JORNAL PENA LIVRE
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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
VAZAMENTO DE IMPÁFIA E PRECONCEITO
Antes de entrar no assunto de hoje, gostaria de comunicar aos meus leitores que estarei em férias da minha atividade jornalística entre hoje e dia 04 de janeiro do ano que vem quando voltarei com novidades, inclusive o lançamento do site Jornal Pena Livre. Aguardem.
O atual escândalo da divulgação pelo site WikiLeaks de documentos das atividades da diplomacia americana é digna de pena.
Os EUA sempre representaram, pelo menos essa era a propaganda, a nação que segurava o bastião de liberdade, da moralidade, da segurança e da honestidade. Balela.
Há muito a prepotência incide diretamente no dia a dia da diplomacia americana que trata a todos com notória indiscrição, maldade, preconceito, com árdua e quintessencial ignomínia.
Falta de educação também e muita.
Cumpre-me ressaltar que vento que venta lá no norte também venta aqui no sul. Há um, vigoroso processo de mediocridade na escolha dos articulistas internacionais, negociadores, diplomatas e assemelhados e uma vertiginosa queda de qualidade no tratamento das relações internacionais.
Tome como exemplo o Brasil. Falar em desastre é pouco. O Palácio do Planalto insiste em declinar da decência se aliando a personagens negativos como o presidente do Irã, da Venezuela e da Bolívia e adotando procedimentos dignos de nota zero.
Lamentável sob todos os aspectos.
O brilho da outrora nação da liberdade se perdeu num emaranhado de notas técnicas, laudos, telegramas classificando todo mundo de tolo para baixo, inclusive Ban Ki-moon, atual secretário da ONU que, além de ser tachado de frouxo teve sua vida espionada pelos crápulas do FBI/NSA/CIA. A troco de que?
O que os EUA pretendem chamando Mahmoud Ahmadinejad de assassino, Lula de bobo da corte, Cristina Kirchner de doida varrida, acusando o Brasil de ocultar terroristas, chamando Dmitri Medvedev, presidente da Rússia de fantoche do Putin.
Alguns dos documentos, escritos pelos diplomatas dos EUA para seus superiores em Washington, descrevem o presidente da França, Nicolas Sarkozy, como um político 'que se irrita com facilidade' e 'autoritário'.
Os documentos também citam o conteúdo confidencial de duas reuniões entre Jean David Levitte, conselheiro diplomático de Sarkozy, com autoridades americanas, na qual ele teria dito que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, é "louco", e que o Irã é um "estado fascista".
E vai por aí afora num total descalabro em termos de acuidade diplomática internacional americana. Ainda bem que o WikiLeaks está atendo e divulga as canalhices do Tio San. Em tempo... o fundador do site Julian Assange está sendo acusado (coincidência acachapante não?) de estupro e seu nome foi divulgado na Interpol que o procura para responder o crime.
Bobagem. O cara não tem perfil para isso. É mais uma vez a intolerância e a prepotência dos EUA querendo mandar em todo mundo e taxando a todos disso ou daquilo outro.
A nós nos pareceu ser franco o bordão Yes we can de Obama.
Nada mais falso. Traduzindo... Yes we can: xingar, melindrar, peçonhar, envenenar, matar e dizer tolices sobre outras pessoas mesmo que facínoras do naipe de Ahmadinejad.
O papel da antes vitoriana política externa americana deveria ser retomado.
O FBI/CIA e NSA deveriam ser reciclados. A política externa yankee é um trágico sinal de que Obama e companhia escolheram molecadinha para fazer trabalho de gente grande.
Dá nisso ai mesmo.
Amadorismo puro e inconcebível.
O que vale aqui para americanos vale para o Brasil e sua pitoresca política de relações exteriores que dá azia e mal estar em todos os estômagos.
Eu particularmente tenho nojo e jamais no meu país utópico permitiria atitudes como essas tomadas pelo Ministério das Relações Exteriores atentando contra o pudor e moral, mostrando aptidão para acobertar crimes, negociar com ladrões, ter amizade com panacas do calibre de Chavez e Ahmadinejad e malograr a vergonha de sermos um país de segunda categoria com uma política externa de quinta.
Noves fora nada, o governo americano deveria chamar seus diplomatas, embaixadores, cônsules e dar-lhes umas boas palmadas no traseiro para que tomem vergonha na cara.
Não. Os EUA jamais farão tal coisa como o bom senso recomenda.
Ao invés disso é capaz de matar o mensageiro, ou seja, culpar Julian Assange perseguindo-o por todo o planeta. O que ele fez foi só apontar o erro, mas os americanos vão preferir liquidar o carteiro. E ponto final.
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Magno Almeida Lopes, escritor e jornalista free-lancer, administrador de empresas com habilitação em negócios internacionais, tecnólogo de obras e solos, engenheiro de rede Lan, membro efetivo da academia Piracicabana de letras, MBA em comércio exterior. Piracicaba (SP), 02 de dezembro de 2009. email: lopesmagno@gmail.com
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