JORNAL PENA LIVRE
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sábado, 6 de novembro de 2010
DE PAI PARA FILHO DESDE 1910
Não isto aqui não é propaganda de conhaque famoso no mercado pela chamada acima que sempre esteve presente nos anúncios da marca.
O pai para filho que me refiro é a sombra de analfabetismo e ignorância que persegue o Brasil desde antes, bem antes da data da criação da famosa bebida.
Eu considero alguns níveis classificatórios para os predicados diretos do analfabetismo e ignorância que sepulcra a criação de um estado mais avançado em termos de renda, IDH, educação e etc.
O nível avançado que seria computado na escala “magno” são aquelas pessoas que procuram sempre crescer educacionalmente não importando os custos nem o esforço. Esse grupo certamente, num futuro não muito distante, pode se destacar exatamente por esse esforço.
De outro lado, o nível médio englobaria pessoas que estacionaram seu carro educacional na primeira esquina e por ali ficaram e estão lá até hoje. São os conformados, os remediados e aqueles que perderam a vontade de crescimento humano.
Finalmente, o mais espetacular nível na escala “magno” seria o grupo que vive na obscurescência do sistema, participa apenas como consumidor e não como produtor de alguma coisa que seja concreta, mesmo que no campo do crescimento educacional.
As pessoas deste grupo não pagam imposto, mas usam o sistema sanitário das cidades, consomem a energia elétrica que se encarrega de alumiar seus caminhos, são integrantes de um grupamento com algum nível de motorização e, portanto, usuárias também dos sistemas públicos de ruas, avenidas e estradas.
O extrato social deste ultimo grupo sobrevive à margem dos dois primeiros que realmente são os responsáveis por gerar bens e serviços em detrimento do ultimo que apenas consome todos os recursos disponíveis.
São essas pessoas que estão no mapa da fome e ignorância que deram seus votos à guerrilheira petista.
No fritar da omelete, a camada do extrato social brasileiro que só drena recursos, bens e serviços é que acaba decidindo os rumos da nação votando em qualquer picareta que se apresente com chapéu de palhaço e prometendo céu cor de rosa.
Os famintos, analfabetos, degenerados em geral são a maioria da nossa população e contra isso fica difícil combater. Vamos correndo feito surfistas na crista da onda da hipocrisia e da ignonimia.
De marola em marola o Brasil vai sendo desconstruído aceleradamente.
Prego uma revolução cultural que extirpe para sempre a classe “chupim” que é a proprietária do ideário petista socialista.
Tem que haver a classe dos mal afortunados para que o resto sobreviva nas benesses do sistema que filtra para dentro de sua barriga o que de pior representa a sociedade brasileira.
Os rebotalhos sócio culturais dominam a classe política e infortunadamente, ao que tudo indica, construíram seu feudo para 20 ou mais anos vindouros.
Nunca dantes na história deste País assistiu-se algo tão claramente identificador do predomínio do esterco social que ascende o poder e de lá nunca mais sairá.
Tristes são os bem intencionados que terão sua carga de impostos ainda mais salgada no alvorecer do novo governo de saia e baionetas à mão. Mal aventurados os que têm ainda na mente o conceito do bom, do honesto, do socialmente correto, deles o governo fará de suas vidas um inferno. Estoure umas pipocas e assista esse show.
Claro, quero estar enganado sobre tudo o que já disse e escrevi antes de apocalíptico e me fazer passar por trouxa quando chegar o fim do primeiro estágio do foguete Dilma. Quero ficar com cara de palhaço por ter anunciado o armagedom político e todo mundo me olhando de soslaio por estar errado triangularmente.
De qualquer forma, minha mesa de pôquer está com a maior jogada - Royal Straight Flush e com essa seqüência de cartas eu vou apostar todas as fichas e empenharei também meu relógio e até o gato.
Uma sociedade assim divida entre famintos e barrigas cheias, ignorantes e sabidos demais, com forte componente racial (que me perdoem os ilusionistas, mas este é um País de apelo dramaticamente preconceituoso entre cores e gênero), não vai conseguir emplacar nada que preste a não ser a criação de muitas páginas policiais envolvendo os bactérios políticos nocivos à saúde.
A metade que tem fome vota para a metade que produz. Algo nesta equação não atende a álgebra elementar do A + B =C.
A metade que paga imposto deveria, sim e agora mesmo, criar sua revolução interna, pessoal, de começar a desconfiar das coisas do jeito que estão e decidir se queremos construir um Brasil sério um apenas mais um fenômeno biológico que se extinguirá com o tempo.
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Magno Almeida Lopes, escritor e jornalista free-lancer, administrador de empresas com habilitação em negócios internacionais, tecnólogo de obras e solos, engenheiro de rede Lan, membro efetivo da academia Piracicabana de letras, MBA em comércio exterior. Piracicaba (SP), 06 de novembro de 2010. Email: lopesmagno@gmail.com
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