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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

SINDICATO DOS LADRÕES















SINDICATO DOS LADRÕES

1954. Hollywood. Entra em cartaz o Filme estrelado por Lee J Cob, Marlon Brando e Rod Steiger. Johnny Friendly (Lee J. Cobb) é um gângster que atua nas docas de Nova York. Ele é também o chefe do sindicato, sendo assessorado por Charley Malloy (Rod Steiger), um vil advogado. Os dois usam um ex-boxeador, Terry Malloy (Marlon Brando), que é irmão de Charley, para atrair Joey Doyle (John F. Hamilton) até o telhado, onde dois capangas de Friendly o empurram para a morte. O motivo do assassinato era que assim ele nada falaria para a comissão do crime, ou seja, era um delator, e para aqueles que controlavam o sindicato merecia morrer.
Sucesso no cinema a bilheteria foi estrondosa.
O tema do filme aproveitava, e muito, coisas do cotidiano no universo das milhares de docas americanas onde o Sindicato imperava nada saia ou entrava nos portos sem o conhecimento prévio ou autorização da entidade e a onda de crimes pelo poder que isso trouxe.
Tomou posse ontem, dia primeiro de fevereiro de 2011, outro Sindicato, desta vez estabelecido em Brasília. Do número de deputados e senadores que estão tomando posse pela primeira vez 54 deles tem ficha corrida policial e agora vão se esconder atrás do tal foro privilegiado para escapar das punições a que todos nós aqui embaixo no calabouço da sociedade estamos sujeitos.
Para os deputados quatro e para os senadores oito anos de mandato atuando com galhardia e no crime como fazia o grupo de Jonny Friendly, Charley Maloy e Terry. No filme Lee J Cob fazia o papel do comandante do crime organizado no cenário das docas de New York e no senado um tal José Sarney, octogenário conhecido bandido e motivo do livro escrito por Palmério Dória com o sugestivo nome de Honoráveis Bandidos, que versa sobre a saga da família Sarney.
Palmério Dória, um dos jornalistas mais respeitados do País, conta pela primeira vez, num livro, toda a história secreta do surgimento, enriquecimento e tomada do poder regional pela família Sarney, no Maranhão, e o controle quase total, do Senado,pelo patriarca que virou presidente da República por acidente, transformou o Maranhão no quintal de sua casa e beneficiou-se assim como aos amigos e parentes. Um livro arrasador, na mesma linha de “Memórias das Trevas”, que tinha o também senador Antônio Carlos Magalhães como personagem e vendeu mais de 80.000 exemplares quando foi lançado.
Dizem que as casas das leis brasileiras são o retrato fiel da nossa sociedade. Com isso depreende-se que somos parte de um grupo de quase duzentos milhões de bandidos, facínoras e criminosos o que, evidentemente, não é verdade.
Há de se ressaltar que os 54 bandidos que tomaram posse ontem tiveram massacrante votação, a começar pelo símbolo do Congresso Nacional na presente legislatura, o palhaço titirica (escrito propositalmente com minúsculas mesmo), que agora se julga apto a empenhar-se nas comissões do congresso que dizem respeito a educação! É um absurdo e o mais completo descalabro jamais visto na história deste país.
Ah, diga-se de passagem. O palhaço ao ser entrevistado sobre sua posse fez um agradecimento da seguinte forma: “Quero agradecer aos meus eleitores pela votação que recebi e desde já meu forte abraço POR TRÁS a todos”. Bem feito para os quase um milhão e trezentos mil patetas que votaram no tiririca e é isso o máximo que receberão dele.
A sociedade honesta e que pega na enxada todos os dias açoitando-se diariamente recendo baixos salários, trabalhando diuturnamente em escalas de trabalho quase escravo, que paga apimentados impostos arcará com a despesa extraordinária e celestial do Sindicato dos Ladrões em Brasília.
O grupelho trabalhará apenas olhando seus próprios interesses e dane-se o resto de todos nós.
Sarney emocionado cumpre seu quarto mandato à frente do Senado e jura de pés juntos que será seu derradeiro trabalho e que se recolherá à sua aposentadoria, certamente bem merecida engordada com vários contra-cheques obesos e desavergonhados de várias pensões que o velho recebe como ex isso e aquilo outro.
Deste ponto em diante, os filhos, netos, bisnetos e tataranetos do clã maranhense jamais precisarão se sujeitar a um segundo sequer de trabalho como todos nós conhecemos. Parabéns o povo quis assim, a voz do povo é a voz de Deus. (podem dar fortes gargalhadas).
Jean Wyllys (ex integrante do excremento eletrônico BBB) e Romário completam o cenário desesperador de figuras populares que agora farão parte do Sindicato dos Ladrões e farão pós na arte de sacanear o povo com banda de música e muita cara de pau. Quem sabe agora Romário com seu salário de gente grande não possa chamar seus inúmeros credores do Rio de Janeiro e pagar o que deve. O sabujo é conhecido por ser péssimo pagador e embrulhão nos negócios que comandou.
A maioria esmagadora dos partidos que apoiam o governo de Dilma garantem a perpetuação dos crimes cometidos contra todos nós diariamente a cada sessão que deliberarem artifícios para nos enrolar e roubar.
O ciclo se fecha com a sociedade obtusamente complacente com a ignomínia, que dá oportunidade a tantos palhaços tiriricas da vida, que vota em bandido do calibre de tantos escadinhas e fernandinhos beira mar.
A lona do circo foi estendida ontem.
Espetáculo de baixo calão que nos exigirá ingressos caros quando a parte que nos cabe nos é tirada dos nossos salários, de imensa parte do que comemos, vestimos e consumimos.
De volta receberemos em contrapartida obscenidades, crimes inafiançáveis, maracutaias, negociatas, politicalha e a dominação de clãs como Sarney que insistem em perdurar para sempre. E agora abraços por trás!
O falecido cantor Cazuza deve estar rolando de rir no túmulo vendo profetizada a letra de sua música que dizia “....Nas noites de frio é melhor nem nascer; nas de calor, se escolhe: é matar ou morrer, e assim nos tornamos brasileiros, te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro, transformam o país inteiro num puteiro, pois assim se ganha mais dinheiro”.

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