MAIS SEGURO QUE O SEU!!
Desde
os tempos de Henry Ford, (1863-1947), que o mundo vem fabricando automóveis que
primordialmente levavam as pessoas do ponto A para um ponto B com uma velocidade
incrível de 20 km/h!!
Desde
aqueles adoráveis tempos do Ford 29, Bigode ou modelo T que vimos experimentar
muitas modernidades como o fantástico limpador de para brisa (1903), o farol
(1899), ar condicionado, vidros elétricos, airbag, GPS e pneus radiais.
Alguns
quesitos de segurança foram, ao longo do tempo, sendo incorporados como os
pneus sem câmera de ar, mais seguros que os modelos antigos, suspensão a ar e
controle de tração.
Fabricar
um carro não é somente pegar algumas peças juntando-as com soldas, colocar um
motor e sair correndo feito louco pelas ruas das cidades ou estradas. Fabricar
um carro é um ato de engenharia, estudos técnicos, milhares de horas de testes,
milhões de reais ou qualquer outra moeda em termos de investimentos, prensas,
funcionários, material logístico, pontos de vendas e vai por aí afora.
Os
países determinam igualmente suas legislações para que essas máquinas sejam
construídas de acordo com padrões X ou Y quaisquer que sejam, para garantir níveis
corretos de poluição, seu percentual de recuperação e reciclagem após ter
virado sucata e, principalmente sua excelência em termos de segurança dos ocupantes.
O
carro da foto acima pode ser mais seguro que o último modelo que você comprou
com airbags de montão tinindo de novo com suas rodas 16 polegadas e motor de
300 CV.
Todas
as montadoras que aqui estão instaladas fabricam porcarias para o brasileiro se
arrebentar no trânsito.
Isso
mesmo eu disse TODAS.
O
que acontece quando esses veículos vão para as ruas, no entanto, está se
configurando numa tragédia nacional, dizem os especialistas, com milhares de
brasileiros que morrem a cada ano em acidentes de veículos que, em muitos
casos, nem deveriam ter sido fatais.
Carros
mundiais do tipo Ka da Ford, Nissan March, Sandero da Renault ou Golf da VW são
bons exemplos para ilustração.
Se
você pensa que esses modelos montados aqui no Brasil e que muito provavelmente você
tem um em sua garagem neste momento são os mesmos que os modelos americanos ou
europeus, sinto muito amigos e amigas, mas vocês foram enganados e pagaram
muito mais caro por isso.
A
taxa de mortalidade dos carros nacionais é estupendamente maior que o padrão do
resto do mundo.
Os
veículos montados no Brasil são magnificamente mais inseguros, a começar da
lataria deficiente com que são montados (aço de baixa resistência), pontos de
soldas de menos, equipamentos inferiores, ausência de tantos outros aparatos de
segurança que lá no exterior são obrigatórios há séculos: airbag, câmbio
automático, freios a disco nas quatro rodas, proteções laterais, reforços estruturais
entre outros.
As
montadoras correm desmentir tudo isso se escondendo atrás de uma legislação
deficiente e ordinária demais. De certa forma elas têm razão.
O
governo se emite e o resultado é que nossas estradas estão virando um
matadouro.
Dois
carros rigorosamente iguais com os mesmos equipamentos (um brasileiro e outro
europeu) modelo Ka da Ford batendo a 65 km/h num poste com um ângulo de 45
graus com o mesmo condutor a bordo, mesmo peso e mesma estatura qual deles sairá
mais ferido ou morto? O que estava
dirigindo o carro brasileiro. O outro condutor utilizando o mesmo carro mundial
só que fabricado na Itália, por exemplo, sairá ileso e feliz da vida.
Verdade?
Mentira?
Nossas
leis não exigem nenhum padrão de segurança e assim as montadoras nos oferecem
carroças inseguras, caríssimas e que não valem o que pesam.
Ah
mas o meu carro, um modelo Jac 13 (chinês), tem seis airbags, freios ABS vai
adiantar o que se num esmagamento frontal ele se deformará mais que uma casca
de ovo?
Enganação.
Estão sendo vendidos itens de segurança
que não servem para nada em caso da cobra fumar num acidente sério. É a mesma
coisa que pintar de amarelo um avião em queda livre ou colocar um espelho
retrovisor redondo no lugar de um quadrado.
Vamos
mostrar um pouco de numerologia.
Em
2010 morreram no Brasil 9 mil e poucas pessoas em acidentes de trânsito. Nos
EUA mais de 12.000. (dados da Reuters)!
“Tá”
vendo morrem mais por lá isso prova o que?
Só
que os EUA têm uma frota de veículos CINCO vezes maior que a nossa.
Ah,
mas a qualidade dos motoristas americanos é melhor que a nossa. Eles dirigem
melhor.
Outro
engano triangular.
Vento
que venta aqui também venta lá.
Segundo
especialistas nossas escolas de direção são até melhorzinhas que as deles.
O
problema é que na batida aqui o motorista ou passageiro é esmagado, triturado,
cortado em pedaços por um carro fraco, pessimamente soldado, com aço de segunda
e preço de primeira.
NCAP
é uma sigla em inglês que quer dizer NEW
CAR ASSESSMENT PROGRAMME. Este programa é, na verdade, uma série
de testes de avaliação dos veículos produzidos em série ou não com a intenção
de sinalizar e pontuar quesitos de segurança, como nível de deformação em
batidas laterais ou frontais, proteção de célula para o motorista e passageiro,
segurança dos itens de série instalados, espaços de frenagem, e até prováveis
danos que as batidas poderiam provocar nas pessoas.
Esse
programa está presente na Europa, Japão, Canadá e EUA.
Com
números não há argumento correto? Correto.
Então
lá vai.
O
modelo March da NISSAN fabricado aqui no Brasil recebeu 7,62 pontos e um modelo
europeu recebeu 12,7. Ou seja, o modelo europeu é quase duas vezes mais seguro
que o brasileiro.
O
Uno (Fiat) tomou nota baixa de 2 pontos apenas no quesito batida de frente. O teste
mostrou que o modelo se deforma demais parecendo uma sanfona desengonçada.
Pasmem!
As
montadoras brasileiras economizam na solda porque cada ponto gasta energia
elétrica. Assim, do custo total de 20% que a energia representa em cada carro
que sai da linha de montagem, a indústria salva para seus bolsos milhões de
reais.
Danem-se
os donos e as pessoas que as porcarias rodantes vão matar.
As
montadoras têm razão. Não tem lei cada um faz o que quer.
É
o capitalismo jogando nas regas daqui.
O
segredo do corpo de um carro é seu menor ponto de stress.
Qual
seria esse ponto? A solda.
Diga-me
como soldas e eu te direi se seu navio vai a pique ou não ou se seu carro vai
se deformar com o grito da sogra reclamando que o carro é pequeno, barulhento e
caro demais.
Quem
achar que estou mentindo peça a um amigo que tem um carro importado igual o
seu. Tire as borrachas das portas e veja quantos pontos de solda recebe o
modelo brasileiro. É assustador.
A
versão brasileira é perfumada somente do lado de fora. Dentro é pão bolorento
certamente. Parece ser o mesmo Honda Civic, mas nos modelos brasileiros faltam peças, reforços de
estrutura, soldas de menos, pintura de segunda.
Quarenta
por cento das pessoas com lesões severas na coluna vertebral foram vítimas de
cintos de segurança que não fizeram o trabalho como deveriam porque aqui no
Brasil eles são menos eficientes que os americanos, canadenses, japoneses ou
europeus.
Ah
tem mais.
Alguém
saberia me apontar em que lugar do mundo as montadoras ganham mais lucros por
unidade montada?
Acertou.
Aqui mesmo. Elas fabricam bombas caras e ainda se entopem de dinheiro com
lucros abusivos.
Resumo
desta ópera do autêntico malandro.
A
indústria automobilística brasileira é quem manda no Brasil. O governinho de
m... que nós temos por aqui cumpre seu papel de apenas apanhar seu lucro
fabuloso nos impostos que cobra para andarmos em sucatas novas em folha,
perigosas como o Bin Laden e que estão exterminando pessoas tal como Baygon
mata moscas.
No
meu país Magnolândia isso seria classificado como assassinato (1º Grau) premeditado
em massa e o governo coautor.
Slogam
sugerido para comerciais de carros na TV.
“Prestigiem
a indústria automobilística brasileira e peque um atalho para o paraíso”.
Patrocínio
funerária Pedágios do Além.
Magno Almeida Lopes,
escritor e jornalista free-lancer, administrador de empresas com habilitação em
negócios internacionais, tecnólogo de obras e solos, engenheiro de rede Lan,
membro efetivo da academia Piracicabana de letras, MBA em comércio exterior.
Piracicaba (SP), 13 de maio de 2013. email: lopesmagno@gmail.com
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