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quarta-feira, 28 de setembro de 2011
ATIVIDADES DE GROSSO CALIBRE
A terminologia jurídica é pomposa e rebuscada em sua forma de se expressar, buscando sempre vocábulos estranhos ao som dos ouvidos como protocolizar, palavra emprestada da mesma origem que inicialização do ramo da computação.
Assim sendo, vou usar também de linguagem não coloquial para escrever este libelo, em síntese uma exposição verbal ou escrita daquilo que se pretende provar contra um réu, apresentada após a sentença de pronúncia, à qual se deve conformar. (vide dicionário Aurélio).
Dizer que a Justiça brasileira está em petição de miséria é acreditar em duendes pintados de ouro. Dinheiro ela tem. Gestão é que não tem.
Explico porque.
Acabei de me enfronhar numa leitura, no mínimo auspiciosa tecnicamente de bom augúrio, – o relatório de 2010 das atividades do STF (supremo tribunal federal). Isso mesmo, um enfadonho relatório de 80 páginas que se revelou um bom dicionário da linguagem de austereza de araque da justiça brasileira e um monumento a um sistema de gestão de risco e que zomba de todos os contribuintes.
Quem lê o documento pensa logo que se trata da justiça Suíça ou da Noruega. Ou que estamos lidando com um departamento ao largo do Estado que aplica toda espécie de sortilégios possíveis para beatificar a sagrada escritura da nossa Carta Magna.
O relatório é peça de George Lucas e Spielberg, feito à semelhança do filme Avatar: muitos efeitos especiais, fotos magníficas, principalmente do Presidente do STJ, Cezar Peluso que fez-me lembrar daquele penetra de festa que sai em todos os filmes e fotos feitas pelos convidados.
Noves fora que as digníssimas juízas tiveram suas imagens retocadas à base do fotoshop de forma cabal. Nada contra. A vaidade humana não alcança cargos ou distinções.
A leitura do calhamaço anual revela também uma importantíssima revelação que não imaginava mais viver sem ela, de que o ministro Marco Aurélio torce pelo time do Flamengo do Rio de Janeiro.
O instrumento é chocante.
Descreve uma diplomacia judiciária para aplacar a sede dos passeios ao estrangeiro que virou moda e disputa entre os membros do STJ, segundo o que está escrito ali “uma proveitosa troca de opiniões sobre o trabalho cotidiano”.
Sim, muito proveitosa especialmente no castelo da Disney ou para o Pato Donald.
Como diz José Simão: vou pingar um pouco do meu colírio alucinógeno.
O prédio do STJ comporta 435 seguranças!!! Nem a Casa Branca tem isso em dia de pico.
Finalmente, o orçamento. Ah o orçamento. Em 2010 os togados torraram uma fortuna de R$ 518 milhões, sendo que R$ 315 somente para pagar as gorjetas que os ministros ganham.
Sobraram trocados para ganhar uma titulação ISO 9000 no bojo desta nave cheia de dinheiro dos contribuintes.
ISO 9000? De quê afinal de contas?
Só se for pela paralisia contundente dos zilhões de processos que atolam todos os espaços vazios da justiça e dá uma banana ao pobre coitado que espera uma decisão que possa lhe favorecer, quem sabe um dia numa outra encarnação.
Isto tudo para entrar no picadeiro com mais uma atração. A briga entre STJ e CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
Não por coincidência o Ministro Cezar Peluso também é presidente deste Conselho e recebeu ação proposta por uma misteriosa Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) para que o CNJ alivie a pressão sobre juízes e juízas que usam suas togas para perpetrar irregularidades, nome adocicado para estelionato, roubo, furto, lavagem de dinheiro, prevaricação e corrupção.
A ministra do CNJ, Eliana Calmon, veio em público criticar a manobra apontando a infiltração de bandidos escondidos atrás das togas, segundo ela mesma afirma.
Ela sustenta que o CNJ vai perder o poder nas mãos de Peluso que, indubitavelmente cederá à pressão dos que usam seus costumes pretos para a prática de crimes contra a sociedade brasileira.
Impunidade. A AMB procura Peluso para liberar geral e instalar a fuzarca total.
De pronto o presidente do STJ emitiu nota repudiando as declarações de Eliana, mas acolhe de bom grado uma aberração à natureza democrática do Brasil.
O CNJ vai esvaziar feito balão furado e deixará de punir magistrados membros de quadrilhas, gangues e aglomerações criminosas.
Não é para menos que nos últimos meses um enxame de homens de preto pediram seu boné para curtir suas merecidas aposentadorias em praias gregas, exatamente nomes integrantes da lista negra do CNJ e que deveriam ter sido há muito punidos.
O caráter difamatório que Peluso alega nas declarações de Eliana, na realidade é uma flâmula crepitante ao vento do escárnio dessa gente para lidar com assunto sério de justiça dos homens, acolher a súplica dos desvalidos e fracos, dos injustiçados que procuram o manto protetor da justiça que dá de ombros aos interesses de todos.
É o mesmo STJ e seus juízes amestrados que deram guarida a Cesare Batisti, um enorme bandido italiano que vive agora às custas do suor do brasileiro, o mesmo órgão que não permitiu ação imediata da lei do ficha limpa e deu no que deu.
Desmoralizante, satírico, entediante, nauseabundo e naufragante.
O STJ já era. Bem como a justiça brasileira que confunde austeridade com benesses espalhadas para seus integrantes que adoram viajar e mamar nas tetas da imensa porca brasileira no qual nosso País se transformou.
Radiante, esfuziante. E hoje, dia 28/09/2011, quarta-feira, Peluso decretará o fim do SNJ, salvo de eu estiver triangularmente enganado e jogará nossa justiça no ventilador.
Acima deste poder existem sim gente para barrar esse baile. Mas será que ela se importa?
Salve-se quem puder.
Ah me ajuda ai ô!!!!
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Magno Almeida Lopes, escritor e jornalista free-lancer, administrador de empresas com habilitação em negócios internacionais, tecnólogo de obras e solos, engenheiro de rede Lan, membro efetivo da academia Piracicabana de letras, MBA em comércio exterior. Piracicaba (SP), 28 de setembro de 2011. email: lopesmagno@gmail.com
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