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domingo, 28 de agosto de 2011
















I WANT YOUR VISA

Com o dólar americano pegando escada rolante morro abaixo, nunca o brasileiro tem viajado tanto para os EUA. Estatísticas da Embratur apontam que em 2010 mais de UM milhão de brasileiros pegaram rumo à terra do Tio San.
E também, some-se a esse fato, a gastança que o turista brazuca faz quando se vê diante das lojas americanas agora vendendo mais do que nunca mercadorias 1,99 da China.
As únicas coisas que sobraram autenticamente americanas foram o Whisky do Tenesse e hambúrguer o resto é made in extremo oriente.
A US Travel, entidade que aglomera os interesses do turismo americano, já desfraldou a bandeira de não exigir mais vistos de turismo para um turista mercadologicamente o mais perdulário do planeta, além disso, falar hoje em imigrar para os EUA é uma tolice muito grande visto que são eles que estão com o pires na mão sufocando em dívidas.
Super interessante abrir esse mercado aos vorazes consumidores brasileiros que compram tudo o que encontram pela frente.
Faz tempo que conseguir um visto americano é sinônimo de tortura. Primeiro marca agenda no site do Consulado americano para obter uma senha de atendimento com dia e hora marcados, depois as longas filas no tronco (espécie de corredor nos currais para enfileirar gado normalmente para aplicação de vacinas), humilhação de ter que mostrar quantas cuecas temos no armário, extratos bancários, escritura da casa para dar a entender que a pessoa tem raízes no Brasil e não vai fugir para os Estados Unidos. Foi-se esse tempo.
Noves fora o tratamento dispensado pelo Consulado aos turistas que se acotovelam nos corredores em busca de uma chance de ver o Mickey, a Minie, o Pluto e comprar bonecos feitos no Azerbaijão.
Mas porque abordo esse assunto?
Ninguém sabe porque esse fenômeno ocorre, ou seja, essa baita correria para embarcar em qualquer coisa voadora rumo ao norte.
Vamos descer a escada.
Fazer turismo no Brasil é um ato de coragem. Primeiro pelos preços absolutamente vergonhosos de nossos hotéis cobrando horrores para uma simples noite, aeroportos parecendo manicômios, impostos e taxas duzentas mil para alimentar a safadeza brasiliana e palaciana.
Pedágios pela hora da morte, estradas feitas à semelhança de queijos suíços, mais roubalheira na hora de comer e tomar uma simples sodinha gelada.
A hotelaria brasileira é desonesta e quer ter mais lucros que hotéis seis estrelas espalhados pelo mundo e cobram por uma cerveja de lata mais de R$ 8,00 em alguns casos.
A cena se repete nas lojas, magazines e shoppings centers.
Paga para estacionar, paga isso e mais aquilo outro por um serviço porco e mal feito. Mercadorias de carregação cobradas pelo seu peso em ouro e impostos abusivos. São Paulo, por exemplo, é a quinta cidade mais cara do mundo!
Salvador é a mais cara para turismo e não tem nada assim de glorioso por lá que mereça esse preço tão alto.
O cidadão sai de casa com a intenção de levar sua família para as tão sonhadas férias e a aventura se interrompe no momento de pegar uma estrada entupida cobrando pedágio de dar dó.
A outra opção é tirar toda a paciência do armário dar uma lustrada nela e ir pagar mico leão dourado nos aeroportos sujos, caros e mal conservados; alguns deles caindo pedaços do teto na cabeça dos coitados como no Maranhão terra do clã dos Sarneys.
Atrasos inexplicados, aviões parecendo morcegos voadores com gripe, restaurantes cobrando preço de caviar num simples marmitex, taxa de embarque dos infernos, banheiros de menos e falta de um tratamento decente por parta das Cias Aéreas, Infraero e Ministério do Turismo.
Quem tem alguns dólares guardados prefere embarcar rumo ao norte, pelo menos lá os impostos são honestos, não tem tanto hotel malandro e tampas de bueiros explodindo como virou moda na cidade do Rio de Janeiro, fora os constantes assaltos aos pobres coitados que rumam para cá na esperança de tomar um banho de sol nas areias de Copacabana cobertas por coco de cachorro.
Tem outra coisa.
A obtenção de vistos dos americanos que pedem para entrar no Brasil gera uma baita renda ao Governo fominha nas taxas abusivas que tem a cara de pau de cobrar, senão vejamos: um visto de brasileiro para os EUA custa US$ 140 e um visto de americano para o Brasil custa US$ 250!!!!!
Que seria essa diferença?
Quem desembarca agora neste planeta pode imaginar que deve ser muito melhor fazer turismo no Brasil a sugerir pelo preço do visto.
Um verdadeiro acinte.
Seguindo a matemática da coisa tem razão cobrar mais caro para deixar turista entrar aqui, pelo menos faz coro com a massa de roubos e impostos que o turista vai pagar, isso se chegar inteiro no hotel e não tomar uma bordoada de bueiro estourando na cabeça.
O governo de Obama deve sugerir aos intrépidos larápios brasileiros de plantão para abolir de vez essa bobagem de visto para cá e para lá.
Se tiver alguém aí no governo de posse de uma calculadora de 1,99, pela simples eliminação da exigência do visto de turista para os coreanos rendeu uma chuva de turistas de lá gastando por aqui e vice e versa. A conta diz que desde 2008, data da eliminação da exigência de visto, o numero saltou de 600 mil para UM milhão o numero de coreanos que vem para nossa terra.
Calculando isso em números simples de arrecadação o Brasil está perdendo a chance de entupir nossas praias de turistas americanos que preferem embarcar para Buenos Aires porque lá o visto não é obrigatório.











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