JORNAL PENA LIVRE
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terça-feira, 25 de janeiro de 2011
BBB 2011
Nem bem começou o ano de 2011 e já estamos experimentando amargos sabores no céu cor de anil deste Brasil varonil.
Não sou apreciador de poesia, mas emprestei minha sabida ignorância poética para abusar da rima, bem pobre por sinal aqui usada.
Deixei de escrever temporariamente para perceber no ar alguma coisa que pudesse me encantar, talvez como uma daquelas nossas promessas bobas de que tudo vai mudar no ano novo, que nós mudaremos, que deixaremos de comer chocolate, de nos empanturrar de doces gostosos, de tratar nosso vizinho com urbanidade, de não chutar cachorro sarnento e nem cuspir na praça pública.
Minha promessa para 2011 é simples. Não vou repetir os erros de 2010.
Estou pronto para arriscar erros diferentes, desta forma aprendei mais.
Esperei e nada veio ao meu encalço para colocar letrinhas cor de rosa e pintar o texto com sensações boas e onipresentes. Cansei.
Vai do velho martelo a arma que me reforça a entender como ficamos piores já na largada de 2011, a saber:
· BBB 2011. Começou mais um teatro de horrores, desta vez com travecos e tudo o mais para divertir a massa disforme que come besteira e arrota estupidez. Santa paciência escutar mais um ano o velho repórter, outrora um bom jornalista, agora um intrépido animador de um circo de pulgas a divertir quem não tem nada a fazer.
Pedro “Miau” e seus micos amestrados seguram a pedra filosofal da mais pura canalhice que a tv nos brinda no nascimento de cada ano novo.
O Oscar da pior espécie que diverte, se isto pode se chamar de divertimento, os incautos, desinformados e ignóbeis de sempre que se contentam em se alimentar de um show manicômico para desviar a atenção de coisas sérias que nos rodeiam como, por exemplo, a catástrofe das enchentes, especialmente no estado do Rio;
· Não bastassem as milhares de mortes e desaparecimentos a celebrar a entrada do ano de 2011 com um saldo de trágico horror com patrocínio do Estado que nada fez, nada faz e que nada fará para estancar a hemorragia se sua inépcia corriqueira.
Quando as águas de janeiro começaram a cair na região serrana do Rio o governo daquele estado nas mãos do co-responsável pelas mortes, Sr. Governador, já sabia que a coisa iria feder e que poderiam ocorrer mortes em larga escala.
Que fez o velho sabujo da politicalha carioca? Puxou o saco de Lula e agora de Dilma em troca dos royaltes do petróleo que dá aos borbotões na costa do Rio.
E nada mais.
Quem assiste a tragédia percebe uma coisa límpida e cristalina. Ausência do poder público. Total, irremediável, completa e assassina ausência. As cenas foram as melhores testemunhas de como se mata gente no Brasil e fica tudo no baile do BBB2011.
Nos pedidos desesperados de socorro, das vítimas soterradas pela indiferença, nos escombros a procurar gente querida o primeiro ser animado presente sempre era um amigo, um vizinho, uma ONG, um colega, um amigo ajudando a tirar lama das cabeças dos coitados que tombaram mortos e que muitos nem serão mais localizados.
Nessa hora o Estado não se fez herói e sim um covarde borrando as calças de medo, porque naquele Estado não tem um homem que o governe que chame a responsabilidade para si que nem quer saber quantos são os mortos.
E querem saber mais? Ano que vem pode ligar a tv o show vai começar...de novo;
· A luz da discórdia acordou o Brasil na data de hoje, dia 25 de janeiro e antes de entrar nesse assunto meus sinceros e honestos parabéns ao aniversário da grande metrópole de São Paulo, maltratada, violada, suja, inundada. Que Deus possa proteger esta terra de tantos matizes diferentes, de tanta gente sofrida dividindo problemas mais que soluções.
Os brasileiros vão dormir hoje sete BILHÕES de reais mais pobres. A toda poderosa ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica, torrou na voltagem máxima o bolso dos que pagaram a mais pelas tarifas aumentadas indevidamente e ilegalmente de todos no período de 2002 a 2008.
Ela “perdoou” as distribuidoras em nosso nome. Uma dívida nossa e ela se diz procuradora para deixar passar como se tudo fosse brincadeirinha de criança. Ladra, criminosa e inconseqüente permitindo ao longo dos anos nos cobrar mais pela mais alta tarifa de energia elétrica do planeta como se estivéssemos a queimar ouro em vez de usar água nas hidroelétricas para gerar nossos 110 ou 220 volts.
Foi-se o tempo em que atos desta natureza eram punidos exemplarmente e os homens ladrões colocados para comer marmitinha atrás das grades.
E agora dona Dilma?
Use seu cargo, velha senhora, para levar os assaltantes da ANEEL para o xilindró! Se não fizer nada era de se esperar não?
· Último assunto e não menos grave. A cintilografia computadorizada do bucho do governo prevê um combate feroz à inflação nos fazendo engolir taxas de juros que nos colocam no “top of the world” em termos de cobrar o preço pelo uso do dinheiro e abrir mão do custo de oportunidade.
Santa mãezinha do céu! A receita é a mesma: para curar inflação sobe juros e aumenta a dívida que já anda lá pelas casas de Plutão, agora rebaixado a planetóide. Quem sabe o Congresso não possa ressuscitar a CPI de Plutão e dar-lhe um cargo maior no firmamento.
A equipe econômica tem em mãos um velho papel amarrotado e todo amarelinho pelo desgaste com o mesmo curédio para a inflação que é de custos e não de demanda como o governo apregoa erradamente.
Trava o crescimento e faz nosso dinheiro se valorizar tanto que tudo o que compramos agora vem da made in China e lá se vão nossos empregos.
De nacional mesmo só a velha cachaça e a cara de pau dos políticos nacionais. O resto já está sendo montado, fabricado ou arquitetado no “china” né?
Feliz 2011 ou o que sobrou dele para apreciar. E ainda nem começou heim? Tem ainda o patropi do carnaval, fusca e o violão, a nega redonda, a baiana na passarela mesmo que ninguém tenha mais onde morar e o que comer tudo levado pelas águas da indiferença. Velho Brasil que não muda mais.
Acessem meu blog para ver este artigo e muitos outros
http://jornalpenalivre.blogspot.com/
Magno Almeida Lopes, escritor e jornalista free-lancer, administrador de empresas com habilitação em negócios internacionais, tecnólogo de obras e solos, engenheiro de rede Lan, membro efetivo da academia Piracicabana de letras, MBA em comércio exterior. Piracicaba (SP), 25 de janeiro de 2011. email: lopesmagno@gmail.com
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
ÁGUAS DE MARÇO
Tom Jobim já escrevia na letra da música “Águas de Março”: é pau é pedra é o fim do caminho... É o vento ventando, é o fim da ladeira. É a viga, é o vão, festa da cumeeira, é a chuva chovendo, é conversa ribeira das águas de março, é o fim da canseira.
Do romântico ao prático, as águas de março, lembradas quando o padrão brasileiro do verão era chover em março, padrão este alterado pelas diversas modificações provocadas pelo homem como o aquecimento global e outras tantas coisas, provocam mortes que poderiam ser evitadas.
Desde menino ouço a mesma cantilena e as mesmas cenas tristes.
Mortes aqui ou acolá por afogamento, soterramento, transbordamentos cuja novela autor nenhum quis ou quer dar um final feliz.
Esse ano de 2011 Deus premiou a inércia de muitos com centenas de mortes especialmente na região serrana do Estado de Rio de Janeiro.
A verdade é uma só.
Não tem governo que faça o que deve ser feito simplesmente porque não rende votos.
Obra enterrada é obra esquecida.
É melhor construir uma bela praça em área de risco do que remover as casas, providenciar a drenagem do terreno e o deixar intacto preservando áreas de mananciais ou mesmo espaço de fuga para enchentes nos rios metropolitanos.
Aqui é uma terra com lei somente para os fracos.
Fosse aqui um país sério muito desses governantes que estão ai há séculos nos enganando, já estariam atrás das grades por homicídios dolosos ao deixar tantas pessoas morrendo vítimas de uma criminosa inércia.
O povo adere sua culpa nesse ponto igualmente.
Exemplo de povo porco é mesmo o brasileiro.
Podem reparar nas ruas pessoas simplesmente descartando tudo através dos vidros dos carros a começar pelo lixo mais abundante do planeta: bitucas de cigarro.
Isso mesmo bitucas de cigarro. É o lixo achado em todos os cantos secos ou molhados da terra.
Nas áreas notadamente carimbadas como perigosas em épocas de chuva, as tragédias são os moradores mesmos que as provocam jogando fora sofás, tvs, travesseiros, colchões, lixos diversos que acabam entupindo os sistemas de escoamento.
A mesma choradeira de sempre. Perdeu isso e aquilo. Foi-se a geladeira e o fogão comprados nas casas Bahia.
O que estamos vendo na TV mostra um círculo do crime organizado pelo Estado e pela população.
O Estado comete o crime de permitir moradias em áreas de risco, de não ter plano diretor para determinar onde e como a cidade vai crescer, não tem planejamento tático para lidar com situações de crise e de catástrofe como essas, não tem esquema de evacuação de áreas de risco e não faz uma obra que preste, nem, tampouco, planos de emergência para trabalhar em regime de crise.
Cassab, prefeito de SP, se esconde nas desculpas de sempre dizendo que os piscinões deram conta do recado e que blá, blá e blá, Geraldo Alkmim idem. Já são tantos anos no poder não teria dado tempo de ensaiar desculpas menos infantis?
O crime se completa com a população colocando pimenta no molho: invadindo áreas de preservação ambiental, construindo casas em abismos ou em cima de lixões (vide o caso do morro Bumba em Niterói, 2010), detonando os rios com os lixos de sempre.
O círculo se fecha aqui com a paralisia infantil do Estado que nada faz porque qualquer ação no sentido de evitar tragédias como as das águas de março invariavelmente traz medidas não tanto populares como remoção de famílias, limpeza de terrenos, reintegração de posse e vai por aí afora.
Quem votou na Dilma, falo especialmente para o pessoal que vive em áreas de risco, já deve saber que ela mandou cortar do orçamento de 2011 mais de 30 bilhões de reais como contensão de gastos exatamente nas verbas para tratar desse assunto de enchentes etc e tal.
Agora resta ao Estado pelo menos fazer seu papel sujo de cavar as covas coletivas e oferecer um mínimo de conforto para tantas famílias destroçadas pela tragédia.
Estou cansado disso. Em 2012 vai ser a mesma coisa, outras tantas centenas de pessoas morrerão, em 2014, ano da copa idem.
Talvez um dia apareça alguém com saco roxo e vontade de ferro para resolver isso de vês por todas em vez de sermos manchetes trágicas em todos os jornais de mundo dando notícias do Estado que mata gente por que quer e por interesse de obtenção de votos.
Outras coisas curiosas. Segundo cálculo dos entendidos no ramo um mísero real aplicado em prevenção custa sete a menos em reconstrução ou recuperação.
Um cidadão de SP capital culpa o rio Tietê pelas enchentes como se o rio tivesse sido construído pelo homem. Muito pelo contrário. Os rios de SP capital já estavam ali antes das naus de Cabral.
A natureza só destrói quando o homem lhe toma o que lhe pertence.
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Magno Almeida Lopes, escritor e jornalista free-lancer, administrador de empresas com habilitação em negócios internacionais, tecnólogo de obras e solos, engenheiro de rede Lan, membro efetivo da academia Piracicabana de letras, MBA em comércio exterior. Piracicaba (SP), 14 de janeiro de 2011. email: lopesmagno@gmail.com
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
CAOS AEREO
Voando com o AR 15 e drogas “de boa”.
Antes de entrar no assunto de hoje desejo a todos um feliz ano novo. Que estejamos todos bem de saúde e paz para podermos correr atrás das outras coisas.
Meu primeiro artigo de 2011, após um breve descanso, diz respeito à possibilidade de voce viajar pelo Brasil inteiro de avião carregando um fuzil na natureza mortífera do AR15, de fabricação norte americana e mais um saco de um quilo de cocaína, por exemplo. Como? Fácil, extremamente fácil.
Certas reportagens exibidas na TV deveriam nos causar profundos arrepios, mas muita gente passa ao largo e dá de ombros não dando a menor atenção.
Um repórter da TV Globo, que aqui não convém dizer quem foi, pegou uma mala colocou uma réplica feita de metal do famoso rifle e mais um saco de açúcar imitando ser entorpecentes e iniciou uma série de vôos, todos no território brasileiro conectando cidades grandes e médias.
De norte a sul e de leste a oeste, passando pelos aeroportos “hub” tipo Congonhas ou Guarulhos, até os menores que servem a aviação regional o repórter, disfarçado de traficante de armas/entorpecentes e terrorista, percorreu a totalidade do roteiro, por sinal longo e complexo não deixando de lado praticamente nenhuma cidade importante e nenhuma capital de estado de fora, com absoluta tranqüilidade não sendo incomodado por nenhuma autoridade aeroportuária.
Isso mesmo.
Ele voou tranqüilamente e se a arma fosse de verdade poderia ter cometido atos terroristas ao custo de milhares de vidas. Além, é claro, de circular hipoteticamente com um pacote de um quilograma de droga.
Após a reportagem, a ANAC deu as declarações estúpidas de sempre e a Infraero tirou o bumbum da seringa sempre que a coisa azeda. Fica o dito pelo não dito.
Culpa? Deve ser do passageiro.
A sorte é que nosso país não reflete interesses de grupos paramilitares do tipo Al- Qaeda ou pior, mas se aqui fosse a América do Norte seria uma festa de arromba com direito a pizza no final.
A presidente Dilma tomou posse e o Brasil continua sem governo. A briga pelos cargos, pela divisão do bolo orçamentário ocupa boa parte do tempo ocioso dos lobos famintos que tomaram conta do poder.
Fosse a presidente uma pessoa mais interessada e que tivesse também se arrepiado com a reportagem hoje todo o staff da ANAC e INFRAERO estaria na rua pedindo emprego.
No meu governo seriam todos sumariamente demitidos.
Isso que dá colocar ignorantes para dirigir os dois órgãos, cujas nomeações acontecem inequivocamente por interesses mesquinhos eleitorais.
Estamos no limar de receber quatro grandes acontecimentos de cunho esportivo no Brasil, a saber: jogos mundiais militares de 2011, copa das confederações em 2013, copa do mundo em 2014 e jogos olímpicos em 2016.
Deus queira que essa reportagem não tenha chegado para os interessados em praticar atos terroristas, se assim o fosse seria muito fácil explodir qualquer aeronave voando em solo brasileiro, não importando o tamanho e a quantidade de passageiros.
Nem como bagagem de mão o rifle de mentira, mais a psudo-cocaína foram percebidos em revistas manuais. Os raios “X”, segundo informa a direção da ANARQ (agencia nacional de anarquia aérea) só podem ser acionados para destinos internacionais. Se isto fosse verdade, também seria correto informar que o passageiro só pode explodir ou seqüestrar aviões domésticos. O que vai para o exterior não.
Adicionalmente o “causo” revela que as empresas aéreas só estão preocupadas com terroristas atuando no exterior aqui dentro não, o que é mais grave ainda.
Qualquer maluco pode entrar no avião portando um AR15 e levar o aeroplano para a Somália e ponto final.
Dilma e companhia bela devem se sentar à mesa e começar a colocar gente séria para tocar esse assunto e demitir toda essa molecada da INFRAERO E ARNARQ, além disso, deslocar sumariamente todos os orçamentos, principalmente da toda poderosa INFRAERO para dar cabo dessa situação gravíssima que envolve segurança nacional. Acorda Dilma! Ou só vai despertar do sono letárgico e hora que um doido desses enfiar um avião lotado de gente para se espatifar no edifício Itália em SP capital?
A que horas o governo vai dar sinal de que já estamos em janeiro de 2011, a posse já aconteceu, mas aqui embaixo ninguém sente a presença do Estado?
Se voce estiver no comando Dilma, comande.
Peça ajuda a especialistas. A coisa é para ser feita antes de ontem!!!
Sou estudioso de aviação, cara senhora, se quiser minha modesta contribuição o farei sem cobrar um centavo para que brasileiros não sejam vítimas de atentados em território nacional.
Como creio que a síntese do que falo aqui vai repercutir somente quando acontecer uma tragédia. Em tempo de receber os quatro grandes eventos esportivos no Brasil sugiro ao governo encomendar muitos caixões e já consultar preços de funerais caso alguém descubra que é mais fácil dominar uma aeronave brazuca portando rifles de alto poder de fogo do que roubar um pirulito do nenê ali na esquina.
Como esperam as autoridades receber os milhões de visitantes que virão até 2016 e dar-lhes segurança num ambiente inóspito e avesso aos menores ditames de segurança e precaução?
Vai desembarcar gente boa pelos aeroportos brasileiros, mas também devemos estar preparados para facínoras doidos para explodir gente ou ferir inocentes.
Não há mais tempo para ficar na lengalenga política de sempre.
Não há mais espaço para o amador e nem para improvisos.
As vidas, tanto nas nacionais como as estrangeiras, estão sob forte risco. Não há mais tolerância para a complacência de ANARQ e INFRAERO com seus cofres abarrotados de dinheiro e aeroportos cuja segurança serve para dar motivo às piadas do Casseta e Planeta.
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Magno Almeida Lopes, escritor e jornalista free-lancer, administrador de empresas com habilitação em negócios internacionais, tecnólogo de obras e solos, engenheiro de rede Lan, membro efetivo da academia Piracicabana de letras, MBA em comércio exterior. Piracicaba (SP), 11 de janeiro de 2011. email: lopesmagno@gmail.com
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