário circuito?
O consumo. Só isso.
O tráfico continua sendo o tal por conta da principal engrenagem do sistema: o desinfeliz que faz uso de substâncias tóxicas. Todas elas, a começar do álcool que abre as portas para as demais drogas peso pesado.
O mercado consumidor varia, mas fica dentro de alguns parâmetros e um deles é a classe econômica do usuário(a). O produto é caro, logo quem mais compra são as classes média e alta da população.
Evidente que tem o consumo de drogas baratas como o crack que qualquer dez reais compra, mas não é considerada droga da “onda” nem da moda.
A sociedade é a grande culpada da situação de sítio que vive o Rio e seus momentos de OK Curral. E é dela que deve brotar a solução para essa encrenca.
Não havendo consumo o sistema se quebra automaticamente.
Cada cidadã(ão) ao lançar mão do consumo da qualquer droga investe pesadamente no tráfico de armas, drogas, corrobora bastante para centenas de mortes ligadas ao narcotráfico, abastece os cemitérios com uma quantidade enorme de vítimas, a maioria inocentes que tombaram com balas perdidas.
Falo do jovem, não importando o sexo, que se veste bem para a baladinha e curtir com a turma, que dá uma passadinha nos milhares de pontos de vendas em todo o Brasil, especialmente Rio e São Paulo, para adquirir um pacotinho inocente de droga, bem como os outros do grupo para embalar na noite que promete.
O carro segue com todos felizes para a curtição e deixam no rastro uma trilha de sangue e são, por isso, corresponsáveis principais do cenário de Tombstone no Rio e em outras grandes cidades.
A polícia pouco pode fazer. Não tem gente habilitada, não tem inteligência para agir de outra forma, não tem armas, treinamento ou cabeças capazes de combater o crime, não somente na linha de frente como também nos bastidores.
O governo também não faz sua parte. As campanhas para evitar a juventude adentrar no mundo das drogas e retroalimentar o sistema de crimes são escassas e infrutíferas.
A abordagem do tema em campanhas deve ser absolutamente impactante a começar do banco da escola, passando pelo ensinos médio e superior, além de abordar igualmente as estruturas familiares em anúncios de jornais, revistas, campanhas televisivas ininterruptas, internet e redes sociais, adicionalmente um amplo programa de atendimento às vítimas do holocausto que estamos assistindo.
O governo ainda tem que profissionalizar as vigilâncias de fronteira para não deixar armas entrarem no território. Operações que não sejam de faz de conta e sim sérias, coordenadas com serviços de inteligência e congruentes com articulações de países vizinhos para o mesmo fim.
O combate tem que ser palmo a palmo das nossas fronteiras. É um trabalho caro, mas que compensa pela contabilidade de vidas salvas e o prejuízo para o próprio Estado no tratamento de pessoas viciadas e ou mortas.
Evidente que há falta de vontade política para disparar os processos acima, de forma simultânea, por interesses escusos e mesquinhos de uma politicalha criminosa.
De qualquer forma, acredito que a sociedade tenha mais facilidade para interromper a sequência do crime exatamente no seu ponto crucial – a compra das drogas pelos seus filhos e filhas.
Para isso acontecer basta apenas a conscientização de gravidade do problema e assunção da culpa paralela, bem como a organização da sociedade em caráter de urgência para estancar a sangria dos seus filhos mortos todos os dias e a cidade à mercê das cenas de Ok Curral, Waytt Earp & irmãos, Doc Holliday e o bando dos Clanton.
sábado, 21 de agosto de 2010
O PALHAÇO BOMBA
Começou em grande estilo o horário da roubada eleitoral. Acho que vou detonar minha parte palhaço bomba (personagem de Hugo Possolo, palhaço, dramaturgo e diretor dos Parlapatões e do circo Roda e é autor do livro Palhaço Bomba).
Zona assim nem na faixa de gaza.
O circo arma-se na largada. Já repararam nas figurinhas que apareceram este ano para as eleições?
Os candidatos apresentaram à Justiça Eleitoral opções de nomes que podem servir de chacota do eleitorado.
Irmão só pesca, Cazuza força e fé, Didi Maravilha (DEM), Arrocha Gadelha (PMN), Nenem Chicute (PHS), Sanduíche (PHS), Guaraná (PT), Fofão (PRB) e JF Johnnys.
Celebridades imbecilóides também registraram suas candidaturas: Mulher Melão e Pêra, Maguila, Tiririca, Batoré, Tati Quebra Barraco, Reginaldo Rossi, Romário e vai por aí afora.
Fico imaginando que lindo o picadeiro com essa gente desfilando. Imediatamente me faria lembrar filmes de horror da pior espécie.
Tiririca pede voto e esclarece que não sabe o que um deputado faz, mas que promete revelar aos bobos que votarem nele como é a coisa lá por cima.
Não quero aqui celebrizar o preconceito não. Muito pelo contrário.
Acho que o conceito democrático por aqui está mais sujo que pau de galinheiro com todas as penosas tomando laxante.
Deus me livre.
Prega-se a igualdade de oportunidades que fez levar ao planalto um homem sem escola, sem trabalho, que zomba da língua portuguesa e grita que ler livros é coisa de gente sem imaginação.
Para lixeiro no Rio de Janeiro exigia-se, na última seleção de gari, pelo menos o segundo grau completo. As empresas de recolocação de pessoal são testemunhas de que para empregos bem modestos: porteiro, carregador, pedreiro são requeridas muitas qualificações.
Para os cargos eletivos não. Basta o cidadão ou cidadã melar o dedão na tinta e esfregar no papel, a tal assinatura por extenso, que já franqueia seu registro.
São milhares de analfabetos de pai e mãe, gente sem qualquer estrutura de um mínimo de entendimento, discernimento, sem estofo psicológico ou emocional que serão, certamente, eleitos pelo voto popularesco.
O que esperar de um Romário em pé na tribuna falando para os colegas?
Que show deveremos esperar de um projeto feito por Tiririca?
Pelo menos o riso está garantido e muito entretenimento “baratio”.
O Brasil precisa urgente de uma lei que impeça terminantemente essa bizarrice, coisa de país atrasado e medieval.
Democracia não é liberar geral e estender lona de circo onde estejamos.
Democracia não é deixar qualquer borra bostas tomar conta da coisa pública.
Democracia não requer, para se firmar, um padrão tão baixo quanto esse, nem oferecer o que temos de pior para nos governar em nome da igualdade.
Igualdade e democracia pressupõem separar o joio do trigo, os bichos das frutas e colocar cada um no seu lugar.
Não creio que consigamos construir alguma coisa com esse grupo aí de cima nos governando. Mulher Melão e Mulher Pêra, o que esperar dessa dupla a não ser escândalos e vergonhas?
Avacalhação.
O processo eleitoral brasileiro virou um manicômio oficial.
Juntei o que me restava de estomago forte e me concentrei durante dois dias acompanhar a propaganda eleitoral na Tv e ver o “niver” dos candidatos.
O que vi foi suficiente para me questionar o que ainda estou fazendo neste Pais que não pego minha malinha e viro andarilho indo para rumo ignorado e não sabido.
Sou pagador dos meus impostos, ainda de que forma compulsória, sou respeitador da lei, não prejudico outrem, trabalho e ganho meu próprio sustento. Faço minha parte no latifúndio contribuindo para um Brasil melhor dando meu modestíssimo exemplo de acurácia e honradez.
Com meu jornalismo tento apontar o caminho para um lugar melhor. Sinto-me roubado, vilipendiado, frustrado em ver a canalhada tomar conta do poder e realizar assaltos bilionários aos cofres que a todos pertencem.
Sinto muita vergonha por ser parte deste povo e ser um modesto jornalista, por trabalhar sempre pelas coisas justas, por andar enamorado da honestidade, por falar a verdade e ver todo esse povo enveredar pelas desventuras da desonra.
Um horror me percorre o corpo com medo de ter lutado, de forma particular, pela real democracia e ter que entregar aos meus filhos uma flagrante derrota das virtudes, a falta de sensatez no julgar a verdade e a acachapante negligência com a família como um todo.
Sinto calafrios em ver que o “eu” prevalece sobre qualquer coisa e a felicidade conjunga-se pelo verbo possuir e que o caminho escolhido por muitos às vezes utiliza o corpo do próximo como degrau.
Estou envergonhado de ver tanta passividade, falta de humildade e o uso de tantos requintados artifícios para justificar atos criminosos e fazer parte de um povo que não consigo me identificar.
Um povo que insiste em voar por caminhos tortuosos divagando sobre idéias que não consigo compartilhar e que joga no lixo seu futuro por tostões nas esmolas dadas pelo Estado, me ruborizo por conta de minha impotência, talvez de falta de garra, das falsas ilusões e do meu cansaço.
Infelizmente não tenho para onde ir e fixar-me em algum lugar seguro. De qualquer forma, fica o sentimento de amor pela terra onde nasci, o orgulho de ver nossa bandeira que nunca me serviu como instrumento para uma reles manifestação de nacionalidade cheia de pecados inconfessáveis. (trecho adaptado discurso Rui Barbosa).
Nas piadas prontas o real teor da risada em imaginar escolher um repertório inusitado de “pessoinhas” minúsculas que são as tais celebridades que se fizeram famosas, não pela conduta coerente e correta, não pela criação de algo inusitado, pela criatividade ou perspicácia. Muito pelo contrário. Alguns fichados na polícia. Mulher Pêra e Melão pelos traseiros e seios emborrachados com silicone. O resto nem vale comentar.
Parafraseando Rui Barbosa ainda termino dizendo que ao lado da vergonha de mim tenho tanta pena de ti povo brasileiro.
O maior gasto, após as eleições, que todos os pagadores de impostos vão arcar é uma lona de circo bem grandona para caber todos nós os palhaços do circo do Arrelia.
Viva la France.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
QUEM VAI QUERER BACALHAU?
Eleições 2010. Nunca os famosos bordões do velho palhaço, o Chacrinha, estiveram tão em moda e apropriados para o momento.
“Quem não se comunica se trumbica”.
“Eu não vim aqui para esclarecer, eu vim para confundir”.
“Quem vai ganhar o troféu abacaxi?”.
O velho guerreiro era super divertido. Jogava pedaços de bacalhau salgado para a platéia e dava suas sonoras buzinadas para quem desafinava no quadro de calouros em desfile.
O programa inteiro parecia um pandemônio televisivo e um completo improviso. Não era não. Tudo devidamente esquadrinhado no script que Abelardo Barbosa despachava do seu escritório improvisado junto ao palco. O passo das belas dançarinas (chacretes), a hora correta de jogar o peixe, quem já estava predestinado a receber a buzinada pelo andar da carruagem do ensaio dos candidatos a uma bela voz.
Os jurados também eram por Chacrinha selecionados a dedo: Décio Picinini, Aracy de Almeida, Carlos Imperial, Pedro de Lara e seus famosos lírios brancos e a efusiva Elke Maravilha.
Apesar da aparente bagunça o ritmo seguia conforme o papel do velho gorducho.
O processo eleitoral de 2010 é muito parecido com o programa do Chacrinha. Para não levar isso em tom de coletivo, vamos deixar apenas os candidatos à presidência nesta análise.
De todos os debates, aparições, discursos lidos ou de improviso, nenhum deles apresentou até agora algo consistente. Joga-se o bacalhau aqui, ali e acolá, buzinaços ruidosos, e todos gritam que vieram para confundir e não para resolver os problemas reais do Brasil.
Todos batucando dentro do ritmo da firula, do fisiologismo, do cântico da sereia, de bom mesmo só o abacaxi da caravana do Velho Barrigudo.
Marina com seu discurso tipo verde. Imaginando que tudo se resolverá não capinando pastos pelo país soando uma rima desconfortável num discurso absolutamente vazio.
Serra e Dilma estão empatados, não somente nos índices, mas no vácuo absoluto de suas ideias. Dilma fala de educação e assuntos estruturais do Brasil sendo equacionados com meros ajustes técnicos. Serra segue no trem bala logo atrás imitando e tirando o seu da seringa da opinião pública.
Todos os assuntos graves viraram apenas discordâncias amenas e sem sal.
Podia usar um palavreado chulo que o momento exige. Com o perdão de todos, mas os candidatos estão se borrando nas calças de fazer um enfrentamento político, ou como eu gostaria de ter dito um cagaço sem paralelo.
Plínio de Arruda Sampaio aproveita essa deixa e malha a ferro frio e o único que está fazendo algum tipo de política, embora suas sugestões e soluções sejam carnavalescas.
Dilma, de seu lado, enche também a fralda de medo de que os outros apontem os milhões de erros do seu partido enquanto governo. Diz ela que não se faz política olhando pelo retrovisor. Conseqüentemente a pancada no poste será maior por não aprender com erros cometidos, alguns infantis e absurdos que só são observados no espelho histórico que ficou para trás.
Os debates fluem para o pôquer televisivo e todo mundo esconde sua carta.
A banca perde sempre e é esta que nos representa.
A derrocada educacional, a estrutura falida dos impostos pessimamente distribuídos, a questão eterna da segurança e a saúde maltrapilha e doente terminal.
Isso ninguém ainda falou porque nenhum partido sequer admite pensar em resolver a coleção de assuntos espinhentos que a sociedade demanda.
Não tem inteligência em proposta alguma condizente com o nauseabundo desconhecimento de tudo o que o Brasil precisa neste momento. Falta de interesse e de personalidade substabelecendo à sociedade, como um todo, um porvir macabro e com todos nós sendo peças descartáveis de um imenso quebra cabeças.
Voto nulo, voto útil. Quando nos livraremos disso? Votar no menos pior. Arre....
Não me sentirei representado por Serra, Dilma, Marina ou o pitoresco Plínio Sampaio.
De novo a pergunta que não quer calar. Será que um país como esse não consegue produzir mais que essas patéticas figurinhas?
Dilma com seu passado digno de filme de Boris Karloff; Serra esconde um bocejo de uma direita que há muito deveria estar extinta, mas não está. Marina com seu discurso que tudo enxerga pecado e que qualquer situação pode ser resolvida se passarmos a respeitar o chocar dos ovos das águias carecas do Himalaia.
Os nanicos pulando no picadeiro cada um com seus textos inflamados julgando-se os donos da verdade e cuspindo fogo a troco de míseros 1% de votos, se muito.
Na hora H de apertar o botão, quando estiver sozinho na cabine de votação, meu cérebro me cobrará um acerto de contas e que não terei cartão de crédito suficiente para pagar.
Gostaria de que a máquina tivesse mais teclas de opções de voto, a saber:
1. Não voto em safados(as) (plim plim plim);
2. Não voto em fichados (as) na polícia (plim plim plim);
3. Não voto em guerrilheiros (as) e afins (plim plim plim);
4. Não voto em nanico(s) (plim plim plim);
5. Voto no Macaco Tião. (plim plim plim).
Só nos resta chorar imaginando que os próximos anos serão a mesma coisa: saúde na UTI, educação de porão, violência e balas achadas na cabeça de todos, impostos criminosos e uma saudade imensa dos tempos dos militares, pelo menos para botar essa gentinha para correr.
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
HUMANIDADE DE UM GOVERNO
A jovem da foto acima é a iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, 43. Ela foi condenada à morte por apedrejamento por adultério, uma acusação que ela nega, em um caso que provocou condenação internacional.
O caso é típico desses países fundamentalistas que condena à morte cidadãs que cometem adultério, mas que promete duzentas virgens no paraíso ao maluco que explodir uma bomba dentro do metrô.
A selvageria patrocinada pelo amigo fraterno de Lula, o desequilibrado Mahmoud Ahmadinejad, é o selo impresso do seu governo assassino, cujas leis são escritas por entes divinas apenas e tão somente para o governo local conseguir controlar a turbe.
Assassinar a moça na base da pedrada é o retrato falado da mais pura crueldade por um delito que no mundo ocidental é resolvido com uma boa e sã conversa entre o casal.
O governo Lula corre em querer estampar a marca do super homem tentando resgatá-la daquele manicômio de Mahmoud Ahmadinejad e trazê-la ao Brasil.
Por si só um ato de humanidade, não fosse inverter a ordem natural das coisas, aqui mesmo dentro do Brasil com muitas mulheres sendo trucidadas por namorados/maridos/noivos alucinados, outras tantas detidas em prisões domiciliares, trabalho escravo e tráfico de mulheres que abastecem as ruas na vil comercialização do sexo, algumas até menores de idade.
Cuidar do bem de outra pessoa em outro País especialmente o Irã acho pertinente, desde que tenhamos feito a lição de casa.
O Ministério das Relações Exteriores não é pago para salvar mulheres brutalizadas por governos selvagens como o de Mahmoud Ahmadinejad. Existem organismos mundiais ligados à ONU que são capazes de lidar com esse assunto ou a ONG internacional de diteiros humanos (Human Rights Watch). Lula deveria deixar o salvamento da moça nas mãos de quem sabe lidar com isso e se voltar para a miséria de muitas mulheres assassinadas diariamente por facínoras vestidos de bons maridos.
O governo de Teerã vai novamente fazer o Brasil de palhaço como já fez na negociação nuclear. E os tontos aqui caíram direitinho na armadilha do presidente do Ira fazendo vergonha mundial que nunca será esquecida, noves fora nada que, adicionalmente as políticas externas pitorescas do Brasil, está desalinhando o País inteiro em termos de tolerância aos estados absolutistas como o Irã.
Nunca na história deste País eu vi atitudes tão complacentes para governos que adotam o terror ou comportamentos de faroeste como Venezuela e companhia.
Acho oportuno o Brasil pressionar os órgãos competentes para que Sakineh Mohammadi Ashtiani não seja trucidada num ritual de selvageria que ficaria ótimo no ambiente pré-cambriano terrestre.
Mais que isso é bobagem. Não surtirá efeito e perderemos tempo negociando com pilantras do calibre de Ahmadinejad. Diga-se de passagem que ele foi vítima de um atentado semana passada em Teerã ferozmente negado pelo governo iraniano.
A execução intolerante da jovem, que dizem ter pulado a cerca e traído seu marido, deveria ser acompanhada também de pedradas nos toucas pretas, os tais Aiatolás, mais Ahmadinejad de embalo para exterminar o mal que assola o Irã.
No Irã não tem julgamento para casos como o de Sakineh, basta apenas uma denúncia vazia do maridão que a mulher é executada prontamente. Falou tá apedrejado e ponto final.
A dor pungente da moça é compartilhada integralmente com as outras 3,5 bilhões de mulheres ao redor do mundo. Enquanto existirem países com loucos no comando, subjugados sob a toga de ideologia fundamentalista, revoltados com o relativo sucesso do ocidente onde as mulheres podem usar bikinis e fazer topless, ou mandar o marido plantar batatas, estaremos experimentando barbáries como essa adoçada pelos barbudos de plantão no Irã ou países semelhantes.
Gostaria de ver o governo brasileiro voltar-se e dar as costas para genocidas como Ahmadinejad e outros tantos do mesmo naipe aqui mesmo na América do Sul.
Registro a tempo que Lula assinou sansões da ONU contra o Irã. Não havia como escapar disso, mesmo porque nos interessa muito mais vendermos para os EUA do que para aquele distante e tenebroso país muçulmano.
terça-feira, 3 de agosto de 2010
GOL DE PLACA – FIM DO MUNDO
O melhor momento do futebol. O gol é sempre festejado. A GOL (empresa aérea), de outro lado, é o que há de pior em nossa aviação.
O presente de fim das férias escolares, ofertado pela GOL Linhas Aéreas, foi realmente inesquecível. Não pela eficiência, pontualidade e presteza. Muitíssimo pelo contrário.
Caos total.
Vôos cancelados, atrasados, passageiros abandonados nos aeroportos sem eira bem beira, sem comida e sem hospedagem. Isso sem contar o verdadeiro manicômio aeroportuário brasileiro sempre a beira do colapso.
Tão logo a nova tropa de elite da corrupção tome conta do poder após as eleições, que tal colocar em discussão de forma séria a questão de se trazer copa do mundo de futebol e logo depois uma olimpíada aqui no Brasil?
Não precisamos passar uma vergonha mundial tão enorme quanto a incompetência para gerir o sistema de transportes públicos no Brasil.
O próximo governo tem que tomar providências urgentes ou será melhor comunicar à FIFA e ao COI (Comitê Olímpico Internacional) a desistência do Brasil em sediar jogos de futebol e olimpíadas.
A GOL faz aquilo que lhe dá na telha. Cancela vôos, reescalona outros, reordena toda sua escala de pilotos e tripulações, não dá satisfação nenhuma aos seus clientes que de boa fé não colocam fogo na empresa com sua sem-vergonhice costumeira.
A empresa afirma nos jornais de forma infantil e pitoresca que o caos foi motivado por excesso de tráfego aéreo e não por pura burrice administrativa colocando pilotos para trabalharem acima de suas cargas diárias, pagando-os com salários abaixo da média, inclusive.
A GOL só alterou a escala de última hora quando todo mundo da empresa resolveu ameaçar detonar uma greve geral.
Isto serve como exemplo. Esta empresa dá o mote naquilo que se transformou nosso espaço aéreo, estradas, ferrovias e portos. Todo o complexo funcionando de maneira amadora e no limite. Os responsáveis fogem de suas responsabilidades e ninguém é punido. Eita Brasil.
A solução para isso é simples.
Caos aéreo
Os aeroportos estão doentes. Filas, bagunça, desorganização, infraestrutura falha, equipamentos jurássicos e uma burrice sem paralelo em gerir o sistema.
A Infraero é a causa principal dessa balburdia e estado de calamidade pública. Lula teve oportunidade em seus 8 anos de governo de alterar a atuação da empresa, mas acovardou-se diante das dificuldades.
Dilma promete colocar a mão nessa cumbuca. Duvide o dó como dizia meu pai.
A Infraero deveria ser privatizada urgentemente deixando de ser um cofrinho público e cabidão de empregos.
Dados divulgados hoje (3/08/2010) pelo Ministério do Planejamento apontam que apenas 11% dos recursos autorizados no orçamento de 2010 para a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) foram desembolsados. Do R$ 1,6 bilhão previsto até dezembro, apenas R$ 178 milhões foram investidos no primeiro semestre.
O percentual de execução da empresa também foi baixo no primeiro semestre do ano passado. Do R$ 1 bilhão estipulado à Infraero para investimentos (execução de obras e compra de equipamentos), somente R$ 137 milhões (mixaria) foram aplicados no período, o equivalente à 13%. O mais catastrófico ainda ocorreu entre janeiro e junho de 2008. Só 5% dos R$ 2,2 bilhões autorizados para o ano à empresa responsável pela administração dos aeroportos do país foram pagos nos primeiro seis meses (Fonte http://blogdoeduardomoraes.com/blog/?p=5027).
Essa tartaruga estatal está precisando óleo nas juntas.
O sucessor de Lulalá se quiser ter a chance mínima de não fazer o País inteiro mergulhar na maior vergonha mundial não tendo condições para receber Copa e nem Olimpíada, tem que entrar no Palácio do Planalto já com isso escrito embaixo do braço e aplicar imediatamente o desmantelamento da Infraero e seu castelo de corrupção.
As obras para os dois eventos esportivos já estão comprometidas, algumas delas sem chance sequer de sair do papel como o malfadado trem bala.
São Paulo nem sequer tem ainda idéia do que vai fazer se reforma esse ou aquele estádio ou constrói um novo.
Se a copa e a olimpíada fossem hoje aqui no Brasil o caos aéreo se encarregaria de espantar todos os turistas e interessados nos jogos.
Haveria filas desde os aeroportos até a Ilha da Madeira somente para desembarque.
Depois mega congestionamentos em SP e Rio, por exemplo, para levar essa gente toda aos hotéis.
Outros hiper engarrafamentos na hora dos jogos pela falta de logística nas cidades grandes em geral.
Outros transportes
Vergonha total trazermos os turistas para jogos de copa ou olímpicos com estradas ruins, mega congestionamentos urbanos nas grandes metrópoles e falta de infraestrutura hoteleira. Metrôs de menos, ônibus de menos e com rotas porcamente projetadas, estradas de ferro de alta velocidade ainda no estágio de projeto de um sonho.
Vale dizer que o governo Lula em seus dois períodos nada fez pela melhoria desse cenário.
Projetos mirabolantes foram abandonados pelo meio do descaminho da teia de corrupção, outros tantos tiveram obras iniciadas, mas tiveram seus orçamentos sob suspeita no Tribunal de Contas da União. Outras obras foram finalizadas e ruíram no meio do caminho devido à péssima qualidade do projeto. (estradas vicinais paulistas, por exemplo).
É uma conta de mais e menos.
Se atualmente o Brasil já deixa todo o seu contingente de pessoas que querem ir daqui para lá presas em aeroportos sujos e pequenos ou grandes e lotados, perdidas no meio a confusão de congestionamentos, servidas por metrôs insuficientes e também lotados que dirá trazer milhões de turistas para curtirem o maior mico do século.
A empresa GOL dá o tom dessa melodia desafinada. Ela faz seu papel que é ganhar dinheiro sob qualquer circunstância matando seus passageiros de raiva e fazendo a todos de palhaços.
O caso representa o pico de um imenso iceberg chamado descaso e irresponsabilidade.
No palanque veremos os candidatáveis prometerem um Brasil de conto de fadas, tudo cor de rosa e com varinhas de condão para “plim” tudo se realizar.
Bobagem.
O caos aéreo é antigo. Começou tão logo aconteceu o acidente do avião da GOL e o Jato Legacy em 2006 na Amazônia.
No entanto, o acidente, junto da greve branca dos controladores de vôo que gerou o apagão aéreo original, foram só dois dos estopins de um colapso que já estava proclamado. Enquanto o movimento de passageiros no país cresceu em ritmo acelerado nos últimos três anos - 19% só em 2005 -, o investimento oficial em infra-estrutura de controle aéreo, equipamentos e formação de equipes seguiu o caminho inverso – foi encolhido a metade.
A bagunça e a incerteza que dominam o setor aéreo são conseqüências de uma série de problemas interligados.
Os recursos da área são mal administrados (boa parte desviados); os aeroportos não têm estrutura para atender a atual demanda; faltam controladores de tráfego aéreo, e os que estão aí não têm boas condições de trabalho; os radares têm zonas cegas; as comunicações por rádio falham. Basta apenas que um desses elos da corrente pife para que todos os outros sejam comprometidos. Como estão todos na iminência de falhar, a vulnerabilidade do sistema - que há muito ultrapassou o seu limite - é enorme.
Outro fator de gravidade para que tenhamos o pandemônio aéreo é que uma parte da administração aérea é civil (ANAC) e a outra é militar (FAB e INFRAERO).
Dá para imaginar que esses dois universos são antagônicos, de relacionamento frágil um preocupado com segurança e outro com comércio. A dicotomia gera desmandos e desentendimentos.
Uma das reivindicações jurássicas dos controladores de tráfego aéreo é justamente a desmilitarização de sua função. Fora das mãos dos boinas azuis, o controle deixaria de ser a caixa de pandora que é hoje.
Alegando questões idiotas de segurança nacional, os milicos relutam em prestar contas sobre um serviço que influi na vida de milhões de brasileiros.
Sob comando da Aeronáutica, também não existe transparência sobre o destino das taxas cobradas das companhias aéreas pelo serviço de controle de tráfego. Fica tudo às escuras e se é assim tem malandragem nessa cumbuca.
Taxas que, em última análise, inflam nos preços das passagens. Para os operadores, a desmilitarização traria benefícios imediatos. Como militares, eles estão sujeitos às leis e à rotina do quartel e não ao código penal.
Não podem questionar ou contrariar ordens superiores, sob risco de punição. No entanto, tirar o controle aéreo das mãos da Aeronáutica não é bem visto entre comandantes militares e especialistas. Para eles, a troca de chefia pode ser perigosa, pois facilitaria a ocorrência de greves de fato, direito assistido pela Constituição. Tolice.
Todos os serviços podem ou não ser paralisados via greve, nem por isso vamos colocar militares dentro das montadoras, por exemplo.
Falta grana então para o setor de transporte aéreo?
Não, ela é mal gerenciada. O dinheiro para equipar melhor o tráfego aéreo não depende de recursos orçamentários do Estado.
As taxas de embarque pagas pelos passageiros nos aeroportos somam baita dinheirama que, em 2009, chegou a cerca de 1.7 bilhão de reais.
O Brasil tem a terceira tarifa aeroportuária mais cara do mundo. Só que, por determinação estúpida dos ministérios da Fazenda e do Planejamento, a maior parte dessa piscina de dinheiro fica retida nos fundos Aeronáutico e Aeroviário, a fim de aumentar o superávit primário nas contas oficiais.
Os erros de gestão financeira são profundamente açoitados por outras decisões administrativas, como um acordo entre a Infraero e as companhias aéreas feito no começo do apagão aéreo, que passou a considerar atraso somente os vôos que demoravam mais de uma hora para decolar. Humpf. Como se uma mulher grávida fosse assim declarada apenas quando fosse parir.
A crise aérea afeta somente o setor turístico e os passageiros em férias?
De certo que não, o turismo é até um dos setores menos prejudicados. Cerca de 70% dos passageiros da aviação comercial brasileira viajam a serviço.
Além disso, num país das dimensões do Brasil e com estradas lastimáveis, o transporte de mercadorias por avião é vital para o bom funcionamento da economia. Por último, mas não menos importante, deve-se registrar que o caos nos aeroportos afeta diretamente a classe média brasileira, da qual provém a maior parte dos passageiros.
Como nada será feito dentro dos próximos meses vem aí no Natal cujo presente de Papai Noel será uma vela estadia nos bancos frios dos aeroportos para quem se atrever a embarcar nessa época.
Quando surgir o primeiro apito do juiz na próxima Copa do Mundo e quando o primeiro atleta correr pela pista aí sim o Estado acordará para o que precisa ser feito.
Lamentável.
E se as obras para a infraestrutura forem de fato desengavetadas, as estradas forem pavimentadas e se os aeroportos receberem a devida atenção, os estádios construídos, senhores leitores, tenham certeza de que será a maior e a mais devastadora onde de corrupção que o Brasil já viu. Dinheiro público e empreiteiras, desde o tempo de Adão e Eva, dão sujeira no ventilador.
Quem viver verá.
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