JORNAL PENA LIVRE

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terça-feira, 26 de abril de 2011
















MERGULHO DA AVESTRUZ

É apenas uma lenda urbana a história de que a avestruz enfia a cabeça no buraco quando está com medo.
Na verdade, a ave encosta de fato sua cabeça no chão com duas finalidades: escutar sons e vibrações do solo que podem indicar a aproximação de algum inimigo e também como uma espécie de camuflagem para de longe se parecer com um arbusto.
No qualquer forma, sendo lenda ou verdade, estou treinando com um grupo de avestruzes altamente capacitados na arte de esconder a cabeça no buraco, ao contrário do possível medo dos amigos emplumados eu o estou fazendo por vergonha.
De uma lista interminável e vorazmente aumentada a cada dia, há centenas de razões para que eu esteja em alto grau de treinamento tentando meter minha cabeça longe dos holofotes.
Aproximam-se dois eventos importantes que colocarão o Brasil no mapa das avestruzes: olimpíadas e copa do mundo.
Quando saíram as primeiras notícias sobre o tema anos atrás eu até fui entusiasta da idéia do Brasil concorrer, imaginei-me sentado no Macaranã assistindo, quem sabe, uma final entre Brasil e Argentina e comendo meu amendoim depois pegar um metrô e voltar para meu hotel.
Do mais entusiasmado dos torcedores para que o Brasil ganhasse as disputas para receber os dois mega eventos esportivos, hoje sou adepto fervoroso que o Brasil abra mão disso e gaste seu dinheiro em outra coisa.
Melhor não correr o risco de um vexame interplanetário que fará com que cada brasileiro carregue a vergonha de ter o país que tem, não de ser brasileiro. Isso são outros dois mil e quinhentos!
Imagine a cena. O apito final determinou o término de uma partida no Morumbi entre os times “A” e “B” quando, de repente, os céus desabam na maior chuvarada dessas que são intensas, mas que duram minutos.
Está feita a festa.
Carros boiando, metrô parado, estações de ônibus vazias e todos tentando chegar em casa, sem sucesso.
Pode repetir a cena para o Maracanã e em outros estádios famosos.
As grandes metrópoles escolhidas pelos soviéticos do PT de Lula e seus micos amestrados demonstram a cada dia não serem capazes nem de receber campeonato inter bairros de truco.
São hospitais caindo aos pedaços, linhas de metrô de menos, cujas estações planejadas para os dois eventos de jogos não serão finalizadas a tempo, alagamento em todas as cidades grandes, violência desmedida no trânsito e aeroportos que servem mesmo para pousos dos mosquitos da dengue e nada mais.
E por falar em dengue....agora estamos no vírus número quatro. Até a copa chegaremos na marca dos duzentos tipos, quem sabe. Duzentos tipos diferentes da doença: hemorrágica, gástrica, que faz tossir, virar do avesso, que faz explodir a barriga, do tipo que faz os olhos saltarem cinco metros adiante, das que fazem a perna ficar curta, a que mata e a que esfola.
Coisa de país pobre. Coitado do nobre Oswaldo Cruz deve estar como pás de ventilador girando em seu túmulo.
O turista vai comprar seu ingresso com direito a uma picada de mosquito da dengue para recordação e podemos até aproveitar e vendermos badulaques com o famoso picador inveterado. Uma espécie de Disney dos trópicos.
O mais terrível nos cenários dos jogos olímpicos e copa do mundo vai ser a hora do torcedor turista precisar se deslocar entre as sedes projetadas.
Se tiver a sorte de achar um avião absurdamente lotado, atrasado com tripulação à beira de um ataque de nervos, ou se preferir de ônibus e curtir a marginal cheia de água. Melhor mesmo o turista nacional ou estrangeiro gastar seu dinheiro passeando lá fora onde tem mais respeito e lugar para urinar em aeroporto grande.
Os paladinos da estupidocracia de aceitar ser sede dos dois badalados eventos devem procurar um buraco para se esconder, aqui mesmo perto de casa tem ruas com buracos centenários que a Prefeitura local não tem dinheiro para arrumar.
Hospitais atendendo pacientes na cozinha ou garagem, policiamento ostensivo nas grandes cidades procurando somente aumentar o faturamento das multas de trânsito ao invés de saírem à caça dos bandidos que tomaram de assalto a todos.
Tenho pena. Muita pena dos coitados que irão peitar essa parada de assistir jogos olímpicos ou futebol da copa.
Serão deles o reino dos céus.
O paquidérmico Estado brasileiro vai ganhar antecipadamente as medalhas de papelão pela vergonha em fazer-nos passar por uma nação de insólitos incompetentes.
Desista Brasil! Agora mesmo.
Vá construir mais hospitais e colocar médicos lá dentro com salário de gente, que tal fechar as nossas fronteiras onde entram até tanques de guerra para alimentar o tráfico das cidades, ou que tal consertar a malha das nossas estradas maltrapilhas e mendigas que tal interromper a primazia do transporte solitário dos automóveis e substitui-los por transportes públicos de qualidade suíça?
Sou a favor do desejo público de parar esse baile louco preparado para locupletação de empreiteiras e a farra do boi da gastança irresponsável que servirá mesmo para colocar milhões de litros de gasolina fresca na corrupção em tempos de construir alguma coisa pública ou de utilidade pública.
Quem viver verá.
Guarde o presente texto num vidro e o acomode num lugar seguro e o abra depois da copa e das olimpíadas. Se o que eu disse aqui se revelar uma tolice eu como meu chapéu com catchup e maionese.



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Magno Almeida Lopes, escritor e jornalista free-lancer, administrador de empresas com habilitação em negócios internacionais, tecnólogo de obras e solos, engenheiro de rede Lan, membro efetivo da academia Piracicabana de letras, MBA em comércio exterior. Piracicaba (SP), 26 de abril de 2011. email: lopesmagno@gmail.com

sexta-feira, 15 de abril de 2011
















COPA E OLIM......PIADA RSRSRSR

Confesso estar cansado de usar tantos palhaços em meus textos. Devo ter pelo menos uns cinco artigos escritos usando a figura do engraçado personagem.
De mais a mais, peço licença dos nobres encantadores da alegria do circo para comentar sobre o relatório do IPEA (Instituto Pesquisas Econômica Aplicada) da a situação dos aeroportos frente às necessidades do Brasil estar recebendo dois mega eventos esportivos nos próximos anos. Não há como não pensar no nariz de borracha vermelho.
Assustador, revelador, contundente e amedrontador o que está nas linhas do trabalho do IPEA que conclui definitivamente que NENHUM aeroporto nacional estará apto a receber nossos convidados para Olimpíada e Copa do Mundo. Fiasco planetário.

Excetuando-se o aeroporto de Curitiba que, se seguido o cronograma de obras, não houver desvios de recursos, se cumpridas todas as etapas do memorial descritivo é plausível que ele esteja com as obras finalizadas em 2014.
O plano miraculoso apresentado na defesa da candidatura brasileira para receber os dois acontecimentos esportivos, plano este recheado de mentiras, números fictícios, prazos inexeqüíveis e orçamento estrondoso convenceu as direções da FIFA E COI a votar no Brasil como recebedor das Olimpíadas e Copa do Mundo, os dois acontecendo num espaço inferior a dois anos.

Tenho em meu blog memória dos meus artigos mais antigos. Quem tiver a paciência de xeretar por lá vai descobrir que eu já apontava, na época da escolha do Brasil como vencedor e sede dos dois circuitos esportivos mundiais, que não haveria a menor possibilidade do Brasil executar tudo aquilo que estava lindo e imaculado em algumas folhas de papel e apresentações PPT hollywoodianas com qualidade de Steven Spielberg.
Na ocasião da decisão houve comoção nacional. Lula e sua trupe circense choraram abundantemente ao saber que o Brasil poderia estampar a medalha de vencedor.
Na foto do PT ficou uma maravilha, um verdadeiro acontecimento.

As conclusões da Nota Técnica do IPEA que pode ser acessada na íntegra no seguinte endereço (http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/110414_nt005_diset.pdf) são alarmantes:

As obras no aeroporto de Manaus, por exemplo, cujo prazo de conclusão é dezembro de 2013, ainda estavam na etapa de projetos em 2010. Se tudo ocorrer dentro dos prazos médios observados no Brasil, as obras só ficarão prontas daqui a sete anos, em 2017, depois da Copa.
O trem bala é outra obra de ficção lulo-petista prometida na hora da candidatura e que hoje é apenas uma firula de papel. Ninguém vai querer peitar uma obra que não tem preço definido, não existem obras de infraestrutura de apoio estudadas ou analisadas pelos governos dos Estados de SP e RJ e nem do Federal, não há preço final de quanto seria uma passagem para o roteiro Campinas/São Paulo/Rio de Janeiro e, finalmente, nem estudo sobre demanda efetiva.
Mesmo que as obras se iniciassem agora mesmo ainda haveríamos de driblar problemas ambientais não abordados no texto da proposta de negociação da ferrovia, a consagrada corrupção que faz os preços inflarem no meio do caminho, os melindres judiciais, a falta de compostura e caráter para definir um cronograma falacioso e fantasioso.
A taxa média de ocupação nos aeroportos considerados críticos ou desesperadores é de mais de 187% da capacidade máxima e estão nessa lista:
Guarulhos-SP, Congonhas-SP, Brasília-DF, Confins-MG, Porto Alegre-RS, Fortaleza-CE, Viracopos-SP, Vitória-ES, Manaus-AM, Florianópolis-SC, Goiânia-GO, Vitória-ES, Cuiabá-MT, Natal-RN, Goiânia-GO, Cuiabá-MT e Maceió-AL.

Um dos monstrinhos não amestrados que corrobora e muito para a situação absolutamente caótica chama-se INFRAERO.
Uma estatal fera não domada que faz o que quer na área que lhe diz respeito.
Nenhum presidente ou ministro reuniu coragem suficiente para colocar a INFRAERO sob ferros e fazê-la cumprir seu papel gastando pelo menos o mínimo em seus planos para expansão e modernização dos aeroportos nacionais.
Dilma Roussef, ao contrário da recomendação de fazer exatamente isso e quebrar a autonomia deste órgão, criou outro cabidão de empregos, um substituto grosseiro para o antigo DAC com status de ministério que ainda nem foi formado devidamente e existe somente no papel.
A INFRAERO tem bilhões de reais no cofre para torrar e fazer a coisa mudar de figura. Basta querer.

Enquanto ela não coloca a mão no bolso e faz sua obrigação, cobra dos pobres passageiros tarifas aeroportuárias de uma Suíça da vida transformando este ato num verdadeiro estupro financeiro aos bolsos dos coitados que querem viajar por uma rede mixuruca de aeroportos lotados, sujos, com pistas perigosas, controladores de vôos de menos trabalhando em turnos desumanos colocando todos os pescoços voadores em perigo.
Uma monstruosa demonstração de um poder paralelo que ninguém ousou botar as mãos e controlar. Porque a INFRAERO faz o que quer?
Simplesmente porque com o dinheiro que ela tem o poder estaciona em frente cobrando as velhas negociatas, fazendo as manjadas falcatruas e impedindo o Brasil de crescer.

O pior dos cenários é a falta de planejamento. Vamos utilizar matemática bem simples para entender. De 2003 a 2010, o PIB brasileiro emplacou aumento de 36,8% e o percentual de passageiros fantásticos 116,7%, isto representa uma elasticidade renda de demanda por aviões a uma taxa de 3,17%. Traduzindo a conta, isto representa dizer que a cada ponto percentual que o PIB atingir a aviação (leia-se número de passageiros) crescerá 3,17% (dados do relatório IPEA).
Vamos desprezar 1,17% desse número e vamos ficar com apenas 2%. Assumindo que o PIB brasileiro ficará na faixa dos 5% ao ano entre 2011 e 2014, adotando-se uma elasticidade igual a 2% o movimento de passageiros vai inflar 10% ao ano, mais ou menos o mesmo número atingido no período de 2001/2010. Isto representará uma demanda total de 46,4% a mais na vontade de voar.

Pegando ainda carona nos números e aplicando essa conta ao total de passageiros hoje transportados, teremos em 2014 uma cifra estimada de 225,9 milhões de passageiros entupindo os aeroportos. As obras pirotécnicas prometidas pela nossa candidatura se TODAS elas fossem entregues sem corrupção, sem processos, sem falcatruas e sem o IBAMA aporrinhar a paciência para defender teias de aranhas e sapos teríamos em tese a capacidade de receber apenas 151,8 milhões de passageiros representando uma diferença de 74,1 milhões de pessoas a mais no sistema sem ter para onde ir. Dá para imaginar que o caos aéreo será ainda pior especialmente quando estivermos recebendo um mar de gente para Olimpíada e Copa do Mundo.

O tempo médio para uma obra deste porte ficar pronta consome não menos que 92 meses entre a fase de elaboração do projeto, liberação da licença ambiental, licitação e obras propriamente ditas (dados do relatório IPEA). Isto que dizer 7,6 anos na calculadora.
Os eventos acontecerão em 2014 e 2016 não precisa esfregar a bola de cristal para saber que o Brasil já pisou na jaca.

O relatório IPEA é modesto em suas conclusões como sendo apenas uma questão de gestão e nível de investimentos, bem como o uso da iniciativa privada. Bem longe disso.
A solução para isso passa por um choque térmico de derreter aço.
Primeiro lugar é o governo parar de colocar açougueiro para cuidar de uma fábrica de componentes eletrônicos, interromper o processo de criação de dificuldades para vender facilidades como a tal secretaria que veio para ficar no lugar da pitoresca ANAC, planejar prevendo anos à frente. Se aqui eu consegui colocar um futuro sombrio sendo um leigo que estrago faria positivamente um entendido no ramo.

Segundo lugar: deixar a iniciativa privada entrar no circuito como já temos notado nos outros modais, principalmente os portos em zonas oceânicas. Porque na aviação não?
Ceifar as cabeças da estatal INFRAERO e colocar na direção um técnico altamente qualificado e não um babão qualquer para satisfazer a sede de cargos dos partidos.
Terceiro, parar de levar na flauta esse assunto e encarar como um desafio ultra-importante que impede o Brasil crescer. O exemplo disso é que, apesar dos mega acidentes aéreos dos últimos tempos, caos nos aeroportos, gente morrendo em filas para entrar num banheiro de aeroporto sujo e com falta de papel higiênico e famílias dormindo na laje o governo não se mexeu e não gastou um centavo a mais para estancar a hemorragia da matança de nossos aeroportos.
Dilma Roussef que tal trocar essa bobagem de quer um lugar ao sol na cadeira no conselho de segurança da ONU e colocar essa moçada para trabalhar heim?
Quer minha ajuda? Faço de graça.


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Magno Almeida Lopes, escritor e jornalista free-lancer, administrador de empresas com habilitação em negócios internacionais, tecnólogo de obras e solos, engenheiro de rede Lan, membro efetivo da academia Piracicabana de letras, MBA em comércio exterior. Piracicaba (SP), 15 de abril de 2011. email: lopesmagno@gmail.com

terça-feira, 12 de abril de 2011














VOO 447 DA AIR FRANCE

Pela segunda vez venho abordar esse assunto de cunho trágico ocorrido, infelizmente, em águas brasileiras em 2009 com a queda do magnífico Airbus 330 na madrugada de 31 de maio para 1 de junho de 2009 matando todos a bordo.
Entenda a cronologia do episódio:
· Vôo parte do Rio de Janeiro as 19:03 hrs;
· As 22:48 hrs último contato de voz efetuado a 565 km de Natal. Piloto é informado de que entraria do espaço aéreo do Senegal;
· Neste momento a aeronave fica fora da cobertura do radar de Fernando de Noronha. O registro era de um vôo com velocidade e altitudes normais;
· As 23:00 hrs o avião passa por severa turbulência;
· As 23:14 hrs avião envia mensagem eletrônica de pane, informando que teria ocorrido perda de pressurização e falha no sistema elétrico;
· 23.20 hrs a aeronave não fez contato com o centro de controle como estava previsto.
A partir deste instante jaziam no fundo do mar 228 passageiros mais tripulantes.
A queda é envolta em mistério.
No jargão da aviação diz-se que existe um céu cheio de CB’s rondando esse caso que coloca a Air France em cheque.
Logo após o acidente debrucei-me sobre o computador localizando pilotos amigos meus que voam, inclusive, na rota Brasil – Europa. Alguns deles estavam em serviço naquela fatídica noite ou em solo ou em vôos cruzando o Atlântico.
Minutos antes, no mesmo local do acidente, um avião da Lufthansa havia passado ileso, ainda que com forte turbulência, reportando danos à aeronave pela presença de uma formação de chuva de rara intensidade e que alcançava altitudes acima dos 60 mil pés.
A formação, segundo os pilotos, estava causando micro busters, fortes rajadas de vendo que variavam de cima para baixo e de baixo para cima com formação de gelo conforme os aviões adentravam a tempestade.
Micro busters já derrubaram muitos aviões ao redor do mundo, por isso hoje nos mais modernos aeroportos existem equipamentos para detectar essa anomalia perigosa de ventos antes que as aeronaves sofram danos ou mesmo caiam.
O que os pilotos amigos afirmam é que o avião da Air France estava prestes a adentrar a perigosa condição de tempo quando o capitão solicitou, via rádio, alternativa ao controle do Senegal para evitar a formação de nuvens de tempestade. Autorizado a voar para no norte, desviando seu curso em dezenas de milhas o piloto, entretanto, foi desautorizado pela sede da empresa que monitora os vôos no Atlântico a desviar o jato do seu curso original pela simples razão de economia de combustível.
Explica-se. A distância menor entre dois pontos distintos é uma reta. O piloto estava propondo fazer curvas para desviar o que sabidamente gasta querosene combustível usado pelo jato Airbus A330.
O piloto temendo represálias da empresa e com bastante temor até de perder seu emprego obedeceu a sede da empresa e deu no que deu.
Em 2/09/2009 os pilotos da Air France-KLM acusaram os investigadores de acidentes da companhia de tentar encobrir a causa da queda do Airbus que fazia o vôo 447, do Rio de Janeiro a Paris.
Porque?
"Eles estão tentando culpar os pilotos, eles não querem a verdade", afirmou Gerard Arnoux, porta-voz do Sindicato dos Pilotos da Air France à época.
Porque?
Basta apenas imaginar a seguinte situação na busca das caixas pretas (alías, são de cor laranja a bem da verdade) de se localizar nelas as conversas da tripulação corroborando o que os pilotos observaram naquela noite sobre economia de combustível ordem dada pela sede da Air France.
A segunda caixa, que grava muitos dos sistemas a bordo, revelar que nada havia de errado com a aeronave como eu suponho que tenha acontecido.
O que ocorreria então? O fechamento da Air France, desemprego e a aviação mundial colocada em risco irrecuperável de confiança e credibilidade.
Entenderam agora o porque da desconfiança gera?
Alguém aí acha que as caixas vão ser recuperadas?
Alguém aí acredita que a culpa vai recair sobre a empresa e não sobre o piloto?
Não existe contra provas para investigação de caixas pretas.
Elas até poderão ser encontradas, mas seu conteúdo jamais revelará de fato a verdade.
Vão acabar achando alguma pelugem em ovo e culpar quem não pode mais falar ou se defender, a tripulação do vôo 447.
Testes feitos por pilotos experimentados em simuladores de vôos voando nas mesmas condições de tempo e equipamentos tiveram seus aviões virtuais destruídos da mesma forma. Coincidência não?
Alguma coisa cheira mal nessa história. Tem gente escamoteando a verdade.
Enquanto isso, as buscas trarão à tona mais infelizes vítimas, bem com peças do avião que pode muito bem ter sido derrubado por economia de alguns tostões de querosene de aviação.
Quero aqui publicamente dizer que será muito prazeroso escrever sobre esse assunto de novo e descobrir que eu estou enganado e que a queda foi por conta de um dispositivo que deu pane ou por um parafuso mal apertado.
Vamos ver.....vamos ver....


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Magno Almeida Lopes, escritor e jornalista free-lancer, administrador de empresas com habilitação em negócios internacionais, tecnólogo de obras e solos, engenheiro de rede Lan, membro efetivo da academia Piracicabana de letras, MBA em comércio exterior. Piracicaba (SP), 11 de abril de 2011. email: lopesmagno@gmail.com

sexta-feira, 8 de abril de 2011

QUEM APERTOU ESSE GATILHO?

















ALGUEM APERTOU ESSE GATILHO?

O Brasil acabou de entrar na era da globalização. O caso da matança de crianças no Rio de Janeiro por um jovem maluco imitando crimes como das escolas americanas de Columbine (1999) e de Virginia Tech (2007) abre espaço para nosso País figurar na lista de lugares onde se pratica o tiro ao alvo, geralmente com crianças inocentes.
Desta vez, o sujeito de nome Wellington Oliveira, munido de dois revolveres de grosso calibre entrou na escola onde já havia estudado para trucidar alunos em suas próprias salas de aula numa sessão de matança selvagem.
Motivo: vários. Porque se julgava feio, patético, apático e porque nunca conseguiu namorar nenhuma menina.
Logo depois o cidadão meteu uma bala na boca, suicidando-se, deixando uma carta escrita com tinta religiosa num esboço sádico, premeditado do que é capaz uma mente frágil atormentada por desocupação pura e, quem sabe, movida a toneladas de drogas pesadas.
Antes de sair para a caça na escolinha do bairro de Realengo no Rio de Janeiro, colocou fogo em seu computador e destruiu toda a mobília e aparelhos elétricos da casa onde morava.
O desfecho não poderia ser pior. 12 mortes imediatas e sabemos lá quantas mais adiante.
Wellington deflagrou 60 projéteis e atirava com os dois revolveres ao mesmo tempo cena repetida à exaustão em filmes farwest antigos.
Quero aqui dizer que o crime dele tem colaboradores e muitos. Tem gente que apertou o gatilho juntamente com o assassino suicida.
A começar da imbecil sociedade brasileira que votou algum tempo atrás no plebiscito para que o comércio e a fabricação de armas continuasse a todo vapor. Deu no que deu.
Quem votou a favor de termos armas na rua é tão culpado quanto ele.
Talvez até um dos pais dessas famílias enlutadas tenha votado daquela forma, quem sabe. Agora resta uma dor e uma consciência para lá de pesada.
A mídia seja lá de qual forma, também apertou o gatilho trágico com Wellington. Sempre disposta a patrocinar cobertura ininterrupta e de forma cinematográfica para ficar com a audiência no pico no famoso “o céu é o limite” apelando para o sensacionalismo.
Sabidamente degenerados da natureza de Wellington e outros tantos massacres já ocorridos tiveram uma bela injeção de adrenalina da mídia que faz carnaval e dá os quinze minutos da fama para elementos assassinos, mesmo que pós mortem.
A terceira entidade que usou do gatilho de Realengo foi o Estado, digo o município do Rio de Janeiro, o Estado em si do Rio e o País como um todo.
O governo não tem coragem de barrar as armas porque tem gente que ganha muito na logística do tráfico internacional de armas.
Não tem peito para fechar as fronteiras ao crime de comercialização de armas porque está comprometido até o talo com o crime. Todo mundo ganha um pouco. Então para que se preocupar não?
Algumas mortes assim são baixas de guerra.
A ausência do Estado é crime inafiançável e tivéssemos uma justiça aqui digna, honrada, preocupada com o bem estar do cidadão e não com questões que a levou a desprezar o trabalho da PF na Operação Castelo de Areia deixando livres os quadrilheiros talvez, quem sabe, não assistiríamos o Estado pagar sua pena de forma integral, sem direito à liberdade condicional?
Enquanto tivermos no Brasil cidadãos como o nobre Sr. Marcio Thomas Bastos que ousa comemorar esse tipo de coisa defendendo, como advogado, uma toda poderosa construtora manjadíssima em atos de corrupção, haveríamos de ter um Brasil com “B” maiúsculo.
A velha vitória do cinismo, da bestialização da nossa justiça que se vende por trocados e que prefere adoçar a boca do crime ao invés de proteger a sociedade que paga vultosos salários para ser traída.
Diz o STJ que a decisão baseou-se numa denúncia anônima e invalidou todo um árduo trabalho, alías digno da Scotland Yard ou FBI/CIA realizado pela PF brasileira.
O executivo dá de ombros dizendo que é um problema de fronteira o tráfico de armas como se a fronteira fosse apenas dos nossos vizinhos e a nossa virtual.
É preciso mobilização da sociedade paquidermicamente mofada com tanto descaso. Vamos para um segundo plebiscito e com isso interromper a alimentação do crime armado.
Vamos fechar as fábricas de armas e colocar no lugar delas mais bancos de escola ou demoli-las para dar espaço a mais trigo ou arroz no chão.
Sociedade hipócrita não merece compaixão como a nossa. Agora chora condoída com a dor das famílias dos estudantes mortos, mas que deixa uma arma em cima do armário pronta para matar o vizinho caso ele faça barulho à noite.
O Estado tem que se mover para dar cabo da honradez de suas obrigações pátrias e não nos envergonhar com a palidez de atitudes frente às milhares de famílias brasileiras em luto por tantas mortes com arma de fogo.
O Congresso tem que colocar de lado um pouco a arte da roubalheira e pelo menos deixar para gerações futuras o presente de uma lei que dê um basta em tanto maluco carregando armas sem saber usa-las ou usando-as para matar gente inocente.
Enfim, a educação. Ela deve ser o amalgama que enobrecerá o futuro do Brasil se um dia quisermos ser um país sério.
Não precisamos de armas, mas sim de mais giz e lousa, mais professores ganhando bem e pais mais propensos a educar suas crianças com menos símbolos de violência.
Parabéns, portanto, aos co-autores do crime de Realengo. Durmam com essa.




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