JORNAL PENA LIVRE

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quinta-feira, 22 de julho de 2010



















MUROS PICHADOS COM VERGONHA – Uma história sobre o que deveria ser feito.

Há tempos atrás dois desocupados cariocas subiram o morro do Corcovado e picharam a estátua do Cristo Redentor com seus borrões indecifráveis. Os porcalhões foram identificados e penalizados a limpar outras tantas pichações da cidade maravilhosa perpetradas por uma delinquência pura e simples de jovens ou não vinculados apenas com diversão corrosiva ao bem público.
A cidade de São Paulo será a próxima criminosa do pedaço. Uma lei paulistana, diga-se de passagem maravilhosa e que inspirou outras tantas cidades ao redor do globo, proíbe a veiculação de anúncios em out doors, panfletos, luminosos. Quem circula na cidade hoje percebe a cara nova da terra da garoa. Limpa e linda como sempre.
Pois bem. Através de uma lei da municipalidade de 2009 açucarada com uma decisão do TSE permitirão os anúncios de volta apenas para candidatos a cargos eletivos nas eleições de 2010.
Barbaridade.
Agora, os quase 100% dos fichados na polícia que se apresentaram para cargos eletivos vão deitar e rolar transformando SP nos idos das piores campanhas eleitorais que se tem notícia, liberando, assim, a emporcalhação do bem comum, panfletagem entupindo bueiros, pichações de muros e paredes de viadutos, encostas de morros, colagem de santinhos nos postes de luz e telefone.
Anunciar a borracharia do Zé Pneu num out door não pode, mas estará liberada a pichação lateral do estádio do Pacaembu com os nomes do Chico Rapadura, Manoel da Cuíca e da Ritinha Trovão.
Parabéns à cidade de São Paulo e o TSE que abriram as portas do pandemônio.
Cadeia para vocês.
Pichar é bom. Apresentar plano de governo ninguém faz.
Que tal alguém sair da moita e apresentar, por exemplo, projetos para diminuir o manicômio tributário brasileiro ou reduzir a infernal burocracia que torra R$ 46,3 bilhões/ano (dados do Depto de Competitividade e Tecnologia da Fiesp) ou 1,47% do PIB?
Afinal são 63 impostos que amargamos pagar, 3.200 normas que temos que decorar, 56 mil artigos que engolimos, 24 mil incisos e 10 mil alíneas num verdadeiro mercado de peixe tributário que consome 2.600 horas de trabalho/ano por cabeça, enquanto que nos países da OCDE (mais ricos) apenas 216 horas.
Isso nos dá de brinde o fim da fila entre os 183 países mais eficientes em termos de burocracia onde ocupamos o lugar de numero 123. Uma vergonha mundial.
A burocracia deveria ser extinta com a eliminação de regras absurdas, certidões, registros cartorários, declarações de toda sorte, licenças, autenticações apenas para abrir uma firminha de tosar e dar banhos em cães.
A cada papel exigido uma possibilidade a mais de corrupção para subornos e fazer a coisa andar mais rápida. Lugar comum e diário das lidas do dia a dia.
A burocracia impede a informalidade se transformar numa economia visível em detrimento até da própria arrecadação de impostos.
A economia de outrora não andava por conta da falta de capital e custos altos dos financiamentos. Isso são coisas menores hoje frente ao tsunami de impostos e uma teia de burocracia que alimenta os esquemas dos safados de sempre lhes assegurando agora, na cidade de São Paulo, a emporcalhação do lugar comum para sua propaganda anunciando o paraíso na tropicália.
O desafio que o Brasil precisa vencer requer em primeiro ligar desejo de fazer e coragem para fazer. Em segundo lugar desprendimento e eficácia.
De falácia em falácia Dilma, Serra, Marina e os outros nanicos vão se digladiando em atingir a população pelo papo furado de dar saúde assim, segurança assado. O tempo passa e o Brasil vai ficando com a lanterninha em tudo menos corrupção e falcatruas.
Ninguém tem peito de ferro para acabar com o pinel dos nossos impostos e liquidar esse cancro da burocracia montada e todo vapor para desviar dinheiro que pagamos em obscenos impostos.
A conta é magicamente descartada, senão vejamos: a economia informal desses trópicos alcança tudo o que a Argentina produz em um ano. Isso mesmo é o PIB da Argentina pouco mais de US$ 377 bilhões/ano.
(Fonte: http://portalexame.abril.com.br, acesso em 20/07/2010).
Se tudo isso pudesse ser trazido para a economia formal quanto imposto o governo arrecadaria não?
Para isso acontecer todos os candidatos devem deixar suas máscaras de falsidade e esperteza pilantresca em casa e buscar aquilo que o Brasil precisa urgentemente.
Cadê a coragem de mexer em vespeiros com tantas abelhas assassinas não?
Tem alguém aí com planos assim?
Ah, ah, ah!

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