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segunda-feira, 22 de novembro de 2010
















BEATLE UNINDO GERAÇÕES

Nunca fui e nunca serei fã dos Beatles por uma questão de opção consciente.
Explico o porque. Na época em que o sucesso dos jovens de Liverpool surfava na crista da onda e o mundo inteiro os reverenciava estava passando a pior fase da minha adolescência.
Onde quer que fosse tinha que ouvir os Beatles.
Eles apareciam em todo lugar: rádio, televisão, programas de entrevistas, revistas e jornais.
Acabei tomando uma overdose do grupo e como eu não estava bem resolvi riscar o conjunto do meu caderninho para sempre.
Minhas irmãs viraram fãs para meu completo infortúnio e, claro, havia muitos discos bolachões do conjunto inglês, os velhos Long Plays espalhados pela casa.
Nunca consegui registrar qualquer sentimento ouvindo certas músicas do grupo como Submarino Amarelo ou Martha My Dear.
De qualquer forma valeu como introdução da banda ao que viria ser o mundo do rock e suas variações.
Gosto mais da qualidade musical dos ex beatles compondo separadamente. John Lennon e sua famosa composição Imagine ou mesmo MacCartney com Ebony.
Inegável a qualidade musical do grupo enquanto separados mesmo os menos expressivos Harrison e Ringo Star.
Deixando de lado meu gosto pessoal, sujeito a pedradas dos mais ardorosos fãs e severas críticas, Paul MacCartney consegue transmutar um fenômeno raro no mundo musical e do show business que é unir pelo menos três gerações distintas e consecutivas em torno das melodias e letras dele e dos ex-Beatles.
Considero o grupo britânico anterior à minha geração que nasceu por volta do final dos anos 50 e começo dos anos 60, porque embora tenham os Beatles surgido em 1960 demoraram um pouco para estourar mundialmente.
Portanto, a minha geração começou a perceber as músicas quando estávamos completando 10 ou 12 anos de idade.
De lá para cá muita coisa aconteceu no mundo do entretenimento musical. O desmembramento do grupo, em 1969, e a morte de Lennon nos EUA catalisaram a aglutinação em torno de uma era musical de rebeldia e de desconcentração de um formato social atado às mais velhas e tardias tradições.
O grupo quebrou paradigmas. Inseriu o conceito de música pop, cujo ápice Michael Jackson atingiu antes de sua anunciada morte por overdose de porcariadas químicas que o astro ingeria velozmente devido a graves problemas psicológicos não resolvidos.
Outra coisa a ser dita sobre MacCartney em comparação com tantos outros astros maiores que já se apresentaram em solo brasileiro.
Ele tem exibido bastante respeito pelo Brasil e seus fãs verde-amarelos. Não agrediu ninguém e nem mandou seus guarda costas surrarem os que pedem autógrafos como tantos já fizeram por aqui. Artistas brasileiros também não escapam dessa pecha.
MacCartney ainda leva uma vantagem. Não veio ao Brasil fazer palhaçada como Madona que pediu ao hotel mais de 100 toalhas, ou Michael Jackson que solicitou uma piscina de leite e outras aberrações tipo pão azedo feito com trigo integral.
E, finalmente, o músico britânico, com muito esforço, ainda tentou encarar a nossa difícil língua portuguesa falando com o público e este respondendo com mais entusiasmo às músicas que quase todos conhecem as letras no original.
Parabéns a Paul MacCartney e sua banda de alta qualidade. De certo não fui e não serei um dos incontáveis fãs gritando seu nome e encarando dias em filas intermináveis para conseguir um ingresso, mas tenho profundo respeito pelo seu comportamento inglês do mais aprimorado que já vi.
É por isso que ele encantou a minha geração e tantas outras que agora lotam estádios e se encantam pela sua qualidade musical, suas letras românticas e seu respeito pelo público que, afinal de contas, forra seu bolso com bastante dinheiro e é hoje uma das maiores fortunas na Inglaterra.
Merece.



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Magno Almeida Lopes, escritor e jornalista free-lancer, administrador de empresas com habilitação em negócios internacionais, tecnólogo de obras e solos, engenheiro de rede Lan, membro efetivo da academia Piracicabana de letras, MBA em comércio exterior. Piracicaba (SP), 23 de novembro de 2010. Email: lopesmagno@gmail.com

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