SEDE VACANTE
O papa Bento XVI, que usa marca passo em seu coração desde sua
posse para quem não sabe nada sobre a vida do homem, está com as malas prontas
para deixar seu cargo de sumo pontífice da Igreja Católica Apostólica Romana.
A renuncia foi anunciada ontem, dia 11/02/2013, e pegou a todos de
surpresa, menos a mim, claro, porque esse tema pouco ou nada me afeta.
De qualquer forma, representa uma exceção à regra de papas ficando
no cargo até o último suspiro, mesmo sem condições físicas de fazer seu
trabalho.
Cuidar de um rebanho, como gostam de dizer, de mais de um bilhão e
meio de pessoas não deve ser tarefa fácil. Eu prefiro a palavra fieis ao invés
de rebanho que oferece uma ideia de uma massa disforme e como gado seguindo o
sino do vaqueiro.
Bento XVI não vai deixar saudades.
Ele foi a escolha premeditada à João Paulo II representando as
forças mais intensas da igreja no tocante ao conservadorismo que faz os
seguidores murchar a cada dia perdendo espaço para outras religiões ocidentais
ou orientais, mas, também para as agremiações de fundo de quintal interessadas
apenas em lotear o céu para quem puder pagar.
Para seu sucessor a Igreja seguirá os mesmos passos que singrou
ultimamente que é eleger velhos caducos ultraconservadores para deixar tudo
como está.
Nada mudará conceitualmente na troca do papado.
Evidente anunciar que o feito de Bento XVI, sua renuncia,
ultrapassa do século XX, somente no século XIX é que a Igreja teve um papa que
renunciou ao cargo, daquela feita para apaziguar forças opositoras dentro da
própria igreja e não por questões de saúde como alega o papa atual.
Bento XVI deixa o comando das suas ovelhinhas em meio a uma série
de escândalos como é próprio da Igreja Católica, um dos casos mais ruidosos
envolve pedofilia em larga escala praticada por alguns membros da igreja,
perfeitamente acobertados pelo manto do papa onde ninguém acabou punido.
Talvez seja o caso de trocar o símbolo da igreja do Cristo pregado
na cruz pelos dois pratos invertidos do congresso nacional dadas as
circunstâncias de severa impunidade dos seus membros que abusam de criancinhas
e depois levam um tapinha nas costas do sumo pontífice. Verdade? Mentira?
Quem tiver ai um tempo pode investigar se algum padre pedófilo foi
punido com a perda da batina ou com algum tempo atrás das grades, muito pelo
contrário muitos foram transferidos para paróquias onde são ilustres
desconhecidos, quem sabe dando continuidade aos crimes de abuso de crianças
inocentes.
Papa Bento XVI deixou sua marca ao dar de ombros para esses assuntos
com o cajado do seu silêncio e fez a igreja amargar por mais crimes, como se
não bastasse a carnificina impetrada no tempo da inquisição torrando na
fogueira da vaidade milhares de vítimas inocentes, quase 100% mulheres.
A Igreja carece de modernidade. Enquanto o homem segue tentando
conquistar Marte e descobrir se ele um dia serviu de morada à vida, a santa Sé
segue jurassicamente enfiada em conceitos mofados e ultracaretas.
A sociedade em si se altera a cada dia. Ontem casamento homossexual
era tabu hoje acontece em cada esquina, uso da camisinha para evitar as doenças
sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada, bem como o controle de
natalidade. É bem verdade que cresceivos e multiplicaivos estão bem fora de
moda num mundo abarrotado de gente vazando pelo ladrão.
Velhos tabus que a igreja católica nem quer ouvir falar.
O homem é filho de Deus, mas se for casar com outro homem deixa de
sê-lo?
O jovem doido de vontade de transar com a namorada veste sua
camisinha para não deixar a moça grávida e parte para o abraço. Ah esse merece
ser queimado no mármore do inferno.
Ou mesmo o casal que usa o dispositivo peniano para evitar colocar
mais filhos no mundo. À fogueira com eles.
A bíblia não menciona em nenhum momento sequer que devam
existir padres ou pastores, quanto mais que os mesmos não possam se casar. A
igreja defende sua tese dizendo que um padre vive em missões em vários lugares
e em várias igrejas diferentes, por isso ele não conseguiria dar sustentação
necessária a família.
Pura tolice. Até mesmo no sentido prático seria prudente
que se casassem para evitar molestar crianças pelo caminho da fé.
Homem que é saudável que se vê privado de sexo apela
para a ignorância transando até com o pé da mesa. Pode ser virtualmente uma
pancada de sinceridade, mas não seria ideal tratar o homem padre com toda a sua
carne e deficiências naturais à condição do ser humano do que deixá-lo solto
atacando o lombo de outras pessoas?
Fui criado em meio a essa ideia como herança de uma
família católica, embora eu tenha abandonado boa parte do ritual pelo caminho
por não acreditar numa agremiação que já matou a granel como porta voz da
ressurreição e do perdão com o padre ali na esquina atacando crianças nas horas
vagas.
A Igreja continua medieval, não evolui, não constrói
nada novo, não dá ideias novas como foi o conceito do iluminismo.
Jesus Cristo jamais proferiu algo contrário ao casamento
de religiosos, e alguns de seus apóstolos tiveram esposas e filhos. O judaísmo,
crença da qual se originou o cristianismo, não impunha o celibato aos rabinos.
Logo, a Igreja Católica também passou um longo tempo considerando aceitável a
ordenação de homens casados.
Uma das pioneiras tentativas de imposição do celibato
aos padres fracassou no Concílio de Niceia, no ano 325 DC.
Só o que se conseguiu foi proibir o casamento depois da ordenação.
Ao que tudo aponta, porém, nem mesmo essa regra imposta foi respeitada
rigorosamente, já que vários clérigos do período viviam com suas esposas e ou
companheiras e resistiram à nova regra. No século IV, por exemplo, bispos como
Gregório de Nazianzo e Gregório de Nissa foram casados, e 39 dos papas tiveram
esposas e filhos, que chegaram, em alguns casos, a suceder os pais.
Embora o processo tenha sido estartado por Leão IX, foi
o papa Gregório VII que emprestou seu nome à chamada “reforma gregoriana”. Esse
movimento intensificou a crítica à incontinência dos religiosos e passou a
valorizar um clero inteiramente voltado à sua tarefa, sem relações familiares
que pudessem afastá-lo dos interesses espirituais ou levá-lo a usurpar bens da
Igreja para benefício de seus parentes.
Bom tem outra vertente sobre o porque a Igreja quis que
seus padres não se matrimoniassem mais.
Aqui uma visão talvez mais real das verdadeiras razões
do celibato.
Os padres podiam sim se casar e constituir família,
porém sabe-se que para se tornar um padre era necessário gastar-se muito
dinheiro.
As escolas seminarista eram extremamente caras, portanto,
só as famílias ricas tinham condições de manter um filho padre, e para elas ter
um padre na família era questão de status.
Sabe-se também que após o falecimento de um padre seus
bens eram divididos, 50% para mulher e filhos e o restante para igreja.
Agora junte tudo, se os padres eram de famílias ricas provavelmente eram detentoras de gordas heranças e quando casavam a igreja tinha de partilhar essa herança com a família do padre.
Agora junte tudo, se os padres eram de famílias ricas provavelmente eram detentoras de gordas heranças e quando casavam a igreja tinha de partilhar essa herança com a família do padre.
Logo, mais uma vez visando arrecadação de bens e
dinheiro, a igreja proibiu o casamento de padres, baseando sua ganância numa sede
incessante de maior ganho possível e a não divisão do poder.
Essa é mais umas das grandes polêmicas que envolvem o
Vaticano e a igreja católica e como muitas têm bases distorcidas dentro do
texto da bíblia.
Pedro, por exemplo, era casado, pois o mesmo de acordo com a bíblia teve sua SOGRA curada por Jesus, e para se ter uma SOGRA o que é que é preciso? Ter uma mulher não é mesmo. Pois bem, esse mesmo Pedro que era casado, foi o primeiro dito PAPA, se o primeiro foi casado porque os outros não podem ser? Por dinheiro caro amigo, é isso que move o mundo.
Pedro, por exemplo, era casado, pois o mesmo de acordo com a bíblia teve sua SOGRA curada por Jesus, e para se ter uma SOGRA o que é que é preciso? Ter uma mulher não é mesmo. Pois bem, esse mesmo Pedro que era casado, foi o primeiro dito PAPA, se o primeiro foi casado porque os outros não podem ser? Por dinheiro caro amigo, é isso que move o mundo.
Resolvido o problema do casamento de padres e afins,
resta à igreja rever seus conceitos antiquados quanto ao controle de
natalidade, uso da camisinha para evitar doenças venéreas, o casamento entre
pares do mesmo sexo.
O mundo caminha a passos largos para uma unanimidade
quanto às questões sexuais e a Igreja insiste em cresceivos e multiplicaivos
como se o mundo tivesse Adão e Eva saltitando pelos campos vazios.
O mundo esta entupido de gente. Não carece mais essa
política enfadonha de procriar em larga escala.
Bento XVI dará lugar a mais um velhaco sacudido pela
idade avançada e conceitos cobertos de teias de aranha.
Em meu pais Magnolândia eu colocaria um Papa jovem nesse
comando, casado obviamente, praticante de skate, windsurf e com o Che Guevara
tatuado no braço, um cara “prafrentex”, que usasse o papado para o crescimento
espiritual das pessoas, o atingimento da religiosidade individual que não tem
nada a ver com as teorias em voga mofadas de hoje.
Um papa antenado nas mudanças trazendo a Igreja para o
século XXI, conectado com as mudanças sociais, a aceitação do homem com homem
mulher com mulher porque não? Controlar esse síndrome do cresceivos e multiplicaivos.
Um sumo pontífice jovem de mente aberta para rever os
rituais dentro da santa missa, hoje uma santa sequencia de nostálgicos
acontecimentos com pão e vinho. Que ele conseguisse transformar esse ritual num
plano de atuação política dentro da santa Sé, fazer as pessoas enxergarem seu
verdadeiro papel não de um burro seguidor de padres conflitantes em suas morais
deturpadas, mas de um personagem atuante e participante.
Fazer encher os bancos vazios das igrejas espalhadas
pelo Brasil e pelo mundo como forma de resgatar uma parceria de fé que nunca
existiu.
Viva o Papa casado, o papa defeituoso como homem que é,
fé ilibada em construir as pessoas para praticarem o bem, respeitarem os
próximos como a si mesmos, não matarem por tostões, não usarem as drogas para
resolver problemas de relacionamento e não molestarem crianças, por favor.
Quem sabe no século 25 não?
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