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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011















FINALMENTE UMA COISA NORMAL

Os estilistas e os proprietários de grandes empresas de vestuário, bem como o universo da moda sempre exigem modelos/manequins mortas de fome.
Um desfile de ossos requebrando com a roupa folgada como se fosse um mastro a segurar uma bandeira enorme, enfim, uma coisa grotesca que não condiz, naturalmente, com o que se observa nas ruas, as ditas pessoas normais com suas gordurinhas em excesso, pneus, culotes e vai por aí afora.
A dupla acima: estilistas e grandes empresas de moda sempre foram responsáveis pelas inúmeras mortes de modelos que, na busca de conseguir um corpo semelhante à de uma múmia, tombaram literalmente de inanição por conta de uma moda burra e insana que não enxerga o normal.
O mundo é mais gordo hoje. As pessoas comem mais e melhor, exercitam-se de menos e abusam de tudo o que as fazem estufar.
Antigamente não existia essa orgia de comida que está ao nosso dispor 24 horas por dia. Recordando que não muito atrás no tempo ir ao supermercado era coisa de rico.
O normal era comprar o arroz, feijão e carne, frutas e verduras na vendinha da esquina. Até óleo de cozinha já foi vendido avulso acomodado em barris de 200 litros onde o comerciante negociava o produto fracionado, a granel.
Com a profusão de gente mais gorda, não importando o sexo, a moda nunca conseguiu acompanhar a mudança no corpo das pessoas. A distância entre o que se vê nas passarelas e o que as pessoas normais usam é maior que muitos anos luz.
Algo está mudando, entretanto.
Isoladamente algumas marcas já se atrevem a desfilar modelos mais encorpados(as), mulheres e homens com seus quilos a mais e perceberam, tarde demais é verdade, que esse público não anda nu pelas ruas e que demanda elegância também porque não?
Desfiles de moda estão incorporando a beleza mais volumosa e se aproximando do normal e percebendo ganhos antes não alcançados quando vestiam somente mortas de fome e anoréxicas.
Percebo claramente, em discussões dessa natureza, os radicais de plantão desfilando seu ódio e um modo de vida medieval onde a fome é certeza de corpo saudável.
Quem afirma isso desconhece a natureza humana ou a dos bichos. Dá na mesma.
A escola de samba unidos da inanição prega a saúde usando corpos em estado de decomposição e a bandeira são pilhas de ossos que andam pelas passarelas forçando as(os) modelos a sofrer com fome e à beira de um colapso energético corpóreo.
Modelos famosas(os) já pereceram em nome dessa bobagem de moda esqueleto algo errado e as empresas que exigiram delas(es) tamanho estado de fome extrema deveriam ter sido responsabilizadas no mínimo culposamente e terem pago seu quinhão na desgraça de muitas(os) jovens.
Parece que alguns empresários estão criando juízo e costurando uma moda para mulheres lindas como é o comum do padrão brasileiro, mas que hoje se encontram um pouco ou muito fora do peso.
Independentemente ele ou ela todo mundo quer se vestir bem com roupas trabalhadas e até mais ousadas.
Para o gordinho(a) brasileiro(a), até bem pouco tempo atrás, o mercado só oferecia uma moda de cores mortas e cortes horríveis. A saída era a costura independente onde as pessoas podiam comprar seus tecidos e utilizar uma roupa mais confortável, bela e da moda, geralmente pagando bem mais caro devido a falta de produção em escala maior.
Em shopping centers é possível localizar muitas lojas especializadas em números maiores atendendo a uma demanda que ficou décadas reprimida.
Nessas lojas não tem lugar para desfile de atrocidades famintas e com pele sem cor e olhos fundos.
Viva o gordo e abaixo o regime não é, evidentemente, uma pregação saudável. Todo excesso é submetido a algum tipo de condenação.
Não podemos imaginar e supor que num mundo recheado de facilidades para locomoção, controles remotos e comidinhas fáceis que a tendência seria, em tese, todo mundo ficar magrinho. Apenas um sonho de Ícaro.
Cada vez mais a humanidade ficará mais gorda e nem por isso ela será condenada a andar nua sem experimentar a moda por si só.
Parabéns aos poucos e pálidos empresários que desfilam mulheres e homens mais normais, sem essa de mostrar apenas pele e ossos para os quais já estamos fartos de olhar.

Que seja cada dia mais perceptível a moda para os normais. (foto da abertura:modelos Mayara Russi e Bianca Raya)

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Magno Almeida Lopes, escritor e jornalista free-lancer, administrador de empresas com habilitação em negócios internacionais, tecnólogo de obras e solos, engenheiro de rede Lan, membro efetivo da academia Piracicabana de letras, MBA em comércio exterior. Piracicaba (SP), 16 de fevereiro de 2011. email: lopesmagno@gmail.com

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