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quinta-feira, 23 de junho de 2011
MÉRITOCRACIA BATRAQUIANA
Esta foto representa o ápice do movimento de Hitler contra a cultura mandando queimar livros durante a segunda guerra mundial. Dizia ele que os livros que não contivessem sua doutrina deveriam ser incinerados imediatamente e assim aconteceu.
Talvez o naipe dos melhores escritores de todos os tempos como: Lúcio de Mendonça, Machado de Assis, Inglês de Souza, Olavo Bilac, Graça Aranha, Joaquim Nabuco, Visconde de Taunay e o grandioso Rio Barbosa, em 20 de julho de 1897, fundaram a imortal Academia Brasileira de Letras, a ABL, para que alguns mais tarde, especialmente em 2011, ela entrasse em sua pior fase.
Nos seus estatutos corre o sangue do cultivo à língua portuguesa em toda sua majestade, a cultura e à literatura em sua essência maior e mais proeminente.
Já era. Corria. Escafedeu-se.
Conclui-se que o fim dos tempos aproxima-se rapidamente.
Pois bem. A ABL outorgou a medalha Machado de Assis ao meio atacante Ronaldinho Gaúcho recentemente.
Esta medalha foi criada há muito tempo para destacar pessoas que contribuíram para a classe literária e intelectual brasileiras, como seu acervo de obras, por exemplo, sua magnificência no aprimoramento da linguagem portuguesa e seu culto merecido.
Jose Mindlim, empresário fundador da empresa Metal Leve e falecido recentemente, era um dos membros da ABL. Mindlim era um apaixonado por livros, tanto que sua biblioteca contava com incríveis 40.000 títulos que, após sua morte, foram todos doados a USP.
Este senhor magnificamente um baluarte da literatura brasileira nunca recebeu em vida ou após a morte a honraria que Ronaldinho Gaúcho recebeu.
O jogador, boêmio, mal educado, em plena decadência esportiva, pagodeiro que inferniza a vida dos seus vizinhos de condomínio e que na minha modesta opinião de técnico extra-oficial que todo brasileiro é da seleção brasileira não jogava tanto assim frente a outros expoentes do futebol brasileiro como Mané Garrincha, Pelé, Gerson, Henrique Pato ou mesmo o outro Ronaldo, que era apelidado de fenômeno.
Dar uma medalha a um homem como Ronaldinho Gaúcho que não representa nada em termos literários, pois nem embalagem de produtos alimentícios saberia ler e interpretar corretamente, ou escrever modestíssima redação sobre qualquer tema, soa como se alguém estivesse à frente de um complô hitleriano para tocar fogo no pouco que restou da nossa cultura, literatura e sabedoria e fazer crer que somos mesmo um País que tem no culto à bunda seu melhor “momentum”.
Perdão aos leitores pelo palavrão, mas não ficaria bem usar traseiro ou bumbum que são palavras um pouco mais doces e poéticas.
O que o título de Machado de Assis concedido acrescenta alguma coisa à vida desse jogador que não foi capaz de citar títulos de dois livros (apenas dois) que já tenha lido e declarou a leitura não estar entre seus entretenimentos prediletos? O que fez de tão culturalmente meritório para merecer tal distinção?
O bastidor dessa atitude bate com as badaladas do poder constituído do PT e seu programa de extermínio de nossa cultura, de nossa literatura, dos nossos valores patrimoniais mais sagrados e atira pedra nos melhores e maiores personagens de nossa história literária, como o grandioso Machado de Assis que dá título à condecoração.
Essa cena nivela por baixo tudo o que somos e aprendemos como salutar, honorável, honesto e compreensivo e joga o nome da ABL na lata de lixo mais próxima.
Portugal nos segue nesse processo ao conceder o título de doutor ao ex-presidente Lula pela Universidade de Coimbra ao um sujeito que declarou a todo e bom som que dá sono ler e que foi o campeão do Guiness em bobagens gramaticais e a todos nos escandalizou ao afirmar que leitura não dá em nada e estudar é para bobos.
O ato da ABL é somente mais um elo na cadeia de macular e desmantelar a intelectualidade nacional patrocinando vexames de colocar no peito de um futebolista decadente, mal educado e burro como uma porta uma condecoração reservada às celebridades intelectuais.
Como é possível respeitar uma entidade como a ABL que cobre ou cobriu de glórias um autor pobre como Jose Sarney, um mais medíocre ainda como o Marco Maciel e coloca nos píncaros do altar Paulo Coelho e Assis Chateaubriand?
Hoje a ABL se elege como uma entidade estranha que não defende mais seus ideais e só serve mesmo para patrocinar companhia na velhice com direito a um pomposo nome do mausoléu e fazer chás vespertinos para surrados senhores vestidos de preto. (parágrafo inspirado em Marcio Almeida, Revista Cirandinha julho de 2011).
O Brasil precisa urgente adotar o conceito da meritocracia, Fez bem parabéns se fez mal toma lá uma admoestação e faça direito da próxima vez. Assim que se faz.
O simples mérito acadêmico tem que vir acorrentado a uma sólida idoneidade intelectual, uma contribuição efetiva para a formação do hábito de leitura, enriquecimento da língua combatendo o pornofonês cotidiano, escrever livros, artigos, contribuir para o pensamento nacional, acelerar a filosofia e não possuir chuteiras, pelo amor de Deus.
Uma medalha dessa magnitude não pode ser dada a um pagodeiro que só fez chutar uma bolota de plástico pelos campos do mundo e ganhou notoriedade não por ter sido um colaborador da idéia cultural e literária como um todo, mas como mais um desses que faz fama e se deita na cama.
Assistimos, sob patrocínio das forças ocultas do poder, o empobrecimento cultural, o conformismo, a vulgarização da meritocracia, a exploração de sentimentos vaidosos, o simples desfile alegórico de imortais e dinossauros que nada contribuem com o uso do dinheiro público em sua total inutilidade, a não ser fazer propaganda dos horrorosos chás ingleses que tomam.
Lembro-me Boris Pasternak: “a fama é reles”.
A homenagem a Ronaldinho Gaúcho foi um réquiem para os escribas de um tempo mouco de olhos, cegos de ouvidos, átropos de voz. (Marcio Almeida, Revista Cirandinha julho de 2011).
Vou eu fazer uma bela fogueira dos meus diplomas e assar minha batata que ganho mais.
Com essa meritocracia batraquiana é melhor depormos os livros, o conhecimento e o pensamento, pois não nos servem para mais nada.
Depois dessa medalha em minha mente acabei de enterrar a ABL com seu chá frio e sem açúcar.
Saudações.
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Magno Almeida Lopes, escritor e jornalista free-lancer, administrador de empresas com habilitação em negócios internacionais, tecnólogo de obras e solos, engenheiro de rede Lan, membro efetivo da academia Piracicabana de letras, MBA em comércio exterior. Piracicaba (SP), 23 de junho de 2011. email: lopesmagno@gmail.com
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