JORNAL PENA LIVRE

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sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

RESPOSTA A UM NOBRE COLEGA SOBRE MEDICINA DE CUBA E ETC

Um colega meu aposentado do BB fez alguns comentários sobre um texto meu e eu respondo agora sssim:

Querido e nobre colega
Obrigado por lembrar-me corretamente a palavra essencial que grotescamente a escrevi como sendo excencial no texto em resposta às suas críticas.
Dizia meu grande professor (in memoriam) de matemática João Girolamo Turcão: “só erra quem faz”. Escrevo milhares de palavras incorretas e se não fossem atuações maravilhosas do meu corretor ortográfico seria pichado em praça pública.
Igualmente devo colocá-lo sob as rodas do primeiro grande caminhão que passar pela rua por ter me ajudado a escapar o palavrão errado e pagar esse mico.
Nem tanto o céu ou o mar, nobre colega!
De fato tem um balcão da medicina sendo praticado em toda esquina do Brasil e do mundo também, afinal vento que venta aqui venta lá da mesma forma e teor.
Cabe voltarmos aos bons tempos da educação moral e cívica, do estudo da ética, da honradez e da nobre medicina praticada mais ou menos como o juramento lindo que os médicos fazem quando estão recebendo seus diplomas.
A CASSI Piracicaba, porque tanto lutou e por muitos louvada sempre seremos gratos aos papais dessa empreitada.
No texto mencionei alguns pobres municípios brasileiros que estão à míngua chorando por algum atendimento médico que preste. A CASSI Piracicabana, entretanto, e deixando de lado os belos esforços para trazê-la à tona nesta cidade, representa a atuação em uma cidade grande, metropolitana piracicabana eu diria.
A escassez é marcante nas cidades onde estive. Uma das principais queixas era a não existência de simples balanças para medir o peso da garotada, equipamentos simples de raios-X e por sua inexistência as pessoas eram obrigadas a migrar seu atendimento para Cuiabá, sobrecarregando o sistema de saúde da capital mato-grossense.
Até estetoscópios, símbolos maiores do médico em si e sua roupa branca, eram improvisados com pedaços de canos de madeiras artesanalmente confeccionados e que milagrosamente funcionavam bem.
Sr. nobre colega, dizem mundos e fundos sobre a medicina cubana que muitos afirmam ser de primeiro mundo, que os médicos cubanos são excelentes etc e tal.
Fico olhando o mapa e percebo que sempre houve e há ainda uma forte fuga dos cidadãos cubanos querendo migrar para qualquer lugar, especialmente os EUA, onde, sim, se pratica uma medicina brutalmente mercantilizada.
Porque será que ocorrem migrações enchendo barcos e gente nadando até dentro de câmaras de ar cheias de caminhão remando com pedaços de pau?
Isso acontece também em outras latitudes/longitudes do planeta.
Vários são os motivos: regimes de exceção, violência, guerra civil, fome, alta dose de corrupção epidêmica, falta de emprego, busca de novas terras etc. e tal.
Milhões já tombaram anônimos tentando buscar o Edem.
Não sou especialista para aplicar uma prova de arrepiar em qualquer profissional da medicina cubana, nem sei que nível esse pessoal tem, nem sua experiência em residências médicas.
A mim me parece soar um enorme gongo quando um país, cuja qualidade da medicina é propagada dos alto falantes como sendo classe “A”, como é o caso de Cuba, emprestar tanta mão de obra para o pobre Brasil.
Há um “X” nessa equação que não fecha a conta.
Recentemente recebi um amigo meu de longa data que passou alguns meses a trabalho em Cuba como engenheiro de obras. O que ele me relatou com extenso material fotográfico é mais parecido com uma favela autêntica da Maré ou do Complexo do Alemão no Rio de Janeiro.
Cuba é uma nódoa no Caribe.
Feia, desprotegida, dirigida por dois senhores, irmãos inclusive, feudais e arqueozóicos (período da formação da crosta terrestre). Nada mais antiquado e fora de moda.
Esse mesmo amigo relatou-me existir boas escolas de medicina cubanas e muitos desses profissionais estão agora trabalhando no Brasil. O que critico severamente é que fomos buscar justamente médicos de uma republiqueta das bananas, republiqueta essa devastada por um regime de governo selvagem e que precisa de financiamento para sobreviver.
A grana russa acabou-se quando Cuba ficou longe demais para a galera do leste europeu e também perigoso devido à proximidade com os EUA.
O governo brasileiro fechou acordo e vai pagar, por médico, R$ 10.000,00, sendo assim distribuídos: R$ 700 para o próprio médico, R$ 2.300,00 para a família do médico que ficou em Cuba para não provocar a migração e R$ 7.000,00 vão para o regime de Castro.
Um acordo de Lula e José Dirceu para trazer os médicos cubanos para o Brasil vale a pena lembrar.
Dilma correu dispensar a revalidação do diploma cubano para as leis, exigências, o próprio conhecimento, regras brasileiras, colaborando para existir entre os médicos vários curandeiros e curiosos. Trouxeram um documento sem autenticação em cartório mais ou menos isso.
Valha-me Deus quem cair nas mãos de um desses.
Outra curiosidade que ninguém ainda soube responder.
Vieram ao todo 4.000 médicos cubanos para o Brasil.
De onde saiu todo esse contingente?
Estavam todos prontos para o embarque?
Agora vamos fazer as contas dessa brincadeira do governo para exportar facilidades para a sobrevivência do regime assassino de Cuba.
Os 4.000 médicos recebem por mês R$ 10.000,00, logo o governo desembolsará a cada 30 dias a quantia de R$ 40 milhões. Por ano vamos gastar R$ 480.000.000,00!!!!
Dessa quantia enorme apenas R$ 144.000.000,00 vão para o bolso do médico e família e R$ 336.000.000,00/ano irão engordar o bolso dos irmãos canalhas cubanos.
Dinheiro do meu bolso para a finalidade que eu não autorizaria jamais.
Imagine assinar um cheque e entregar a Hugo Chavez, Moralez, a Pedrita da Argentina ou aos irmãos Castro.
O programa é errado porque nunca um ser inteligente pensou, planejou ou trabalhou em prol da nossa medicina brasileira. Virou tudo uma questão de quem pode paga quem não pode se sacode e chora.
Medicina é e sempre foi explorada vergonhosamente como um bom negócio, agora ela serve para colocar dinheiro do bolso dessa gentalha que governa Cuba.
De fato Cuba produz bons médicos. Não porque algum “sem noção “ do PT falou, mas porque li alguns livros em PDF sobre o tema, importantes dicas de leitura: Cuban Medical Internationalism dos autores John Kirk e Michael Erisman; Revolucionary Medicine de P. Sean Brotherton”s e Cubam Medicine de Ross Danielson ou os artigos e trabalhos de Julie Feinsilver, uma socióloga americana que estuda a medicina cubana há 30 anos. Todos em suas versões originais na língua inglesa.
Através deles se chega a essa conclusão.
Não discuto o tema. Parece-me óbvio. O método de trazer essa massa de médicos ao Brasil é que é horrível, inoportuno, nocivo e certamente trará prejuízos não a mim ou ao Sr. que busca atendimento com bons médicos de Piracicaba. Uma vida que se perca com um médico apenas incompetente será uma conta enorme a pagar no boleto da vida.
Vai trazer perigo de morte para o Zé Ninguém Coió de Souza que mora em Lagartixa do Norte perto da divisa com Deus em Livre.
Quem me garante que dentre esses 4.000 médicos todos são 100% qualificados e, notadamente, será que todos falam português corretamente?
A dor que dói em português não é a mesma que fere em espanhol.


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