JORNAL PENA LIVRE

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quarta-feira, 20 de julho de 2011

















QUADRILHA DE MORTE

De origem inglesa, a quadrilha (dança em pares) ajuda a animar as chamadas festas juninas, aliás, também conhecidas como festas Joaninas tendo como referência São João. Um animador vai pronunciando frases conjugadas com o embalo musical enquanto os demais participantes, geralmente em casais, se movimentam de acordo com as mesmas. Para alguns estudiosos sociais, especialmente antropólogos, essa forma de festividade representa uma referência ao pensamento evolucionista muito em voga principalmente no século XIX, onde pessoas que residiam nas cidades agiam de forma estilizada, zombeteando dos moradores de áreas rurais mesmo sem se darem conta.
Que felicidade seria falar mais disso, dos folguedos, das bebidas típicas.
Mas a quadrilha que quero abordar aqui trabalha em todos os rincões do Brasil sob o comando da batuta corruptiva do PR, ex PL em junção com o PRONA de Enéas Carneiro, já falecido.
O ministério dos Transportes se transformou na formosura relação incestuosa entre dinheiro público de um lado e de outro espertalhões travestidos nomeados por politiqueiros de plantão e o arsenal das empreiteiras desonestas que ganham milhões desde que Pero Vaz de Caminha elaborou seu texto à corte de Portugal.
Dilma resolveu colocar a vassourinha de Jânio Quadros para rodar a baiana e está colocando no olho da rua todos os envolvidos, embora já se saiba que o final disso tem cheiro de pizza assada cuja brasa foi acesa com nosso dinheiro suado dos nossos impostos.
A comparação dos custos de obras em governos brasileiros é uma fantástica magia da matemática onde dois mais dois somam vinte e dois e não quatro.
A China recentemente inaugurou uma extensa ponte de mais de 42 kms chamada Jiaodhou e teve o orçamento contabilizado em mais ou menos, em nossa moeda, R$ 57 milhões por quilometro construído totalizando, portanto, R$ 2.394 bilhões de reais no total.
Com apenas 3,6 quilômetros de extensão, uma maravilhosa ponte sobre o rio Negro, em Manaus, é mais um exemplo de como são esticados os orçamentos de obras sob os cuidados do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). Tendo como orçamento inicial a quantia de R$ 574,8 milhões, sua construção, até aqui, já consumiu dos cofres públicos nada menos que R$ 1,07 bilhão. Ou, na prática, o dobro que fora previsto. Isso significa que o custo por quilômetro desta ponte é de R$ 297,5 milhões até aqui. (Fonte http://www.diariolitoral.com.br, acesso em 20/07/2011).
Nem precisa ser bidu ou sábio para fazer as contas e descobrir que o DNIT estufa todos os orçamentos para dar de mamar a quadrilha que tomou conta do Ministério dos Transportes, mais a cadeia de corrupção terminando com as construtoras embolsando quantias absurdas algumas delas crescendo mais de 500% num único ano.
Estupendo sob a ótica econômica.
Um mágico que consegue fazer crescer uma empresa com essa magnitude deveria ser convocado para ser o dono da porcada no FMI e ajudar a resolver o derretimento da zona européia do Euro e, quem sabe, auxiliar Barak Obama a conseguir segurar o calote norte americano.
A cadeia de eventos é em formato de looping. A empreiteira ajuda o político que coloca a empresa para concorrer de forma fraudulenta, quando esta ganha a obra multiplica o custo por 10, 100 ou mil vezes o original e a grana depois é repartida com a gangue toda retroalimentando o sistema.
Dilma vai perder a queda de braço. Se conseguir limpar a quadrilha vai perder pontos com um dos partidos que lhe dá suporte. Lula já saiu da toca para meter o pitado no caldo que promete azedar com a chegada da orgia de gastos para sediar dois mega eventos esportivos que o Brasil vai receber, as olimpíadas e a copa do mundo. Sobre a copa talvez fosse melhor o Brasil desistir da tentativa do hexa e ficar mesmo de gandula catando as bolas em campo que vai fazer menos vergonha. Já basta a copa América e o fiasco anunciado.
Não tem ninguém vivo neste País que consiga destruir esse esquema que há séculos torra fortunas dos bobos que pagam impostos para lá de descabidos e despudorados.
O Ministério do Transporte reporta a mais dura realidade brasileira. Tudo só funciona mesmo no esquema e na base do toma lá dá cá.
A começar do simples suborno do cidadão querendo escapar de uma multa de trânsito. É cultural. Isso veio nas caravelas de Cabral e ponto final.
Enquanto outros países foram colonizados por gente querendo trabalhar e construir algo novo aqui viemos de carona na velhacaria da família real de D. João Vi que saqueou Portugal e deu até um nó em Napoleão Bonaparte.
D. João com mais de 15 mil larápios e servos fugiram de Portugal e deu no que deu. Cultura é coisa adquirida por herança e não comprada na loja da esquina. Parece que D. João já fazia suposição de que aqui seria o solo sagrado da sacanagem e paradeiro de bandidos, até importados como Cesare Battisti que escapou da cana e agora tem roupa, comida e abrigo às nossas custas.
Arre égua como dizem alguns no nordeste.
Vá roubar assim na esquina.

Acessem meu blog para ver este artigo e muitos outros
http://jornalpenalivre.blogspot.com/
Magno Almeida Lopes, escritor e jornalista free-lancer, administrador de empresas com habilitação em negócios internacionais, tecnólogo de obras e solos, engenheiro de rede Lan, membro efetivo da academia Piracicabana de letras, MBA em comércio exterior. Piracicaba (SP), 20 de julho de 2011. email: lopesmagno@gmail.com

















De origem inglesa, a quadrilha (dança em pares) ajuda a animar as chamadas festas juninas, aliás, também conhecidas como festas Joaninas tendo como referência São João. Um animador vai pronunciando frases conjugadas com o embalo musical enquanto os demais participantes, geralmente em casais, se movimentam de acordo com as mesmas. Para alguns estudiosos sociais, especialmente antropólogos, essa forma de festividade representa uma referência ao pensamento evolucionista muito em voga principalmente no século XIX, onde pessoas que residiam nas cidades agiam de forma estilizada, zombeteando dos moradores de áreas rurais mesmo sem se darem conta.
Que felicidade seria falar mais disso, dos folguedos, das bebidas típicas.
Mas a quadrilha que quero abordar aqui trabalha em todos os rincões do Brasil sob o comando da batuta corruptiva do PR, ex PL em junção com o PRONA de Enéas Carneiro, já falecido.
O ministério dos Transportes se transformou na formosura relação incestuosa entre dinheiro público de um lado e de outro espertalhões travestidos nomeados por politiqueiros de plantão e o arsenal das empreiteiras desonestas que ganham milhões desde que Pero Vaz de Caminha elaborou seu texto à corte de Portugal.
Dilma resolveu colocar a vassourinha de Jânio Quadros para rodar a baiana e está colocando no olho da rua todos os envolvidos, embora já se saiba que o final disso tem cheiro de pizza assada cuja brasa foi acesa com nosso dinheiro suado dos nossos impostos.
A comparação dos custos de obras em governos brasileiros é uma fantástica magia da matemática onde dois mais dois somam vinte e dois e não quatro.
A China recentemente inaugurou uma extensa ponte de mais de 42 kms chamada Jiaodhou e teve o orçamento contabilizado em mais ou menos, em nossa moeda, R$ 57 milhões por quilometro construído totalizando, portanto, R$ 2.394 bilhões de reais no total.
Com apenas 3,6 quilômetros de extensão, uma maravilhosa ponte sobre o rio Negro, em Manaus, é mais um exemplo de como são esticados os orçamentos de obras sob os cuidados do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). Tendo como orçamento inicial a quantia de R$ 574,8 milhões, sua construção, até aqui, já consumiu dos cofres públicos nada menos que R$ 1,07 bilhão. Ou, na prática, o dobro que fora previsto. Isso significa que o custo por quilômetro desta ponte é de R$ 297,5 milhões até aqui. (Fonte http://www.diariolitoral.com.br, acesso em 20/07/2011).
Nem precisa ser bidu ou sábio para fazer as contas e descobrir que o DNIT estufa todos os orçamentos para dar de mamar a quadrilha que tomou conta do Ministério dos Transportes, mais a cadeia de corrupção terminando com as construtoras embolsando quantias absurdas algumas delas crescendo mais de 500% num único ano.
Estupendo sob a ótica econômica.
Um mágico que consegue fazer crescer uma empresa com essa magnitude deveria ser convocado para ser o dono da porcada no FMI e ajudar a resolver o derretimento da zona européia do Euro e, quem sabe, auxiliar Barak Obama a conseguir segurar o calote norte americano.
A cadeia de eventos é em formato de looping. A empreiteira ajuda o político que coloca a empresa para concorrer de forma fraudulenta, quando esta ganha a obra multiplica o custo por 10, 100 ou mil vezes o original e a grana depois é repartida com a gangue toda retroalimentando o sistema.
Dilma vai perder a queda de braço. Se conseguir limpar a quadrilha vai perder pontos com um dos partidos que lhe dá suporte. Lula já saiu da toca para meter o pitado no caldo que promete azedar com a chegada da orgia de gastos para sediar dois mega eventos esportivos que o Brasil vai receber, as olimpíadas e a copa do mundo. Sobre a copa talvez fosse melhor o Brasil desistir da tentativa do hexa e ficar mesmo de gandula catando as bolas em campo que vai fazer menos vergonha. Já basta a copa América e o fiasco anunciado.
Não tem ninguém vivo neste País que consiga destruir esse esquema que há séculos torra fortunas dos bobos que pagam impostos para lá de descabidos e despudorados.
O Ministério do Transporte reporta a mais dura realidade brasileira. Tudo só funciona mesmo no esquema e na base do toma lá dá cá.
A começar do simples suborno do cidadão querendo escapar de uma multa de trânsito. É cultural. Isso veio nas caravelas de Cabral e ponto final.
Enquanto outros países foram colonizados por gente querendo trabalhar e construir algo novo aqui viemos de carona na velhacaria da família real de D. João Vi que saqueou Portugal e deu até um nó em Napoleão Bonaparte.
D. João com mais de 15 mil larápios e servos fugiram de Portugal e deu no que deu. Cultura é coisa adquirida por herança e não comprada na loja da esquina. Parece que D. João já fazia suposição de que aqui seria o solo sagrado da sacanagem e paradeiro de bandidos, até importados como Cesare Battisti que escapou da cana e agora tem roupa, comida e abrigo às nossas custas.
Arre égua como dizem alguns no nordeste.
Vá roubar assim na esquina.

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Magno Almeida Lopes, escritor e jornalista free-lancer, administrador de empresas com habilitação em negócios internacionais, tecnólogo de obras e solos, engenheiro de rede Lan, membro efetivo da academia Piracicabana de letras, MBA em comércio exterior. Piracicaba (SP), 20 de julho de 2011. email: lopesmagno@gmail.com

segunda-feira, 11 de julho de 2011
















FIM DOS SPACE SHUTTLES

Neste final de semana (9 e 10/07/2011) decolou de Cabo Canaveral (Flórida, EUA) o Atlantis, último dos space shuttles a ser lançado dentro do programa de naves espaciais recuperáveis.
Apelidados de ônibus espaciais, o Atlantis marca o final de uma epopéia que remonta a 1975, logo após o encerramento de programa Apollo que acabou levando astronautas ao nosso satélite natural, a lua.
Os primeiros testes foram realizados naquele mesmo ano de 1975 quando, acoplados ao costado de um avião Boeing 747, voaram pela primeira vez em testes de grandes altitudes.
Dentro deste contexto, o ônibus espacial ainda hoje prossegue sendo uma das maquinas mais complexas engendradas pelo ser humano a levar pessoas de um ponto A para um ponto B.
A estação ISS (estação espacial internacional) não teria sido possível sem a participação dos space shuttles da NASA que encerra a sua carreira com sucessos e fracassos como os da Challenger e Columbia que explodiram no ar sem dar chance de sobrevivência aos seus tripulantes.
De qualquer forma fica aqui minha sincera homenagem a estes homens e mulheres que perderam suas vidas em prol da ciência, da pesquisa e da aventura.
Seus nomes serão lembrados como Yuri Gagarin, Neil Armstrong, ou mesmo Cristóvão Colombo.
Foram construídas cinco naves espaciais operacionais: Columbia, Challenger, Discovery, Atlantis e Endeavour.
A Discovery e a Endeavour já encerraram gloriosamente suas carreiras de sucesso (a Discovery realizou a sua ultima missão em 09/03/2011 e a Emdeavour decolou para seu derradeiro vôo em 16/05/2011).
Todas agora são peças de museu e representam o pico do Everest em termos de audácia, perícia, engenharia e ousadia do ser humano, bem como tecnologia embarcada.
O próximo programa espacial da NASA ainda esta em processo de gestação. Não se sabe o nome nem, tampouco, o tipo de veículo lançador que de hábito chamamos de foguete.
O que pouca gente sabe é que foram montados na verdade sete aeronaves e não cinco, sendo que duas delas jamais voaram ou saíram do chão: a Enterprise e Pathfinder, a primeira na verdade foi apenas um protótipo sem motor e a segunda um simulador em três dimensões usado para o treinamento das tripulações.
Os russos também tiveram veículos recuperáveis espaciais: Buran e o Ptichka. Destas duas apenas o Buran voou de fato em 1988, em uma missão não tripulada. Ambas foram desmontadas em novembro de 1995 após o abandono do projeto pelos russos.
De todas as espaçonaves a Discovery foi sem duvida a que mais feitos históricos realizou em 27 anos de serviços prestados: a que mais voou, a recordista em permanência no espaço, a primeira levar um robonauta ao espaço (robô especializado em determinadas funções mais perigosas dentro da ISS), visitou duas estações espaciais russas, lançou o telescópio Hubble, e, finalmente foi a espaçonave que alçou vôo após as duas grandes tragédias da Columbia e da Challenger mostrando ao mundo uma vontade de perseverar mesmo com erros que causaram tantas mortes.
Cumpriu voando uma distância que a levaria ao sol e de volta até a metade do caminho, foi a nave espacial que mais homens levou em órbita, a que mais circulou a terra (5.628 vezes), ficou ainda 352 dias completos voando ao redor da terra e percorreu incríveis 230 milhões de quilômetros.
Ela ainda levaria o homem mais idoso ao espaço, o famoso cosmonauta John Glenn, o primeiro americano a orbitar a terra em 1962.
Uma curiosidade acerca da nave Endeavour. Ela foi montada com sobras de material remanescente e de reserva do programa dos ônibus espaciais americanos, em substituição da fatalmente desintegrada nave Challenger (1986) e voou pela ultima vez este ano no mês de maio.
Os foguetes ao todo 54, sendo cinco deles usados para decolagem e os outros 49 para manobras espaciais, desenvolviam incríveis 30.800.000 Newtons de potência. (cada 9,8 newtons acaba valendo mais ou menos 1 Kgf - quilograma força - ou simplesmente 1 kg).
Ou seja, a groso modo os foguetes eram capazes de um empuxo da ordem de 3.142.857 Kgs, mais ou menos 120 turbinas a jato do B747 juntas a todo vapor.
Outro dado que muita gente não conhece é que as espaçonaves contavam com 3 tanques de combustível, sendo que dois deles eram de elemento carburante sólido e o maior de cor laranja carregava metade da carga de oxigênio e a outra metade hidrogênio.
Os dois tanques de combustível sólido eram recuperados logo após o uso para reaproveitamento. O tanque maior era destacado e caia através da força da gravidade e se desintegrava na reentrada pelo atrito com o ar.
Como tudo o que é bom dura pouco o programa space shuttle foi encerrado mais por conta da falta de dinheiro para continuar os lançamentos e aperfeiçoar outro tipo de espaçonave mais leve e barata.
A continuidade da montagem da ISS (estação espacial internacional) dependerá agora de outros lançadores como a nave Soyuz (russa) mais barata confiável, embora super desconfortável e espartana em equipamentos ou lançadores franceses, chineses e até japoneses.
Os dirigentes da NASA, na realidade, se preocupam agora em olhar para Marte, destino que as space shuttles não conseguiriam atingir tendo em vista seu projeto original para vôos orbitais apenas e sem capacidade de um vôo para um destino tão longínquo.
De qualquer forma os ônibus espaciais vão deixar saudades agora colocados em exibição em museus norte americanos.
Fecho este artigo com um aplauso efusivo aos homens e mulheres que puderam construir, inclusive com sangue, um capítulo da história espacial americana de tanto sucesso.
Aos tripulantes da Challenger e da Columbia a saudade dos entes queridos e dos que admiravam a sua façanha de explorar o desconhecido e de ter coragem de encarar tamanho desafio pessoal com o risco de sua própria vida.
Assim como tantas outras histórias, esta também foi escrita com sangue, suor, lágrimas e um baita espírito colombiano de explorar além da linha do horizonte.

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Magno Almeida Lopes, escritor e jornalista free-lancer, administrador de empresas com habilitação em negócios internacionais, tecnólogo de obras e solos, engenheiro de rede Lan, membro efetivo da academia Piracicabana de letras, MBA em comércio exterior. Piracicaba (SP), 11 de julho de 2011. Email: lopesmagno@gmail.com

segunda-feira, 4 de julho de 2011
















SOCORRO! APERTEM OS CINTOS. O AEROPORTO SUMIU.

Sr. Tuchiro e família embarcam num super trem de alta velocidade no centro de uma cidade grande e caótica como São Paulo e em minutos já estão no lobby principal do aeroporto rumo ao seu destino final de viagem, os Estados Unidos.
Viagem de férias. A família Tuchiro vai visitar a Disney pela primeira vez.
As crianças estão exultantes e felizes pela oportunidade de ver o Mickey e seus amigos no Magic Kingdon.
Após o desembarque Sr. Tuchiro, com dúvidas acerca do seu portão de embarque, pediu a uma atendente que informasse onde ficava o “gate” AB. A funcionária do aeroporto gentilmente e com um belo sorriso no rosto conduziu a família em segurança para seu portão de embarque.
Infelizmente o tempo não permitia decolagens e o aeroporto foi fechado para pousos de decolagens. Chovia e ventada demais.
No microfone uma voz informava sobre o adiamento dos vôos, mas também dava opções aos passageiros como, por exemplo, esperar o embarque em confortáveis micro-apartamentos com banheiro, inclusive chuveiro, um sofá, cadeira do papai, tv, um terminal informativo dos vôos e telefone por um preço bem camarada.
Nada de stress, sem filas e sem aborrecimento.
Se a família Tuchiro tivesse feito opção do seu carro próprio ao invés do trem bala para se deslocar até o aeroporto haveria vaga disponível com estadia reduzida para diárias integrais inclusive com serviço de manobrista e por alguns trocados a mais uma lavagem no veículo, caso seja necessário.
Tão logo o aeroporto abriu para pousos e decolagens a família Tuchiro foi avisada no telefone do seu micro apartamento para embarque imediato no portão AB.
Avião no spot e a família decolou rumo ao mundo mágico da Disney.
Essa historinha parece ficção científica não?
Mas não é. Trata-se de um embarque feito aos milhares no aeroporto de Kitakyushu, província de Fukuoka no Japão.
E olhe que não é um dos aeroportos considerados Hub Ports (portos ou aeroportos principais que servem para alimentar aeroportos menores).
Marcelo Rezende (Tv Record, programa Repórter Record) neste domingo dia 03/07/2011 exibiu, juntamente com sua equipe, a situação calamitosa de TODOS os aeroportos nacionais.
Sei que já escrevi várias vezes sobre o tema, mas não custa nada bater na tecla de novo tentando, quem sabe, sensibilizar alguém com um pouco mais de região glútea na cabeça para pensar sobre o assunto e tomar as decisões que, em face aos dois mega eventos esportivos que receberemos, já deveriam ter sido tomadas.
Queria aqui comentar alguns casos pitorescos que o programa apontou.
Em Vitória (ES) só existem cinco privadas operacionais em todo o complexo aeroportuário.
Em São Luiz (MA) a área de desembarque é uma barraca de lona improvisada, sem ar condicionado, sem asfalto na rua e sem banheiros. Os que existem são aquelas infernais unidades químicas que cheiram a ratoeira, uma gaiola de plástico injetado que fede à distância.
Deus me livre.
Existe uma personificação da culpa ela se chama INFRAERO.
Tudo sob seu controle está no comando de máfias ou impérios constituídos para roubar. Vamos elencar alguns monopólios que a INFRAERO deixa acontecer:
- Máfia do estacionamento. Em todo o Brasil os estacionamentos aeroportuários cobram as jóias da coroa para uma vaga apenas, isso quando tem alguma disponível.
No aeroporto de Combina (SP) a empresa fatura, somente com vagas para tempo mínimo, uma fortuna UM MILHÃO DE REAIS/mês e dá ao cliente uma “banana” contribuindo muito para a guerra entre os consumidores que são obrigados a disputar as vagas no muque, não raro os casos de violência provocada por essa batalha provocada pela INFRAERO.
- Máfia dos táxis. Essa é antiga e fica fechada nos chamados táxis “especiais” se intitulam assim para cobrar corridas cujos bolsos dos usuários são estuprados sumariamente com preços exorbitantes para um país pobre como o nosso. Táxis especiais? Não tem nada de especiais. São carros comuns apenas pintados de azul. Alguns parecendo as carroças do tempo do Color de Melo.
- Café e pão de queijo: outra máfia constituída para cobrar o olho da cara. Marcelo Rezende testou o preço para dois cafés curtos e um pão de queijo: R$ 10,00!!!!
- Restaurantes idem. Os que tem comida decente cobram por um prato com arroz, feijão, bife e salada a magnífica quantia de R$ 60,00 por pessoa!!!
Culpado para todo essa caos só tem um: INFRAERO que contribui para a exorbitância dos preços porque cobra alugueis das empresas residentes em seus aeroportos em valores praticados somente na Arábia das mil e uma noites.
Em São Luiz a INFRAERO perguntada sobre o caos naquele aeroporto se limitou a soltar uma nota impressa com a mais fantástica cara de pau que se tem notícia dizendo que vai reduzir para R$ 13,00 a tarifa atualmente em R$ 20,00/cabeça para compensar o infortúnio.
Em Cumbica e Congonhas as tarifas são as mais caras do mundo.
No aeroporto japonês que abre este artigo por uma refeição completa servindo quatro pessoas a quantia paga alcança R$ 30,00, apenas isso.
Em SP com esse mesmo dinheiro o consumidor mal consegue comprar uma média com pão e manteiga.
AH Marcelo Rezende mostrou um outro aspecto da abundância de problemas aeroportuários. Em TODOS os aeroportos não tem assentos disponíveis para acomodar os passageiros em espera, nem para idosos ou deficientes físicos. O que se mais se observa são pessoas sentadas no chão, dormindo em cima das malas.
Em SP a cadeira de rodas ofertada pelo aeroporto o assento e tão pequeno que boa parte do corpo do passageiro fica de fora ocasionando lesões em pessoas com sobre peso, por exemplo.
Em Florianópolis o aeroporto está com quase todos os sanitários em reforma ficando para o passageiro apertado a missão de se virar não se sabe onde e de que maneira.
Em todos os aeroportos visitados Marcelo descobriu que se pode passar no Raio-X com armas brancas e as malas na área de desembarque JAMAIS são checados os tickets de bagagem.
Um verdadeiro território selvagem, ninguém manda em nada, não controla porcaria nenhuma e ninguém vem a público responder por isso.
Receberemos em breve Olimpíada e Copa do Mundo. Piada de mau gosto.
Como escrevi antes a certeza de o Brasil passar a maior vergonha do mundo ocidental.
O Palácio do Planalto não toma atitude nenhuma exceto acobertar licitações de estádios de futebol contribuindo para a instalação de um estado corrupto e cercado de interesses particulares.
O que se viu ultimamente foi uma vã tentativa de colocar a administração dos aeroportos em mão de particulares. A pedra filosofal não vai fazer milagre.
As obras necessárias já estão há muito fora do cronograma razoável de execução, exceto se for construído, como em São Luiz, apenas barracões de plástico para a galera se divertir sob sol escaldante e os malditos banheiros químicos destes que são montados em festas de peão.
Enquanto isso a INFRAERO vai cobrando US$ 100 para embarcar um passageiro em Cumbica com direito a usar o velho urinol e comer um sanduíche frio de pão com mortadela e um K-suco sem gelo.
Os cofres da estatal guardam incontáveis BILHÕES de reais e gasta uma ninharia por mês em investimentos porque nos quadros da INFRAERO simplesmente não tem ninguém que entenda do emaranhado de balbúrdia dos aeroportos nacionais independente do tamanho.
Chegamos em Julho. Férias. Disney vai estar lotada, assim como o nordeste.
As famílias brasileiras embarcarão sob os cuidados das asas da INFRAERO que promete transformar esta viagem num evento inesquecível de horror e sofrimento.
Quem sair de casa para enfrentar vôos por motivo de férias ou a trabalho convém resgatar o kit por mim sugerido em artigo de algum tempo atrás: sanduíches feitos em casa, papel higiênico, um kit de penicos individuais, almofadas para deitar no chão, velas votivas para acender para São Judas Tadeu (santo das causas impossíveis), um engradado de água mineral, colchonetes e bastante paciência.
Relaxa e goza que só está começando. Socorro o aeroporto sumiu.


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