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quarta-feira, 15 de setembro de 2010
SOMOS COMEDORES DE LIXO
VIRAMOS COMEDORES DE LIXO
O programa Fantástico da Rede Globo de televisão neste último domingo, dia 11 de agosto, exibiu reportagem sobre um sítio em Mogi das Cruzes que vende produtos fora da validade.
O negócio é lucrativo. O sítio coleta material de diversos supermercados como sendo lixo e, ao invés de colocar os produtos à disposição dos próprios fabricantes como é de praxe para o destarte ou reprocessamento, coloca-os à venda normalmente.
Leite, refrigerante, maionese, iogurte: tudo com validade vencida. Algumas, há mais de um ano. Mesmo assim, os produtos são vendidos nesse sítio em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo.
“Não pode vender nada disso. Agora, se a pessoa quer comprar, eu tenho a mercadoria. A pessoa é maior, nós fazemos negócio”, diz o vendedor.
Noé Inácio dos Santos revela, tranqüilamente, como ganha dinheiro: “nós trabalhamos com a rede de mercados. Nós trazemos toda a mercadoria que vence”. Ele mostra uma lingüiça que custa R$ 8 no açougue. Ele diz que vende por R$ 5.
O programa televisivo foi, então, praticar o tipo de jornalismo que me dá coceiras de vontade de fazer e apreciar: o investigativo.
Afinal o que os supermercados, em geral, fazem com os produtos vencidos?
Vai aí o que a blitz do Fantástico apurou:
· Em Goiânia os agentes da vigilância sanitária encontraram em cinco estabelecimentos produtos vencidos suficientes para encher dois carrinhos até a boca. Os supermercados usam desculpas cândidas para explicar o inexplicável;
· Em Salvador até sal grosso vencido tinha no meio dos itens já com validade ultrapassada, mortadelas verdes não porque foram produzidas em marte, mas porque estavam emboloradas, formigas nos doces (doces com vida interior, que beleza). No meio da comida vencida, tinha até barata. “Não sabia que tinha produto vencido. Nós estamos tentando resolver, melhorando tudo, para não acontecer isso”, afirma Valmir Santos, gerente do Mercadinho Andrade um que foram pilhados na atitude de vender comida que não poderia nem ser destinada a porcos;
· Até o poderoso Walmart teve partido no forrobodó, bem como o Futurama. Os estabelecimentos alegam que são fatos isolados. Sei....sei.
Uma pergunta. Como o Noé, aquele do sítio, consegue os produtos fora do prazo? Ele afirma que tem permissão de alguns supermercados da região de Mogi das Cruzes para retirar os alimentos, mas ele mesmo assume que não pode colocá-los à venda.
Segundo ele os produtos são retirados com LIXO e não como doação de alimentos, atitude também proibida.
Quais as razões básicas do mercado negro de lixo alimentício, que abastece boa parte dos restaurantes da cidade e grande negócio de comercialização de carniça e coisas podres, para ser assim tão super lucrativo? Uma delas ganância dos desonestos e outra o consumidor com seu costumeiro pouco caso.
Lembro-me de um acontecimento típico. A usina de Chernobyl na antiga URSS explodiu e a nuvem nuclear varreu toda a Europa sem exceção. Os países baixos, Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Dinamarca são grandes produtores de leite em pó e “in natura”. Logo após a explosão, milhões de toneladas de leite em pó ficaram comprometidas com a radiação e vendidas como sucata a outros países.
Quem foi um dos maiores compradores do leite atômico? Brasil.
Uma das marcas não me sai da cabeça até hoje: Dany Boy da Dinamarca.
Latas de 5 quilos eram vendidas a preço de ocasião e os estoques, quase todo dos países baixos, vieram parar mesmo nos estômagos brazucas.
Tinha gente que saia a noite na rua e estava luminescente tamanho era o nível de radiação que estava presente no leite.
O consumidor tem a maior arma na mão e não a utiliza, vai sempre na ganância de conseguir alimentos ultrabaratos, abaixo do custo e se dá mal oferecendo lixo reciclado para seus familiares.
Não há mágica capaz de transformar, sem artifícios ilícitos, um quilo de carne por R$ 25,00 se apresentar nas gôndolas por apenas R$ 4,90. Pode desconfiar que a carne vermelhinha tem substâncias nocivas à saúde para parecer que é fresca. Caia fora.
Tenho um grupo de entusiastas da internet e formamos uma comunidade mundial com muitos participantes aqui no Brasil. Coloquei um pedido ao grupo para que cada um pudesse visitar algum supermercado aqui e no exterior e reunir informações sobre o tema. Coletei observações e reclamações de muitas pessoas, algumas posso resumir aqui:
· José Eduardo do Rio de Janeiro reportou que em sua checagem encontrou sacos de feijão vencidos e com vida interior. O gerente alegou que a mercadoria “já estava sendo recolhida”;
· Mariana de Maceió comprou yogurtes cujas tampas estava estufadas só percebendo quando chegou em casa. Retornando o mesmo estabelecimento encontrou igualmente potes vencidos e os que estavam dentro do vencimento não estava sob refrigeração. A “moça” do atendimento informou que as máquinas são desligadas à noite para salvar uma graninha;
· Netto da cidade de Itápolis em SP relata que compra sua comida num grande supermercado francês e que a sessão de hortifrutigranjeiros tem itens sendo vendidos completamente estragados, ou de uma qualidade muito abaixo da aceitável;
· Alex Huilmer, da Grã Bretanha nesta semana encontrou potes de pasta de amendoim vencidas desde 2009 numa das maiores redes de supermercados daquelas bandas;
· Joelmar de Florianópolis já foi ao PROCON várias vezes contra um estabelecimento em sua cidade que tem promoção relâmpago - com produtos vencidos e anuncia nos jornais e tv como se fosse a última maravilha do mundo;
· João dos Santos da cidade de Vitória (ES) leva sempre sua família para jantar fora. Quase todas as vezes experimentando locais novos por indicação. Ficou sabendo que lá também tem uma dessas empresas que vende carniça como se fosse produto fresco e advinha quem são os principais compradores? Os restaurantes da cidade!!!
Não vou mais adiante, pois a coleção de testemunhos e infindável e dá nó nas tripas de tão nojento.
Supermercados micro, pequenos, médios e grandes, açougues de todo tipo, peixarias, mercearias de esquina, padarias quase todos usam artifícios ilegais para super faturar. Tem gente honesta no mercado? Sim, mas os espertos acabam fazendo a fama dos que não tem nada com isso.
Sr. consumidor, Sra consumidora, amigos e amigas. Antes de sair de casa pense bem.... seu estomago e dos seus familiares não são latas de lixo, bem como ninguém tem propensão para ser um rato de plantão ou uma barata para comer resto estragado dos outros.
Compre menos, mas compre bem. Examine cada micro produto que comprar. Veja. Compare. Xerete. Pergunte. Na dúvida não compre nada. Denuncie.
Quando for ao restaurante visite a cozinha. Dê uma incerta por lá e examine. E a dica maior: não arrisque. Não há possibilidade de venda abaixo do custo porque o dono é “bonzinho”.
Vale recomendar deixar a ganância em casa. Ela mata.
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