JORNAL PENA LIVRE

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terça-feira, 6 de maio de 2014



NÃO CABE MAIS

Considerem, caros amigos e leitores deste periódico,  um pequeno espaço territorial com alimento suficiente para uma dúzia de dinossauros e que este espaço seja uma ilha chamada Tabajara localizada no arquipélago do mesmo nome. Tudo ia lindo e tranquilo com a população de dinos em absoluto controle pela própria natureza.
Uma pequena mutação genética fez a fertilidade dinossáurica explodir.
O que antes era apenas uma população de uma dúzia de animais agora é 100!
A ilha Tabajara comporta apenas 12.
O que vai acontecer?
Hipóteses prováveis:
·         Haverá uma mortandade maior de animais que não mais contarão com alimentos para seus filhotes;
·         Um contágio de uma doença X qualquer que servirá como controle populacional;
·         Canibalismo;
·         Ocorrerão disputas territoriais sangrentas;
·         Não mais serão obedecidas quaisquer regras impostas pela natureza, todos vão querer matar todos para conseguir mais espaço e alimentos.
Qual a diferença entre essa historinha e a população humana igualmente em crescimento exponencial e considerada por muitos estudiosos completamente fora de controle?
Nenhuma.
Substituam dinossauros por humanos e o resultado é o mesmo.
Chegamos à idade do Inferno de Dante.
Nosso planeta não consegue mais suprir todos os habitantes humanos e não humanos.
Atenção para estes números. Hoje é dia 05/05/2014 às 12h15min h.
Olha quantas pessoas somos no mundo neste momento:


7.150.051.617 (Fonte: http://www.apolo11.com/populacao.php, sessão demografia global, acesso 05/05/2014 as 12h15min h).
Até o final deste texto exibirei os números atualizados para termos uma ideia.

APENAS QUATRO BILHÕES COM SÉRIAS DIFICULDADES.

Cálculos recentes apontam que a Terra consegue dar de comer a quatro bilhões de habitantes. Ponto. Esse numero é um resultado complexo que não vale a pena entrar em detalhamentos profundos, mas leva em conta quantos somos, quanto de alimento produzimos, quanto temos de água potável e doce para beber, espaço territorial agricultável e vai por ai afora.

BRIGA DO ESTADO VERSUS RELIGIÃO, ESPECIALMENTE A CATÓLICA.

Crescei-vos e multiplicai-vos. Guardem a frase para consumir daqui a pouco.

Um relatório da Organização Mundial de Saúde aponta que recentemente a entidade torrou milhões de dólares mandando médicos, equipes de assistentes sociais, enfermeiros e o escambau a quatro para a África com intuito de ensinar ao povo de muitos países daquele continente algo sobre controle de natalidade, doenças sexualmente transmissíveis e com a missão adicional de distribuir milhões de preservativos para uso imediato.

Muito bem. O trabalho foi feito e alguns resultados positivos apontados de imediato. Logo depois, atenção, um grande exército de missionários católicos foi para lá dizer aos africanos que se usassem camisinhas iriam todos para o inferno. O resultado prático foi a herança de um problema ambiental terrível: muitos lixões completamente abarrotados de preservativos não utilizados. Com a façanha católica os números de novos nascimentos explodiram, bem como aumento significativo de DST (doenças sexualmente transmissíveis).

Do mesmo modo a Terra, se empanturrando de gente como está, igual conceito dos dinossauros acima está sendo aplicado a boa parte da população mundial, senão vejamos: se as contas estiverem corretas temos um excesso de gente da ordem de 3,150 bilhões de pessoas isso sem considerar, evidente, os outros bichos que também consomem recursos naturais. Deixando de lado a questão dinheiro para comprar comida que uma parte da gente tem outra não, há pessoas no mundo que mesmo com o dinheiro na mão encontrariam escassez de “N” ordens: habitação, roupa, combustível, escola, transporte e segue adiante.

De certo imaginar que a questão da superpopulação é, sim, um baita problema de saúde pública mais que isso. Quando as pessoas estiverem indo para o confronto roubar para alimentar suas famílias, matar para sobrepujar oponentes ou apenas resolver problemas de posse de um pacote de macarrão os pecados de Dante emergirão: avareza, gula, deslealdade, luxúria e indiferença.

Todos se espalharão pela humanidade até o equilíbrio que poderá se dar através de uma grave doença infecciosa como a peste negra que dizimou boa parte da população mundial alguns séculos atrás. Quem sabe muitos assistirão o mundo se auto expurgar.

Enquanto esse risco é real e atual, devido ao fato de que esse controle populacional está fora de controle, boa parte de algumas igrejas com o cimento católico ainda pensam no crescei-vos e multiplicai-vos num tempo em que a Terra era habitada por meia dúzia de “gatos” pingados.

Malebolge.  Nesse ponto a Terra atingirá o estágio do oitavo circulo do famoso quadro de Sandro Botticelli chamado La Mappa dell’Inferno, um severo diagrama do inferno baseado na obra de Dante Alighieri, A Divina Comédia composta por três livros. Acho que os fanáticos do crescimento populacional deveriam viajar na máquina do tempo e se teletransportarem no medonho tempo do auge da peste negra quando Londres, por exemplo, era uma pocilga a céu aberto. Dizem que a história se repete. Essa vai se repetir certamente. É uma questão de tempo. Quer ver a coisa complicar assim com uma rapidez estupenda? Basta apenas um desses vulcões malucos que explorem vez em quanto em cataclísmicas calamidades como o Vesúvio, Etna, Katla (Islândia), Krakatoa (Indonésia), Nova Rupta (Alaska) entrarem em atividade que a coisa vai servir de estopim para o verdadeiro inferno. Com as erupções o nível de radiação solar pode cair e com ele lá se vai nossa comida. Quem tiver dinheiro, muito dinheiro sobreviverá. Quem não tiver atacará quem tem.

Vamos a nossa contagem final?
Agora não 20h e 25 min. vou transcrever os números da população mundial aqui embaixo:

7.150.127.312
Vamos contar?      7.150.127.312-
                                7.150.051.617
                                ---------------------
                                            75.695

Somente 375 municípios brasileiros possuem 75 mil ou mais habitantes. Estamos conversados?





















sábado, 3 de maio de 2014


TAM TAM TAM TAM TAM TAM – SAUDOSA MUSICA DA VITÓRIA

Quem nasceu de 1994 para cá não conheceu Ayrton Senna, só ouviu falar do veloz piloto, do homem rápido, de sua aventura a bordo de máquinas possantes e de sua morte trágica numa manhã de domingo na Itália no circuito de Imola.

O acidente aconteceu numa curva veloz daquele circuito chamada Tamburello quando algo deu errado e fez o carro de Ayrton colidir violentamente no muro de proteção.

Minutos após a largada um acidente entre os bólidos de J.J. Lehto e Pedro Lamy fez com que o carro de segurança fosse acionado para dar tempo aos comissários de pista fazer a limpeza e retirar os destroços dos carros que haviam se envolvido naquele acidente. Até aí nada a ver com a batida de Senna, mesmo porque ele havia largado à frente de onde ocorrera o acidente. Ela havia conquistado a pole naquela oportunidade.

Ocorre que um carro de Fórmula Um depende muito da temperatura dos pneus que se esfriam quando o carro de segurança é necessário na pista.

Quando os pneus estão operando em temperaturas de corrida o ar se expande fazendo com que a altura do carro até o chão se altere e o seu centro de gravidade suba um pouco obrigando o piloto a diminuir o ritmo. O sistema acaba se compensando de alguma forma com a aderência dos pneus que aumenta com a temperatura.

Ao contrário, ou seja, o ar esfriando nos pneus, como na volta do acidente, fez com que o carro abaixasse um pouco o seu centro de gravidade. Por hora criaria um efeito solo momentâneo e em retas e aquilo poderia induzir o piloto a pisar mais fundo.

Um efeito colateral nos pneus frios surge com a altura do carro mais baixa. A máquina  fica com seu solo batendo na pista nas pequenas ondulações desequilibrando o conjunto.

Segundos antes de Senna entrar na curva Tamburello, uma curva, alias, sem muito mistério e simples de ser encarada o carro bateu em uma pequena irregularidade menor naquele trecho fazendo com que o carro ficasse por alguns milésimos de segundo flutuando no ar.

Ao encostar as rodas no solo de novo o carro ficou instável fazendo Senna corrigir a postura acionando a barra de direção que veio a romper-se com o esforço. A partir daquele ponto o piloto estaria apenas como espectador de sua própria morte.

Porque diabos a barra de direção, supostamente uma parte do equipamento que deveria ser ultra resistente se partiu?

A equipe Williams havia soldado a barra de direção para aumentar seu tamanho nas oficinas antes da corrida a pedido do próprio Senna que desejava que a barra fosse um pouco mais comprida que o usual.


A solda em si não é o fator determinante. Algumas soldas são muito mais resistentes do que as peças que ela esta unindo.

O problema foi que o procedimento da solda deve ter sido negligenciado em algum ponto.
Senna se soubesse que a barra havia sido soldada de maneira negligente nunca que toparia correr naquelas condições. Ele exigiria a troca por uma peça nova.

O procedimento correto teria sido esse mesmo, a substituição por completo da peça por uma feita em pedaço único de metal, mas a equipe vinha com alguns problemas de caixa a resolveu deliberadamente arriscar a vida do piloto num absurdo mecânico que ceifou a vida do piloto brasileiro.

Ficou tudo na hora do pois, pois. Ninguém foi punido ou responsabilizado que também não resolveria nada e não traria Senna de volta comandando um F1.

Eu que sou fanático de F1 desde os tempos de José Carlos Pace, o Moco, Emerson, François Cevert, Jacky Ickx e Alan Jones assisti do meu sofá pilotos perderem a vida, mas nunca de uma forma tão estúpida quando essa.

Não vamos esquecer que nos treinos de sábado deste mesmo GP um piloto havia morrido, Roland Ratzenberger. Por conta disso talvez a corrida pudesse ter sido adiada ou mesmo cancelada.

A direção de prova, obedecendo ao regulamento se tivesse anunciado a morte de Senna na pista a corrida teria sido cancelada. Nem mesmo foi feito.
A direção de prova preferiu mentir que Senna havia sido recolhido da pista com vida ainda.

Era mais que óbvio que o piloto teve morte praticamente instantânea. Uma das imagens que escapou do controle da FOM (Formule One Management) mostrava claramente Senna no chão cercado por uma poça de sangue. Ali ficava claro que ele já estava sem vida o que foi provado em exames posteriores. Eu tenho essas fotos, mas por respeito a todos os fãs do piloto não as publicarei neste momento por serem chocantes.

O triste mesmo foi o herói que se perdeu.

Senna foi um símbolo positivo num país mergulhado em problemas cruciais que fez o povo brasileiro perder esperança e não acreditar em mais nada.

Senna viveu o auge de sua carreira em um momento em que o Brasil passava por uma espécie de 'crise de autoestima'.

No início dos anos 90, havíamos acabado de nos tornar uma democracia, ainda sofríamos com a hiperinflação e a seleção brasileira não ganhava uma Copa desde os anos 70 - mas ligávamos a TV no domingo e víamos a bandeira brasileira no pódio. (Fonte G1.com).

Senna representava tudo o que desejávamos que desse certo no Brasil. País este sempre assolado por governos patéticos e combalidos de moral e ética tal como hoje. A grande diferença é que economicamente falando o Brasil dos anos 90 era um mendigo falido.
Senna acabou partindo no auge sem ver o declínio de sua carreira que certamente o atingiria como o exemplo de tantos atletas que tombaram no ostracismo.

Ele era portador de uma garra natural e persistência, embora Senna tivesse sofrido muito em sua vida buscando a perfeição nas mínimas coisas que fazia, até uma simples partida de futebol era motivo para ele encarar como uma final de copa do mundo. Ai quem se metesse na frente dele.

Isso plantava no caminho algumas antipatias naturais como ele certamente colheu em seu quintal da obcessão pelo melhor e mais rápido.

Não vamos esquecer que aquela corrida estava amaldiçoada desde o começo. A morte de dois pilotos, acidente com J.J. Lehto e Pedro Lamy que escaparam de sérios problemas e o terrível acidente de Rubinho Barrichello.

Enfim, um momento para recordar de Senna como um homem com todos os defeitos, mas que adorava o papel de patriota custe o que custasse.