O APAGÃO BRASILEIRO.
Para o governo brasileiro o mais satânico
componente do sistema elétrico vaga-lume que temos por aqui se chama São Pedro
e seus raios amestrados. Dá-lhe falta de energia aqui, ali ou acolá as
desculpas das autoridades responsáveis por esse setor vital são as mais
pitorescas possíveis, mas todas elas lançadas na conta do ocupadíssimo São
Pedro que, além de pilotar parte do paraíso tem que se defender das injúrias do
governo brasileiro.
O fato é que o setor elétrico vive
hoje talvez sua pior crise em toda sua história.
Na foto acima podemos observar as
duas Coréias. A Coréia do Sul exibe um amarelo brilhante de seus milhões de pontos
luminosos acesos, enquanto a Coréia do Norte revela-se às escuras.
Não esta aí nenhum truque fotográfico,
nem aplicação de qualquer programa de computador desses que são usadas para
fazer mulheres horrorosas virarem capa de revista de nu feminino.
O país ao norte não deixou de pagar a
conta de energia não. Simplesmente não tem o que acender pelo atraso do país
mergulhado na escuridão, um efeito colateral de um governozinho patetóide
fascista e autocrático, cujo exército tem mais componentes do que luzes acesas.
A crise tem vários componentes
críticos. Todos negados pelo governo que se aplica em tentar colar narizes de
borracha em todos nós como se aqui embaixo ninguém soubesse olhar para o que de
fato está acontecendo.
Estamos, sim, sob forte risco
sintomático e inescapável de virarmos uma Coréia do Norte no escuro total.
São Pedro, claro, leva a culpa pela
terrível baixa dos nossos reservatórios que servem para levar água às turbinas
elétricas pelo Brasil afora. Esse é apenas um detalhe num lodaçal de besteiras
que Dilma vem comandando desde quando era ministra das Minas e Energia do
governo Lula.
Tomemos como exemplo a crise elétrica
do ano de 2001.
Naquele ano houve racionamento de
energia sob o comando de FHC e como consequência o PIB desabou a uma taxa de
1,3% frente aos quase 4,4% do ano 2000. O mercado de ações ficou numa baita
inanição que o fez emagrecer ao menos 70%.
Investimentos deixaram de
desabrochar, dinheiro externo foi-se rapidamente como gato que foge de água
fria.
Dilma tem currículo para exibir como
a época que ficou no comando da pasta elétrica do governo gaúcho durante oito
anos.
Isso não lhe rendeu tarimba, pelo
contrário. Com o tempo aperfeiçoou-se em desfigurar a verdade, omitir fatos
catastroficamente relevantes, enxugar gelo jogando em nossas costas um futuro
mais escuro e obscuro para acabar numa rima perfeita.
Os raios e queimadas, mais a falta de
chuva são os pratos principais da mentirada que o governo conta todo santo dia
nos enganando que não haverá apagão.
Já há apagão pelos quatro cantos do
Brasil. Salvador, Rio de Janeiro e até Piracicaba vem sofrendo com cortes
constantes de fornecimento de energia mesmo sem cair um único raio ou gota de água
do céu.
A crise de chuva colocou o governo de
joelhos frente a uma surpresa que deveria ter sido imaginada. Ninguém vai para
uma guerra dessas sem ter um plano “B”, não há general que preste entrando numa
batalha sem estratégia e rotas de fuga.
A matriz energética brasileira é um
problema análogo a nossa pauta de exportações.
Essa matriz foi erigida em cima de um
único pilar, o da energia hidráulica, assim, como nossas exportações são
basicamente minérios, soja e outros produtos de baixo valor agregado e sujeitos
às intempéries da lei de oferta e procura.
Ninguém coloca todos os ovos numa
cesta só.
Enquanto em outros lugares do mundo o
uso de energia alternativa é lugar comum aqui ainda estamos pensando em usinas
termoelétricas queimando combustível fóssil e enchendo a atmosfera com gases
estufa.
Ficamos no pensamento de que Deus
proveria toda a quantidade de chuvas que seriam suficientes para deitarmos em
berço eterno cercado de energia abundante e baratinha.
O governo entrou no baile mascarado
de pomba gira e acabou trazendo para a pista de dança uma montanha de problemas
adicionais como a estúpida e nauseabunda medida provisória 579 de 2012 com a
intenção de rebaixar preços com efeitos eleitorais.
Ela sacrificou o lucro das geradoras
e transmissoras de energia ao invés da margem abissal de impostos pagos pelos
usuários do sistema como você e eu.
O governo quis alterar a política de
preços atirando no lugar errado. Mirou no que viu e acertou no que não viu.
Cortar remuneração das empresas do
setor se revelou patético. Devia ter cortado impostos isso sim.
O efeito está aí.
As empresas que entraram na armadilha
de Dilma amargaram sentir suas ações mergulharem rumo ao abismo.
O desarranjo intestinal elétrico é
uma síntese resumida de que os setores estratégicos brasileiros vêm sendo
tratados com vandalismo pelo governo e má fé com cunho político-partidário.
Felizes foram as empresas Cemig,
Copel e Cesp que deram uma banana para o governo e hoje nadam de braçada nos
preços mais altos no mercado livre de energia que saboreia pagar R$ 400 por
megawatt frente aos R$ 100 antes da crise.
No bojo do desastre elétrico a tomada
do desenvolvimento desliga-se automaticamente, o dinheiro externo foge e aporta
onde tenha administração menos maluco-beleza como o México ou até mesmo o Peru.
Agora o governo paga a aventura tendo
que arcar com a diferença de preços que já fez sangrar seu caixa em mais de
24,5 bilhões de reais pagos com nossos impostos, claro. A outra saída seria
aumento imediato de preços. Perto demais das próximas eleições.
Dilma escolheu o caminho de apostar
no pior. A Coréia do Norte está sendo nosso destino certo não o iluminado lado
sul do mapa acima.
O Ministro das Minas e Energia, um certo
Edson Lobão, fantoche descarado do governo talibã brasileiro, correu afirmar
que não haverá racionamento de energia se Deus quiser e igualmente São Pedro
abrir suas torneiras.
Declarações patéticas de um esquálido
moribundo administrador que se fez ministro na politicalha e que nem sabe onde
fica a saída do seu escritório.
Vou correr comprar ações das empresas
que fabricam velas isso sim. Fui.
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