JORNAL PENA LIVRE

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sábado, 25 de janeiro de 2014

O ASNO QUE RI
O Programme for International Student Assessment  (Pisa) - Programa Internacional de Avaliação de Estudantes - é uma iniciativa internacional de avaliação comparada, aplicada a estudantes na faixa dos 15 anos, idade em que se pressupõe o término da escolaridade básica obrigatória na maioria dos países.
O programa é desenvolvido e coordenado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Em cada país participante há uma coordenação nacional. No Brasil, o Pisa é coordenado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
O objetivo do Pisa é produzir indicadores que contribuam para a discussão da qualidade da educação nos países participantes, de modo a subsidiar políticas de melhoria do ensino básico. A avaliação procura verificar até que ponto as escolas de cada país participante estão preparando seus jovens para exercer o papel de cidadãos na sociedade contemporânea. (Fonte: Inep.gov.br).
Em dezembro último (2013) dos 65 países que integram a medição que foca as ciências como um todo, matemática e leitura ficamos (alunos brasileiros) de novo com as lanterninhas na mão, fato que se repete desde 2000, ano da primeira edição do PISA. Para não ser incorreto o Brasil ficou em 55º lugar em leitura, 58º em matemática e 59º em ciências.
O burrito que ri a valer e que abre a reportagem desta data é o sinônimo da nossa educação tupiniquim que faz o país crescer ao contrário: números da violência em geral que não param de crescer, distribuição de renda cada vez pior e mais concentrada, universidades fora de qualquer ranking digno de nota em termos comparativos globais, perda de competitividade, exportação de mão de obra, alunos idiotas que não sabem ler, escrever ou interpretar um   texto simples que seja.
O ministro da Deseducação Aloizio Mercadante fez o que lhe ensinaram fazer quando os resultados foram divulgados: tirou um sarro, exibiu números da terra da fantasia e deu de ombros.
Alguns anos atrás a Alemanha experimentou decréscimo no ranking e fez acender as luzes de emergência e as sirenes de alarmes. Imediatamente em toda a Alemanha foram realizadas centenas de reuniões entre as autoridades responsáveis para ver onde estava o erro e onde o sistema alemão de ensino havia falhado.
De fato, as correções de rumo permitiram àquele país recuperar lugares bem mais acima da tabela, enquanto no Brasil o assunto é tratado como sendo de último plano depois de bolas de futebol, samba e o fanatismo do BBB que se encontra tragicamente em sua 14ª edição. Sobe o BBB lembrando que escrevei um texto a seguir bastante pontiagudo.
Mercadante, claro, em vez de assumir uma posição de homem estadista assumir os erros e planejar um futuro melhor preferiu discorrer sobre números idiotas, uma proclamada “grande vitória” da educação brasileira fazendo-me acreditar que ele estava olhando, quem sabe, a educação de Marte ou Vênus.
O ministro pintou de dourado algo que tem mais cor de coco de rato, na verdade.
A educação brasileira em todos os níveis é pitorescamente quadrúpede, administrada por pessoas que tem na escala de valores em primeiro lugar luzes dos holofotes para dizer qualquer asneira como as proferidas pelo Senhor Ministro Mercadante.
Em segundo lugar não existe um pensador nacional capaz de entabular ações capazes de alçar o setor educacional brasileiro a uma condição de sobrevivência capital.
Os alunos se transformam em asnos durante o transcorrer dos períodos em que estudam. Entram na escola analfabetos e saem analfabetos funcionais. É isso.
Distribuir renda não é e nunca será sair às ruas perguntar quem tem fome e dar um pão na boca.
Vale aquele ditado. Em mar que tem peixe é melhor ensinar a pescar.
Está na hora do Brasil aprender que só construiremos uma sociedade mais justa, moderna, competitiva, saudável com escolas de nível sul coreano.
Estamos num imenso Titanic com suas chaleiras cheias de calor e carvão farto e abundante, casco forte e duplo, todas as modernidades e facilidades.
Falta coragem ao navegador assumir um rumo melhor que o do nosso amigo burrito, se bem que o país precisaria saber que rumo desejaria seguir em primeiro lugar. Por enquanto o rumo que escolheu leva a ruína educacional e cria uma geração de alunos estúpidos iludidos achando que por conseguirem acessar a internet e copiar textos para seus trabalhos estão viajando em cima da carne seca.
O iceberg que estamos a bater com nossa nau desgovernada é a competitividade que bate a nossa porta e ninguém sabe atender e entender o chamado.
Enquanto tivermos no mesmo lado da rua estádios de futebol novinhos em folha, bolas maravilhosas, lombos de mulata globeleza e do outro lado da mesma rua escolas em pedaços, alunos com fome, professores despreparados e um sistema de ensino que entope listas de consumo sem qualquer conteúdo chegaremos num lugar destino dos navios pilotados por novatos e gente descompromissada com seus passageiros: o fundo do mar.
Já estamos próximos. Que mais faltará?
Acorda Ministro! Acorda Brasil.
Evidente que tem os que acreditam em duendes e que defendem com unhas e dentes o atual cenário e se encantam com as boçalidades que o governo faz e cogita ainda fazer. Entretanto, a matemática é cruel e nunca diz mentiras.
O PISA esta aí exibindo os números.
Tolice querer pintar o céu de outra cor e não ser a negra.









                          O ASNO QUE RI
O Programme for International Student Assessment  (Pisa) - Programa Internacional de Avaliação de Estudantes - é uma iniciativa internacional de avaliação comparada, aplicada a estudantes na faixa dos 15 anos, idade em que se pressupõe o término da escolaridade básica obrigatória na maioria dos países.
O programa é desenvolvido e coordenado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Em cada país participante há uma coordenação nacional. No Brasil, o Pisa é coordenado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
O objetivo do Pisa é produzir indicadores que contribuam para a discussão da qualidade da educação nos países participantes, de modo a subsidiar políticas de melhoria do ensino básico. A avaliação procura verificar até que ponto as escolas de cada país participante estão preparando seus jovens para exercer o papel de cidadãos na sociedade contemporânea. (Fonte: Inep.gov.br).
Em dezembro último (2013) dos 65 países que integram a medição que foca as ciências como um todo, matemática e leitura ficamos (alunos brasileiros) de novo com as lanterninhas na mão, fato que se repete desde 2000, ano da primeira edição do PISA. Para não ser incorreto o Brasil ficou em 55º lugar em leitura, 58º em matemática e 59º em ciências.
O burrito que ri a valer e que abre a reportagem desta data é o sinônimo da nossa educação tupiniquim que faz o país crescer ao contrário: números da violência em geral que não param de crescer, distribuição de renda cada vez pior e mais concentrada, universidades fora de qualquer ranking digno de nota em termos comparativos globais, perda de competitividade, exportação de mão de obra, alunos idiotas que não sabem ler, escrever ou interpretar um   texto simples que seja.
O ministro da Deseducação Aloizio Mercadante fez o que lhe ensinaram fazer quando os resultados foram divulgados: tirou um sarro, exibiu números da terra da fantasia e deu de ombros.
Alguns anos atrás a Alemanha experimentou decréscimo no ranking e fez acender as luzes de emergência e as sirenes de alarmes. Imediatamente em toda a Alemanha foram realizadas centenas de reuniões entre as autoridades responsáveis para ver onde estava o erro e onde o sistema alemão de ensino havia falhado.
De fato, as correções de rumo permitiram àquele país recuperar lugares bem mais acima da tabela, enquanto no Brasil o assunto é tratado como sendo de último plano depois de bolas de futebol, samba e o fanatismo do BBB que se encontra tragicamente em sua 14ª edição. Sobe o BBB lembrando que escrevei um texto a seguir bastante pontiagudo.
Mercadante, claro, em vez de assumir uma posição de homem estadista assumir os erros e planejar um futuro melhor preferiu discorrer sobre números idiotas, uma proclamada “grande vitória” da educação brasileira fazendo-me acreditar que ele estava olhando, quem sabe, a educação de Marte ou Vênus.
O ministro pintou de dourado algo que tem mais cor de coco de rato, na verdade.
A educação brasileira em todos os níveis é pitorescamente quadrúpede, administrada por pessoas que tem na escala de valores em primeiro lugar luzes dos holofotes para dizer qualquer asneira como as proferidas pelo Senhor Ministro Mercadante.
Em segundo lugar não existe um pensador nacional capaz de entabular ações capazes de alçar o setor educacional brasileiro a uma condição de sobrevivência capital.
Os alunos se transformam em asnos durante o transcorrer dos períodos em que estudam. Entram na escola analfabetos e saem analfabetos funcionais. É isso.
Distribuir renda não é e nunca será sair às ruas perguntar quem tem fome e dar um pão na boca.
Vale aquele ditado. Em mar que tem peixe é melhor ensinar a pescar.
Está na hora do Brasil aprender que só construiremos uma sociedade mais justa, moderna, competitiva, saudável com escolas de nível sul coreano.
Estamos num imenso Titanic com suas chaleiras cheias de calor e carvão farto e abundante, casco forte e duplo, todas as modernidades e facilidades.
Falta coragem ao navegador assumir um rumo melhor que o do nosso amigo burrito, se bem que o país precisaria saber que rumo desejaria seguir em primeiro lugar. Por enquanto o rumo que escolheu leva a ruína educacional e cria uma geração de alunos estúpidos iludidos achando que por conseguirem acessar a internet e copiar textos para seus trabalhos estão viajando em cima da carne seca.
O iceberg que estamos a bater com nossa nau desgovernada é a competitividade que bate a nossa porta e ninguém sabe atender e entender o chamado.
Enquanto tivermos no mesmo lado da rua estádios de futebol novinhos em folha, bolas maravilhosas, lombos de mulata globeleza e do outro lado da mesma rua escolas em pedaços, alunos com fome, professores despreparados e um sistema de ensino que entope listas de consumo sem qualquer conteúdo chegaremos num lugar destino dos navios pilotados por novatos e gente descompromissada com seus passageiros: o fundo do mar.
Já estamos próximos. Que mais faltará?
Acorda Ministro! Acorda Brasil.
Evidente que tem os que acreditam em duendes e que defendem com unhas e dentes o atual cenário e se encantam com as boçalidades que o governo faz e cogita ainda fazer. Entretanto, a matemática é cruel e nunca diz mentiras.
O PISA esta aí exibindo os números.
Tolice querer pintar o céu de outra cor e não ser a negra.










quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

TUDO BEM NO REINO

Viajar é bom para o espírito. Conhecer novas pessoas, viver situações hilariantes, frustrantes, deslumbrantes, ou experimentar os quitutes de uma cozinha não brasileira. Tirar as manjadas fotos ao lado deste ou daquele monumento e passar na mesma rua que uma celebridade já passou. Vale tudo para viver esses momentos.
Voltei com meu grupo de uma viagem a Londres.
A capital do reino é uma cidade turística com seus pontos que merecem nota dez e outros uma sonora nota zero. Nenhum lugar do mundo se propõe a ganhar notas máximas em todos os quesitos, claro.
A começar pelos banheiros quase inexistentes em Londres obrigando seus habitantes e seus visitantes a experimentar agruras insuportáveis quando a bexiga ou os intestinos estão a ponto de uma guerra nuclear. Nesse ponto a cidade merece nota zero com louvor.
Sugiro até aos que ainda vão visitar a terra da Rainha que o façam de fraldão, notadamente os que têm impossibilidade de segurar sólidos e líquidos por muito tempo. Uma saída honrosa pelo menos do que pagar uma nota preta em multas se usar aquela moitinha ali no parque.
Outra nota zero é seu metrô. Um horror para quem tem problemas de deslocamento.
Como é um sistema antigo esqueça escadas rolantes. Tudo é na base das escadas de cimento. E dá-lhe subir e descer para atingir as estações ou apenas mudar de rumo na mesma rota.
Notar que o sistema é ótimo para atingir quase todos os pontos da cidade de maneira rápida, mas o conforto perde-se nas agruras de escadas intermináveis e minhocões para acesso às outras estações próximas.
Para cadeirantes pior ainda. Só algumas estações mais moderninhas possuem acesso facilitado, o resto das estações não tem a menor possibilidade de atendimento a uma gama de pessoas com algum problema de deslocamento, idosos igualmente.
O aeroporto de Heathrow é grande, moderno. Um dos mais movimentados do mundo. Parabéns para Londres.
O acesso a ele é que é uma lástima.
Uma única rodovia saturada atende a região do aeroporto provocando engarrafamentos homéricos como os que amargurei sentir.
Nota dez para o sistema de ônibus de dois andares londrinos. Baratos, eficientes e modernos e com cadeiras estofadas, bem longe das nossas carroças brasileiras com seus bancos de “prástico” e de um andar somente.
Ah detalhe. Os “busos” ingleses tem ar condicionado quente e frio para qualquer ocasião. Os daqui congelam no inverno e fritam no verão.
A troca de guardas da Rainha em seu palácio é mesmo para inglês ver. Sem graça e quase não se enxerga nada. Não entendi o porquê tanta gente entulhando os arredores para não ver quase nada.
Outros pontos que merecem nota dez: London Eye, magnífica se tiver sorte grande como a do nosso grupo de pegar um dia de “brigadeiro” sem nuvens e com sol a todo vapor; a Trafalgar Square, Piccadilly Circus, Covent Garden, Oxford Circus e, claro, as imediações do Big Bem.
A chuva londrina é fina, fria e cai de tempos em tempos. Depois o sol abre pelo menos nessa época do ano.
Outra nota dez com louvor: o famoso prato de comida peixe com batatas e o chopp de maça, bem como o “pint” (chopp claro) com quase um litro!!
Mito: não se serve cerveja ou chopp na temperatura ambiente como vemos em filmes. Todos os lugares onde fomos as bebidas estavam trincando de gelo.
O fog (neblina) tão famoso vimos apenas numa das manhãs.
A pontualidade britânica não é lá essas coisas. A começar do nosso voo com destino a Londres que amargou um atraso considerável de quase 10 horas.
Na volta até que foi pontual.
Detalhe: os aviões da empresa British Airways bem que precisam de uma renovação. Viajamos em dois sucatões, embora ainda da série 400 do modelo Boeing 747. Deu para notar janelas super-riscadas, banheiros com alguns detalhes quebrados, falta um lambri ali e acolá e uma borracha que foi para o brejo.
Na ida o avião escalado havia muito sem tomar um banho externamente, bem sujo e com superfícies escurecidas.
Outro ponto com nota zero: o mapa do metrô. Não conta com as indicações mais que necessárias dos pontos cardeais (norte, sul, leste e oeste) ocasionando problemas de direção aos que não estão acostumados como o sistema.
Problema grave! Uma das linhas, a de cor preta, no sentido norte sul conta com indicações de direção leste oeste. Um erro severamente crasso.
Londres vai deixar saudades.
Os preços são para todas as ocasiões no quesito refeição. Tem Mac Donalds (eca) por tostões e tem prato custando o olho da cara, digo da Rainha já que todas as notas contam com a foto da ocupadíssima ocupante do trono que se divide entre contar estrelas e as gafes do seu filho fanfarrão.
Finalmente, conta-se à boca pequena que os ingleses já estão fartos da família real, especialmente pelo que gastam do suado imposto que a população paga numa conta para lá de salgada.
Última notícia do reino: a segurança londrina é severa, constante, atuante, tudo é monitorado por câmeras, não lhes escapa nada. Sente-me a mão do Estado em toda parte cuidando dos seus súditos.
Diferente de um país ao sul da América do Sul onde bandido governa, manda e faz e no ano de 2014 já contabilizou mais de 500 mortes por violência urbana.
Em todo o reino da Inglaterra menos de dez.
Salve a Rainha.



terça-feira, 7 de janeiro de 2014

VOCE É DE DIREITA?  DE ESQUERDA?  OU DE CENTRO?

Tudo começou em meados de 1789 na chamada Revolução Francesa. Napoleão Bonaparte, o grande general frances e imperador, costumava sentar-se para reunião com os membros de assembleia nacional e se dividiam entre os que apoiavam o Rei à direita e simpatizantes da revolução à esquerda.
Mesmo com a substituição dessa assembleia nacional por uma legislativa em 1791 e com novos membros em sua totalidade a divisão oficiosa permaneceu conduzindo a uma ideia de que os inovadores se postavam do lado esquerdo, os moderados mais ou menos no centro e na ponta direita os defensores da consciência da Constituição.
De 1789 para cá muita água rolou e muita besteira igualmente passou pelo ralo dessa definição de esquerda, direita ou centro em termos políticos e posicionais.
Assim como quem conta um conto aumenta um ponto, já diziam os antigos, a definição das opiniões e atitudes de esquerda, direita ou de centro receberam versões diversas conceitualmente ao redor do mundo.
Ao ligarmos nossos aparelhos de televisão é muito usual percebermos que as palavras direita, esquerda e centro são usadas para definir pessoas ou grupos políticos.
De verdade mesmo poucos sabem por que cargas d’água esses termos de orientação tem a plenitude de definição/descrição ou perspectiva vigente de algum partido ou personagem político.
Sempre é bom recordarmos os tempos de Napoleão Bonaparte.
Naqueles idos, a mencionada Assembleia Nacional Constituinte ganhava músculos políticos frente às urgentes reformas que a França precisava.
Em linhas gerais, o governo daquele país estava naufragado em dívidas que alcançavam o pilar de sustentação econômico-financeira de boa parte da sociedade francesa.
Entre a cruz e a caldeira Luis XVI resolveu organizar uma eleição em que representantes políticos votariam medidas inéditas que pudessem servir de esparadrapo para tantas feridas e problemas.
Observava-se que naquelas reuniões as vertentes políticas se percebiam tridimensionalmente espalhadas no espaço. Na ala da direita os donos de terra, burgueses enriquecidos, pessoal do serviço público real e algumas pessoas do cunho religioso se negavam a qualquer tipo de mudanças que atingisses seus privilégios enraizados.
No lado oposto pelo vértice os membros da pequena e média burguesia e demais simpatizantes buscavam enxergar no horizonte amplas reformas que pudessem resolver os graves problemas nacionais.
Entra ano sai ano, os próprios atos que fixaram suas marcas no processo revolucionário frances ganharam de brinde a adoção de termos direita, esquerda e centro segundo aquela divisão espacial das opiniões da Assembleia Nacional.
Ficou mais ou menos assim: à direita os grupos de defesa dos interesses que estavam em domínio e a conversação na geladeira das facilidades e mordomias das elites; de outro lado, à esquerda, ganharam uma bússola reformista com base na conquista de benefícios às classes sociais, digamos, menos favorecidas.
O foco no governo central e sua política à direita ou à esquerda definiriam os grupos de oposição frente ao “status” do poder que estava no momento sentado no trono.
No Brasil, claro, a definição desses dois grupos antagônicos, eu diria três não esquecendo os grupos de centro, se perdeu no tempo e ganhou conotações enfadonhas e errôneas.
O governo de direita recebeu definições grotescas quando veio o período militar como sendo um poder que aliciava, matava, torturava e colocava todo mundo preso ao menor sinal de descontentamento.
Os que não aceitavam essas amarras logo receberam a indicação de que seriam de esquerda porque queriam a liberdade, a fraternidade, a sociedade comunitária e um lindo céu cor de rosa.
Nada mais coloridamente falso.
Alguns partidos compraram na esquina os direitos autorais da oposição, especialmente depois da distensão pós-período militar extinto, para cumprir um papel de representante maior dos sonhos de liberdade colocando a direita política como sinônimo de matadores de crianças, perversos, facínoras e monstros azuis.
O que era oposição virou situação e inverteram-se as ideias ou ideais.
Na verdade, busca-se hoje na esquerda brasileira um patamar de bem estar social, proclamação das liberdades amplas e justiça tentando eliminar as instituições que fornecem os pilares de países livres.
O socialismo colado como tatuagem à esquerda brasileira quer se reportar a um tempo de criação dos ideais de organização econômica, capitaneando a administração com estandartes da propriedade pública ou coletiva dos meios de produção. Com isso, correndo paralelo, a distribuição de bens dentro de uma sociedade amalgamada pela igualdade de condições e oportunidades e os consequentes meios para todas as pessoas.
O cenário de fundo revela-se colorido com um papel de parede igualitário de compensação.
Dentro desse prisma, estados totalitários foram criados e o socialismo está no seu ocaso quer queiram ou não, mesmo que no Brasil alguns abestalhados amamentem essa estupidez de cópia circense de furúnculos governativos sob um guarda-chuva de iniquidades, inconformismo, deformações sociais, deturpação dos valores sob uma flâmula de bem estar social.
Governos menores como Coréia do Norte e Cuba, por exemplo, admirados à exaustão por pessoas que acreditam que distribuição de oportunidades, tal como acontece nesses países, faz bem à saúde.
Geralmente o socialismo imperial reflete a sombra do chicote e o açoitamento das liberdades individuais, além de provocar mortes em profusão cataclísmica pela simples oposição de ideias.
Enquanto isso os partidos nacionais brasileiros, ditos de direita, nada fazem, tem medo do debate e do eleitorado.
Qualquer Zé sabe que o brasileiro médio é conservador.
Por definição seria idiota pensar que a maioria do povo brasileiro é de direita?
Todas as vertentes querem a mesma coisa, o tal bem estar social, um estado organizado, economia correndo em alta velocidade, pleno emprego e qualidade de vida.
Só que a direita nascida na definição francesa nunca quis um resultado de eliminar os estatutos da sociedade moderna calçado nas instituições fortes, representativas e onipresentes.
O debate começa aqui. Quem tem razão?
Acovardaram-se os partidos de direita brasileiros porque ficaram águem das ideias modernas, arrojadas e ventiladas. Ficaram à mercê de uma esquerda burra, entupida com fraturas expostas da liberdade deturpada dentro de programas de governo meramente ocasionais e inconsequentes.
A esquerda apossou-se de um marco regulatório que define, por natureza, a direita como sendo sinônimo de homens das cavernas e seres incompletos que querem resgatar regimes de exceção na base da paulada.
Enquanto isso na sala de justiça......o Brasil transforma-se rapidamente sob a égide de um regime que atua na calada da noite derrubando as bases institucionais uma a uma.
Estamos na hora de começarmos esse debate urgente antes que esse país acabe soçobrando.














sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

RESPOSTA A UM NOBRE COLEGA SOBRE MEDICINA DE CUBA E ETC

Um colega meu aposentado do BB fez alguns comentários sobre um texto meu e eu respondo agora sssim:

Querido e nobre colega
Obrigado por lembrar-me corretamente a palavra essencial que grotescamente a escrevi como sendo excencial no texto em resposta às suas críticas.
Dizia meu grande professor (in memoriam) de matemática João Girolamo Turcão: “só erra quem faz”. Escrevo milhares de palavras incorretas e se não fossem atuações maravilhosas do meu corretor ortográfico seria pichado em praça pública.
Igualmente devo colocá-lo sob as rodas do primeiro grande caminhão que passar pela rua por ter me ajudado a escapar o palavrão errado e pagar esse mico.
Nem tanto o céu ou o mar, nobre colega!
De fato tem um balcão da medicina sendo praticado em toda esquina do Brasil e do mundo também, afinal vento que venta aqui venta lá da mesma forma e teor.
Cabe voltarmos aos bons tempos da educação moral e cívica, do estudo da ética, da honradez e da nobre medicina praticada mais ou menos como o juramento lindo que os médicos fazem quando estão recebendo seus diplomas.
A CASSI Piracicaba, porque tanto lutou e por muitos louvada sempre seremos gratos aos papais dessa empreitada.
No texto mencionei alguns pobres municípios brasileiros que estão à míngua chorando por algum atendimento médico que preste. A CASSI Piracicabana, entretanto, e deixando de lado os belos esforços para trazê-la à tona nesta cidade, representa a atuação em uma cidade grande, metropolitana piracicabana eu diria.
A escassez é marcante nas cidades onde estive. Uma das principais queixas era a não existência de simples balanças para medir o peso da garotada, equipamentos simples de raios-X e por sua inexistência as pessoas eram obrigadas a migrar seu atendimento para Cuiabá, sobrecarregando o sistema de saúde da capital mato-grossense.
Até estetoscópios, símbolos maiores do médico em si e sua roupa branca, eram improvisados com pedaços de canos de madeiras artesanalmente confeccionados e que milagrosamente funcionavam bem.
Sr. nobre colega, dizem mundos e fundos sobre a medicina cubana que muitos afirmam ser de primeiro mundo, que os médicos cubanos são excelentes etc e tal.
Fico olhando o mapa e percebo que sempre houve e há ainda uma forte fuga dos cidadãos cubanos querendo migrar para qualquer lugar, especialmente os EUA, onde, sim, se pratica uma medicina brutalmente mercantilizada.
Porque será que ocorrem migrações enchendo barcos e gente nadando até dentro de câmaras de ar cheias de caminhão remando com pedaços de pau?
Isso acontece também em outras latitudes/longitudes do planeta.
Vários são os motivos: regimes de exceção, violência, guerra civil, fome, alta dose de corrupção epidêmica, falta de emprego, busca de novas terras etc. e tal.
Milhões já tombaram anônimos tentando buscar o Edem.
Não sou especialista para aplicar uma prova de arrepiar em qualquer profissional da medicina cubana, nem sei que nível esse pessoal tem, nem sua experiência em residências médicas.
A mim me parece soar um enorme gongo quando um país, cuja qualidade da medicina é propagada dos alto falantes como sendo classe “A”, como é o caso de Cuba, emprestar tanta mão de obra para o pobre Brasil.
Há um “X” nessa equação que não fecha a conta.
Recentemente recebi um amigo meu de longa data que passou alguns meses a trabalho em Cuba como engenheiro de obras. O que ele me relatou com extenso material fotográfico é mais parecido com uma favela autêntica da Maré ou do Complexo do Alemão no Rio de Janeiro.
Cuba é uma nódoa no Caribe.
Feia, desprotegida, dirigida por dois senhores, irmãos inclusive, feudais e arqueozóicos (período da formação da crosta terrestre). Nada mais antiquado e fora de moda.
Esse mesmo amigo relatou-me existir boas escolas de medicina cubanas e muitos desses profissionais estão agora trabalhando no Brasil. O que critico severamente é que fomos buscar justamente médicos de uma republiqueta das bananas, republiqueta essa devastada por um regime de governo selvagem e que precisa de financiamento para sobreviver.
A grana russa acabou-se quando Cuba ficou longe demais para a galera do leste europeu e também perigoso devido à proximidade com os EUA.
O governo brasileiro fechou acordo e vai pagar, por médico, R$ 10.000,00, sendo assim distribuídos: R$ 700 para o próprio médico, R$ 2.300,00 para a família do médico que ficou em Cuba para não provocar a migração e R$ 7.000,00 vão para o regime de Castro.
Um acordo de Lula e José Dirceu para trazer os médicos cubanos para o Brasil vale a pena lembrar.
Dilma correu dispensar a revalidação do diploma cubano para as leis, exigências, o próprio conhecimento, regras brasileiras, colaborando para existir entre os médicos vários curandeiros e curiosos. Trouxeram um documento sem autenticação em cartório mais ou menos isso.
Valha-me Deus quem cair nas mãos de um desses.
Outra curiosidade que ninguém ainda soube responder.
Vieram ao todo 4.000 médicos cubanos para o Brasil.
De onde saiu todo esse contingente?
Estavam todos prontos para o embarque?
Agora vamos fazer as contas dessa brincadeira do governo para exportar facilidades para a sobrevivência do regime assassino de Cuba.
Os 4.000 médicos recebem por mês R$ 10.000,00, logo o governo desembolsará a cada 30 dias a quantia de R$ 40 milhões. Por ano vamos gastar R$ 480.000.000,00!!!!
Dessa quantia enorme apenas R$ 144.000.000,00 vão para o bolso do médico e família e R$ 336.000.000,00/ano irão engordar o bolso dos irmãos canalhas cubanos.
Dinheiro do meu bolso para a finalidade que eu não autorizaria jamais.
Imagine assinar um cheque e entregar a Hugo Chavez, Moralez, a Pedrita da Argentina ou aos irmãos Castro.
O programa é errado porque nunca um ser inteligente pensou, planejou ou trabalhou em prol da nossa medicina brasileira. Virou tudo uma questão de quem pode paga quem não pode se sacode e chora.
Medicina é e sempre foi explorada vergonhosamente como um bom negócio, agora ela serve para colocar dinheiro do bolso dessa gentalha que governa Cuba.
De fato Cuba produz bons médicos. Não porque algum “sem noção “ do PT falou, mas porque li alguns livros em PDF sobre o tema, importantes dicas de leitura: Cuban Medical Internationalism dos autores John Kirk e Michael Erisman; Revolucionary Medicine de P. Sean Brotherton”s e Cubam Medicine de Ross Danielson ou os artigos e trabalhos de Julie Feinsilver, uma socióloga americana que estuda a medicina cubana há 30 anos. Todos em suas versões originais na língua inglesa.
Através deles se chega a essa conclusão.
Não discuto o tema. Parece-me óbvio. O método de trazer essa massa de médicos ao Brasil é que é horrível, inoportuno, nocivo e certamente trará prejuízos não a mim ou ao Sr. que busca atendimento com bons médicos de Piracicaba. Uma vida que se perca com um médico apenas incompetente será uma conta enorme a pagar no boleto da vida.
Vai trazer perigo de morte para o Zé Ninguém Coió de Souza que mora em Lagartixa do Norte perto da divisa com Deus em Livre.
Quem me garante que dentre esses 4.000 médicos todos são 100% qualificados e, notadamente, será que todos falam português corretamente?
A dor que dói em português não é a mesma que fere em espanhol.