JORNAL PENA LIVRE

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quarta-feira, 10 de novembro de 2010
















HORA DO LANCHE QUE HORA TÃO FELIZ.

Qual a melhor receita do mundo para se fazer uma lambança? O MEC/IPEN tem uma no site que é mais ou menos assim:
· Pegue um exame como o ENEN, sério e que deveria ser um balizador de acesso aos níveis educacionais mais altos, a universidade, por exemplo. Contrate uma firminha picareta, sem licitação, para rodar as provas pagando, claro, fantastilhões de reais e aja com a maior irresponsabilidade do mundo.
Depois de tudo misturado coloque uma pitada de desleixo, falta de fiscalização e uma sem-vergonhice reconhecida com o lidar da coisa pública. Depois do forno está pronta a maior lambança com direito à sobremesa.
Neste ano pela terceira vez seguida o exame do ENEN deu problema. Não poderia ser diferente.
As empresas que imprimiram as provas do ENEN em 2009 e este ano nem sequer foram punidas pelos erros, às vezes grosseiros e contumazes.
Especialmente a prova deste ano está recheada na receita original com erros tão bizarros quanto curiosos.
Tinha questão que perguntava assim: (questão de química) qual o grau de saturação de uma solução diluída assim, assim e assado. Alternativas (a) Pedro Álvares Cabral, (b), Monte Everest, …..(e) o carnaval do Rio de Janeiro.
Além disso, a questão que deveria ter sido marcada na folha de respostas como de número 1 foi impressa como 67.
Fico imaginando o nível de profissionalismo da empresa Picaretas Unidas Gráfica e Editora que nem sequer fez revisão daquilo que saiu de suas impressoras.
É porque o processo é pago com o dinheiro público sempre sujeito a desvios e usos indevidos ou irregulares.
O Ministro da Educação correu dizer que os erros foram “esparsos”, o diretor do MEC flertando com a imbecilidade dizendo que foram erros menores e que ninguém deve esquentar com isso.
Exceto claro, os milhões de alunos bobos que estiveram mais uma vez vestindo roupas coloridas e usando narizes de borracha enormes.
Este ano o processo do ENEN esteve nas páginas dos melhores anedotários dos jornais. Proibiram os prosaicos e antigos lápis pretos. Curioso. Muito curioso.
Vai ver que agora inventarem um lápis preto capaz de resolver equações complicadíssimas, bastando apenas o aluno apontá-lo para a questão em tela. Nas suas telas de LCD a resposta viria rápida e rasteira.
O MEC proibiu tantas coisas que o melhor lugar no ano que vem para aplicar a prova será num campo de nudismo. Assim ninguém vai colar ou usar aparelhos eletrônicos de cola.
Se isso acontecesse no mundo particular, ou seja, uma empresa “A” contratando provas de uma gráfica “B” esta seria processada pela palhaçada e pagaria até o último centavo de prejuízo.
Entretanto, nada vai acontecer com as empresas Picaretas Unidos Indústrias gráficas. Pelo contrário. Ela será novamente contratada para rodar a prova sem erros e vão pagar pelo processo.....de novo.
Que prejuízo. O processo todo está em cheque.
A credibilidade já foi descarga da privada água abaixo e não voltará à condição anterior, afinal são três anos consecutivos de bobagens e lambanças. O primeiro ano a suspeita do vazamento dos resultados, ano passado o furto da prova dentro da gráfica e agora um mix de péssima formatação da prova e sem qualquer revisão gráfica digna de nota.
No meu país utópico esse cidadão de nome Joaquim Soares Neto (presidente IPEN) já estaria na fila dos desempregados, bem como o ministro da Educação, Sr Haddad, que só veio a público usar o bordão do inesquecível Chacrinha: “viemos aqui para confundir não para esclarecer”. Fom! Fom!
Os dois estariam recebendo auxílio desemprego sumariamente.
Estragaram tudo com suas incompetências comprovadas por três anos seguidos de bobagem, atrás de bobagem desrespeitando milhões de alunos por todo o Pais no ingresso ao sistema ProUni e trazendo um prejuízo de credibilidade irrecuperável.
Como sugestão a prova do ano que bem que poderia ser feita pelo pessoal do jogo do bicho que é muito mais sério e competente.
Além da trapalhada circense na confecção da prova, a total falta de assertividade no tocante aos procedimentos intra-sala de aula na hora da abertura dos envelopes contendo as provas.
De acordo com o MEC, haveria restrições sobre uso de celular, relógio e ate o famigerado lápis.
Alguns lugares permitiram o uso e outros não. Alunos tiveram provas canceladas pelo encarregado da sala, mas liberados anteriormente pelo fiscal.
Um caso destacou-se numa sala de aula no estado da Bahia....o fiscal de sala recusou-se a informar aos alunos a hora certa. Como estavam sem poder usar seus relógios ficaram sem o controle do que faltava de tempo para entregarem a prova contrariando as normas do MEC.
Uma zorra total.
De bom mesmo o infortúnio dos alunos estudarem o ano inteiro para passarem raiva e vexame, além do prejuízo emocional e financeiro com milhões de pessoas se deslocando até mesmo para cidades vizinhas e se deparar com tamanha chinfrinação.
Estabeleceu-se a correria desenfreada para arrumar desculpas e esfarrapadas explicações. Dentro deste aspecto ainda vamos ouvir muita criatividade sobre o que de fato houve que nós já sabemos de forma antecipada.
A grande macacada responsável pelo exame pisou na bola numa aula de pós-graduação de falta de competência e um exacerbado senso de irresponsabilidade.
Quem se esborrachou pelo terceiro ano seguido foram os alunos tendo sido ludibriados, enrolados, enganados, desrespeitados e feitos de palhaços.
Vou correr abrir uma indústria de narizes vermelhos. Esse negócio ainda vai virar multinacional e franquias.
Ano que vem vai ter mais show.

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Magno Almeida Lopes, escritor e jornalista free-lancer, administrador de empresas com habilitação em negócios internacionais, tecnólogo de obras e solos, engenheiro de rede Lan, membro efetivo da academia Piracicabana de letras, MBA em comércio exterior. Piracicaba (SP), 10 de novembro de 2010. Email: lopesmagno@gmail.com

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