JORNAL PENA LIVRE

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quinta-feira, 29 de abril de 2010

















CASAMENTO HOMOSSEXUAL E DAÍ?


Falar de sexo é um tabu. Tal como a cor predileta, o time de futebol do coração, tipo físico que os homens apreciam ou as mulheres querem é uma discussão tão antiga quanto o mundo que nos cerca.
Alguns preferem o time A os outros o B por simpatia, por herança (o pai também era torcedor), ou por influência dos amigos. Há quem prefira as loiras outros as morenas, ou ruivas e a mesa de conversa vai além do horizonte.
A humanidade evolui e nossos relacionamentos idem. Pelo mundo inteiro os governos vêm adotando leis que protegem as pessoas que são homossexuais e, que a partir de um dado momento, podem adotar crianças, comprar planos de saúde conjuntos, direito à herança, enfim, estabelecer uma vida normal como se fossem duas pessoas do sexo oposto.
As igrejas em sua grande maioria fazem aquilo que é de praxe que é criticar e não dar suporte aos novos tempos sexuais modernos.
Padre pedófilo pode ter, mas homem casando como homem....oh que horror! Abominável na mente de muitos que até se dizem portadores da bandeira colorida dos relacionamentos alternativos, mas na verdade na calada da noite querem mesmo é fustigar esse tipo de assunto.
E daí? Ninguém nasce cumprindo um roteiro fixo, a vida vai amalgamando a personalidade, o caráter das pessoas e também sua formas de manifestar amor e carinho e porque não pelo mesmo sexo?
A fulana gosta de cicrana, beltrano quer se casar com seu companheiro. Grande coisa. Seria sim estranho, muito estranho se as pessoas começassem a adotar relacionamentos afetivos com árvores, insetos, bichos em geral ou com o cortador de grama. A partir do instante que se escolhe o(a) parceiro(a) para toda uma vida ninguém tem nada com isso: a Igreja, o Governo, os vizinhos e os eternos defensores histéricos de uma moral acima de todas as coisas. Às vezes são estes seres briguentos, para determinar um rígido padrão de comportamento para todos, que são os mais inclinados a cometerem crimes de pedofilia e outras aberrações da natureza.
Nos ambientes onde freqüento ainda enxergo boa parte das pessoas criticando severamente os relacionamentos dentro do mesmo sexo como se isso fosse anomalia crônica. Lembrando que em Roma nos impérios baixo e médio a normalidade do homossexualismo era coisa banal.
Aliás até meio divino, dizem alguns historiadores, pelo fato de que os deuses poderiam habitar o corpo de um homem, mas jamais de uma mulher. No senado, na vida romana cotidiana comum, nas legiões esta opção era sacramentada e respeitada.
Pelo mundo inteiro as leis correm atrás do prejuízo de não preverem relacionamentos novos e mais modernos.
O que os amalucados, que gostam de sentar o pau nesse assunto afirmando e esbravejando que tudo isso não passa de uma grande patifaria e doença, devem se ocupar de cuidar de suas próprias vidas que já estão fazendo um grande favor.
Espiar o que o outro está ou não fazendo, quem freqüenta sua cama e seu coração e se importar com isso é um vazio existencial terrível que é difícil de se imaginar.
Cuidar do umbigo seria uma lição vitoriosa ao invés de jogar pedra na Geni.
Ao contrário. Muitos bandeirantes das forças morais espalhados pelo Brasil querem assistir o circo pegar fogo com milhões de pessoas querendo ser reconhecidas pelas opções sexuais que fazem e dos relacionamentos que adotam.
Para esses, desculpem o termo pesado, degenerados organizadores de campanhas vis de difamação dos homossexuais, a camisa de força. Preferem o sofrimento dos desassistidos, observarem as crianças, que poderiam ser amadas no seio de uma família de dois Josés ou duas Marias, minguar à deriva do seu destino e torcer para que todos ardam no mármore do inferno.
A sociedade não necessita de histéricos que brigam por posições de moralidade já ultrapassadas desde a era dos dinossauros.
Eu encaro esse tipo de gente como uma coisa pitoresca das sociedades. Talvez precisemos o confrontamento das ideias opostas para nos fazer acordar o mais cedo possível para as Marias e Josés espalhados pelo mundo, sabe...,gente trabalhadora, respeitosa, digna de fé que quer viver a vida de uma forma completa criar seus filhos adotados que sejam, mas muito amados e educados para cumprir aquilo que a sociedade demanda que é o respeito às leis cumpridoras de seus deveres e sabedoras de seus tantos direitos
O beijo nos lábios das Marias e Josés é tão ou mais verdadeiro que os outros tantos beijos universais, talvez até aposto que o amor deles seja mais visivelmente verdadeiro porque compram uma briga enorme contra todos os tarados morais de plantão e de igrejas neolíticas (vulgo pedra lascada). Querem, de fato e de direito, as milhões de Marias com Marias e Josés com Josés, finalmente, aquilo que todos buscam: o amor e o convívio daqueles que lhe são amados, estabelecerem uma família normal como qualquer outra, viverem uma vida próspera, deixarem herdeiros e dignatários de todo nosso respeito e admiração.
Que me perdoem os vorazes panfleteiros da boa moral etc e tal, mas as sociedades já não estão mais a fim de tolerar comportamentos que não almejam os direitos constitucionais de torcer pelo time que quiser, escolher o(a) louro(a) ou o(a) moreno(a), adotar o relacionamento homo ou heterossexual e desejar a melhor forma de viver e ser reconhecido.
Tim Maia já dizia o resto vale tudo, só não vale homem com homem e mulher com mulher. Agora vale sim. Muito e veio para ficar.












CASAMENTO HOMOSSEXUAL E DAÍ?


Falar de sexo é um tabu. Tal como a cor predileta, o time de futebol do coração, tipo físico que os homens apreciam ou as mulheres querem é uma discussão tão antiga quanto o mundo que nos cerca.
Alguns preferem o time A os outros o B por simpatia, por herança (o pai também era torcedor), ou por influência dos amigos. Há quem prefira as loiras outros as morenas, ou ruivas e a mesa de conversa vai além do horizonte.
A humanidade evolui e nossos relacionamentos idem. Pelo mundo inteiro os governos vem adotando leis que protegem as pessoas que são homossexuais e, que a partir de um dado momento, podem adotar crianças, comprar planos de saúde conjuntos, direito à herança, enfim, estabelecer uma vida normal como se fossem duas pessoas do sexo oposto.
As igrejas em sua grande maioria fazem aquilo que é de praxe que é criticar e não dar suporte aos novos tempos sexuais modernos.
Padre pedófilo pode ter, mas homem casando como homem....oh que horror! Abominável na mente de muitos que até se dizem portadores da bandeira colorida dos relacionamentos alternativos, mas na verdade na calada da noite querem mesmo é fustigar esse tipo de assunto.
E daí? Ninguém nasce cumprindo um roteiro fixo, a vida vai amalgamando a personalidade, o caráter das pessoas e também sua formas de manifestar amor e carinho e porque não pelo mesmo sexo?
A fulana gosta de ciclana, beltrano quer se casar com seu companheiro. Grande coisa. Seria sim estranho, muito estranho se as pessoas começassem a adotar relacionamentos afetivos com árvores, insetos, bichos em geral ou com o cortador de grama. A partir do instante que se escolhe o(a) parceiro(a) para toda uma vida ninguém tem nada com isso: a Igreja, o Governo, os vizinhos e os eternos defensores histéricos de uma moral acima de todas as coisas. Às vezes são estes seres briguentos, para determinar um rígido padrão de comportamento para todos, que são os mais inclinados a cometerem crimes de pedofilia e outras aberrações da natureza.
Nos ambientes onde frequento ainda enxergo boa parte das pessoas criticando severamente os relacionamentos dentro do mesmo sexo como se isso fosse anomalia crônica. Lembrando que em Roma nos impérios baixo e médio a normalidade do homossexualismo era coisa banal.
Aliás até meio divino, dizem alguns historiadores, pelo fato de que os deuses poderiam habitar o corpo de um homem, mas jamais de uma mulher. No senado, na vida romana cotidiana comum, nas legiões esta opção era sacramentada e respeitada.
Pelo mundo inteiro as leis correm atrás do prejuízo de não preverem relacionamentos novos e mais modernos.
O que os amalucados, que gostam de sentar o pau nesse assunto afirmando e esbravejando que tudo isso não passa de uma grande patifaria e doença, devem se ocupar de cuidar de suas próprias vidas que já estão fazendo um grande favor.
Espiar o que o outro está ou não fazendo, quem frequenta sua cama e seu coração e se importar com isso é um vazio existencial terrível que é difícil de se imaginar.
Cuidar do umbigo seria uma lição vitoriosa ao invés de jogar pedra na Geni.
Ao contrário. Muitos bandeirantes das forças morais espalhados pelo Brasil querem assistir o circo pegar fogo com milhões de pessoas querendo ser reconhecidas pelas opções sexuais que fazem e dos relacionamentos que adotam.
Para esses, desculpem o termo pesado, degenerados organizadores de campanhas vis de difamação dos homossexuais, a camisa de força. Preferem o sofrimento dos desassistidos, observarem as crianças, que poderiam ser amanas no seio de uma família de dois Josés ou duas Marias, minguar à deriva do seu destino e torcer para que todos ardam no mármore do inferno.
A sociedade não necessita de histéricos que brigam por posições de moralidade já ultrapassadas desde a era dos dinossauros.
Eu encaro esse tipo de gente como uma coisa pitoresca das sociedades. Talvez precisemos o confrontamento das ideias opostas para nos fazer acordar o mais cedo possível para as Marias e Josés espalhados pelo mundo, sabe...,gente trabalhadora, respeitosa, digna de fé que quer viver a vida de uma forma completa criar seus filhos adotas que sejam, mas muito amados e educados para cumprir aquilo que a sociedade demanda que é o respeito às leis cumpridoras de seus deveres e sabedoras de seus tantos direitos
O beijo nos lábios das Marias e Josés são tão ou mais verdadeiros que os outros tantos beijos universais, talvez até aposto que o amor deles seja mais visivelmente verdadeiro porque compram uma briga enorme contra todos os tarados morais de plantão e de igrejas neolíticas (vulgo pedra lascada). Querem, de fato e de direito, as milhões de Marias com Marias e Josés com Josés, finalmente, aquilo que todos buscam: o amor e o convívio daqueles que lhe são amados, estabelecerem uma família normal como qualquer outra, viverem uma vida próspera, deixarem herdeiros e dignatários de todo nosso respeito e admiração.
Que me perdoem os vorazes panfleteiros de boa moral etc e tal, mas as sociedades já não estão mais afim de tolerar comportamentos que não almejam os direitos constitucionais de torcer para o time que quiser, escolher o(a) louro(a) ou o(a) moreno(a), adotar o relacionamento homo ou heterossexual e desejar a melhor forma de viver e ser reconhecido.
Tim Maia já dizia o resto vale tudo, só não vale homem com homem e mulher com mulher. Agora vale sim. Muito e veio para ficar.

segunda-feira, 26 de abril de 2010


















CRIMES HEDIONDOS DA GUERRA FRIA

O LSD, também chamado de ácido, pills, cones ou trips é uma droga com ação alucinógena ou psicodélica. A dietilamida do ácido lisérgico é sintetizada clandestinamente a partir da cravagem de um fungo do centeio (Claviceps purpúrea). Com esse dado inicial vou lhes contar uma história por demais incrível de como o ser humano pode cometer crimes tão hediondos que nossa imaginação custa a entender.
Nosso cenário: bucólica cidadezinha francesa fundada por volta do ano 500, às margens do rio Ródamo, no sul da França.
Esta comunidade permaneceu intacta com estilo de vida e construções que mais lembram o período medieval. Na SGG (segunda grande guerra) foi tomada pelos insanos alemães que destruíram boa parte dos antigos monumentos. A cidade francesa, PONT SAINT ESPRIT, conta hoje com pouco mais de 700 pessoas e nunca apresentou crescimento populacional digno de nota.
Num belo dia perdido no ano de 1953 a cidade acordou diferente. A população parecia tomada por um delírio coletivo. Alguns se jogavam de janelas abertas, outros tentavam mergulhar em qualquer coisa líquida para escapar de cobras horrendas correndo pelo corpo, um garoto de apenas 11 anos tentou estrangular a mãe.
Uma dessas pessoas gritava pela rua que sua cabeça de cobre iria estourar e, por incrível que pareça, até os animais apresentavam comportamento estranho. Um cachorro parou de correr na praça e uivava ardorosamente olhando para o sol que lhe cegou.
O caso ficou conhecido como Le Pain Maldit (o pão maldito) porque a comunidade correu culpar o padeiro da cidade de colocar veneno nos quitutes de sua padaria. Coisa mais ridícula.
Quase 60 anos após o episodio do pão maldito o jornalista H. P. Albarelli Jr. Lança uma hipótese que mistura teorias de conspiração e psicodelia pura.
Em seu livro intitulado “A Terrible Mistake” (em português o terrível erro ou engano) ele afirma que a CIA por livre vontade envenenou a comida dos cidadãos de Pont-Saint-Esprit como parte de uma experiência ultra-secreta para descobrir os efeitos da droga em grandes populações.
Na verdade li muito sobre o tema e o autor não conta o objeto foco da empreitada da CIA.
O programa MK Ultra como ficou descoberto depois, iniciou-se por ordem de Allen Dulles, ex-diretor da CIA em 1953. O primeiro chefe do programa foi Sidney Gottlieb a título de informação.
O objetivo principal do experimento era produzir uma droga que obrigasse a pessoa falar sempre a verdade. A totalidade do projeto estudava aproximadamente 150 diferentes pesquisas e ainda não se conhece o inteiro teor de todas elas.
Numa das pontes da cidade amigos conseguiram impedir um homem de se jogar de cabeça no rio cheio de pedras alegando estar sendo perseguido por fantasmas, uma menina chorava desesperadamente apontando para a mãe os tigres que a cortariam em pedaços, um outro cidadão brigava com seu médico de família para lhe colocar o coração no lugar porque dizia estar escapando pelos pés, um jovem atirou-se do alto do prédio gritando vruuummm dizendo ser um avião de combate. O homem-avião milagrosamente não morreu e ainda conseguiu correr alguns metros mesmo com as duas pernas quebradas.
Durante noites a fio as pessoas se aglomeravam numa espécie de insônia coletiva em animados papos que se aprofundavam noite adentro, todos com os olhos trincados e cheios de uma forte energia completamente artificial.
Também pudera. Estavam com droga até as raízes dos cabelos e curtindo uma bad trip, como se diz na gíria, tamanho é o poder alucinógeno do LSD.
O caso seria para sempre enterrado no esquecimento não fosse Albareli misturar duas siglas LSD e CIA para descobrir a operação secreta MK ULTRA.
O jornalista deparou-se com a história macabra quando investigava a morte do cientista bioquímico Frank Olson que estava na folha de pagamento da CIA e foi achado morto depois de, presumidamente, se jogar do 13º andar.
A versão do suicídio evidente nunca convenceu a família nem amigos. Olson trabalhava em Maryland em Fort Detrick, lugar determinado pela CIA para estranhas pesquisas com elementos químicos como mescalina, cogumelos venenosos, morfina e heroína.
Acontece que pelo meio do caminho Olson, sem saber de nada, também acabou testado pela CIA com uma dose do ácido lisérgico. A droga foi introduzida numa garrafa de bebida que muitos consumiram numa sala de reuniões em Maryland, onde estavam presentes muitos cientistas e químicos renomados na ocasião. Descontrolado pelos efeitos do LSD, Frank começou a matraquear sobre o projeto e supostamente a CIA colocou fim no falastrão jogando-o do 13º andar de um prédio vizinho.
Em 1994 o corpo, por determinação da justiça americana, foi exumado. Os ossos contariam uma outra história ao invés do improvável suicídio. Havia marcas no crânio e estava, enfim, quebrado indicando assassinato por golpes com algum elemento contundente antes de ser jogado janela afora.
O próprio presidente americano Gerald Ford, quando seu governo estava autorizando a publicação de documentos secretos da CIA, pediu desculpas à família de Olson oferecendo uma quantia em dinheiro como compensação.
A celeuma está lançada. Alguns historiadores apontam que Albareli não tem provas suficientemente boas para argumentar sobre o tema.
Outros apontam falhas no próprio teste executado na cidadezinha francesa como sendo impossível determinar as causas de tanta alucinação coletiva.
O caso do pão maldito continua a todo vapor. Enquanto isso, todos querem saber o que foi que tirou os habitantes da comunidade da órbita terrestre por alguns dias, e os devolveu como parte de um dos mais escabrosos casos da história do Século XX envolvendo militares americanos, CIA, NSA e com testes ilegais realizados em territórios extra americanos.
Os tempos da guerra fria se foram. Não temos mais testes para descobrir drogas secretas capaz do ser humano contar toda a sua verdade, nem explosão de bombas para descobrir como pode se matar por controle remoto uma cidade como São Paulo utilizando um único artefato nuclear.
As pesquisas realizadas hoje em dia, boa parte delas made in USA, visam, sobretudo, o controle das pessoas de alguma forma sub-reptícia para deter o poder absoluto, o chamado Mind Control. Mas, isto fica para outro capítulo senão a CIA vem me pegar.

sexta-feira, 23 de abril de 2010














QUEM TEM MEDO DO LOBO MAU? O BANCO CENTRAL TEM

A burrice do COPOM (Comitê de Política Monetária) ligado ao BC é sui generis no mundo. Basta qualquer soluço da taxa de inflação que lá vem aumento da taxa de juros referenciais.
Porque o Brasil tem medo de crescer? Porque ter tanto receio de assumir números positivos em nossa economia? Fico pensando...- que ordinário é esse manual que o COPOM tem em mãos. Deve ter um capítulo somente e apenas uma única frase: “para qualquer coisa aplique aumento da taxa de juros, até para curar calos”.
Parece incrível que o Brasil fique correndo do bicho papão e se borrando nas calças quando a economia lança sinais verdes mais poderosos. O COPOM assume uma posição sempre de antipatia ao crescimento do Brasil cimentando o futuro do país numa política absolutamente equivocada para nosso cenário.
Semana que vem lá vem um aumento bem vigoroso na taxa de juros que, sob a minha ótica, será de dois pontos percentuais.
Os sabidos de plantão aplicam essa medida para conter a inflação submetendo à ideia de que temos fortes desequilíbrios entre oferta e procura. Nem tanto o mar nem tanto as estrelas. Sabidamente o Brasil nunca aplicou uma fórmula capaz de subjugar esse dito desequilíbrio (se bem que eu penso que ele existe somente em um ou outro setor isolado) que não fossem juros altos, juros baixos ou juros ficam do jeito que estão.
Não tem nada além na pasta dessa molecada do COPOM que não seja a novelinha mequetrefe de brincar com juros? Além do mais, aumentando as taxas é a fórmula do BC ajudar a enforcar as contas internas drogando-as com o fel da ignorância economica de sempre.
O Brasil precisa de investimentos agora ao invés de ficar domando o leão da inflação por si só.
A inflação brasileira nunca foi de demanda. Sempre foi de custo: custo do dinheiro, custos dos insumos, da infernal corrupção, impostos, custos da contabilização das empresas nas despesas ditas fixas (água, luz, gás, telefone etc) cujo controle do preço é estatal. De uma forma ou outra muitos ramos empresariais trabalham com ociosidade calculada. Nunca o parque industrial esteve ou está fabricando na tampa de sua capacidade máxima, exceto desarranjos intestinais setoriais por conta do governo turbinar o crédito e esquecer de dar guarida às empresas para se adaptarem às novas exigências de um novo nível do consumo geral mais encorpado.
Uma mão dupla oposta brasileira na arte de afinar a economia: de um lado provoca obesidade no crédito no varejo e atacado ofertando-o em demasia e, de outro lado quando o pessoal parte para comprar, acaba apertando os juros diminuindo o parcelamento como forma de combater inflação? É essa mesmas a fórmula do BC e COPOM? Oferta com a mão direita e tira com a mão esquerda?
Como meta do próximo governo uma lição de casa. Fazer aquilo que nunca foi feito desde 1.500 que é realizar uma reforma tributária digna de um país de primeiro mundo. Deixar de aplicar esse medicamento dos juros para outro que é nosso mal economico: o custo Brasil. Demasiado caro para produzir e vender. O dragão a combater não é do da inflação e sim o da roubalheira nos impostos.
Cada alta dos juros empurra boa parte da economia formal para debaixo do pano e joga o esforço coletivo de aumentar o PIB e o PNB pelo ralo da estupidez do COPOM.
A ferida aberta das contas públicas aumenta de tamanho e infecciona de forma acelerada quando tem juros aumentados. O déficit público procura se financiar com a economia privada, via títulos da dívida, e para isso os bancos não perdoam, esfolam mesmo. Não tem perdão.
Essa é a matemática que não circula no COPOM.
Não tem mais adiamento para essa questão. Quem assumir em 2011 a cadeira do Planalto vai levar na bagagem essa obrigação lá dentro.
As tão propagandeadas reformas petistas da política, tributária, fiscal? Foi uma monumental enrolação para levar votos.
Uma mentira contada um milhão de vezes. Agora vai, agora vai e nunca foi. Covardia de monte e como consequência um COPOM cego de novas ideias que não sejam colocar os juros na montanha russa e deixar rolar. Irresponsavelmente.
Semana que vem vamos de novo destruir o muro que duramente erigimos.
Crescer assim biologicamente é impossível. Dá terra e tira a água.
Gostaria de um dia ser chamado para uma reunião dessas do COPOM/BC com uma calculadora, daquelas que ganhamos de brinde comprando doces, e ensinar alguns princípios matemáticos dos nossos ancestrais para essa molecadinha que adora empinar a pipa dos juros, acenando com única solução para darmos um tapa na cara da inflação.
Quem tem medo do lobo mau? O BC tem e o COPOM fica petrificado e horrorizado de permitir ao Brasil crescer nem que seja um pouco só.
Com isso esses facínoras econômicos vão colocando pesos de chumbo em nossos pés impedindo de irmos adiante com a conivência do Ministério da Fazenda, virtualmente um ator menor na brincadeira e sem peso de mandar estancar essa contabilidade da sexta-feira treze.
Que pena. Sonhei em dia ver um país coberto de norte a sul com o manto da equidade fiscal e monetária, sob o comando de uma economia feita por visionários e estadistas como foi JK que peitou a inflação e fez o Brasil crescer.
Cinquenta anos em cinco dizia ele. O disco virou a na velha rotação 16 rpm a melodia toca cinco anos em quinhentos do jeito que a marcha está.
Que atraso abominável.
O lobo mau soprou e a casa de palha caiu. Cadê a vovozinha? Pelo menos ela deve ser mais esperta que o BC/COPOM. A história vai contar adiante quem tinha mais razão.

terça-feira, 20 de abril de 2010


















AVIÕES CAINDO DO CÉU – CINZAS VULCÂNICAS

Falar sobre alguns temas não me deixa muito confortável. Política, por exemplo, religião e outros tantos assuntos espinhudos. No máximo o que faço é complementar minha grande ignorância lendo muito, aprendendo como sempre faço.
Tem uma exceção. Quando eu escrevo sobre aviação em geral. Sinto-me à vontade para falar sobre os fenômenos que ocorrem no mundo do mais pesado que o ar.
Aqui mesmo nesta modesta tribuna fui um dos pioneiros no Brasil a, infelizmente, diga-se de passagem, escrever sobre acidentes aéreos que estavam para acontecer no Brasil em virtude do caos nos aeroportos, deficiências no quesito controle de vôo, malha inadequada de rotas, zonas escuras dos radares etc.
Lamentavelmente os acidentes vieram, mas não era qualquer espécie de profecia,
, cartas do tarô, lançamento de búzios e sim apenas uma equação matemática e esta nunca mente.
Somar controle aéreo pífio e da idade da pedra como temos aqui no Brasil, nossa infraestrutura aeroportuária e mais o complexo emaranhado de leis às vezes conflitantes, colocar dois aviões no céu para bater de frente é fácil.
O vulcão islandês Eyjafjallajokull, cuja pronuncia é um desafio desumano, não cessa sua atividade desde a semana passada gerando um inferno aéreo na Europa.
O prejuízo com isso nem dá para ser medido, mas é da ordem de milhões de euros.
Vôos cancelados, empresas aéreas sem faturar, despesas com hospedagens, empresários perdendo negócios e toda uma gama de valores que estão engessados por hora.
Hoje alguns países começam a discutir liberação dos espaços aéreos por pressão puramente do dinheiro e esquecem de analisar outra questão muito mais importante: segurança aérea.
Ninguém é obrigado a saber o que uma fumaça de vulcão é capaz de provocar nas aeronaves comerciais e as militares. Alguns dizem ser uma simples fumacinha que não seria assim tão sério.
Engano magnificamente enganoso para usar pleonasmo enfático. Engano terrível eu diria e capaz de ser determinante para provocar assassinatos no acatado.
Uma turbina suga ar atmosférico empurra esse ar sob pressão para uma câmera onde o querosene é queimado gerando empuxo que faz o avião voar e sair do chão.
Simples. É como um ventilador bem mais potente.
Acontece que a tal fumacinha do vulcão que os ignorantes afirmam ser bobagem é capaz de provocar a morte da turbina em pleno vôo. Porque?
As cinzas vulcânicas e sua fumaça não podem ser comparadas com subprodutos de uma fogueira de camping, por exemplo.
O vulcão expele uma centena de substâncias tóxicas e corrosivas em sua coluna de detritos jogados na atmosfera.
Pedra pome, ácidos, enxofre, rocha em pó.
As cinzas vulcânicas são compostas por partículas de rochas e minerais com cerca de 2 mm de diâmetro, misturadas numa nuvens de vapor d’água e gases tóxicos de diversos tipos como SO2, SO, CO2, CO, NOX, H2 etc. Esses gases, bem como as partículas, quando associados à água, tornam-se ácidos de efeitos corrosivos perigosos, podendo corroer qualquer tipo de estrutura da aeronave, bem como contaminar o interior da mesma.
Além disso, a sílica (SO2) quando penetra na câmara de combustão da turbina a jato de uma aeronave, que atinge aproximadamente 2.000 graus Celsius, funde-se e se transforma em vidro. Nem precisa dizer o que isso significa.
Parada total dos reatores com perda irreversível da estrutura. Adicionalmente os efeitos dentro da turbina, os pára-brisas do avião sofreria enorme processo abrasivo ocasionando perda da visão por opacidade.
Finalmente, os ácidos atacariam outras partes sensíveis da aeronave causando danos perigosos.
A história de acidentes aéreos registra pilotos corajosos, eu diria irresponsáveis, que jogaram seus aviões dentro de fumacinhas vulcânicas provocando queda do aparelho ou pousos sob condições inacreditáveis e danos catastróficos às máquinas.
Perdas humanas é o pior deste cenário.
Parece que alguns países querem desafiar a lei física e transformar aviões comerciais em caixões de defunto voadores.
O vulcão Eyjafjallajokull (pronuncia correta Aiajajoku) não dá sinais de que vá interromper suas colunas de fumaça densa e tóxica tão logo. Lembrando que a última erupção deste mesmo vulcão demorou 4 anos para cessar.
O que fazer? A escolha recairá entre manter a frota no chão ou arriscar a matar milhares por pressão do dinheiro.
Qual a solução? A Europa não condensa países miseráveis, muito pelo contrário. Neste momento de crise não dá para deixar todas as empresas irem a pique por falta de faturamento.
Primeira solução: prece. Rezar para terminar isso logo. No entanto, essa nuvem de fumaça vulcânica ainda está no início de provocar seus males. Tudo o que sobe um dia cai. Na hora que essa massa de detritos alcançar o nível do chão as pessoas vão sofrer e muito com todos os efeitos colaterais possíveis de se imaginar.
Segunda solução: os países tomarem essa despesa na mão, por enquanto. As empresas aéreas deverão ser socorridas sob pena da extinção desse tipo de transporte, pelo menos na Europa.
Não é momento de liberar espaço aéreo nenhum. Quem o fizer vai estar arriscando colocar vidas em alto grau de perigo iminente e sob severo risco de morte.
É pagar para ver. Idiotice da grossa pensar que o homem consegue contornar problemas como esse com tecnologia e audácia.
Agora é o momento de enfiar a viola no saco e esperar o céu virar de brigadeiro de novo.
As soluções de transportes alternativos na Europa estão funcionando na base da emergência: trens, aluguel de carros, ônibus, todos lotados e inflacionados pela lei da oferta e procura. Não há vagas só preço. Navios também estão apinhados de gente embarcando para voltar para o lado de cá do Atlântico, se bem que para aqueles que não tem um gato para puxar o rabo o jeito é comer bolacha água e sal e dormir na laje dos aeroportos.
Estuda-se dividir a Europa em 3 áreas: uma com seu espaço aéreo totalmente paralisado (Inglaterra e Irlandas do norte e sul), fechamento parcial (boa parte dos países europeus continentais) e espaço aéreo totalmente liberado (extremo sul de território europeu).
Vamos ver quem vai abusar disso e colocar vidas em perigo, praxe quando o assunto é dinheiro. Notícia fresca acabada de sair do forno: o vulcão de nome estranho acordou hoje cuspindo ainda mais fumaça. E agora?

quinta-feira, 15 de abril de 2010








A PEDOFILIA HOMOSSEXUAL DA IGREJA

O homem pousou um artefato espacial chamado Eagle , mais parecendo uma máquina de lavar roupas, na lua em 1969 com o lançamento da Apolo XI. Pequeno passo para o homem em si e um grande caminhar para a humanidade, disse Armstrong primeiro terráqueo a colocar os pés num solo sideral.
Quanta evolução e pensar que alguns anos antes ainda estávamos capinando nas pradarias matando caças na base da paulada e cortando carne com pedra lascada.
Foi muito rápido. Num piscar de olhos a invenção do avião e o espaço pareceu tão perto.
As baratas evoluíram. Hoje são capazes de resistir a um esmagamento de rolo compressor na rua e conseguem manter a forma mesmo debaixo de uma radiação nuclear que cozinharia até um elefante. Os mosquitos voam mais longe pelas mãos do conhecimento de Darwin.
O homem ficou mais esperto. Hoje ele mata por controle remoto a caça que quer colocar na mesa para desfrute e saciar a fome ou seu vizinho, caso o ronco deste seja muito forte.
A única coisa que ficou presa nas masmorras do tempo foi a Igreja Romana Católica e sua forma de pensar e agir.
Quando olho para algumas coisas que ela prega como certo e moral dá-nos idéia de um passado cheirando a dinossauros. Alguns pensamentos mórbidos e ilações ou afirmações que o tempo esqueceu de tão ultrapassados.
A pedofilia na Igreja Católica Apostólica Romana, aqui batizada de ICAR para facilitar a escrita, está em papos de aranha e negando um óbvio secular.
A mais nova piadinha de salão do Papa foi culpar os homossexuais pela delinqüência de alguns integrantes da ICAR na síndrome de se alimentar sexualmente de criancinhas inocentes pelo mundo afora.
Tolice maior. Só mesmo vindo de um papa jurássico como esse.
O celibato não é o principal culpado e sim os homossexuais que agora sofrerão com mais essa carga pesadíssima.
Bento XVI esqueceu que Pedro, fundador da ICAR era casado, que Jesus era casado.
Debaixo das batinas a ICAR esconde a mais vilã das ações possíveis para casos da natureza sexual que estamos vivenciando: o silêncio aprovador e alimentador acobertando verdadeiros tarados, psicopatas da maior periculosidade com sua fala mansa e sua benção sempre pronta.
Claro sem generalizar. Não são todos os padres, evidente. Tem gente séria nesse meio que realmente assume o celibato sem máculas.
Entretanto, não existe efeito regenerador das frutas boas quando o cesto é infectado com maças podres. Muito pelo contrário.
A ICAR, celebrando a competente impunidade acobertando tarados sexuais em seu seio, dá guarida para mais doentes perpetrarem seus crimes escondendo-se na batina sagrada.
A ICAR procurou esconder tudo desde o período em que matava milhões no tempo da fritura da inquisição.
Agora sepulcra e jaz com seu consentimento o comportamento de alguns facínoras que maltratam as crianças, jovens em geral e corre esconder o lixo debaixo do tapete papal.
Crime sim. O padre com batinas ou não tem RG, CPF e está sob os auspícios da mesma lei que eu ou você ai do outro lado da tela. Não pode haver tratamento diferenciado como quer a ICAR ou o CRM (Conselho Regional de Medicina) ambos dispostos a esculhambar a lei protegendo seus criminosos: padre pedófilo ou médico que esquece a maca dentro da barriga da vitima.
Transferir o padre pedófilo da cidade A para a B não revolve nada. Ao agir desta forma toda a instituição de Bento XVI quer dar tempo ao pecador para o arrependimento. Como se tarado tivesse remédio divino para curar seus desvios sexuais crônicos.
Tem gente que veste batina para dissimular sua sanha de bolinar com crianças porque a figura do padre quer queira ou não, inspira confiança.
A Igreja não é obra divina. O homem construiu tudo isso, escreveu seus dogmas, suas idiossincrasias, suas morais ilibadas que agora se colocam em xeque mate.
A ICAR necessita um papa moderno que pelo menos tenha passado da idade das trevas, um dirigente capaz de destruir a distorção do celibato que só causou problemas até agora, um homem digno de exterminar com rituais que nada tem a ver com a raiz do cristianismo alterando como, por exemplo, a eucaristia e transubstanciação (significa a conversão de toda a substância do pão na substância do Corpo de Cristo e de toda a substância do vinho na substância do seu Sangue) e suas misteriosas encenações. Tomai e comei do meu corpo, tomai e bebei do meu sangue.
Estranho não? Comer carne humana?
Que os padres sejam orientados não apenas comentar nos sermões tópicos bíblicos, mas também colocar o miolo desse povo no lugar certo acendendo a luz das ideias que tanto fizeram diferença no tempo do iluminismo.
Orientação ao rebanho para usar camisinha sim para não estourarmos a quota de gente neste planeta ou talvez conduzir o povo a buscar leitura e sabedoria tão carente neste momento. Fé é o respeito pelo direito e não pelo torpe, a ICAR tem que buscar urgente seu papel de fornecer às pessoas um caminho para o atingimento da espiritualidade e não no obscurecimento de uma moral a muito tingida de vermelho e de pecados mortais.
Finalmente, e até com mais ênfase, conclamaria a ICAR perpetrar uma mudança radical. Inserir a mulher no exercício sacerdotal. Porque não?
Se antes a mulher era quem concebia e capaz de carregar a divindade porque não agora? Porque a ICAR não introduz a figura da mulher no cenário religioso? Do que tem medo?
Será que a ICAR nunca vai perceber que estamos vivendo uma era pós-aquários e em pleno século 21 com o homem atingindo com seus artefatos o longínquo espaço exterior? A humanidade se transformou e exige mudanças. Por conta dessa paranóia dogmática a ICAR vem forçando o esvaziamento das suas igrejas, sua credibilidade, seus ritos e deixando espaço aberto para entidades religiosas picaretas, endinheiradas, que corrompem o ser humano integralmente e deixam espaço aberto à pirataria do céu e do divino Espírito Santo e são peritas em comercialização de almas.
O desafio está exatamente em renovar a fé através de uma roupagem nova, lúcida, mais clara e humana, bem como dinâmica da ICAR acompanhando a evolução dos seus seguidores e crentes.
O caso sim é de cadeia para os padres pedófilos, cuja tara não tem nada a ver com ser homossexual. E que venha a ICAR pedir perdão em público por ofender irresponsavelmente um grupo de pessoas que já sofre bastante com discriminações diversas.

quinta-feira, 8 de abril de 2010






















ÁGUAS DE MARÇO LEVANDO O VERÃO

Desde os tempos de criança, quando eu frequentava a cidade da Guanabara, hoje Rio de Janeiro, sempre houve letras poéticas com a paisagem dos barracos pendurados no morro e pedindo socorro com a cidade aos seus pés, música imortalizada pela divina Elizeth Cardoso.
A herança dos descobridores e fundadores da cidade deixou para a posteridade a carência e a aflição amarguradamente despoetizada de um aglomerado humano incapaz de sobreviver às suas mais nuas características.
A geografia carioca é uma ceifa afiada pronta a levar vidas no rolo compressor de tragédias como a das chuvas que colocaram a cidade maravilhosa de joelhos implorando ajuda e atenção.
Torneiras de São Pedro a parte, as mortes por afogamento, esmagamento, soterramento tem endereço certo de uma culpa concorrente que pode se estender ao século XV, ou ainda mais atrás.
Morros ocupados pela pobreza brilhando com suas luzes a piscar saboreia uma doce epopeia cantada em letras sonoras, enquanto que na vida real milhares já partiram vítimas do céu cinzento despejando cântaros de água e o esquecimento de seus governantes.
Pobre gente apinhada nas encostas cariocas vendo a cidade lá embaixo com seu cotidiano de ruas cheias de carros barulhentos, balas perdidas, flanelinhas, ambulantes, mendigos como se a cidade não tivesse dono nem direção.
Cresce como as ervas daninhas ao léu e ninguém liga a mínima desde que o carnaval esteja garantido e a escola possa desfilar.
O mesmo lugar pobre donde surge as alegorias coloca na Sapucaí o desfile de horrores da gente pisoteada pela indiferença sendo importantes apenas quando são caçadas pelos governantes para lhes conseguir o voto.
De certo, a lamentar os efeitos nocivos e colaterais do “el nino” que derrama sobre a região sudeste toda a chuva que deveria estar caindo na amazônia e que transformou a cidade maravilhosa num imenso pântano.
Nem os ratos escaparam, pelo menos isso tem de útil a tragédia. Os roedores encontraram a morte boiando no lodo dos córregos de lixo e fezes que correm nas ruas convivendo com o dia a dia das pessoas.
A tragédia não para nos pingos da chuva. Vai além. Agora a hora e a vez das epidemias causadas pelas águas das línguas negras que margeiam a costa carioca, o xixi dos ratos que sobraram dando os novos contornos da matança.
Agora não ouço ninguém cantar a garota de Ipanema e suas coxas torneadas no sol do Atlântico, bem como não escuto a voz do barracão de zinco, hoje de concreto e dor.
Chão de terra, luzes que se acendem no “gato”, o bandido defendendo seu curral de fumo e droga, crianças sujas, a encosta vem e leva consigo sem esperar, sem saber quem é quem, uma hecatombe democrática.
O Rio de Janeiro tem ainda nos seus encantos seu pior inimigo. O mar não responde a nenhum comando e vem tomar seu lugar de outrora acendendo mais estopim no barril de pólvora. As águas não vão embora e ficam os destroços da casa do Sr. Silva, pela enésima vez destruída pela torrente de lama levando junto a família que não conseguiu abrigo.
Chora aqui, alí e acolá.
Não adianta nem os céus ouvirão os lamentos na orla pútrida consumindo o orgulho do jeito brasileiro.
Foi-se o melodrama da cantoria profunda exortando uma cidade doente tantas vezes cantada nas ondas da Rádio Nacional e no teatro do Cassino da Urca. Do, ré mi. Sol, fá e lalarilalá. O silêncio dos inocentes não tem voz, não tem tom, nem melodia.
Apenas um lamento rugindo das vozes dos que ficaram para construir de novo para as águas de março levar ano que vem ou na nova frente fria que virá.
Vem o presidente culpar São Pedro, o governador o prefeito e este culpa o presidente fechando o círculo dos responsáveis, em parte, pelo atoleiro de mortes agora alcançando mais de 200 pessoas.
A fazer agora o que de mais urgente? Secar, escoar e enterrar, reconstruir e seguir na vergonha que é mundial e que nos faz pensar duas vezes antes de receber nossos convidados para as olimpíadas e a copa do mundo.
Deus, brasileiro e torcedor do flamengo, vai dar uma força oferecendo uma folga a São Pedro e sua torneirinha no momento do primeiro chute da pelota no campo verde ou no primeiro tiro dos nadadores nas piscinas buscando suas douradas medalhas.
Uma reza a Iemanjá e uma vela na passagem de ano nas areias de Copacabana. Uma prece lançada para que ninguém mais veja gente morrendo enterrada viva bem na nossa frente.
Rimou?
Nesta madrugada (07/04/2010) o morro do Bumba em Niterói veio abaixo engolindo mais de 60 casas. Saber lá Deus quantas mortes serão contabilizadas.
A área foi há muitos anos atrás um lixão improvisado. As autoridades classificavam o morro do Bumba como área de super risco. Além disso, a remoção deverá ter outra abordagem por conta da alta taxa de contaminação que aquele trecho de terra oferece.
Alguns moradores contam horrorizados que ouviram explosões antes da terra se desfazer, muito provavelmente pelos bolsões de gás metano que os lixões exalam na decomposição do material orgânico.
Construir barracos em cima de lixo. Irresponsabilidade maior que essa da prefeitura de Niterói permitir a construção de moradias, mesmo sabendo do altíssimo risco, é certamente um caso de assassinato em primeiro grau, doloso com intenção de matar.
Ao banco dos réus com essa cambada.
Se aqui tivesse justiça ela teria que colocar no xilindró os safados políticos que distribuíram tijolos, cimento, ferro naquele espaço para angariar votos nas eleições passadas. Os votos vieram e agora as vidas se foram. Parabéns.
Finalmente, o mais absurdo dos absurdos. Há quanto tempo que Rio, São Gonçalo, Petrópolis, Teresópolis, Baixada Fluminense, Niterói vem sofrendo com as águas de março?
Ninguém aprendeu nada, não pensou num formato novo de distribuição de espaço nas grandes cidades, um plano diretor severo e austero, mapeamento das áreas de risco e a retirada sumária, sob as varas da justiça se preciso fosse, dos moradores que se penduram nos paredões das cidades em busca de um teto.
Os cemitérios e necrotérios, bem como hospitais, já estão operando no limite; de outro lado o banco dos culpados vai continuar empoeirado porque não? Afinal só gente miúda que tombou morta, os parias e os desvalidos. Ninguém liga a mínima. São apenas estatísticas de votos e ponto final.

terça-feira, 6 de abril de 2010



DEMOCRACIA E SUAS OBRIGATORIEDADES

A mais nova coqueluche do momento é a discussão acerca da possibilidade dos detentos provisórios votarem nas próximas eleições que se aproximam rapidamente. A súmula proferida pelo Supremo Tribunal Eleitoral exara a necessidade das eleições contarem com os votos dessa massa de pessoas.
Logicamente entraram em cena os eternos e imaculados defensores da cruel democracia na base da obrigatoriedade excessiva. Porque sou obrigado a votar? Porque os jovens são obrigados a prestar serviço militar? Porque ainda tem rádios que transmitem a infame Hora do Brasil? Porque preso tem que votar?
Tudo o que o Estado me obriga a fazer indo de encontro a minha vontade não me apraz de forma nenhuma. Não vejo sentido alguém ensinar a outra pessoa a matar por dever do Estado, cavar trincheiras e ter que bater continência ao todo poderoso Sr. Sargento. Sim senhor, não senhor. Afinal somos uma nação cordeira, digo ordeira e pacífica não? A única guerra aqui é a urbana entre facções criminosas e as forças públicas.
O entulho militar aí está presente nas eleições quando o estado me obriga a sair de casa para selecionar um entre tantos ladrões, quadrilheiros, pessoas com “capivara” maior que o diâmetro da terra, analfabetos funcionais e toda sorte de gentalha que quer meu voto.
Democracia para mim é a norte-americana, apesar dos defeitos como, por exemplo, os votos dos delegados. Lá ninguém é obrigado a votar, entretanto, vota quem quiser, vai dizer bom dia ao Sargento também se quiser.
Não me interessa votar. Abro mão desse “direito” agora mesmo.
Não tem nenhuma política nacional que mereça meu voto muito menos Zé Ruelas que vão me prometer um céu eternamente cor-de-rosa.
Para estender esse poder ditatorial, os prováveis eleitos agora contarão igualmente com os votos dos detentos que na minha democracia estariam vedados para essa tarefa. Quem mata, quem rouba, estupra não pode votar mesmo que ainda seja apenas um suspeito. Ladrão vai votar em quem não?
Além do mais, as milícias do crime vão querer controlar o voto dessa moçada assinalando na urna eletrônica a escolha de um candidato que evidencie deixar a vida do crime ainda mais mansa.
A agonia da democracia a qualquer custo cria essa demência coletiva do direito que, antes de mais nada é uma tremenda obrigação imposta. Não quero sair de casa para votar. Não me interessa saber quem é quem para as eleições para presidente do Brasil. Nenhum candidato(a) me agrada. Só gente miúda.
Não há estadistas, pessoas cultas, experientes a altura do desafio brasileiro dos anos vindouros, não há novidade no front. Apenas uma obviedade de promessas toscas e vazias que farão o povo escolher quem trouxer as mais mirabolantes e inexequíveis promessas do tipo salário mínimo cotado a R$ 4.000,00, casas próprias com custo zero para o comprador de baixa renda, vestir o Cristo Redentor no Rio de Janeiro com bermudas e colorir o rio Tietê de azul de metileno ou roxo no programa belezura e outras tolices.
Nem bem começaram as campanhas Dilma Roussef, em sua estreia, iniciou seus ataques que serão muitos ao governador de São Paulo e oponente José Serra, também candidato ao Palácio do Planalto. Tão logo a temperatura da campanha aumente, os xingamentos e ofensas serão aquecidas na mesma proporção e me chamarão depois para votar no que xingou mais ou aquele que inspirou mais pena? E apelidam essa palhaçada de democracia tirando meu sossego para comparecer a uma sessão eleitoral para apertar meu voto.
Não quero apertar nada. Desejaria banir o espaço eleitoral gratuito na televisão que mostra parquinhos de diversão com crianças alegres, aposentados curtindo um sol em Miami, obras suntuosas que não nem saíram ainda do papel e abestalhados candidatos patrocinando difamar a vida dos oponentes através da ofensa, da calúnia e de golpes baixos, frutos democráticos altamente nutritivos.
Desejo uma democracia que me deixe ficar em casa. No dia que aparecer alguém decente aí sim tiro o pó do meu velhíssimo título eleitoral para contabilizar meu voto.
Até esse dia de São Nunca chegar quero a tranquilidade de não sair da paz do meu sofá para me apinhar em filas intermináveis na minha zona eleitoral. Alguns orgulhosos velhinhos propagarão a crença de que votar é cidadania. Aparecerão na tv naquelas infames reportagens de gente votando sob as mais terríveis condições de saúde ou de transporte, para mostrar um país coeso em torno da alma democrática. Quem sabe a tv mostre pela enésima vez Dona Maria, isolada no meio da mata amazônica mal sabendo ler ou escrever, caminhando horas pela densa floresta depois mais dois dias de barco sob sol forte para votar no Zé Pilintra.
Bobagem.
Além do mais, observem a lista dos candidatos que já se apresentaram pelo Brasil afora: Zé do Trombone, Maria Cidinha do Lago, Camarada Juca Pintado, Manoel da Lavanderia, Marcenilde Saia Justa, Beto Curimbatá e o Celso Enxadeiro. Não desmerecendo qualquer um, mas nessa carruagem de pródigos o máximo que vamos encontrar é gente que assina o nome por extenso melando o dedo na tinta e passando no papel. Essa é a síntese da coisa toda. Para faxina tem que ser cursado em Harvard e para presidente basta colocar o polegar na almofada do carimbo e sair assinando.
Democracia é ninguém me forçar a nada, exceto por força de lei que não seja absurda ao ponto de ir contra meus desejos de votar ou não.
Democracia ideal seria aquela que pudesse estabelecer um peso para o nosso voto. Presidiários em geral, pessoas que nem sabem ler ou escrever, desinformados contumazes e os seguidores do voto de cabresto, para os eternos usuários do bolsa família, vale motel, vale educação, vale coxinha, enfim, para quem nem sequer paga impostos, peso UM. De outro lado, para um engenheiro formado trabalhando e super atualizado peso DEZ, para mim que sou escritor, administrador de empresas, jornalista free lancer, que é torturado pela quantidade de impostos que paga todo dia peso “X” e vai por aí afora.
Isso é democracia. Estabelecer pesos para coisas diferentes e não igualar tudo mundo pelo limbo.
Não sou parte dessa filosofia de equalizar todos num mesmo patamar. Não sou presidiário e não posso ter meu voto pesando igual ao dele. Eu sou produtor de impostos ele apenas um consumidor do que eu pago. Ele come de “grátis” graças ao meu suor. Tem direito a advogado sem pagar nada, banho de sol, futebolzinho a tarde, visita íntima para gerar mais futuros bandidos.
Vale também para quem mama na farra dos programas sociais que criaram uma geração de parasitas todos com peso de voto igual ao de um empregador gerando postos de trabalho e renda. Absurdo.
A justiça está em separar as oportunidades e cada qual contribuindo com o que tem, bem como a democracia reside na ideia de que somos, sim, todos iguais no cobertor das leis que nos impõe limites claros o objetivos, mas não no dia a dia. Não sou analfabeto, nem sobrevivo tirando leite dos outros ou estou preso para ser tratado desta forma.
Mais respeito que eu gosto.
Enquanto viver e observar que ainda sou obrigado a sair de casa para o tal exercício hipócrita de democracia sentir-me-ei compelido a pensar que essa é mais uma razão para sermos eternamente um país de terceiro mundo. Ou quinto.