APERTEM OS CINTOS, A EMPRESA ACABOU.
O mundo caminha para um monopólio, aliás,
vários se podem perceber.
Vamos lá para alguns exemplos:
equipamentos eletrônicos, aço, cerveja e aviação.
Com a recente fusão entre as gigantes
do ar americanas American Airlines e American Airways fundidas numa só empresa
temos nós que colocar as barbas de molho. O conglomerado criado será
proprietário de quase MIL aviões, isso mesmo 1.000 e voando para quase 350
países com linhas para todos os continentes.
A fusão, que dá continuidade às
tantas por ai afora, vide recentemente a joint venture entre TAM e LAM
(chilena) criando por essas bandas outra empresa gigante do ar.
As empresas se escondem na velha
desculpa de maximizar custos face à concorrência cada vez maior e os preços
cada vez menores.
O ramo da aviação, faz tempo, corre atrás
de um patamar de lucros para não afundar o barco a começar da indústria de
novos modelos de aeroplanos cada vez mais sofisticados, procurando sem cessar materiais
compostos mais leves, nova tecnologia de controle de voo, motores mais econômicos
e menos poluentes tudo para competir num nível de lucratividade um pouco maior
que zero.
Isso mesmo zero. São poucas as Cias
aéreas que estão com seu balanço no azul.
Porque isso acontece?
Os preços dos combustíveis estão
circulando nas alturas da estratosfera, as tarifas lá embaixo com o advento das
empresas low cost, aquelas mesmas que usam pterodátilos como aeronaves, servem
café requentado a bordo, tem banheiro pago e um serviço canibal.
A American Airlines, orgulho nacional
americano como foi a extinta Pan Am, que já descansa em paz, teve seus lucros
esvaziados quando dois de seus aviões participaram ativamente do onze de
setembro de 2001 derrubando as torres em NY.
Aquele episódio transferiu para a
cabeça dos usuários americanos ou não a ideia de que voar naquela empresa seria
um risco enorme sendo mais prudente escolher outros voos de empresas
concorrentes.
Pura tolice. A empresa do Tio Sam
nunca foi uma arapuca voadora.
Sempre se manteve num universo de
segurança e eficiência colocando-se entre as melhores empresas aéreas do mundo.
Daquele momento para cá a American
Airlines viu chegar momentos negros em seus balanços e teve que pedir
concordata algum tempo atrás. A saída foi unir forças com a American Airways
para impedir que afunde como o Titanic, a exemplo da Pan Am.
Se por um lado isso acaba salvando um
setor, muitos empregos e algumas empresas, por outro lado cria um momento de
incógnita para o viajante com a certeza de um monopólio no setor.
A possibilidade disso reduz
drasticamente a concorrência matando no ninho empresas de menor porte que
praticam preços no “osso” e deixando uma interrogação conquanto a segurança de
voo.
Quem bem sabe quando é chegado o
momento de um monopólio o consumidor de estrepa de verde amarelo. Um exemplo
clássico disso é a mastodôntica refinadora monopolizada, a Petrobras.
A empresa refina 100% da gasola
nacional e outros derivados cuidando sempre para que a qualidade seja precária
a preços de combustível de foguete.
Péssimo cenário sem concorrência.
Sempre o ciclo monopolizador se fecha
no tripé dos preços altos, atendimento ruim e qualidade/segurança da vila vintém.
Assim será com as empresas aéreas. Se
não tem concorrência qualquer banco furado serve, aeromoça com meias desfiadas
e com cara de segunda-feira, aeronaves remendadas com arame e fita adesiva,
pilotos suicidas e comida de matar ratos se compõe como um provável futuro não
muito distante.
Noves fora nada a própria aeronave
fazendo inveja aos desenhos animados dos Flintstones e a famosa cidade de
Bedrock.
Já tem empresa oferecendo lugares nas
aeronaves em pé. Isso mesmo o cidadão vai em pé amarrado na lateral do avião
sem direito a ir ao banheiro, se for paga uma libra esterlina para aliviar uma
carga ocasional e um xixi de lei.
Novos tempos bicudos estão chegando.
Aqui no Brasil pior ainda a
perspectiva. Motivo? Aqui mais uma vez os preços são os mais salgados do mundo
para ir do ponto A ao ponto B sempre com serviços de qualidade indiana,
martírios nos aeroportos e provação em voo comendo sucrilhos e bolacha mole de
água e sal com aeromoças curtidas no ódio de ganhar uma ninharia para voar e
servir meu suco.
Agora já tem empresa cobrando por
aquele lanche mixuruca que você vê, mas não consegue identificar o que é aquela
substância dentro do pão e água mineral sem gelo.
Terrível.
O gado vai mais confortável para o
abatedouro sem sombra de dúvidas.
O Brasil cobra as mais vergonhosas
tarifas de aeroportos do mundo, impostos siderais os bilhetes e querosene de
aviação como se aqui fosse uma Suíça melhorada, além de o assunto aéreo estar
na mão de competentes padeiros ou marceneiros, gente bastante entendida no
ramo.
Dá no que dá.
Uma Infraero que só serve para amontoar
gentinha da ala mais comuna do PT, apaniguados de terno e gravata e vez por
outra alguma diretora de menor escalão metida a Good Father (filme Poderoso Chefão)
com seu charuto fedorento; alguém se lembra dela (ANAC)?
As empresas aéreas brasileiras tem
todas o pires na mão e trabalham no tutano dos lucros ou gordos prejuízos, a
maioria dos casos, ocasionando de imediato a perda da responsabilidade no
mantenimento de sua frota criando voos perigosos que podem ceifar centenas de
vidas numa queda só.
A fusão americana é um ato continuo
acompanhando as fusões anteriores de outras empresas aéreas colocando o
passageiro sempre como o último que recebe atenção e o primeiro a perder a vida
nas arapucas voadores deste futuro monopólio. A famosa Trans Global reunindo
todas as marcas e patentes está chegando. Portão dois ala internacional. Amém.
Cuidado, apertem os cintos, a empresa
acabou.
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