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sábado, 22 de março de 2014

A “PETOBRAIS” E O TITANIC

Tem alguma relação entre a Petrobras e o fatídico navio Titanic que naufragou em sua viagem inaugural em abril de 1912?
Sim, tem sim.
Embora sejam de épocas diferentes os dois universos: o do petróleo e o da embarcação, eles se cruzam num ponto em comum. O grande navio famoso foi a pique por conta de alguns fatores reunidos: arrogância, imperícia, despreparo, descuido e irresponsabilidade do seu capitão que aceitou a pressão para acelerar em meio a uma confusão de icebergs..
A Petrobras pode igualmente afundar nas águas profundas do pré-sal pelos mesmos motivos.
Esta semana um torpedo atingiu a lateral da empresa petrolífera, antes orgulho nacional, agora mendigando pelos cantos governativos desta banheira de país de quinta chamado Brasil.
Tic tac tic tac. Voltemos no tempo...
A aquisição pela Petrobras de 50% das ações da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, foi autorizada em 2006 pelo Conselho de Administração da companhia com base em um documento técnica e juridicamente falho, disse nesta quarta-feira (19/03/2014) a Presidência da Republiqueta. A empresa pertencia a um grupo belga.
O valor de mercado da refinaria americana, na verdade um enorme sucatão, atingia na época pouco mais de US$ 50 milhões, mas o checão da empresa brasileira totalizou US$ 1,2 bilhão ao longo dos últimos anos.
Havia no contrato uma mandracaria que foi negligenciada pelo tal Conselho de Administração: duas cláusulas de nome Martim e Put Option que forçariam a empresa brasileira arrematar os outros 50% da sucataria.
A presidência daquele Conselho da Petrobras cabia a Dilma Roussef e por conta disso transformou-se na rainha da sucata tupiniquim.
A empresa, gigante do petróleo nacional, acabou se transformando numa espécie de OGX do empresário/falsário Eike Batista nas mãos de Dilma e seus blue caps.
Dispararam-se os cavalos a correr no hipódromo. Ex-diretor A e B, ex isso e aquilo outro e Dilma se esforçam em explicar um negócio boçal que fizeram e para isso sacam explicações mirabolantes e afirmam que cláusulas dessa natureza eram “comuns” em contratos da natureza. O ex-presidente da empresa à época disse com claras letras garrafais: “isto foi um bom negócio para a Petrobras, ninguém pode negar”.
Patifaria ruinosa para a grande empresa estatal.
O processo vai seguir em frente para descobrir em que circunstâncias o “bom” negócio aconteceu, mas não se assustem. Um faxineiro levará a culpa, bem como um office boy que levou os documentos para a sala do Conselho para o que seria uma análise criteriosa. O coitado do funcionário carregador de papel para lá e para cá deixou cair negligentemente as duas folhas de papel onde estavam escritas as cláusulas e a precificação usando-as para forrar o lixo do banheiro.
O carnaval vai rolar na Sapucaí, mas ninguém conseguirá explicar porque se pagou 1500% mais caro por uma porcaria sucateada que não valia dois maços de cigarros.
Que diabos de Conselho era esse que assinava contratos de natureza lesivas aos cofres da empresa baseado em um panfleto mal e porcamente escrito contendo o resumo da papelada?
Qualquer administração de um bom rendez-vous sabe da importância de ler um contrato, discuti-lo sob o âmbito jurídico, apreciá-lo administrativamente, fazer ensaios de seus efeitos benéficos e nocivos e assiná-lo mediante a certeza de que tudo esta nos “conforme” preto no branco e que não tem cláusula escondida no tapete.
Afinal a compra não era de preservativos para o rendez-vous e sim uma baita refinaria, embora fosse um monte de ferros retorcidos.
O Conselho de Administração incorreu num erro crasso. Vai tudo terminar com orégano e champagne de primeira.
Qualquer empresa Zé Ruela da Esquina correria com os responsáveis direto para o RH para demissão sumária sem justa causa, além de um processo nas costas dos faltantes para pagar o prejuízo.
No caso da compra ruinosa da refinaria americana um dos responsáveis virou presidente da República e o outro ganhou um cargo gigante na Petrobras Distribuidora.
Os erros foram agraciados com prêmios.
Dilma, evidente vai correr aqui e acolá, mas não terá coragem de admitir que foi uma façanha de irritante incompetência sua, tal como vem fazendo com a Petrobras que virou rapariga de rua pagando com seu caixa uma política suicida de preços baixos dos combustíveis para aumentá-los de forma explosiva logo após sua reeleição.
Temo muito pelo Brasil após a reeleição que se tem por quase certa de Dilma. A boiada está confinada com os animais irrequietos, nervosos e com vontade de desembestarem no pasto à frente.
A inflação é o boi mais arisco e com mais potencial de corrida.
Na hora que encerrar a contagem dos votos e garantir ao feudo de Dilma, mais quatro anos de reinado da rainha da sucata, os preços abrirão o caminho aos céus, especialmente dos combustíveis, ganharão o pasto para acelerar a vontade.
Competência é isso.
Ah..sobre o prejuízo da Petrobras. É bom para o Brasil é bom para você.








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