JORNAL PENA LIVRE

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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012














HISTORIA PERIGOSA

Há muito venho utilizando este espaço para exercer meu direito a uma boa reclamação, até por um preceito constitucional.
Talvez teríamos um país um pouco melhor se todos reclamassem pelo que acham certo, por aquilo que acham justo e por aquilo que pagam.
Algumas empresas, porém, tem um comportamento nocivo de deixar seu cliente à beira de um ataque de nervos e sem qualquer tipo de resposta viável.
Na retirada do meu carro Zero KM de uma concessionária Fiat de Piracicaba, ainda neste mês de janeiro, veículo este que após todos os pagamentos realizados ainda me custou uma semana de cadeira esperando o mesmo ser entregue, uma coisa foi deixada de lado na custosa revisão de entrega que durou, como disse, sete dias.
Descobri o que havia sido deixado de lado sem checagem obrigatória de uma forma quase trágica.
Estava eu descendo uma das avenidas de Piracicaba onde em uma curva acentuada tive que fazer uma manobra de emergência para não bater num outro veículo que trafegava perigosamente ao lado.
O outro motorista embarrigou a curva que fazia de forma perigosa e fez com que eu utilizasse um raio menor para completar a curva e passar à frente dele sem que houvesse uma colisão.
Uma manobra normal que todo carro moderno “segura legal”.
O meu carro zero comportou-se de maneira totalmente inesperada e perigosa.
Um som forte vindo dos pneus e uma catastrófica instabilidade do lado de fora da curva o que transformou a minha manobra quase num desastre de capotamento. O resultado foi que os “ombros” dos pneus foram danificados com a força da curva.
Motivo: calibragem dos pneus muito abaixo do normal.
Este veículo, segundo informa seu manual, admite sem carga máxima 30 libras em média para cada rodante.
Ao me dirigir imediatamente a um posto, pois havia percebido na hora o que poderia ser, constatei que a concessionária havia me entregue os pneus com 18 libras apenas em cada pneu numa irresponsabilidade da mesma gravidade que me entregar o carro sem apertar os parafusos das rodas.
Ao ligar para a empresa recebi o silencio de volta. Acionei o 0800, nada. Impostei reclamação num site famoso de reclamações de clientes e NADA.
Quero uma explicação de forma severa e acentuada do porque os pneus não foram checados.
Além disso, o veículo estava sujo e com restos de papel de remalinha de formulário contínuo por todos os lugares. (aquela sobra de papel furadinho).
Sou um consumidor chato e “pentelho”. Não largo do pé até coloca-lo no pescoço de uma empresa para que ela me respeite e cuide dos seus serviços de forma a não colocar a minha vida e a dos meus passageiros em risco.
Queria que os amigos leitores desse meu periódico possam ajudar-me colocando essa questão nas suas redes de contato, Orkut, Facebook e outros.
A empresa chama-se Auto GT Ltda do Grupo Stefanini de Veículos.
Quem sabe depois que a rede estiver saturada de tantas mensagens, como de fato espero, esta empresa possa dar o ar de sua graça e apresentar-me: desculpas, explicações e uma compensação porque, além do perigo ainda gastei um tanque rapidamente pelo excesso de consumo de combustível.

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Magno Almeida Lopes, escritor e jornalista free-lancer, administrador de empresas com habilitação em negócios internacionais, tecnólogo de obras e solos, engenheiro de rede Lan, membro efetivo da academia Piracicabana de letras, MBA em comércio exterior. Piracicaba (SP), 30 de janeiro de 2011. Email: lopesmagno@gmail.com

sábado, 28 de janeiro de 2012

STAC DEIXA













STAC DEIXA

Nos idos dos meus tempos de escola saudosos, por sinal, lembro-me perfeitamente de uma brincadeira chamada stac deixa, claro, não sei se a grafia correta é essa, mas isso não importa.
O joguinho era mais ou menos assim: de comum acordo entre “X” alunos os objetos, a partir daquele momento, podiam ser tomados por um dos participantes do mútuo acordo com um simples gesto de bater as mãos em alguma coisa tipo lápis, borracha ou caneta em que alguém se distraísse e ficasse de mãos moles.
Logo concluir que fui vítima de alguns itens do meu estojo de escola, mas também acumulei bons apetrechos durante o tempo que durava a brincadeira.
Isso serve para ilustrar o texto de hoje onde vou tratar sobre o stac deixa que o brasileiro adora brincar sempre que pode e quando ninguém está olhando.
O Rio de Janeiro vive experiências do World Trade Center em NY cujas duas torres tombaram por ação de terroristas de Bin Laden em 2001.
Desta vez o tombamento dos três prédios no Rio não teve a mão de Bin Laden, mas da Prefeitura Municipal do Rio e sua secretaria de obras e fiscalização.
Alías, o Rio é uma cidade sui generis e vou explicar porque.
Conheço aquela metrópole desde os tempos em que nem havia o aterro do Flamengo e alguns bondes ainda circulavam com suas propagandas de cigarro Fulgor (cigarros ovais) e elixir paregórico que exibia uma pessoa comendo um porco inteiro pela boca para mostrar a potência do auxilio do medicamento ao pobre fígado condenado a digerir o famoso quadrúpede.
O Rio sobrevive em meio a muitas máfias, vamos lá algumas que eu me lembro agora de supetão: remoção de entulhos, reciclagem de latinhas de alumínio, barraqueiros de areia, biscoitos de polvilho de praia (há anos só se vende a marca Globo), gelo das barracas de praia, coco verde, flanelinhas, DETRAN, postos de gasolina e construção civil englobando espaços, mão de obra e fiscalização de obras e afins.
O desabamento dos três prédios em 25 de janeiro no centro do Rio de Janeiro atrás do famoso Teatro Municipal é um forte exemplo de como a morte espreita a todos por aquelas bandas.
Certamente alguma coisa de sério rolou dentro do maior prédio de 25 andares como obras fora do padrão, às vezes destruindo colunas de sustentação. Não há como impedir a ação da gravidade quando a coisa fica por conta da teoria de Isaac Newton e sua maça.
O foco do texto começa a ser iluminado neste ponto.
Os escombros, segundo noticiam os jornais de hoje, dia 28 de janeiro de 2012, estão sendo garimpados pelas empresas responsáveis pela remoção de entulhos e os pertences estão sendo surrupiados numa brincadeira de mau gosto do stac deixa. Ninguém viu vamos roubar a valer.
Um dentista que trabalhava no prédio tombado viu uma enorme caixa de Dvds musicais que lhe pertencia a bordo de um dos carros dos bombeiros, esbravejando e com atitude decisiva foi impedido de examinar a caixa mais amiúde e ameaçado por um dos homens por difamação.
Consta que bombeiros não utilizam Dvds musicais para apagar incêndio.
Um dos homens vasculhando os entulhos encontrou uma bolsa de mulher e começou a examina-la em busca de algo de valor, após o que depositou a bolsa no mesmo local onde a pegou anteriormente para dar uma disfarçada.
Vigarista. Se isso fosse um país com P grande já seria sumariamente condenado a passar o resto da vida apodrecendo em algum cubículo infestado de baratas.
Urubu de acidentes – o brasileiro adora incorporar o pássaro preto em suas atitudes duras de se aproveitar da desgraça alheia.
Quantas vezes eu já vi acidentes em rodovias com caminhões carregados de toda sorte de produtos serem saqueados por moradores das imediações.
Aqui em Piracicaba em meados de 1989 um caminhão carregado de cerveja quebrou a ponta do eixo do lado esquerdo na Avenida Independência caindo um engradado de garrafas de vidro no asfalto. O motorista se ausentou alguns minutos para chamar socorro. Quando voltava ao caminhão o saque já estava em andamento. Carga perdida e ele nem sequer aproximou-se da população enraivecida e transfigurada pelo ato numa espécie de sandice coletiva.
Um dos casos mais emblemáticos aconteceu em Santa Catarina. Um caminhão enorme carregando porcos vivos que iriam para o abate se envolveu num acidente com mais dois veículos causando no impacto um incêndio de grandes proporções.
Quem passava pelo local ao invés de ajudar as vítimas agonizando preferiu roubar os porcos alguns bastante chamuscados pelas chamas.
Numa imagem transmitida ao vivo pela TV dezenas de pessoas faziam o mesmo numa cena mais parecida com um enxame de moscas em cadáveres.
O Brasileiro depois corre apontar que o político é ladrão. Curioso ato de apontar outrem como o dedo sujo de cocô.
Abominável a cena do sabujo garimpando pertences no desastre do Rio. Aquilo me transbordou de certeza que a nossa sociedade não tem mesmo jeito e nunca vai ser digna de mais respeito.
Gente normal todos diriam, mas quando a oportunidade aparece se transforma numa besta fera de proporções bíblicas. A anedota vem agora.
A sede de garimpar os restos mortais dos prédios desabados é tamanha que um dos caminhões acabou levando um corpo não identificado por engano no local destino dos entulhos, uma região próxima à zona portuária do Rio - outrora depósitos de fantasias de algumas escolas de samba.
Os garimpos estão sendo feitos por funcionários uniformizados de uma empresa contratada pela Prefeitura do Rio, talvez uma das tantas pessoas jurídicas que fazem parte da máfia do entulho no Rio de Janeiro. Isso mesmo. Lá tem máfia até disso.
Na zona sul uma empresa “A” tem o domínio. Se entrar na zona da empresa “B” cheira a pólvora e cadáver fresco no chão.
O poder público de joelhos frente a essa canalhada que domina o espaço público e agora roubando vítimas que jazem esmagadas diante da empáfia da Prefeitura do Rio que libera, através de sua secretaria de obras, reformas e ou construções em desacordo com qualquer parâmetro mínimo de engenharia mediante pagamento de subornos.
Segundo comenta o dentista Antônio Molinário que perdeu sua caixa de DVds, Cds ou coisa que o valha:
“Não sabemos para onde o entulho está sendo levado. Para a prefeitura, é lixo. Mas, para mim, não. Ali tem fichas de clientes, documentos que não servem para a prefeitura, mas que para mim são muito úteis. Ninguém informa nada, ninguém fala nada”, disse.
É a tragédia moldada com outras tantas pinturas trágicas de uma cidade especialista em explosões de bueiros, restaurantes (caso recente), favelas, muita corrupção e roubo de turistas no desembarque.
Cidade maravilhosa sim, mas doente e infectada por centenas de anos de um poder público nefasto desde o tempo de capital federal.
Pena de morte aos ímpios.
E no final do filme da serra elétrica a Prefeitura do Rio de Janeiro pratica o stac deixa na hora dos trouxas pagarem seus impostos...Bom aí é outra máfia!

Enquanto isso na sala de justiça....(heróis Marvel).


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Magno Almeida Lopes, escritor e jornalista free-lancer, administrador de empresas com habilitação em negócios internacionais, tecnólogo de obras e solos, engenheiro de rede Lan, membro efetivo da academia Piracicabana de letras, MBA em comércio exterior. Piracicaba (SP), 28 de janeiro de 2011. Email: lopesmagno@gmail.com

sábado, 21 de janeiro de 2012
















DEIXARMOS DE SER CORDEIROS

Dizem que filho de peixe, peixinho é, ou seja, nasceu galinha no meio do caminho é impossível uma transformação para um urso ou um caramujo.
No comportamento sim. Um cidadão cordeiro não é aquele pacato cidadão calmo e tranqüilo como todo baiano apregoa ser, mas uma pessoa que aceita tudo sem reclamar.
Esse é o vírus brasileiro de maior poder de infecção.
Não existe soro ou comprimido comprado na farmácia capaz de matá-lo de forma eficaz.
O que faz com que um cidadão cordeiro deixe de sê-lo é atitude comportamental.
A figura que abre o texto é do site Wikipédia em inglês que ficou fora do ar durante 24 horas como sinal de protesto a uma tentativa do congresso americano de votar um projeto de lei cujo objetivo seria combater a pirataria on-line e que, até o momento, tudo indicava a aprovação rápida no Congresso dos Estados Unidos. Talvez seja até abandonado, depois de ser criticado no final de semana pela Casa Branca, disseram fontes informadas sobre o assunto.
O projeto de nome “SOPA” - Stop Online Piracy Act (pare com a pirataria on-line, em tradução), na verdade é ultrapolêmico. Trata-se de uma iniciativa, claro, de algumas corporações que se sentem prejudicadas em seu faturamento pela venda de produtos pirateados como a Disney, por exemplo.
Assim como estão esperneando as companhias de entretenimento, editoras, empresas farmacêuticas e muitas organizações setoriais, que o consideram como crítico para reprimir a pirataria on-line.
De qualquer forma, a chiadeira gerou um protesto praticamente mundial. É perigoso legislar para matérias que incluem a INTERNET como mote.
A Google, acompanhando a onda de protestos, também colocou mensagens em sua homepage de forma a pressionar o congresso a deixar isso de lado e não aprovar algum tipo de medida que enseje alterar o padrão atual de liberdade da própria internet e, como conseqüência, a fluidez da criatividade, preservação dos investimentos já realizados.
Esse é o começo da nossa conversa de hoje.
Se a simples possibilidade remota de alguém sugerir no congresso algum tipo de controle, censura ou ato que interrompa o fluxo de liberdade na rede mundial já dá essa reação planetária calcule se isso fosse no Brasil. Passaria sem problemas com festas e bandeirinhas.
O brasileiro não reage como gente normal. Toma porrada e não se cura do hábito de deixar tudo “de boa”.
Paga impostos em demasia e recebe de volta hospitais mais parecidos com chiqueiros, segurança que gera somente piada de salão, serviços públicos caros e sobretaxados injustamente como pagar ICMS de energia elétrica e usá-la como base ao seu próprio calculo num verdadeiro cenário de esbulho total (BIS IN IDEM o mesmo que bitributação).
Os brasileiros não reagem como gente normal quando lhe roubam no posto de gasolina, na fila do supermercado, na hora de pagar uma passagem aérea e receber de volta aeroportos emporcalhados e maltrapilhos, noves fora nada a notável taxa de embarque, mais uma exorbitante soma roubada.
Vão por aí pedágios os transporte públicos que fazem jus às espremidas sardinhas em latas acondicionadas em invólucros de aço que circulam pelas ruas e que atendem pelo nome de ônibus ou metrô.
Que dirá dos estacionamentos de shoppings centers. Pagar alguma coisa significa que ou a pessoa está comprando um produto ou um serviço, enfim, uma troca como era no tempo do escambo.
Pagar um estacionamento de shopping o que pode ser obtido em contrapartida pelo pagamento? Nada.
Se riscar o carro as empresas parking alguma coisa não querem nem saber, imagine se o veículo for roubado ou furtado. Perda total. Não adianta rezar.
Abrir um processo então nem pensar. Nem os tataranetos conseguirão ver a cor do dinheiro do bem roubado.
O Brasil carece se uma escola de defesa dos próprios direitos, mas isso não interessa nem ao governo nem as empresas, nem ninguém.
O brasileiro só reclama mesmo e vai para a briga quando o time predileto perde o campeonato, quando falta cerveja, a escola de samba perde o rebolado ou ausência de mulatas de bundas enormes e muita sacanagem.
O problema é de raiz.
O brasileiro vem tomando porrada sem reclamar desde o tempo que Adão jogava bolinha de gude com Eva e a cobra.
A escola não ensina seus alunos a protestarem e usarem seus direitos corretamente, civilizadamente e de forma correta, o Estado arrepia imaginar ter um povo mais esclarecido, senão o que seria da política não?
Enquanto isso não acontece, há centenas de milhares de anos vamos levando cacetada da indústria automobilística que ainda vende porcaria a preço de ouro com os infames motores 1.0, carroças sem ar condicionado de série para um país de temperaturas quase desérticas e câmbio automático colocado só em carros de luxo.
Lá fora qualquer lata velha sobre rodas tem ar condicionado, direção hidráulica, freios ABS, airbag, rodas de liga leve e câmbio automático, modernidades que estão há séculos incorporadas aos itens de série dos veículos produzidos além mar.
Aqui tudo é colocado como item de luxo. É um luxo ter um airbag que salva vidas, é um “must” ter um câmbio que não precisa esforços hercúleos nas grandes cidades congestionadas como São Paulo.
Qualquer coisa além da lataria, rodas e motor é “opcional” transformando a indústria automobilística nacional “sui generis” só ela faz isso no mundo rifando tudo como item fora de série encarecendo o produto que não é lá essas coisas, mas tem um preço de gente grande.
Esse é um grande tabu. O governo não sugere nada para melhorar esse cenário de tapeação porque tem rabo preso. Se não partir dos próprios consumidores uma tremenda pressão para alterar esse “status quo” nada vai ser feito.
Conselho se fosse bom não seria ofertado e sim vendido. Então, se me permitem vou vender um conselho bem baratinho ao custo de uma bala de hortelã para cada um....Reclamem, mas reclamem muito, de todo jeito, via telefone, pessoalmente, via internet, carta, sinal de fumaça seja lá o que for.
Esperneie, este é um direito constitucional garantido pela carta magna brasileira.
Caso contrário deixe-se ludibriado, enganado, roubado, assaltado e vilipendiado.



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Magno Almeida Lopes, escritor e jornalista free-lancer, administrador de empresas com habilitação em negócios internacionais, tecnólogo de obras e solos, engenheiro de rede Lan, membro efetivo da academia Piracicabana de letras, MBA em comércio exterior. Piracicaba (SP), 20 de janeiro de 2011. Email: lopesmagno@gmail.com

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

ESTRADA DA PERDIÇÃO















Enxames de moscas e outros insetos voadores só podem ser combatidos com tiros de espingardinhas de pressão ou para espantar ursos pardos enfurecidos podemos usar um chinelo de plástico no bumbum dele.
São duas situações completamente absurdas e surrealistas.
Para a dor de cabeça o remédio certo. Não adianta dar uma dose potente de vitaminas de última geração para o moribundo.
Com as cracolândias espalhadas pelo Brasil afora é exatamente isso que o Estado quer fazer, ou seja, matar mosquitos atirando tijolos no ar.
As manchetes dos jornais trazem muitas reportagens sobre invasão da cracolândia A ou B no Rio ou em SP capital, ações com bombas de efeito moral ou de gás lacrimogêneo numa atitude absolutamente inútil.
Ninguém sabe nada de nada e nem como funciona o universo do crack em grandes cidades como seu mecanismo é acionado nem como combatê-lo.
São pessoas amadoras comandando ações que só espalham as moscas sem tirar aquilo que as atraem, verdadeiros caminhos da perdição que corrói uma sociedade ainda carente de preparo para lidar com esse flagelo urbano.
O crack nasceu no vácuo da inércia do Estado e sociedade ausente de compromisso sério com o tratamento desse assunto.
Não adianta nada meter o pau no usuário, jogar bombas e dispersar a todos. Em cinco minutos todos estarão de volta agravados pela violência tripla a que são submetidos todos os dias: violência no descaso do Estado, a indiferença da sociedade e a falta de futuro que lhes dê esperança.
O uso do crack se espalhou por conta de alguns fatores próprios:
· é uma droga peso por peso mais barata que as outras, especialmente cocaína;
· fácil obtenção devido ao fato de que o suprimento é ilimitado;
· droga de poder imediato e vício instantâneo;
· consumo facilitado pela elasticidade de modos de consumo. (injetável, inalável etc).
A causa principal desta pandemia carcinômica é a desagregação familiar. Isso mesmo, o lance começa dentro das famílias dos usuários.
A grande maioria dos jovens que consomem drogas nas cracolândias são oriundos das classes menos favorecidas da sociedade, portanto, muito mais sujeitas à complicadores sociais de natureza comportamental e economica.
É muito raro encontrar nesses lugares de mega consumo filhinhos de papai e mamãe ricos usando suas maricas (pequeno cachimbo de fumar crack) para se entupir de drogas.
A desagregação familiar nasce exatamente em seu núcleo: pai e mãe.
Pelos estudos apontados até o momento, os consumidores de crack reportam histórias semelhantes de maus tratos dos pais, desajustes familiares de toda sorte, alcoolismo, vida sexual desregrada, descaso, abandono por diversos motivos, inclusive para correr atrás do próprio sustento.
Os filhos crescem sem qualquer amparo, educação ou berço. São apenas párias da nossa sociedade hipócrita e afeita a escândalos por coisas menores que essa.
O que acaba explicando porque tanta gente entra nessa roda vida de morte.
O lar se transforma num lugar pior que sentar-se na calçada e mergulhar nas nuvens tóxicas do crack e assemelhados.
Nesse ponto não tem ação do Estado, exceto, claro, sentar a ripa nos consumidores e fazer-lhes ficha na polícia como se isso resolvesse alguma coisa. Balela.
Esse tipo de ação é um complicador a mais na equação.
Noves fora nada o problema familiar, evidente e contundente, há ainda uma outra parcela na soma macabra do consumo que são as portas abertas para entrada de drogas como o crack e outras substâncias da mesma natureza.
As nossas fronteiras são livres para o transporte de milhares de toneladas de toda sorte de complexos químicos tóxicos. Hoje posso afirmar sem errar que as fronteiras brasileiras são territórios sem lei e ordem, entra quem quer trazendo o que bem entende e ponto final.
Não há fiscalização, pois ninguém entende como se pode fazer isso de forma eficaz.
Não tem uma viva alma no governo capaz de planejar ações que barrem no baile o festival de pó que chega dentro do nosso território.
Festa da mãe Joana isso sim. Nos tempos da guerra do Vietnã a Tailândia passou por drama semelhante.
Aquele país servia como um prostíbulo a céu aberto, uma meca de consumo de sexo e drogas vitaminada pelos soldadinhos americanos que despejavam suas taras e dinheiro para consumir tóxico em escala industrial.
O exemplo vem de muito tempo, mas aqui pouco se sabe sobre isso porque ninguém lê, pesquisa ou xereta para saber como a Tailândia acabou enfrentando isso de forma exemplar.
O trabalho começa dentro da família e a desagregação é ponto comum nas migrações de famílias inteiras buscando trabalho e qualidade de vida melhor nas grandes cidades. Doce ilusão.
Quem não tem qualificação acaba engordando as estatísticas de pessoas candidatas ao círculo do vício e do crime que atinge em cheio as crianças que, cada vez em idade mais tenra são apresentadas ao mundo do crack e companhia e dali não saem mais, exceto para o cemitério.
As bombas da polícia, cavalos, as balas de borracha, viaturas deveriam ser dirigidas para estancar as vias de acesso que permitem o pó chegar nas grandes cidades livres e sem controle.
Evidente colocar mais pimenta nisso e resolver também um outro lado obscuro do grande mercado de drogas. Tem gente vestida de terno e gravata, que tem poder, atende em gabinetes com requintados espaços e ar condicionado que opera o imenso sistema corrompendo tudo o que tem pela frente, inclusive os órgãos de repressão e controle.
O esquema é brutal e fortificado pelas relações incestuosas entre poder, grana e política.
Quanto mais se declina no combate mais essa gente ganha.
É assim aqui ou em qualquer outro país do mundo.
A sociedade é que tem que decidir que rumo dar ao imbróglio. Se der de ombros com o vem fazendo agora a condenação das gerações futuras aniquiladas pelo poder do pó já é particípio passado.
A coisa está perdida.
Carcinoma em estado terminal.
E tem ainda a famosa discussão sobre internar ou não os usuários crônicos....
Claro que tem que internar. A segunda opção é ver essa gente definhar até apodrecer.
Que diabos devemos escolher? Às vezes é necessário medidas extremas para casos extremos.
Os que correm defender que internar a pessoa é crime contra a Constituição devem dar uma voltinha à noite na cracolândia do centro de São Paulo quem sabe não consegue achar algum conhecido ou mesmo parente se acabando no crack não?
Ou quem sabe visitar necrotérios para ver como termina o corpo de um usuário de crack e assemelhados?
Os togados de plantão devem abandonar essa postura de defensores da lei frente à uma catástrofe com essa do crack. Melhor deixar morrer então que mandar internar o jovem consumidor?
Ah me ajuda ai ô!
Que tal a sociedade se mobilizar como faz nas votação do BBB, programa macabro e malicioso que começa hoje dia 10/01/2012?
A culpa concorrente nos assiste e ponto final.
A estrada da perdição segue seu rastro de morte e destruição encravada nas áreas centrais das nossas grandes metrópoles.
Juntamente com a morte dos jovens devorados pelo crack a sepultura aberta para caber nossa sociedade que tem dó do cachorro de apanha do dono e deixa seus filhos em estado de decomposição aos olhos de todos.
Totalmente insano. Até quando isso?

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
















PATINHO DE BORRACHA

Cadê os patinhos de borracha que deveriam ser distribuídos para as vítimas das enchentes que assolam alguns estados brasileiros?
É só o que resta aos pobres coitados que esperam há séculos ações do Estado para resolver problemas simples que todo ano aflige milhões de pessoas que é o excesso de chuvas no verão.
O problema entra ano sai ano, atinge edificações construídas em áreas de risco várzeas ou montanhas, pedaços de terra caracterizados como de preservação ambiental que, pela ausência total de planos diretores citadinos, provoca os terríveis cenários que estamos assistindo.
São reprises infames da ineficiência do Estado em resolver problemas causados pela sua própria inépcia.
Desde criança ouço a mesma música macabra: chuva, morte, destruição e o Estado rindo de tudo isso cobrando depois os impostos que todos temos que morrer para ver alagamentos e gente arrastada pelas águas.
Agora o corre corre vai começar.
Os prefeitos velozmente culpam São Pedro. Os governadores culpam os prefeitos e a má sorte de chover justo no verão como se isso fosse anormal.
O governo federal culpa a previsão do tempo que errou na contagem de quantos pingos cairiam de fato na zona A ou B.
Resta ao povo dar tchauzinho dos barcos improvisados para salvar-lhes a vida, às vezes capota de perua Kombi ou velhos entulhos que bóiam nas águas infestadas de descaso e vermes.
As autoridades aconselham os moradores das áreas de risco a se mudarem como se todos tivessem casas na praia para veranear e lhes servir de segunda opção. Patifaria à parte, as casas dos parentes seguem como alternativa maior ou escolas que abrigam famílias desalojadas.
A compensação de cheques e outros papéis dos bancos vai agora registrar as verbas que as autoridades vão disponibilizar em caráter de urgência para cima e para baixo, mas que acabam engordando contas correntes dos velhos patifes de sempre, aqueles que roubam merenda escolar, os que desviam a verba de catástrofes para colocar uma estátua nova na pracinha de bairro com intuito de faturar uns votinhos.
Desde o ano passado, muitos prefeitos responsáveis por municípios localizados em áreas de risco, estão sendo processados por desvios das verbas emergenciais, como por exemplo usar os recursos para viajar ao exterior com a desculpa de fazer intercâmbio internacionais de cidades candidatas às piores agruras do tempo. Não raramente terminando em pomposas festinhas na Disney que, afinal de contas, ninguém é de ferro.
Isso é o que mata. Não são as chuvas e sim criminosos como estes e outros prefeitos e governadores que incentivam a distribuição de verbas em condições emergenciais para manter o séqüito de patifarias em larga escala.
Tem exceção à regra? Tem, claro que tem. No meio de tudo isso tem gente fazendo a diferença. Mas são exemplos tão ínfimos, tão tímidos que nem é bom falar.
Nesse meio trágico de chuvas torrenciais, gente morta, casas destruídas, quem carrega o fardo mesmo são as próprias vítimas que se auxiliam mutuamente porque o estado lhes abandonou no momento de maior precisão.
Quando muito manda distribuir marmitas e colchões como se isso boiasse na água para salvar as vidas e os patrimônios dessas pobres vítimas.
O papel carbono em desuso atualmente é fundamental para definir onde e como as chuvas estão matando pelo Brasil afora.
Tudo é cópia do ano passado, do ano de 2010, 2009 assim por diante.
Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Paraná. Os mesmos estados de sempre.
As mesmas áreas e os mesmos políticos sem vergonhas que matam a granel com sua ganância de usurpar verbas que seriam mais que suficientes para estancar as tragédias de verão. A mesma praça o mesmo banco....parece até música de Chico Buarque.
Tal como o infame programa anual, Big Brother Brasil, levado ao ar para trabalhar a consciência coletiva para efetivos controles das mentes desavisadas e despreparadas, vamos assistir mais uma vez, também anualmente, a mesma cantilena de gente perdendo tudo, casas levadas pelas águas, pontes e estradas arrebentadas e muita cara de pau dos políticos mandando entregar roupa e comida para gente que não tem mais nada.
E tudo retorna ao ponto inicial quando a mesma população, hoje em desgraça, votar novamente no mesmo político safado que só lhes traz desventuras e morte. O BBB da TV Globo ajuda nessa falta de percepção individual enquanto a macacada se diverte com um show de sexo, iniqüidades, palavrões, um verdadeiro palco de Sodoma e Gomorra.
O mais trágico é que no meio de tanta desgraça ainda vão aparecer os idiotas de sempre ligando para os paredões do BBB gastando em telefonia o que ia para matar a fome dos filhos.
Em 2013 vai ter mais. Bom mesmo nessa época é ser dono de funerária e casa de material de construção. Graças ao Estado trabalho não vai faltar para essa gente.
Pelo menos que o patinho de borracha possa ser descontado do imposto de renda.
De certo os interesses políticos em continuar o padrão de mortes, enchentes e votos que se observam hoje fornecendo combustível para os reais donos das áreas municipais, - as empreiteiras - e todo o mercado que as cercam, para que nunca venhamos a ter planos diretores capazes de estancar ocupações clandestinas onde o Estado corre depois das casas construídas em áreas de risco para implementar o mínimo de infraestrutura, quando o certo seria prover as áreas de futuras expansões urbanas com a prévia e completa funcionalidade dos serviços públicos de água, eletricidade, esgoto, transporte, asfalto e gás já devidamente instalados para permitir, nesse ponto, a construção de alguma coisa.
Vamos cavar muitas covas coletivas que a coisa está pegando foto.
Cadê meu patinho?
Ah me ajuda ai ô!!!!

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