JORNAL PENA LIVRE

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quinta-feira, 23 de maio de 2013

FAZER O QUE? ERA TUDO MENTIRA 
E AGORA “FESSORA?
Lembro-me com saudades dos bons tempos de escola, da velha professora, Dona Candinha, de geografia e dos laboratórios onde fazíamos o famoso sangue do diabo que era jogado no pano branco para logo depois a cor roxa desaparecer como que por magia.
Tínhamos os livros comprados na hoje não existente mais livraria Brasil no centro de Piracicaba onde meu pai era cliente mensalista.
Era uma mala cheia de bons livros que levava para a escola e eu achava que quanto mais fossem volumosos mais saber e credibilidade ali podia existir.
Acreditava mesmo que a Terra era redonda e o triangulo isósceles com
pelo menos dois lados de mesma medida e dois ângulos congruentes entre si. Difícil era calcular aquelas hipotenusas. O pessoal só tirava nota boa porque decorava fórmulas misteriosas e que nunca serviram a mim para nada.
Báscara, teorema de Pitágoras (eca), e a tabela periódica.
O meu livro de história quase não tinha figuras coloridas e isso era minha medição de livro erudito, sério e acima de qualquer suspeita.
O de ciências eu tratava com carinho, pois sempre gostei da cinemática, da óptica e dos mistérios do magnetismo, eletricidade (minha matéria predileta) e da dinâmica. Saberia hoje desenhar a capa daquele livro tamanho era meu fascínio por compreender o mundo que nos cercava e escarafunchar os segredos do porque a pilha fazia a lâmpada acender.
Havia erros claros, mas não tão pesados quanto os livros de história que colocavam Pedro Álvares Cabral como tendo descoberto o Brasil por ser um excelente navegador e não por ter errado o caminho para as Índias.
Os mesmos livros que idolatravam Hernán Cortés Monroy Pizzarro Altamirano como sendo um rico conquistador espanhol numa flama de heroísmo inexplicável.
A professora falava datas e lugares como sendo as coisas mais importantes e na prova lá vinha as mesmas perguntas: quem havia descoberto o Brasil e em que data? Ou quem foi o navegador Vasco da Gama ou seu irmão Pedro da Gama. Pedro quase nunca foi mencionado nos livros. Ele desapareceu sem deixar vestígios nas águas do oceano Índico após completar o giro no cabo da Boa Esperança de Bartolomeu Dias e seus intrépidos marinheiros que arriscaram tudo numa aposta.
Havia uma razão não explicada nunca. Porque homens se arriscaram através dos mares que não eram nem mapeados?
Que força tira um homem de sua cidade para embarcar num rumo praticamente sem volta e com alguns ainda acreditando que o mundo tinha formato plano como uma mesa e que havia, portanto, uma beirada para cair no vazio?
Falava-se como se tudo fosse apenas uma questão de brava gente com espírito de navegação.
O mito de Cortez que teria brigado com Montezuma e este enfurecido teria matado boa parte dos homens do navegador espanhol, quando, na verdade, o povo asteca, percebendo a traição de seu Rei Montezuma recebendo Cortez em seu palácio e o chamando de amigo, o matou a pedradas.
Hernan aproveitou o tumulto e escapou ileso levando, claro, toneladas de ouro do povo Asteca.
Engano triangular escaleno pensar que Cortez matou os Astecas a balas e através de guerras contínuas.
O primeiro contato com homens europeus e indígenas americanos trouxe uma bomba relógio escondida na pele dos homens brancos em forma de vírus, micróbios e micro-organismos desconhecidos no Novo Mundo.
O povo Asteca foi morto por uma pandemia de infecções como peste e varíola. Evidente que os Astecas não possuíam resistência em meio à sopa de bactérias presentes nos homens caras pálidas que desembarcavam daquelas banheiras de madeira ridiculamente grotescas e frágeis.
Cortez quando chegou pela segunda vez na grande cidade asteca de Tenochtitlán, que era maior até do que Londres e muito mais desenvolvida, percebeu que sua carga de micróbios já tinha feito o serviço que milhares de balas não teriam dado conta.
A tomada da cidade de Constantinopla, hoje Istambul na Turquia, foi mencionada pela professora como uma aventura do povo árabe que estava querendo deixar de ser nômade. Para isso teria que conquistar as rotas do comércio do mundo através da Meca dos mercadores e negociantes que era Constantinopla.
Havia certo romantismo no ar nessa aula se me lembro bem. Era como se o império otomano tivesse chegado às portas da grande cidade e gritado “olhem tudo isso é nosso” e logo após todos foram celebrar a queda da grande cidade comercial, que era Cristã e não muçulmana como alguns pensam, tomando cerveja.
A coisa foi brutal e sem precedentes.
O sultão Maomé II usou de artilharia pela primeira vez na história culminando com um ataque de 24 horas diárias, em três turnos, utilizando 70 a 80 grossos canhões atirando bolas pesadas de pedras durante mais de 53 dias ininterruptos contra os muros da fortaleza da grande cidade.
A cidadela caiu na força da pólvora e na morte de quase todos. Verdadeira carnificina.
E que por conta dessa conquista não havia mais como continuar a trazer mercadorias das Índias para a Europa por via terrestre.
Só restou mesmo o pessoal construir barcos e procurar um novo caminho para comercializar especiarias, especialmente pimenta do reino, que, obviamente não tinha a finalidade de salpicar a salada de ninguém, mas tão somente um dos potentes conservantes de alimentos como o sal e a gordura.
Lembrando que não existia Brastemp naquela época para gelar a comida.
A movimentação marítima se deu por conta de grana, metais preciosos e pura necessidade bruta. Se os Astecas tivessem só as roupas do corpo e comessem bananas estariam vivos até hoje.
Cortez talvez tenha sido um dos primeiros nazistas da história juntamente com o sultão que matou Constantinopla. Um usou armas biológicas e o outro a pólvora negra.
O que a cultura europeia trouxe de modernismo levou em troca vidas desperdiçadas pelas cobiças portuguesa e espanhola que ousaram um dia dividir o mundo em dois, tipo distribuição de jujuba.
Antes de a família real fugir de Napoleão para o Brasil há de se ressaltar que o interesse dos portugueses por aqui era extração de tudo o que pudesse brilhar, cheirar bem ou servisse para fazer móveis e outras quinquilharias.
Foi um dos maiores saques que o mundo já assistiu.
Ainda hoje boa parte dos tesouros europeus cheios de ouro tem o carimbo “made in Brasil” nas grossas barras do metal nobre.
A maioria do mobiliário europeu foi construída com nosso Jacarandá da Bahia (madeira super nobre) dizimado depois do roubo português.
Podemos, então, rasgar vários capítulos dos livros de História do Professor Ricão (Ricardo) dos meus bons tempos de escola e usar como calço de portas ou papel reciclado.
O mundo ainda é e sempre foi movido pela cobiça, ganância, exploração dos menos favorecidos e a história acontece somente onde pode brotar dinheiro do nada e alguém leve vantagem com isso.
O professor Pinóquio que o diga.



















terça-feira, 21 de maio de 2013

                 A COXINHA DA REVOLTA

Coxinha de frango fresca e crocante. Quem não gosta não? Essa iguaria tem origem no século XIX na grande São Paulo à época da grande industrialização.
Para quem não sabe o delicioso salgadinho é feito de massa de batata depois se passa na farinha de rosca e é frita em óleo bem quente. Experimentem.
Claro que este texto não vai ser devotado à culinária. Bem que eu queria, ao invés de falar das mazelas brasileiras, conversar sobre comida, sobremesa e bebida.
O fantástico salgadinho a que me refiro não é feito de batatas, mas de um cartão plástico, com tarja magnética e recebe o nome de bolsa família que eu carinhosamente apelidei de vale coxinha.
O vale não foi invenção do partido dos trabalhadores. Maldosamente a agremiação tomou posse de sua receita feita ainda na época do governo de Fernando Henrique Cardoso, portanto o PSDB.
O pai Fernando não sabia que estaria criando um divisor de águas.
Há alguns que correm defender a distribuição de dinheiro desta forma como atendendo a uma ideia de dividir riquezas.
Nesta semana, não se sabe de onde, um boato começou a circular que a bolsa iria acabar. Foi o estouro da boiada no pasto.
Milhões de pessoas saíram se pisoteando e passando uma em cima das outras para disputar uma vaga na fila do banco para receber e iguaria, digo a verba da coxinha.
Mais se pareceu a mim um filme da grande escapada de Saigon no final da Guerra do Vietnã.
Os bancos ficaram absolutamente entupidos de gente querendo sacar a grana e o tumulto foi geral. Foram comuns agências com quase tudo quebrado com a horda triturando o que havia pelo caminho em busca das moedas.
Triste. Uma cena de inferno de Dante.
Escrevi há muito tempo atrás que um dos piores males brasileiros foi criado no bojo dessa ideia da famigerada bolsa família, que na verdade, busca distribuir riqueza de uma forma totalmente ineficaz e estúpida.
Cria-se uma geração de parasitas de fato e de direito. O pasasitarismo é fomentado no momento em que nada se exige em contrapartida.
Dá-se a grana para gastos livres.
Não muitos os casos o pessoal gasta o dinheiro na primeira mercearia da esquina comprando pinga e cigarros como eu já vi várias vezes. Relatos de muitas pessoas dão conta que o vale coxinha é de fato um máximo acelerador de partículas quando o assunto é álcool e fumo.
Num país onde o consumo de cachaça é maior que leite de vaca dá para imaginar a festança do boi que é a data da liberação dos pagamentos. Os bares e botecos agradecem.
Conheci uma comunidade pobre de Piracicaba, o bairro Ondinhas algum tempo atrás.
Percebi no local que um frenesi toma conta das comunidades quando o assunto é gastar a bolsa família. O papo corrente é quanto daria para comprar em cigarros e bebidas.
Lamentável.
O governo distribui pão e dá-lhe circo ao invés de distribuir vale cultura, vale segurança, vale saúde e vale vergonha na cara.
Afirmei aqui várias vezes que o povo só se revoltaria de fato com o fim da mamata dos vale isso e aquilo ou quando faltasse força no meio do show de horrores chamado Big Brother Brasil, o BBB.
Faltou pouco para uma convulsão civil.
O governo paquidérmico demorou uma eternidade para acordar para a boataria do fim dos vales coxinha. Qualquer moleque que estivesse no ar nas odiosas redes sociais perceberia o zum zum zum que o governo só percebeu quando tinha virado pandemônio.
O PT ferozmente culpou de imediato a oposição. Teve ministra apontando o dedo para os partidos que não recitam o amém palaciano. O circo Veneno e Dalila viraria, então, para um show pirotécnico completo, fora dos palácios o povo foi no braço tentar sacar o dinheiro, enquanto as autoridades se esbofeteavam tentando achar um Judas.
Que vergonha!
Jamais imaginei ver Saigon ao vivo na TV.
O parasitismo do vale coxinha cede lugar ao completo estado de torpor em que o povo se encontra narcotizado pelo crime organizado que atira somente para ver cair a vítima, paralisado pelo atendimento de campo de concentração nos hospitais públicos, anestesiado pela totalidade de falta de perspectiva educacional e um futuro de hordas dispersas querendo ser povo.
Tive medo de ver a coisa sair de controle e alcançar as ruas, foi perto demais de uma carnificina.
Exagero?
Tente tirar a raiz que sustenta a planta parasita para ver que até a árvore hospedeira poder morrer.
O vale cozinha está seguro enquanto houver interesse em mantê-lo para conseguir voto em troco de um salgadinho frito.
O mundo está cheio de boas intenções, bem como o inferno.
O povo vive neste inferno e parece gostar vai fazer o que não?
O dia em que alguém inventar a distribuição de vale coxinha através de educação e a criação de um fenômeno de autodesenvolvimento individual ai sim não teria mais vontade de me mudar para Tokelau. (Nova Zelândia).









quinta-feira, 16 de maio de 2013

          OPINIÃO DE UM TÉCNICO DE FUTEBOL AMADOR

Essa é a bruxa Vassourinha. Além de seu aparato voador e poções mágicas, ela traz em sua bagagem toneladas de má sorte. Com sua varinha de condão transforma em desgraça tudo o que toca.
Ela, entretanto, será dispensada de suas funções nas Copas das Confederações e  do Mundo a serem realizadas num futuro próximo aqui no Brasil.
O destino da seleção brasileira de futebol já está selado sem a participação da jovem e simpática senhorinha maligna.
Todo brasileiro é um técnico predestinado ao sucesso, inclusive eu.
Vassourinha está bastante chateada ultimamente, por sinal, e vejo isso nos constantes e-mails que ela remete a mim.
Ela estaria sendo demitida do seu cargo de trazer azar para tudo por conta da robustez e eficiência da CBF e seus miquinhos amestrados em atuar nesse papel.
Por mais que meu sangue possa ser nessa época de jogos futebolísticos verde, amarelo azul e branco, se bem que nos outros dias ele está mais para azul, vermelho e branco, nada poderá barrar o fracasso da seleção nas duas contendas.
O papel da CBF frente à velha senhora bruxa é impecável.
Há uma necessidade pungente de fazer com que a seleção tome o caminho de casa mais cedo, desta vez mais fácil porque as duas mega estruturas de competição rolarão aqui mesmo nos gramados brazucas, bastará, portanto pegar o ônibus/carro e ir para casa.
O técnico da seleção brasileira, Felipão, é peça de museu de arqueologia face ao futebol moderno de correria e boas maquinarias estratégicas de jogo.
Felipão é de um tempo de futebol de várzea onde um grito valia mais que um bom craque fazendo gol. Valia e vale ainda a raça pura.
Time pequeno vai sempre na base do vai ou racha.
Além disso, o homem é grosso, respondão, desequilibrado e de um humor cadavérico.
Ha tempos que o futebol brasileiro é indigente e maltrapilho. Porque quer.
Os últimos resultados do time são piores que os lanterninhas do velho Desafio ao Galo, espécie de campeonato de futebol amador da cidade de São Paulo que costumava ser transmitido ao vivo pela Tv Record.
Naquela competição valia mesmo o delicioso sanduíche de “mortandela” do boteco do seu Joca que ficava nas imediações.
Se o time tivesse perdido ou não o lanche estaria esperando com refrigerantes e cervejas para todos os competidores, essa era a verdadeira festa.
Quando o time era bom de bola no campeonato do Desafio ao Galo seria capaz de vencer hoje qualquer seleção por melhor que seja.
Aquilo era amor ao futebol. Brigava-se de forma hercúlea por uma taça de “deis merréis” e mais o sanduíche do Joca. Meias furadas, camisetas quase apagadas sob patrocínio da Cera Parquetina e sabonete Eucalol. Eu mesmo assisti a muitas partidas de categoria internacional.
O futebol atualmente é montado com artistas de cinema, capaz da ponto G, celebridades que andam de Ferrari zero Km, muito zum zum zum da cartolagem infernal da CBF e as Confederações Estaduais que trabalham para desgraçar qualquer competição.
O futebol brasileiro da seleção canarinho caiu na desgraça por uma conjunção de fatores: técnicos obsoletos como Felipão, briga de foice para conseguir patrocínios para os times e os jogos de bastidores nocivos aos interesses da bola e do gol, uma imprensa que endeusa Ronaldinhos da vida que são bons em baladas e que deixam o gol vazio quando se trata de jogo com seleções do nível da Espanha ou Itália.
Desempenho em campo medíocre, fraco, sem brilho, jogadores interessados apenas no bolão para comprar outra casa na praia, táticas de campo jurássicas e técnicos especialistas em retranca. Muito Zé Bonitinho e falta de bola. Blá, blá blá não faz gol.
Futebol é bola na rede. Campeão moral é o escambau. Isto é usado por quem perdeu o jogo e tem a cara de pau de culpar Deus e o resto do mundo pelo fracasso.
A copa das Confederações será o descarte final do time montado por Felipão que somente a duras penas conseguiria bons resultados lá nos campos da CMTC (Desafio ao Galo).
Noves fora zero no placar, a estrutura para as duas competições não estará pronta.
Tem estádio que vai abrigar abertura das competições ainda no alicerce.
Os obras do entorno dos estádios está em estado embrionário e certamente não dará tempo para acabar mesmo porque são obras públicas sujeitas a assaltos, roubos, desvios, corrupção ativa e passiva e desvio de verba. Paga mesmo o calendário e cronograma de andamento das obras que fica no zero a zero.
Vai ter gente vendo a partida de dentro do Metrô ou num entupimento arterial de tráfego nas ruas das cidades sede.
Lamentável que o futebol tenha que passar por isso.
A derrocada brasileira da saúde, levando olé na segurança pública e tomando chapéu e o drible da vaca no setor de saúde o último baluarte da brasilianidade vai agora para o vinagre.
A ridicularização mundial do país é o fim da picada e vai terminar nesse doloroso placar, de um lado a vergonha mundial pelo fracasso de uma seleção de futebol e de outro sei lá quantos milhões de habitantes que deverão vestir seus narizes de palhaço para ver a banda passar.
Dona Vassourinha me disse outro diz que aposta cinco quilos de asas de baratas usadas em suas poções mágicas que o time  brasileiro não passará das quartas de final em ambas as competições.
A seleção ficará mais uma vez com o título de campeã moral etc e tal.
Depois disso passado, pegarei minha senha para trocar minha identidade para a Venezuela, lá pelo menos se joga mais futebol que aqui ou talvez em Zimbabwe.

Magno Almeida Lopes, escritor e jornalista free-lancer, administrador de empresas com habilitação em negócios internacionais, tecnólogo de obras e solos, engenheiro de rede Lan, membro efetivo da academia Piracicabana de letras, MBA em comércio exterior. Piracicaba (SP), 16 de maio de 2013. email: lopesmagno@gmail.com













          OPINIÃO DE UM TÉCNICO DE FUTEBOL AMADOR

Essa é a bruxa Vassourinha. Além de seu aparato voador e poções mágicas, ela traz em sua bagagem toneladas de má sorte. Com sua varinha de condão transforma em desgraça tudo o que toca.
Ela, entretanto, será dispensada de suas funções nas Copas das Confederações e  do Mundo a serem realizadas num futuro próximo aqui no Brasil.
O destino da seleção brasileira de futebol já está selado sem a participação da jovem e simpática senhorinha maligna.
Todo brasileiro é um técnico predestinado ao sucesso, inclusive eu.
Vassourinha está bastante chateada ultimamente, por sinal, e vejo isso nos constantes e-mails que ela remete a mim.
Ela estaria sendo demitida do seu cargo de trazer azar para tudo por conta da robustez e eficiência da CBF e seus miquinhos amestrados em atuar nesse papel.
Por mais que meu sangue possa ser nessa época de jogos futebolísticos verde, amarelo azul e branco, se bem que nos outros dias ele está mais para azul, vermelho e branco, nada poderá barrar o fracasso da seleção nas duas contendas.
O papel da CBF frente à velha senhora bruxa é impecável.
Há uma necessidade pungente de fazer com que a seleção tome o caminho de casa mais cedo, desta vez mais fácil porque as duas mega estruturas de competição rolarão aqui mesmo nos gramados brazucas, bastará, portanto pegar o ônibus/carro e ir para casa.
O técnico da seleção brasileira, Felipão, é peça de museu de arqueologia face ao futebol moderno de correria e boas maquinarias estratégicas de jogo.
Felipão é de um tempo de futebol de várzea onde um grito valia mais que um bom craque fazendo gol. Valia e vale ainda a raça pura.
Time pequeno vai sempre na base do vai ou racha.
Além disso, o homem é grosso, respondão, desequilibrado e de um humor cadavérico.
Ha tempos que o futebol brasileiro é indigente e maltrapilho. Porque quer.
Os últimos resultados do time são piores que os lanterninhas do velho Desafio ao Galo, espécie de campeonato de futebol amador da cidade de São Paulo que costumava ser transmitido ao vivo pela Tv Record.
Naquela competição valia mesmo o delicioso sanduíche de “mortandela” do boteco do seu Joca que ficava nas imediações.
Se o time tivesse perdido ou não o lanche estaria esperando com refrigerantes e cervejas para todos os competidores, essa era a verdadeira festa.
Quando o time era bom de bola no campeonato do Desafio ao Galo seria capaz de vencer hoje qualquer seleção por melhor que seja.
Aquilo era amor ao futebol. Brigava-se de forma hercúlea por uma taça de “deis merréis” e mais o sanduíche do Joca. Meias furadas, camisetas quase apagadas sob patrocínio da Cera Parquetina e sabonete Eucalol. Eu mesmo assisti a muitas partidas de categoria internacional.
O futebol atualmente é montado com artistas de cinema, capaz da ponto G, celebridades que andam de Ferrari zero Km, muito zum zum zum da cartolagem infernal da CBF e as Confederações Estaduais que trabalham para desgraçar qualquer competição.
O futebol brasileiro da seleção canarinho caiu na desgraça por uma conjunção de fatores: técnicos obsoletos como Felipão, briga de foice para conseguir patrocínios para os times e os jogos de bastidores nocivos aos interesses da bola e do gol, uma imprensa que endeusa Ronaldinhos da vida que são bons em baladas e que deixam o gol vazio quando se trata de jogo com seleções do nível da Espanha ou Itália.
Desempenho em campo medíocre, fraco, sem brilho, jogadores interessados apenas no bolão para comprar outra casa na praia, táticas de campo jurássicas e técnicos especialistas em retranca. Muito Zé Bonitinho e falta de bola. Blá, blá blá não faz gol.
Futebol é bola na rede. Campeão moral é o escambau. Isto é usado por quem perdeu o jogo e tem a cara de pau de culpar Deus e o resto do mundo pelo fracasso.
A copa das Confederações será o descarte final do time montado por Felipão que somente a duras penas conseguiria bons resultados lá nos campos da CMTC (Desafio ao Galo).
Noves fora zero no placar, a estrutura para as duas competições não estará pronta.
Tem estádio que vai abrigar abertura das competições ainda no alicerce.
Os obras do entorno dos estádios está em estado embrionário e certamente não dará tempo para acabar mesmo porque são obras públicas sujeitas a assaltos, roubos, desvios, corrupção ativa e passiva e desvio de verba. Paga mesmo o calendário e cronograma de andamento das obras que fica no zero a zero.
Vai ter gente vendo a partida de dentro do Metrô ou num entupimento arterial de tráfego nas ruas das cidades sede.
Lamentável que o futebol tenha que passar por isso.
A derrocada brasileira da saúde, levando olé na segurança pública e tomando chapéu e o drible da vaca no setor de saúde o último baluarte da brasilianidade vai agora para o vinagre.
A ridicularização mundial do país é o fim da picada e vai terminar nesse doloroso placar, de um lado a vergonha mundial pelo fracasso de uma seleção de futebol e de outro sei lá quantos milhões de habitantes que deverão vestir seus narizes de palhaço para ver a banda passar.
Dona Vassourinha me disse outro diz que aposta cinco quilos de asas de baratas usadas em suas poções mágicas que o time  brasileiro não passará das quartas de final em ambas as competições.
A seleção ficará mais uma vez com o título de campeã moral etc e tal.
Depois disso passado, pegarei minha senha para trocar minha identidade para a Venezuela, lá pelo menos se joga mais futebol que aqui ou talvez em Zimbabwe.

Magno Almeida Lopes, escritor e jornalista free-lancer, administrador de empresas com habilitação em negócios internacionais, tecnólogo de obras e solos, engenheiro de rede Lan, membro efetivo da academia Piracicabana de letras, MBA em comércio exterior. Piracicaba (SP), 16 de maio de 2013. email: lopesmagno@gmail.com