JORNAL PENA LIVRE
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quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
FELIZ NATAL CHINES
As televisões de todo o Brasil mostraram, principalmente em São Paulo capital, as ruas do comércio paulistano absolutamente tomadas de pessoas buscando seus presentes de natal. Cenas pitorescas, outras tristes, outras com final feliz. Um verdadeiro pandemônio de sacolas, gente com fome, com bolhas nos pés e felizes com presentes notadamente de baixos valores.
Vale tudo. Noite e dia tem feira funcionando, camelôs, muitos camelôs infestando as ruas vendendo itens mais falsos que uma nota de R$ 2,39 saída agora da impressora colorida ali da esquina e com a tinta ainda molhada.
Quero descer a fundo com a minha lupa e mostrar o que as pessoas andaram comprando para ver se realmente esse Papai Noel está ou não mais gordo que o ano passado.
Eu acredito que não por uma razão simples: o comércio apenas exerceu sua função básica de repassar os produtos por um preço mais alto do que comprou do fornecedor. Mas, na industria esse reflexo de vendas alucinadas não chegou a ser sentido, exceto em ramos da economia muito distintos, como eletrônicos, por exemplo.
A razão é básica. Exportamos todos os empregos possíveis para onde? CHINA.
Estive recentemente em compromisso de trabalho numa das ruas do bairro do Brás, também famoso pelo comércio de pulgas. Pude circular como bom observador e verificar em lojas, magazines, camelôs mesmo, barracas pequenas e grandes que 200% das mercadorias vieram da China. Quinquilharias com mil e uma formas, artigos falsos, de baixissima qualidade, brinquedos sem certificação do Imetro, tênis de marcas picaretas, artigos de cama mesa e banho confeccionados grosseiramente, enfeites de natal absolutamente descartáveis e ate as empadinhas e coxinhas servidas em qualquer birosca com frango suspeito/adulterado e em quantidade muito abaixo da ideal.
Nesse ponto da capital paulista o cenário lembrava perfeitamente as migrações em massa que percebemos na tv e os campos de refugiados árabes. Muita gente, pouco espaço, milhares de toneladas de lixo espalhadas pelo local, um calor insuportável, sem banheiros em número suficiente, sem estacionamento. Só faltou os tanques atirando e o pessoal correndo com medo como na faixa de gaza.
A China, sim, quem está festejando seus empregos garantidos e a industria bombando de tanto fabricar, claro que às custas do meio ambiente como vem se observando.
Não existem praticamente mais artigos made in Brazil. Sumiram. Tudo agora é made in China Taiwan, Bangladesh, Vietnã, Camboja, Filipinas que vendem barato porque empregam mão de obra escrava.
O Brasil acaba importando mercadorias com essa qualificação e, evidente, mão de obra infantil em larga escala.
Sabe o porque de tudo isso? Ou seja, o Brasil importando ao invés de fabricar aqui mesmo? Carga de impostos calamitosa em cascata. Um exemplo simples para ilustrar tudo isso. Quando eu era menino as crianças sonhavam em ganhar brinquedos Estrela não é mesmo?
Bons, embora caros, porém resistentes e confiáveis.
Hoje apenas meia dúzia de brinquedos são da Estrela. Ela foi engolida pela avalanche de porcarias asiáticas que soltam tinta, ou contém chumbo em sua composição, não tem controle de qualidade, escapam peças que matam crianças pelo mundo todo, são feitas com plástico tóxico e vai por ai afora. E dá-lhe todos comprando porque é baratinho.
Bicicletas? Todo mundo queria uma Caloi. Ela ainda existe sim, mas as importadas que são feitas de material absolutamente ordinário e de segunda classe superam as vendas de todas as outras.
Aqui no Brasil o governo patrocinou a mortandade pandêmica do parque industrial por conta de abusos na carga tributária. Ademais, o cipoal de regas imbecis que só servem mesmo para dar de comer ao mostro da corrupção amamentado com o sangue dos contribuintes.
Esta orgia chinesa não aporta somente aqui. Nos EUA até os badulaques vendidos na Disney são agora made in China, Coréia ou Camboja. Absurdo!
O verdadeiro presente de natal foi dado aos chineses, pois exportamos sei lá quantos milhares de empregos nossos para lá por culpa desta sanha de arrecadação ao preço de entupir nossos portos a aeroportos com tanta porcaria baratinha e descartável.
Pior. No bojo de tanta quinquilharia que importamos certamente damos condições aos chineses emplacar o primeiro lugar das nações do mundo em termos de poder de poluição, superando ate os EUA. Além disso, colaboramos de forma marcante para a manutenção dos sub empregos asiáticos, mão de obra escrava e infantil.
Logo mais, seguindo essa lógica do absurdo, estaremos prontos para importar o nosso brasileirissimo arroz com feijão.
Feliz Natal aos chineses e assemelhados. Eles é que vão encher o carrinho dos empregos e renda que tanto fazem falta por aqui.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
ENCHENTE DE FALTA DE EDUCAÇÃO
Dizer que a humanidade há séculos mata o planeta a cada dia é chover no molhado, bem como transformar nosso lar global num imenso depósito de lixo.
A Terra está na UTI. Agoniza com o descaso dos grandes em busca de mais e mais riquezas que antes pensávamos infinitas.
Do pólo sul ao norte a mortandade deste planeta segue a risca o cronograma da agonia.
Aquecimento global, assunto tão badalado, é apenas uma das facas enterradas no abdômen do quase falecido terceiro astro iluminado do sistema solar. Muitas outras formas de depredação atuando em conjunto certificam sabidamente que estamos em sérios apuros.
Não escapa ninguém. O pobre, o rico, o branco e o negro. Tragédia nunca escolhe hora para acontecer e não seleciona por sexo ou cor para ceifar vidas.
A reunião em Copenhagen na Dinamarca reflete o descaso para quem sustenta todos nós vivos por aqui, ou seja, nosso planeta. Desta reunião já se sabe de antemão que países pobres e ricos não vão conseguir se entender.
Entretanto, não é disso que quero falar hoje. Há vários meses os estados do sul e sudeste estão sendo castigados por convulsões meteorológicas severas com tufões, furacões, tempestades elétricas, enchentes. As capitais e principais cidades seguem a rotina de contabilizar prejuízos, contar o número de mortos, consertar os estragos deixados por tanta água e lamentar pela ineficiência das administrações públicas que cuidam do caso com sendo parte da paisagem ou coisa de cidade grande. Não é.
O principal culpado disso é o inacreditável processo de impermeabilização asfáltica não deixando que a terra absorva o excesso de água. Isso é um ponto. O outro ponto mais importante, que não requer ajuda do governo inclusive, é o péssimo comportamento das populações dessas cidades jogando lixo na rua como se fosse sua própria casa.
A mais notável causa é essa. As estações elevatórias que bombeiam água para as partes mais altas da capital paulista foram obrigadas a instalar grades coletoras de detritos dentro dos rios impedindo, assim, que as bombas sejam danificadas com a entrada de elementos estranhos em seu mecanismo.
De tempos em tempos as estações são obrigadas a se livrar do lixo acumulado. É absolutamente incrível perceber o que contem essas montanhas de lixo boiando nos rios, a saber: toneladas de embalagens pet de sucos, refrigerantes e outras bebidas, milhares de fraldas descartáveis, centenas de milhares de absorventes femininos (eca), camisinhas, plásticos de todas as formas e tamanhos, pedaços de madeira, restos de comida, latas, garrafões, carcaças de carros abandonados, refrigeradores destruídos e até sofás inteiros.
A população é a senhora absoluta dessa carga mortal e é ela que joga tudo como se o rio fosse a lata de lixo da cidade.
Não tenho dó não quando as enchentes pegam essa gente levando tudo o que encontra pela frente. Desculpem a franqueza e o meu gelado estado de espírito.
São milhares de famílias que perdem tudo nas corredeiras que se transformam as ruas das cidades quando as chuvas apertam. O círculo vicioso é o mesmo de sempre. As famílias mais pobres e que moram em áreas de risco jogam tudo o que encontram pela frente nas áreas adjacentes aos mananciais de água, córregos e rios.
Já nas primeiras gotas de chuva todo esse material descartado por eles entopem as bocas de lobo (bueiros) das ruas próximas e as águas se acumulam de forma catastrófica.
Um desastre marcado e com hora certa para acontecer.
As administrações municipais cumprem seu papel igualmente de deixar rolar todo ano a mesma ladainha por sua inépcia e irresponsabilidade, senão vejamos: a não limpeza dos rios, e falta de dragagem para aumentar a profundidade dos cursos de água, o plano diretor e falta de fiscalização permitindo a moradia em local próximo a áreas de risco, encostas, morros e etc.
Além disso, as prefeituras são cara de pau na hora de distribuir a culpa e assumir seu papel nas tragédias prometendo o que não pode cumprir, iludindo seus munícipes e cobrando altas somas na hora de mandar o carnê do IPTU. Algumas cidades, inclusive, debochando querendo aumento deste imposto para o ano que vem.
Só mesmo uma revolução integral, dura e imediata para conter esse processo de pagar caro para não ter nada e colocar no paredão os políticos de sempre que tem prazer em ver pessoas morrendo soterradas, arrastadas pelas águas revoltas e pela indiferença.
De qualquer forma não posso excluir a culpa concorrente da população mal educada que transforma a cidade num lixão imenso e fétido.
Depois reclamam dos insetos, dos ratos, dos animais peçonhentos que eles mesmos dão de mamar.
Para quem quiser ter uma aula prática de como emporcalhar uma cidade de forma magnífica basta apenas dar uma espiadinha na Rua 25 de Março na capital paulista e as ruas principais do bairro do Brás.
Logo após o término do expediente podemos perceber uma séria devastação ilustrada de forma cabal com as ruas todas dominadas pelo lixo. Uma verdadeira zona de guerra.
São essas mesmas pessoas que depois choram pelo barraco que foi levado pela correnteza.
Não tenho dó quando o povão sai boiando rio abaixo. São os culpados diretos. Lamento porque se houvesse berço e bueiros desentupidos, áreas de risco livres da infestação habitacional isso não ocorreria.
Quem com ferro fere com ferro será ferido. Regra básica que a patuléia deveria seguir.
Quem joga lixo no lixo se afogará ou morrerá.
A política de prevenção dos desastres em épocas de chuva segue a velha toada de construir piscinões, obras inúteis e muita promessa mirabolante. Ninguém na administração dá a mínima para a questão educacional do povo, a melhora na coleta de lixo, a implantação de captura de lixo reciclável e criar um sistema educacional eficaz para deter tanta gente jogando toda sorte de coisas na rua.
Interessa mesmo o mantenimento da relação incestuosa entre o Estado e as empreiteiras para construir castelos de areia que se desfazem com as águas de março, que ainda nem chegaram. Com esse sistema familiar de ajuda mútua se dão bem os administradores que roubam bastante para seu consumo e as construtoras que engordam seus cofres com a morte de tanta gente que pagou IPTU para morrer na esquina. Culpa? São Pedro claro. Segundo José Serra é a natureza que se rebelou....
Chuááááá. Corra que lá vem mais água ai gente.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
ISSO SÓ É VISTO NO BRASIL
SÓ SE VÊ ISTO NO BRASIL
O Brasil é um dos países mais lindos do planeta. Quase dez mil quilômetros de costa marítima, Amazônia, cidades maravilhosas e paisagens deslumbrantes.
Algumas destas maravilhas são únicas, somente vistas aqui. A acachapante formosura das Cataratas do Iguaçu, a mata amazônica, o pantanal e praias paradisíacas, um povo hospitaleiro e gentil, até demais.
Preocupa-me sobremaneira outras “belezuras” e “lindezas” características deste lugar. Para o cargo de gari, o estado do Rio exigiu dos candidatos pelo menos o segundo grau completo e para se eleger deputado, senador e presidente não precisa. Vota-se em qualquer porcaria para ocupar estes cargos desde pedófilos, assassinos, fichados na polícia, quadrilheiros e chefes de gangue.
O atual ocupante do terceiro andar do palácio do planalto se concentra arduamente em colocar alguém de confiança em seu lugar, já que não colou muito a história de um plebiscito aqui para abrir espaço para imitarmos a Venezuela e Bolivia elegendo os picaretas do tipo Chaves ou Morales, respectivamente, para sempre em reeleições continuas.
Em viagem recente ao Nordeste e percorrendo as principais rodovias dos estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba pude perceber “in locuo” o desespero lulista refletido na duplicação da BR 101 entre as cidades de Natal e Recife.
O percurso alcança mais ou menos quinhentos quilômetros passando no meio do caminho por João Pessoa. As obras estão em ritmo acelerado. A totalidade do caminho está pontilhada por milhares de máquinas pesadas quase todas zero km e outras pertencentes ao exército brasileiro.
As placas indicam obras do PAC, plano de aceleração do crescimento, na verdade mais um muro de propaganda eleitoral do governo atual. A máquina ilusionista do governo federal apenas adiantou verbas voltadas as infraestruturas viárias de anos vindouros secando a fonte para os próximos anos. Quem assumir no lugar de Lula vai ter que se virar com verbas inexistentes torradas a toque de caixa agora para garantir votos suficientes para a continuidade do poder pelo poder.
Não fosse a proximidade com as eleições não haveria uma só enxada ou picareta no local das obras nordestinas, indicando que a infraestrutura brasileira caminha em ritmo de soluço a cada período eleitoral seguido por lapsos de tempo onde tudo é abandonado e esquecido.
Agora surge no horizonte o impensável. Os filhos de Francisco numa versão cinematográfica piorada contando a história de um certo menino nascido em Garanhuns e que conseguiu, sabemos nós a que custo, subir a rampa do planalto e comandar o Brasil com braços de ferro da corrupção jamais vista na história deste país.
O deprimente filme é um emblema eleitoral da mais alta patente e uma propaganda perigosa tentando pinçar Lula a uma classificação santificada ou beatificada criando uma noção não mais política, mas de seguir um líder espiritual.
Colocando a lupa, que não precisa ser muito boa, percebe-se que no bojo dos financiadores do filme de ficção política ilusionista estão velhos comparsas de negociatas, ups digo conhecidos “parceiros” que emplacam negócios “claros” e absolutamente “transparentes”. São algumas empresas tão manjadas que cria uma nevoa de rico teor ilícito de largo conhecimento. Para não ter que responder pessoalmente a incontáveis processos judiciais, me reservo o direito apenas de informar que a lista completa dos parceiros neste filme de terror da serra elétrica eleitoral pode ser consultada na pagina numero 79 edição 2140 da revista Veja de 25/11/2009.
Lula, o filho do Brasil, não conta nada apenas distorce uma realidade encaixando-a numa necessidade desesperada eleiçoeira para emplacar a candidata Dilma Roussef nem que seja na marra.
O lançamento do filme teve jetsets da vida pública e privada angariando simpatia para um plano de reservar ao país mais quatro anos disto que se transformou no período mais negro da história contemporânea brasileira, em termos de um lamaçal de ilicitudes e crimes contra todos nós.
O filme aproveita e varre para baixo do tapete virtual a verdade e os meios usados por um mero metalúrgico conseguir o cargo de presidente e que tipo de alianças teve que fazer para ficar por lá tanto tempo.
Mitificou-se um personagem criado na fantasia política palaciano-brasiliana como se fosse o redentor e dono de uma poderosa varinha de condão. Evidente que a fitinha cinematográfica e peça de um filme de horror será por milhões assistido e permitirá a criação de mais seguidores do profético metalúrgico guru.
A obra ajuda como nunca a perenidade da escola de idiotas políticos que celebram rasgar todos os capítulos da obra penal brasileira guardando paralelismo com os piores tempos do longínquo farwest americano.
Felizes os bem-aventurados que tomaram vinho no mesmo cálice dos que corrompem a nação em conjunto com o governo federal numa seara que o horizonte indica como perpétua.
A canonização de Lula percorre a via sacra dos eventos que levaram até a eternidade a figura de Cristo no coração de quem acredita na história dele. O nascimento, a iniciação, sermão da montanha, o martírio e a ressurreição. Como bem disse Diogo Mainardi que Lula poderia ser resumido no retirante maroto que sonha em se transformar em José Sarney. Ele é Vidas Secas sem Graciliano Ramos, ou Antonio Conselheiro sem Euclides da Cunha ou o cangaceiro Coirana sem Antonio das Mortes. Quem conhece um pouco de história vai logo se lembrar de Galeazzo Ciano, genro de Benito Mussolini, dando ares, no filme do filho do Brasil, de uma cópia mal feita do original italiano num cenário mais pobre e indigente.
Luiz Carlos Barreto, responsável pelo projeto deste filme classe “Z”, atesta em cartório uma sombria versão da realidade que não conduz a um processo obrigatório de renovação eleitoral no Brasil e ajuda a criar um monstrinho santificado incapaz de traduzir os verdadeiros anseios do povo brasileiro e suas necessidades.
A escola política de idiotas vai deixar como herança para as gerações de agora e as futuras a maior consagração histórica digna de um jogo de mestre na destruição paulatina e inexorável de nossa aptidão educacional e cultural, jogando na era da incerteza um país continental como este.
Como disse na abertura só acontece no Brasil. De fato, acabei por afirmar uma tremenda mentira. Na verdade, o rastro dessa iniqüidade caminha a passos largos em toda a América Latina capaz de dar guarida a pessoas do calibre de Chavez, Morales e Lula.
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
2009 VAI DEIXAR SAUDADE?
Escrever sobre uma retrospectiva de 2009, estabelecer uma analise minimamente inteligente sobre os fatos e boatos, criar alguma lição que se possa extrair para uso no futuro, chocar de alguma forma os leitores para perceberem uma realidade totalmente diferente daquela que temos contato é uma tarefa por demais cansativa.
Como legado deste ano que reuniu coisas boas e ruins tenho o dever de colocar a todos, talvez, um formato novo e inédito de pensar para 2010 e, quem sabe, mais no futuro.
Dizer que o Brasil vai mal em algumas coisas é como ficar enxugando gelo na esquina usando conta-gotas. A corrupção chegou a um ponto absolutamente sem volta e configurando uma pandemia de caráter nacional.
Continuamos com as malditas diferenças que nos uni: os pobres, os ricos, os que tem toda uma gama de oportunidades e outros que catam lixo na rua em busca de um pedaço de pão duro para matar a fome.
Aproxima-se o natal. Para mim uma festa meio sem sentido. Celebra-se o nascimento de Cristo que não ocorreu de fato em dezembro. Copia-se um modelo já esgotado de pinheiros com neves num país fenomenalmente quente, papais noéis gordos nos shoppings center distribuindo balas e prometendo encher as meias das crianças fato este acontece somente para quem pode.
Uso e abuso na mesa comendo porco, peru e peixe, frutas secas importadas como se as nossas não fossem as mais lindas e suculentas do mundo, enquanto de lado de fora de cada janela de qualquer pessoa há os que não vão comer nada e cujo maior presente será achar um pedaço de peru ainda em condições de comer no dia seguinte à festança.
Um ano de 2009 jogado fora onde não criamos nada de novo no front. Educação à beira de um ataque de nervos, uma política externa que deixou vergonha por onde passou, Lula recebendo facínoras e gentinha miúda imaginando ser um estadista de poder para solucionar alguma coisa. Fala do papel do Brasil ajudando na crise judaica e os povos da cercania do estado de Israel. Lula tentou ajudar outros países e nao ajudou o Brasil em nada exceto em criar seguidores para sua nova seita religiosa-política favorecendo a criação de uma geração de cidadãos factualmente ignorantes e grotescamente mal criados politicamente transformando em orgia tudo o que diz respeito ao poder publico.
A grande diferença entre os países não está na idade de cada um. Países com história bem mais velha que o Brasil são pobres como o Egito ou mesmo a Índia levando-se em contra os contrastes existentes por lá.
De outros lado, países bem mais novos de idade como Austrália, Canadá cada um com menos de 150 anos vão muito bem obrigado.
As diferenças entre países pobres e ricos também não reside na quantidade de recursos naturais e sim o que fazem com eles. O Japão não tem nada em seu solo e é a segunda economia mundial. A Suíça é outro exemplo. Toda montanhosa, cujo solo só é aproveitado alguns meses do ano devido ao frio, não tem e nem planta cacau, mas tem a capacidade de fabricar os melhores chocolates do mundo, ter uma formosa industria leiteira e ser a guardiã de uma vasta quantidade de riquezas.
A intelectualidade não pode ser um fator significativo para explicar a grande diferença entre países pobres e ricos, matematicamente falando este fator é um virtual empate.
Raça, cor da pele, religiosidade não são importantes nesse contexto. Imigrantes rotulados de preguiçosos em seus países de origem dão duro e constroem muitos países europeus.
O que explica, afinal de contas, países praticamente libertados na mesma época como Brasil e os Estados Unidos serem tão diametralmente opostos pelo vértice?
Todo essa questão reside no nível de consciência do seu povo e do seu espírito, a evolução da consciência deve se constituir no objetivo maior do Estado em todo os seus níveis de poder. Bens e serviços são apenas meios.
A educação (para a vida) e a cultura, ao longo dos anos, devem amalgamar consciências coletivas estruturadas nos valores eternos da sociedade – moralidade, espiritualidade e ética.
Comunidades, quando organizadas politicamente (Associações de Moradores, Clubes de Mães, Clubes de idosos, não importa.) tornam-se micro-estados.
As transformações desejadas pela Nação para o Estado Brasileiro serão efetivadas nesses micro-estados, células do organismo nacional. Toda célula é saudável na mesma toada de suas organelas (núcleo, circulo de Krebs e mitocondria). Esta pequena parte do todo esta fragilizada, fragmentada, pensando com o estomago e agindo como robôs pragmaticamente dirigidos por uma política criada para organizar e orquestrar crimes contra todos nós.
Ao analisarmos a conduta das pessoas nos países ricos e desenvolvidos, constatamos que a grande maioria adota um pensamento da prevalência do espírito sobre a matéria. Adotam os seguintes princípios de vida:
1. A ética, como princípio básico.
2. A integridade.
3. A responsabilidade.
4. O respeito às leis e regulamentos.
5. O respeito pelo direito dos demais cidadãos.
6. O amor ao trabalho.
7. O esforço pela poupança e pelo investimento.
8. O desejo de superação.
9. A pontualidade.
A preocupação de todos nós deve ser com a sociedade, a causa, e não apenas com a classe política, o triste efeito. Só assim poderemos transformar o Brasil numa coisa melhor.
Vamos reagir! Reflitamos sobre o que disse Luter King: " O que mais preocupa não é nem o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons."
A sociedade brasileira deve sair do casulo e se transformar uma bela borboleta colorida, mas isto não vai acontecer enquanto cada um querer levar vantagem em tudo certo?
Para 2010 em diante vamos acordar para o fato de que o todo está estragado. O Brasil carece de ter e criar uma sociedade alternativa como dizia o cantor Raul Seixas, mas não aquela que está consumindo idiossincrasias e colhendo infortúnios.
Uma sociedade onde furar fila seja crime tanto quanto buzinar na frente de um hospital e pisar na grama, atender celular no volante, beber e sair matando pessoas na rua com seus bólidos potentes e turbinados, deixar os filhos destruírem escolas pelo Brasil afora, dar porrada nos professores e matar colegas a tiros e virar as costas para uma mocidade atropelada pela sexualidade banal, do apelo fácil do ficar com esse ou aquele, do celular que toca na hora da aula e dos pais que abandonaram a presente criançada correndo atrás de mais fortuna e dinheiro e pensar em si próprios no exato espaço até onde acaba o bico da bota.
Não importa termos o mais vasto potencial de minério de ferro do planeta se conseguimos exportar somente o pó preto sem nada agregado de valor, nada podemos fazer de prático com o arsenal de craques de futebol, exceto pela diversão e não pela construção de algo que valha a pena e colocar tantos deuses correndo atrás do couro redondo em detrimento de outras riquezas de caráter que precisamos possuir.
Temos o material, mas falta a cultura para usá-los adequadamente. Falta-nos mais vergonha na cara, mais noção do publico e não do privado, mais sentimento de união não somente em torno do torcedor do time verde e amarelo, mais educação e forçar os poderes constituídos a nos tratar como gente e não como cifras que pagam impostos.
Finalmente e não mais importante. Criar uma noção política diferente desta que veio para desfrutar e rir da nossa honestidade. Pensar mais com a massa encefálica e não com a região glútea que fornece páginas e mais páginas de uma cultural obcênica.
As eleições serão ano que vem. Um ponto de partida para eliminar os cancros de sempre que infestam a vida pública e começar pelo cargo maior de nossa sociedade que ficou na mão de uma pessoa incapaz de fazer o máximo por todos nós, mas fez todo o possível para sua matilha e alcatéia deixando a conta para todos nós pagarmos financeiramente e moralmente.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
DINHEIRO NA CUECA
José Roberto Arruda, atual governador do Distrito Federal foi flagrado em Brasília recebendo dinheiro de propina. Dinheiro do grosso.
Um novo vídeo sobre pagamentos feitos pelo governo do Distrito Federal mostra que o dono de um jornal de Brasília recebeu dinheiro do ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa, que denunciou um suposto esquema de corrupção no governo de José Roberto Arruda (DEM). Barbosa foi exonerado na última sexta-feira (27) depois de as denúncias se tornarem públicas.
Pegando os quatro pontos cardeais da rosa dos ventos e examinando bem de perto o índice de corrupção brasileiro chegamos a um índice de calamidade pública sem precedentes.
Nós aqui embaixo estamos fartos de ver cuecas lotadas de dólares, reais ou outra moeda qualquer, gente recebendo propinas, empresários sujos metendo dinheiro nas meias, políticos mais sujos ainda tentando justificar o óbvio e o fato de que aqui no Brasil a impunidade é a força motriz da enorme sacanagem com nosso dinheiro suado dos impostos.
De norte a sul do país, a pizza configura o que a senhora que representa a justiça segura em sua balança, sempre a velha e cobiçada redonda não importando o sabor.
José Roberto Arruda e os outros canalhas que tem aparecido nas imagens em toda a mídia são ainda mais canalhas inventando desculpas pueris como se todos tivessem “céleblo” de mosca.
Jose Roberto Arruda, através de um borra-botas que se diz seu faz-tudo, disse que a grana toda recebida seria para comprar cestas de natal para dar aos pobres.
Pobres estes que moram na Suíça e tem conta numerada certamente.
Outras desculpas mais engraçadas são sem pestanejar colocadas para todos ouvirem. Verdadeiras pérolas das piadas do Joãozinho.
A corrupção chegou a esse ponto pela prática contumaz do Brasil deixar tudo rolar na festa do orégano e da massa com tomate.
Ninguém é punido. Muito pelo contrário. Muitos foram alçados para cargos superiores como já foi amplamente visto. Para que esconder e sentir-se com vergonha de colocar no bolso dinheiro ilícito e ser flagrado em filmes ou fotos? Dão risada da justiça, amigos, que pune com louvor somente os integrantes do grupo dos quatro “P”: preto, pardo, pobre e prostituta; ladrões de galinha e quem bebe yogurte sem pagar no supermercado. De resto, vale tudo e não há porque se preocupar com cadeia, processos na justiça, advogados essas coisas chatas.
Isso só é usado para mortais que são as fontes dos recursos para esses estelionatários gastarem às nossas custas e sair soltando sonoras gargalhadas com a bufunfa no bolso.
Todo mundo sabe que a corrupção não é privilégio brasileiro. Tem em todo lugar no mundo. No Peru, por exemplo, Fujimori após ter sido denunciado foi punido depois de uma tentativa de escapar das garras da justiça se escondendo no Japão. Os políticos ingleses pilhados usando verbas públicas para uso particular tiveram que devolver a grana e foram execrados da mente dos eleitores e nunca mais conseguirão votos nem para elegerem-se paraninfos da escola.
Aqui no Brasil o gaiato do eleitor esquece e acaba votando em ladrões fichados na polícia, repetentes das falcatruas, assassinatos e afins.
As medidas para estancar a forte hemorragia dos recursos para as farras do boi são simples e foram adotadas em outros países com sucesso.
Primeiro adotar salvaguardas absolutamente titânicas nas letras dos contratos em envolvendo dinheiro e obras públicas, fiscalização assídua e ininterrupta, mecanismos para doação mais claros como, por exemplo, desconto no IR das pessoas jurídicas e físicas para quem quiser colaborar com esse(a) ou aquele(a) candidato(a), uma melhor politização do povo ignorante nesse quesito por parte de pai e mãe.
Continua na seleção dos candidatos para quem vamos dar nosso voto. É tão fácil hoje saber se qualquer Zé Mané é ou não fichado na polícia, se deve no bar da esquina ou se espanca a mulher e os filhos.
Essa atitude de selecionar o melhor dentre os piores requer um pouco de paciência ao invés de confiar em promessas mirabolantes de fazer apagar o sol ou mudar a localização do Pão de Açúcar no Rio e que muitos acreditam.
Em momentos críticos como hoje em que o presidente Lula se transformou em guru ou fundador de uma seita política nova, que já não tem mais admiradores e sim seguidores, mais cuidado ainda para não cair no conto do vigário como o padre já tinha alertado na missa.
Para que essas medidas salutares possam nascer e crescer a condição primeira é a mobilização da sociedade como um todo. O mesmo poder visto para conseguirmos a copa de futebol e os jogos olímpicos, a mesma gana para tirar Collor do poder e os famosos caras pintadas. Do contrário é melhor tirar o burro do sol para não torrar o pobre animal.
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