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sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

REINADOS DA FUZARCA

Aconteceu o que todos previam. Hugo Chavez entre a vida e a morte continua sendo o príncipe do reino da Venezuela, um país nosso vizinho, incomodo por sinal, indigesto certamente e caminhando a passos largos para a pauperização total de sua população.
Com um golpe de interpretação da Carta Magna daquele feudo, o supremo tribunal panchavista autorizou a continuidade do reinado de Chavez que se encontra, dizem alguns, em processo de acerto de contas para subir o andar de cima e finalmente desocupar a vaga.
O golpe do tribunal chavista coloca no poder Nicolas Maduro que representará a continuidade do processo bolivariano iniciado por Hugo e que encontra em Maduro sua cara metade. Aplicando o que realmente diz a constituição venezuelana tomaria posse o presidente do legislativo, Diosdado Cabello que teria que convocar eleições em trinta (30) dias caso Chavez realmente não apresentasse condições de sobreviver ou de tocar o dia a dia do seu gabinete.
Enquanto o golpe se faz presente, os pitorescos apoiadores do panchavismo correram 100 metros raso para aplaudirem o vergonhoso veredicto, seguindo o todo poderoso governo brasileiro na trilha de dar suporte a governitos de meia tigela como o do Irã e do rotundo Chavez.
São os irmãos cara de pau: a desvairadissima presidente Cristina da igualmente combalida Argentina, hoje seguindo seu processo doloroso de favelização sem precedentes daquele outrora encantador país, de outro lado o aborígene oba-oba Evo Morales e o presidente do Uruguai Jose Mujica.
Montou-se, desta forma, um quinteto fantástico, cuja batuta segue nas mãos do Executivo brasileiro em atitude castrista de apoiar um vizinho rasgar sua Carta Magna em suporte à continuidade chavista que objetiva, claro, tão somente estabelecer um império de longo curso à custa da miséria do povo venezuelano que, aliás, não pode reclamar da pindaíba que vive dando votos ao Sr. Tio Fuzarca Chavez.
O ex-presidente Lula já pensa em festejar no carnaval a posse de Chavez obrigação maior do petismo bandoleiro e fora da lei.
Para o politburo petista o melhor cenário possível para o glamour sul americano de sedimentar o desgracismo é qualquer pessoa alinhada aos pensamentos bolivarianos de Chavez e seus Blue Caps.
O povo venezuelano adotou o destino de ser um povo de terceira classe, fazer o que. Sociedades, ditas mais complexas, como a brasileira, jamais poderia tolerar/suportar/apoiar golpes que vitimam governos sérios dando espaço a reinados tolos e fanfarrões.
Saúde eterna ao rei já diriam os ingleses.
A sociedade brasileira não pode ser o porta voz do ridículo patrocinado sob o controle de Dilma e do embaixador Rubens Ricupero, outrora um homem de centro que se transformou num esquerdista abominável afirmando que, no caso do golpe venezuelano, o processo seguiu o ritual democrático e que tudo terminou bem do reino de Gergelin.
Considera Ricupero que usar como papel higiênico a constituição venezuelana é de fato um marco do dinamismo democrático.
Calcule a nossa Carta Magna virando um rolo de papel pica-pau daqueles semelhantes a lixas de unha. Tem gente sonhando com isso.
Lembrando que o primeiro ato de Adolf Hitler foi queimar leis, livros e tudo o que pudesse representar sinais de humanidade.
Vai ter baile de máscaras hoje no Itamaraty para celebrar o golpe que levou à derrocada com pá de cal o reino da extinta Venezuela.
Democracia é isso mesmo fazer fogueira das vergonhas, da ética e das constituições que só servem para atrapalhar a montagem dos reinos de Oz.
Talvez o Palácio do Planalto deva trocar a decoração do gabinete presidencial tirando o todo poderoso crucifixo de Jesus Cristo trocando-o por um pôster com o agora sexteto fantástico: Dilma, Lula, Chavez, Morales, Mujica e Cristina da Argentina.
O Brasil tem papel fundamental como irmão mais velho e bem grandinho para dar conselhos aos países menores sul-americanos e não servir como exemplo para solidificar governitos hitleristas e de forte apelo idiotizante.
Alguns brasileiros tem vergonha de serem-lo, alguns têm raiva de sua cidadania.
Outros estão pegando o caminho do exterior e não voltando mais.
Muitas pessoas prefeririam ser cidadãos sem pátria a ter uma que faz-nos a vergonha máxima de entrar nesse caldo amargo do regresso aos tempos das cavernas e ao reino da escuridão.
Enquanto isso, vamos rebaixando nossa categoria citadina para rimar com essa alegoria circense.
Vou pedir cidadania em Tokelau, lá serei amigo do Rei e não pagarei muitos impostos e vou escolher viver em Nukunonu, uma das ilhas daquele arquipélago lindíssimo.
Fui que minha boia de câmara de ar está me esperando.

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