NINGUEM GRITA, O PAÍS MUDO.
Revoluções políticas e
socioeconômicas foram estudadas em muitas ciências sociais com foco na
sociologia, ciências políticas e a própria história.
Muitos foram os estudiosos nessa
área dentre eles Crane Brinton, Charles Brockett, Jeff Goodwin, Vilfredo
Pareto, Carlos Vistas, John Walton entre outros.
As revoluções perpetradas na
história da humanidade evocaram mudanças, muitas delas drásticas, especialmente
no comportamento das grandes massas populacionais, muitas delas tiveram que
usar armas para acontecer, além de violência, morte e sofrimento.
Alguns dizem que, por exemplo, a
guerra da secessão americana, ou guerra civil, foi um embate entre duas ideias
fundamentais e uma delas teria o papel de transformar os Estados Unidos, uma
revolução de um pensamento mais voltado ao veio industrial do que o pastoril com o uso de escravos negros num cenário
latifundiário.
A batalha foi incrivelmente violenta.
Mais de meio milhão de soldados tombou dos exércitos da União ou da Confederação
(estados escravagistas do sul). Poucas pessoas se dão conta desse número
absurdo de americanos mortos por outros cidadãos americanos, tudo para defender
uma ideia, um estado de coisas, um meio de vida.
Outras revoluções acontecem sem que
se perceba com nenhum tiro disparado ou gente caída ao chão, nem mesmo uma
mosca morta por engano. Uma revolução silenciosa aproveitando a calada da noite
e a transmutação de um pensamento coletivo que corre em fuga à primazia de uma
autodefesa perspicaz e relutante.
Ela acontece sem que se possam
observar tanques de guerra nas ruas, campos de extermínio, tevês e redações de
jornais sendo dinamitadas nem , tampouco, uniformes verde oliva nos quartéis
com seus fuzis em punho e carregados de capsulas novíssimas em folha.
Essa revolução silenciosa está
ocorrendo agora neste momento sabe onde?
No Brasil, caros amigos leitores.
Isso mesmo no Brasil.
Não quero chamá-la de revolução
comunista. O nome dá mote para velhos cangaceiros russos colocando milhões sob
jugo da força e do medo. Bem que eu poderia batizá-la “brasileiramente” de
revolução brazuca. O nome pode sugerir até um personagem de quadrinhos bem
engraçado, mas o que tem embaixo dessa colcha de retalhos é algo terrível que
esta acontecendo agora, dia 15 de março de 2013, debaixo das nossas barbas que
não são de profetas, infelizmente.
Quais são as metas da revolução
brazuca? Posso destacar:
- subdesenvolvimento;
- subserviência;
- empobrecimento da educação;
- apodrecimento da saúde pública;
- justiça nula ou que funciona para
quem tem dinheiro;
- afloramento de uma era de
violência sem precedentes;
- desaculturamento acelerado.
A brazuca se destaca pelo uso
intensivo da degradação dos princípios citadinos, da moral, dos usos e
costumes, do serviço honesto, da ordem e da justiça.
As pessoas que compõe o quadro dos
artífices maiores da brazuca não são idiotas de carteirinha. Muito pelo
contrário. São pessoas com dons invejáveis de enxergar anos luz à frente, com
poderes de inteligência acima de qualquer medição do famoso QI, são gênios da
criação e do articulismo artificial, da dissimulação, do improviso e mais que
artistas cênicos.
A brazuca se inicia bem cedo ainda
nos primeiros anos da educação infantil, basta apenas selecionar alguns livros
didáticos para observar o vasto império das impropriedades, do desleixo, da
ideia subversiva de quem tem o capital é que é o homem malvado e que luta de
classe é para começar ainda no berço.
Só se consegue algo de bom se for
imoral, engordar ou for contra a lei.
Isso impede desde cedo as pessoas
sonharem com uma vida melhor, mais saudável e menos sofrida.
A partir do ano que vem muito espertamente, por sinal, o governo
implementará uma grade de ensino que constará as matérias de filosofia e
sociologia como elementos obrigatórios. A decisão vem do Ministério da
Descultura e assemelhados. Acredito que muito do foco dessas matérias seja a
mais retrógrada cartilha castrista de Fidel, modelo ideal na cabeça de
moribundos perdidos no governo muitos dos quais são amamentados com meu e com o
seu dinheiro, com os nossos impostos.
A involução será a marca da nota dez dessas duas matérias que lidam,
basicamente, com alicerce estrutural das futuras mentes que poderão um dia
governar este curral. Percebem onde quero chegar?
Isso não é papo é fato. Está rolando no sul, por exemplo.
De agora em diante ser não é mais a questão e sim conjugar o verbo ter
na primeira pessoa do singular. Eu tenho e você não é nada.
Os ensinamentos levarão os alunos a pensar que o porco mais nocivo é o
homem capitalista interessado em comer crianças com molho e chucrute, e que o
modo da economia moderna consiste em tirar o pirulito de todos os inocentes e
para impedir isso um bom sopapo e uma invasão de alguma área produtiva rural.
A brazuca impede as pessoas terem noção do tridimensional, da
arquitetura total do ser humano e seu poder de mudanças traz, sim, conturbadas
ideias messiânicas de algum faz de conta ilusionista pronto para aplicar um
truque na hora do papo mais sério ou quando se começa a sentir a água bater-lhe
a cintura.
Com a farra do boi a filosofia e a sociologia serão instrumentos
eficazes para aqueles que desejam e almejam uma sociedade cada vez menos livre,
mais estatizada, com cascatas de chicotadas idiossincráticas beirando a
imbecilidade em mais alto grau.
São essas pessoas que acham lindo tatuar um bandido totalitarista como
Che Guevara no lombo ou escrever que Fidel é o ser mais parecido com Papai Noel
que se tem notícia.
As crianças serão os tijolos dessa revolução da brazuca. Elas já estão
sendo trabalhadas e os pais, alienados como sempre, buscam somente aquela
escola com mais plus isso e aquilo outro ou com uma quadra de futebol
ultramoderna.
Os pais também perderam a noção do que seus filhos desaprendem na escola
hoje em dia. Desaprendem o que significa ser cidadão com ênfase à perda da
consciência coletiva, desaprendem o que é uma cultura polivalente e apta a
mostrar quem somos nós e quem poderíamos ser.
O lixo pedagógico da atualidade é produzido por maníacos depressivos e
atemporais, gente muito prática na selvageria de escamotear o futuro de um país
que tem o nosso tamanho.
São ideais que se bem aplicados podem certamente descambar para um
genocida a ‘la Hitler” provocando uma pobreza mais que de vil metal, mas da
mente e da alma.
A lavagem cerebral está em curso.
A aplicabilidade do genocídio está em marcha 100% de sua velocidade. É
só observar nosso sistema de saúde preparado para eutanasiar (desculpem o
neologismo) o pobre que procura remédios para suas dores.
Eu nunca vi cenário mais medonho da saúde como agora em meu país.
Hospitais mais parecendo currais da morte, se bem que me perdoem as
vacas e os bois do pasto, mas essas casas de saúde são muito mais sujas e
mortais.
A pena de morte hoje é estar doente e procurar um SUS da vida.
Se for idoso e pobre melhor ser atropelado....duas vezes.
Melhor os antigos métodos do Pajé da tribo e suas poções milagrosas.
Os humanoides que patrocinam esse estado de coisas levam para casa cestos
cheios de dinheiro fresco colhido nas intempéries do sofrimento do povo.
Diga-se de passagem, com referido merecimento de votar sempre em canibais de
suas próprias vidas.
A guerra
civil não está nos estados brigando entre si para ver quem vence na queda de
braço entre os abolicionistas e escravagistas, mas na morte alegre e satisfeita
da violência urbana que draga vidas mais que a guerra do Golfo ou da batalha
dos Cem Anos.
O estado perdeu porque é fraco, porque é corrupto e porque é severamente
cego com belos olhos para nos cobrar a parte que nos cabe de pagar para morrer,
senão no hospital tomando café com leite na artéria ou ir às compras e tombar
com balas perdidas.
Perdi a aritmética contabilizando quantos são os que pregam para nossos
filhinhos que bandido não é aquele que invade, nem quem vai com o trator
destruir centenas de pés de laranja, ou quem impede a produção. Bandido a ser
executado é o dono de algo ou um sofrido proprietário de terra com duas vacas e
méis dúzia de galinhas.
Alguns livros de uso didático hoje fazem as crianças aprender que assentamentos
e pequenas propriedades são de todos, trabalho sem patrão em benefício de toda
a sociedade. Aprendem que tomar terra de outrem é uma forma de organização mais
solidária.
Até um dos autores que escreve para esses livrecos didáticos é um senhor
não por coincidência o líder do movimento fora da lei chamado MST!
Caramba.
Esse mesmo elemento sugeriu alguns anos atrás passar na bala produtores
rurais. A facção patrocinou mortes e destruição por todo o país afora e recebe
os louros em visitas pomposas em Brasília por borra botas do mais alto escalão.
O próximo passo será reescrever as passagens bíblicas chamando para
escritor o renomado bandido Al Capone ou o goleiro Bruno.
Os crimes da ciência, da saúde, o leão da violência solta vai dar em que
afinal de contas?
A forma hábil de bestificar crianças, violentar velhinhos, criar mais
impostos todos os dias, uma política mais apropriada a valas negras fétidas vai
dar em que? Colocar um cara no congresso nacional para ser capitão da uma
comissão de direitos humanos com histórico de ser homofóbico por contaminação
exposta e que fala que Africanos
descendem de ancestral amaldiçoado por Noé. Essa é a cara da revolução em tela.
A brazuca veio para ficar e cheirar mal.
Há remédios.
Este é um começo. Identificar e tentar convencer as pessoas que lindos
dias cor de rosa só são encontrados nos bons e velhos livros de historinhas de
criança ou nos confiáveis e jurássicos, senão belos, apêndices escolares da
moral e cívica.
Não se constrói um país com cimento humano podre, só com vergalhões da
cidadania e gente que não tem vergonha de lutar por melhores dias.
Façamos uma revolução não para pedir espaços para fumar maconha e sexo
livre, isso nós já temos demais da conta. Façamos uma brazuca mental a começar
em sua casa, cobre do governo, da escola, do hospital.
Não deixe de fazer sua parte.
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