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segunda-feira, 13 de maio de 2013

MAIS SEGURO QUE O SEU!!

Desde os tempos de Henry Ford, (1863-1947), que o mundo vem fabricando automóveis que primordialmente levavam as pessoas do  ponto A para um ponto B com uma velocidade incrível de 20 km/h!!
Desde aqueles adoráveis tempos do Ford 29, Bigode ou modelo T que vimos experimentar muitas modernidades como o fantástico limpador de para brisa (1903), o farol (1899), ar condicionado, vidros elétricos, airbag, GPS e pneus radiais.
Alguns quesitos de segurança foram, ao longo do tempo, sendo incorporados como os pneus sem câmera de ar, mais seguros que os modelos antigos, suspensão a ar e controle de tração.
Fabricar um carro não é somente pegar algumas peças juntando-as com soldas, colocar um motor e sair correndo feito louco pelas ruas das cidades ou estradas. Fabricar um carro é um ato de engenharia, estudos técnicos, milhares de horas de testes, milhões de reais ou qualquer outra moeda em termos de investimentos, prensas, funcionários, material logístico, pontos de vendas e vai por aí afora.
Os países determinam igualmente suas legislações para que essas máquinas sejam construídas de acordo com padrões X ou Y quaisquer que sejam, para garantir níveis corretos de poluição, seu percentual de recuperação e reciclagem após ter virado sucata e, principalmente sua excelência em termos de segurança dos ocupantes.
O carro da foto acima pode ser mais seguro que o último modelo que você comprou com airbags de montão tinindo de novo com suas rodas 16 polegadas e motor de 300 CV.
Todas as montadoras que aqui estão instaladas fabricam porcarias para o brasileiro se arrebentar no trânsito.
Isso mesmo eu disse TODAS.
O que acontece quando esses veículos vão para as ruas, no entanto, está se configurando numa tragédia nacional, dizem os especialistas, com milhares de brasileiros que morrem a cada ano em acidentes de veículos que, em muitos casos, nem deveriam ter sido fatais.
Carros mundiais do tipo Ka da Ford, Nissan March, Sandero da Renault ou Golf da VW são bons exemplos para ilustração.
Se você pensa que esses modelos montados aqui no Brasil e que muito provavelmente você tem um em sua garagem neste momento são os mesmos que os modelos americanos ou europeus, sinto muito amigos e amigas, mas vocês foram enganados e pagaram muito mais caro por isso.
A taxa de mortalidade dos carros nacionais é estupendamente maior que o padrão do resto do mundo.
Os veículos montados no Brasil são magnificamente mais inseguros, a começar da lataria deficiente com que são montados (aço de baixa resistência), pontos de soldas de menos, equipamentos inferiores, ausência de tantos outros aparatos de segurança que lá no exterior são obrigatórios há séculos: airbag, câmbio automático, freios a disco nas quatro rodas, proteções laterais, reforços estruturais entre outros.
As montadoras correm desmentir tudo isso se escondendo atrás de uma legislação deficiente e ordinária demais. De certa forma elas têm razão.
O governo se emite e o resultado é que nossas estradas estão virando um matadouro.
Dois carros rigorosamente iguais com os mesmos equipamentos (um brasileiro e outro europeu) modelo Ka da Ford batendo a 65 km/h num poste com um ângulo de 45 graus com o mesmo condutor a bordo, mesmo peso e mesma estatura qual deles sairá mais ferido ou morto?  O que estava dirigindo o carro brasileiro. O outro condutor utilizando o mesmo carro mundial só que fabricado na Itália, por exemplo, sairá ileso e feliz da vida.
Verdade? Mentira?
Nossas leis não exigem nenhum padrão de segurança e assim as montadoras nos oferecem carroças inseguras, caríssimas e que não valem o que pesam.
Ah mas o meu carro, um modelo Jac 13 (chinês), tem seis airbags, freios ABS vai adiantar o que se num esmagamento frontal ele se deformará mais que uma casca de ovo?
Enganação.  Estão sendo vendidos itens de segurança que não servem para nada em caso da cobra fumar num acidente sério. É a mesma coisa que pintar de amarelo um avião em queda livre ou colocar um espelho retrovisor redondo no lugar de um quadrado.
Vamos mostrar um pouco de numerologia.
Em 2010 morreram no Brasil 9 mil e poucas pessoas em acidentes de trânsito. Nos EUA mais de 12.000. (dados da Reuters)!
“Tá” vendo morrem mais por lá isso prova o que?
Só que os EUA têm uma frota de veículos CINCO vezes maior que a nossa.
Ah, mas a qualidade dos motoristas americanos é melhor que a nossa. Eles dirigem melhor.
Outro engano triangular.
Vento que venta aqui também venta lá.
Segundo especialistas nossas escolas de direção são até melhorzinhas que as deles.
O problema é que na batida aqui o motorista ou passageiro é esmagado, triturado, cortado em pedaços por um carro fraco, pessimamente soldado, com aço de segunda e preço de primeira.
NCAP é uma sigla em inglês que quer dizer NEW CAR ASSESSMENT PROGRAMME. Este programa é, na verdade, uma série de testes de avaliação dos veículos produzidos em série ou não com a intenção de sinalizar e pontuar quesitos de segurança, como nível de deformação em batidas laterais ou frontais, proteção de célula para o motorista e passageiro, segurança dos itens de série instalados, espaços de frenagem, e até prováveis danos que as batidas poderiam provocar nas pessoas.
Esse programa está presente na Europa, Japão, Canadá e EUA.
Com números não há argumento correto? Correto.
Então lá vai.
O modelo March da NISSAN fabricado aqui no Brasil recebeu 7,62 pontos e um modelo europeu recebeu 12,7. Ou seja, o modelo europeu é quase duas vezes mais seguro que o brasileiro.
O Uno (Fiat) tomou nota baixa de 2 pontos apenas no quesito batida de frente. O teste mostrou que o modelo se deforma demais parecendo uma sanfona desengonçada.
Pasmem!
As montadoras brasileiras economizam na solda porque cada ponto gasta energia elétrica. Assim, do custo total de 20% que a energia representa em cada carro que sai da linha de montagem, a indústria salva para seus bolsos milhões de reais.
Danem-se os donos e as pessoas que as porcarias rodantes vão matar.
As montadoras têm razão. Não tem lei cada um faz o que quer.
É o capitalismo jogando nas regas daqui.
O segredo do corpo de um carro é seu menor ponto de stress.
Qual seria esse ponto? A solda.
Diga-me como soldas e eu te direi se seu navio vai a pique ou não ou se seu carro vai se deformar com o grito da sogra reclamando que o carro é pequeno, barulhento e caro demais.
Quem achar que estou mentindo peça a um amigo que tem um carro importado igual o seu. Tire as borrachas das portas e veja quantos pontos de solda recebe o modelo brasileiro. É assustador.
A versão brasileira é perfumada somente do lado de fora. Dentro é pão bolorento certamente. Parece ser o mesmo Honda Civic, mas nos  modelos brasileiros faltam peças, reforços de estrutura, soldas de menos, pintura de segunda.
Quarenta por cento das pessoas com lesões severas na coluna vertebral foram vítimas de cintos de segurança que não fizeram o trabalho como deveriam porque aqui no Brasil eles são menos eficientes que os americanos, canadenses, japoneses ou europeus.
Ah tem mais.
Alguém saberia me apontar em que lugar do mundo as montadoras ganham mais lucros por unidade montada?
Acertou. Aqui mesmo. Elas fabricam bombas caras e ainda se entopem de dinheiro com lucros abusivos.
Resumo desta ópera do autêntico malandro.
A indústria automobilística brasileira é quem manda no Brasil. O governinho de m... que nós temos por aqui cumpre seu papel de apenas apanhar seu lucro fabuloso nos impostos que cobra para andarmos em sucatas novas em folha, perigosas como o Bin Laden e que estão exterminando pessoas tal como Baygon mata moscas.
No meu país Magnolândia isso seria classificado como assassinato (1º Grau) premeditado em massa e o governo coautor.
Slogam sugerido para comerciais de carros na TV.
Prestigiem a indústria automobilística brasileira e peque um atalho para o paraíso”.
Patrocínio funerária Pedágios do Além.


Magno Almeida Lopes, escritor e jornalista free-lancer, administrador de empresas com habilitação em negócios internacionais, tecnólogo de obras e solos, engenheiro de rede Lan, membro efetivo da academia Piracicabana de letras, MBA em comércio exterior. Piracicaba (SP), 13 de maio de 2013. email: lopesmagno@gmail.com




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