JORNAL PENA LIVRE
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sábado, 21 de janeiro de 2012
DEIXARMOS DE SER CORDEIROS
Dizem que filho de peixe, peixinho é, ou seja, nasceu galinha no meio do caminho é impossível uma transformação para um urso ou um caramujo.
No comportamento sim. Um cidadão cordeiro não é aquele pacato cidadão calmo e tranqüilo como todo baiano apregoa ser, mas uma pessoa que aceita tudo sem reclamar.
Esse é o vírus brasileiro de maior poder de infecção.
Não existe soro ou comprimido comprado na farmácia capaz de matá-lo de forma eficaz.
O que faz com que um cidadão cordeiro deixe de sê-lo é atitude comportamental.
A figura que abre o texto é do site Wikipédia em inglês que ficou fora do ar durante 24 horas como sinal de protesto a uma tentativa do congresso americano de votar um projeto de lei cujo objetivo seria combater a pirataria on-line e que, até o momento, tudo indicava a aprovação rápida no Congresso dos Estados Unidos. Talvez seja até abandonado, depois de ser criticado no final de semana pela Casa Branca, disseram fontes informadas sobre o assunto.
O projeto de nome “SOPA” - Stop Online Piracy Act (pare com a pirataria on-line, em tradução), na verdade é ultrapolêmico. Trata-se de uma iniciativa, claro, de algumas corporações que se sentem prejudicadas em seu faturamento pela venda de produtos pirateados como a Disney, por exemplo.
Assim como estão esperneando as companhias de entretenimento, editoras, empresas farmacêuticas e muitas organizações setoriais, que o consideram como crítico para reprimir a pirataria on-line.
De qualquer forma, a chiadeira gerou um protesto praticamente mundial. É perigoso legislar para matérias que incluem a INTERNET como mote.
A Google, acompanhando a onda de protestos, também colocou mensagens em sua homepage de forma a pressionar o congresso a deixar isso de lado e não aprovar algum tipo de medida que enseje alterar o padrão atual de liberdade da própria internet e, como conseqüência, a fluidez da criatividade, preservação dos investimentos já realizados.
Esse é o começo da nossa conversa de hoje.
Se a simples possibilidade remota de alguém sugerir no congresso algum tipo de controle, censura ou ato que interrompa o fluxo de liberdade na rede mundial já dá essa reação planetária calcule se isso fosse no Brasil. Passaria sem problemas com festas e bandeirinhas.
O brasileiro não reage como gente normal. Toma porrada e não se cura do hábito de deixar tudo “de boa”.
Paga impostos em demasia e recebe de volta hospitais mais parecidos com chiqueiros, segurança que gera somente piada de salão, serviços públicos caros e sobretaxados injustamente como pagar ICMS de energia elétrica e usá-la como base ao seu próprio calculo num verdadeiro cenário de esbulho total (BIS IN IDEM o mesmo que bitributação).
Os brasileiros não reagem como gente normal quando lhe roubam no posto de gasolina, na fila do supermercado, na hora de pagar uma passagem aérea e receber de volta aeroportos emporcalhados e maltrapilhos, noves fora nada a notável taxa de embarque, mais uma exorbitante soma roubada.
Vão por aí pedágios os transporte públicos que fazem jus às espremidas sardinhas em latas acondicionadas em invólucros de aço que circulam pelas ruas e que atendem pelo nome de ônibus ou metrô.
Que dirá dos estacionamentos de shoppings centers. Pagar alguma coisa significa que ou a pessoa está comprando um produto ou um serviço, enfim, uma troca como era no tempo do escambo.
Pagar um estacionamento de shopping o que pode ser obtido em contrapartida pelo pagamento? Nada.
Se riscar o carro as empresas parking alguma coisa não querem nem saber, imagine se o veículo for roubado ou furtado. Perda total. Não adianta rezar.
Abrir um processo então nem pensar. Nem os tataranetos conseguirão ver a cor do dinheiro do bem roubado.
O Brasil carece se uma escola de defesa dos próprios direitos, mas isso não interessa nem ao governo nem as empresas, nem ninguém.
O brasileiro só reclama mesmo e vai para a briga quando o time predileto perde o campeonato, quando falta cerveja, a escola de samba perde o rebolado ou ausência de mulatas de bundas enormes e muita sacanagem.
O problema é de raiz.
O brasileiro vem tomando porrada sem reclamar desde o tempo que Adão jogava bolinha de gude com Eva e a cobra.
A escola não ensina seus alunos a protestarem e usarem seus direitos corretamente, civilizadamente e de forma correta, o Estado arrepia imaginar ter um povo mais esclarecido, senão o que seria da política não?
Enquanto isso não acontece, há centenas de milhares de anos vamos levando cacetada da indústria automobilística que ainda vende porcaria a preço de ouro com os infames motores 1.0, carroças sem ar condicionado de série para um país de temperaturas quase desérticas e câmbio automático colocado só em carros de luxo.
Lá fora qualquer lata velha sobre rodas tem ar condicionado, direção hidráulica, freios ABS, airbag, rodas de liga leve e câmbio automático, modernidades que estão há séculos incorporadas aos itens de série dos veículos produzidos além mar.
Aqui tudo é colocado como item de luxo. É um luxo ter um airbag que salva vidas, é um “must” ter um câmbio que não precisa esforços hercúleos nas grandes cidades congestionadas como São Paulo.
Qualquer coisa além da lataria, rodas e motor é “opcional” transformando a indústria automobilística nacional “sui generis” só ela faz isso no mundo rifando tudo como item fora de série encarecendo o produto que não é lá essas coisas, mas tem um preço de gente grande.
Esse é um grande tabu. O governo não sugere nada para melhorar esse cenário de tapeação porque tem rabo preso. Se não partir dos próprios consumidores uma tremenda pressão para alterar esse “status quo” nada vai ser feito.
Conselho se fosse bom não seria ofertado e sim vendido. Então, se me permitem vou vender um conselho bem baratinho ao custo de uma bala de hortelã para cada um....Reclamem, mas reclamem muito, de todo jeito, via telefone, pessoalmente, via internet, carta, sinal de fumaça seja lá o que for.
Esperneie, este é um direito constitucional garantido pela carta magna brasileira.
Caso contrário deixe-se ludibriado, enganado, roubado, assaltado e vilipendiado.
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Magno Almeida Lopes, escritor e jornalista free-lancer, administrador de empresas com habilitação em negócios internacionais, tecnólogo de obras e solos, engenheiro de rede Lan, membro efetivo da academia Piracicabana de letras, MBA em comércio exterior. Piracicaba (SP), 20 de janeiro de 2011. Email: lopesmagno@gmail.com
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