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sexta-feira, 5 de março de 2010




EDUCAÇÃO DESEDUCANTE – TRAGÉDIA NACIONAL

Hoje (03/03/2010) os periódicos nacionais, quase todos, exibem o balanço educacional de 2009, aquilo que os governos estaduais, municipais e o federal prometeram realizar no ano que passou. Evidente que a contabilidade mostra algarismos vermelhos, bem vermelhos, senão catastróficos.
Exceto o ensino básico, que teve seus números bem próximos do planejado e poder-se-ia até dizer com suas metas cumpridas, se bem que colocar à disposição ensino básico para mais pessoas com essa qualidade apresentada melhor o analfabetismo mesmo que fica mais barato.
Em suma, a educação em 2009 ficou tetraplégica, muda, cega e surda.
O fenômeno educacional brasileiro, na atual política dos governos, é tão somente oferecer quantidade a qualquer custo, de baixo custo quer dizer e com qualidade que faz qualquer avestruz enterrar sua cabeça na terra.
Essa mesma quantidade reflete em escolas adaptadas usando caixa de papelão, velhos conteineres enferrujados mais parecidos com fornos de microondas, prédios usados anteriormente como necrotério e até cemitérios, se bem que contar com ajuda bem intencionada dos mortos não faz mal a ninguém neste caso. Amém.
No Maranhão, por exemplo, há casos de escolas sem paredes, sem teto (a presença nas aulas fica por conta da torneira de São Pedro), merenda estragada com bichos dentro do arroz e feijão e vai por aí afora. É nesse estado brasileiro no nordeste que existe a tal escola que funciona num cemitério. Um cenário inimaginável de destruição da educação no Brasil.
Também esperar o que numa filosofia em o estudo é perda de tempo onde um pedreiro tem que ter ensino médio e para presidente não é necessário.
Ninguém pode depois reclamar quando essa safra de alunos estiver no mercado de trabalho matando na medicina, derrubando prédios na engenharia e nosso complexo educacional estiver à mercê de qualificação vinda do exterior, aliás já está.
Em todos os níveis o Brasil pratica um crime contra nosso futuro.
Não há forma de você construir algo em cima de uma laje podre. O substrato natural da horta de quintal requer boa terra, iluminação farta, adubo na quantidade certa, bons cuidados, água corrente sem poluição.
Educação é uma horta de colheita futura, onde escolheremos na árvore os melhores frutos para erigir uma nação. Qual nada, hoje só se apanha laranja bichada com marimbondo no pé.
Falta de tudo. A começar da adoção de um plano diretor nacional na área feito por especialistas não por políticos que, na verdade, estão interessados na construção da escola para dar uma mamadinha costumeira nas tetas do dinheiro público com obras fraudulentas, pois assim se ganha mais dinheiro com a piscina cheia de ratos.
Para o Brasil ter uma chance de não se transformar num Haitizão mais ali à frente é necessário passar a borracha nesse sistema educacional como um todo. Explodir com tudo e começar de novo. Basicamente nada pode ser salvo.
O material didático tem que ser revisto com urgência. Não podemos entender a matemática, ciências, história, geografia, portugues com livros cujos autores são semi analfabetos como a maioria. Os livros devem ser confeccionados com material de qualidade para resistir passar de aluno para aluno. Alguns são feitos com papel de jornal e capa frágil mal resistindo um mês dentro das mochilas estudantis carregadas com toda sorte de quinquilharias e bugigangas exigidas pelas escolas como material obrigatório. Até canivete algumas escolas pedem para que os pais comprem. Só se for para usá-lo no pescoço do lunático irresponsável que coloca esse tipo de artigo na lista escolar. Santana Mãe de Cristo como dizia minha mãe.
Só falta um alvo e ensinar os alunos, com patrocino do terceiro comando da capital paulista, a darem tiros com escopetas para aliviar a tensão.
Outra coisa a ser mudada urgente. Para estudar o aluno precisa de um lugar decente não dentro de covas tentando colar da prova do vizinho morto.
Das 294 metas estabelecidas pelo governo apenas 33% estão satisfeitas. A Folha de SP traz hoje um resumo deste balanço em estudo realizado por encomenda do Ministério da Educação.
Não quero perder tempo com numerologia e o esterco propagandistico do governo. O fato é que há sinais de forte turbulência nos céus educacionais do Brasil.
Ainda temos 15 milhões de analfabetos puros e mais de 22 milhões de analfabetos funcionais, aqueles que mal assinam o nome. O governo havia prometido erradicar o analfabetismo ate 2010. Prometeu ainda colocar 50% das crianças na creche. Esse número hoje não atinge 19% (dados IBGE), mais uma numerologia fantasiosa de governos irresponsáveis desde FHC, onde tudo começou a dar errado demais. Assim como prometeu mundos e fundos no ensino de terceiro grau. O nível percentual atual de jovens matriculados em escolas superiores é pífio perto de universo de alunos regulares.
Falácias, burocracia, matemágica em busca desesperada de votos nas próximas eleições à custa da benevolente ignorância geral. O plano desfez-se como fumaça no ar.
Fruto do mais completo desprezo para com o futuro deste latifúndio que só se fará presente no dia em que houver a sobreposição dos interesses da maioria aos de poucos ou de um só, e bastante gente capacitada para planejar algo que seja mais decente.
Do contrário, a conta será paga nas próximas gerações e o futuro nem a Deus pertencerá.

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