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quarta-feira, 21 de setembro de 2011
















UMA BAGUNÇA – ESCULHAMBADORES DO BRASIL

José Simão, famoso jornalista, foi destronado do seu posto de esculhambador mor do Brasil.
Esse trono vai para o governo de Dilma, mais especificamente os responsáveis pela área econômica que patrocinaram uma bagunça no arraiá brasileiro de dar dó.
Num golpe de caneta importada, diga-se de passagem, o Brasil explodiu a tora dos impostos cobrados dos carros importados e os elevou para patamares lunares.
O aumento alucinado na casa dos 30 pontos percentuais demonstra claramente que no leme deste navio chamado Brasiltanic estão os interesses de empresas transacionais ou multinacionais como preferirem. E assim tem sido e assim será.
De certo, o aumento do IPI vem acompanhado de suculentas mentiras para a proteção dos empregos nacionais, a competitividade das empresas que fabricam veículos em terras tupiniquins e para desafogar estoques que estão entupindo os pátios das montadoras verde-amarelas.
O governo cedeu e abaixou suas calças exibindo o traseiro enorme aos interesses alheios aos nossos e mostrou-se desnudo para uma prática nociva à nossa economia de mercado, à livre concorrência e manda a conta da safadeza para os consumidores pagarem.
O querido José Simão ate que tentou, mas a concorrência para ser o esculhambador número 1 do Brasil ficou desleal em favor do Estado.
Outra mentira contada para todos nós cairmos nas gargalhadas, com nossos bolsos sendo assaltados pelo pecado de querermos sentar nossos quadris sagrados num carro BBB, bom, bonito e barato, é contar com a promessa de que as montadoras não aumentarão preços dos seus produtos, agora livres da concorrência dos importados causando lágrimas nos olhos de tanto rir, e também aumentar tecnologia embarcada etc e tal.
Pinóquio com seu nariz de dez quilômetros que o diga.
Mentira, mentira e mais mentira.
Cumpre-me ressaltar que a concorrência dos carros importados exercia uma pressão para que os preços internos se mantivessem sem aumentos abusivos por longo tempo enquanto a farra durou.
O Brasil emplaca ordem ilegal no comércio internacional aplicando uma seringa cheia de protecionismo que será, sim, debate de reclamações junto a OMC por parte das montadoras Hyundai, Chery, Jac, Land Rover, BMW, Susuki, Volvo, Tatá Motors e outras menores.
Muitas destas citadas empresas montadoras, com plantas projetadas e orçamentos bilionários de investimento num país que muda a regra de mercado e torna o investimento de alto risco. Quem seria louco a ponto de montar algum negócio aqui que começa dentro de um certo patamar de legislação e no outro dia uma coisa completamente diferente.
A equipe econômica do Governo brasileiro fritou a iniciativa privada nos empresários que investiram horrores para terem suas concessionárias de carros importados gerando empregos genuinamente brasileiros. E agora?
Quais destes empresários desiludidos vão cortar empregos face às vendas que entrarão em regime bravo de inanição?
E agora quem comprou o carro A ou B que nem sabe mais se haverá alguém para revisar seus carros, conserta-los ou vender um friso ou uma borracha de porta? E a desvalorização dos importados que não terão mais lojas no Brasil? Quem vai arcar com isso?
O consumidor brasileiro mais uma vez irá até o balcão onde pagará pelo pato.
Ou escolhe comprar carros fabricados aqui com seus absurdos preços estufados pela ganância de lucros das montadoras, noves fora a complexa cadeia de impostos em cascata onerando o bolso furado do consumidor ou se contentará com um importado custando um preço proibitivo.
Não tem escolha.
O governo usou saia para negociar. Acovardou-se para o lobby das montadoras aqui instaladas e varreu para debaixo do tapete uma saudável concorrência que só fazia bem ao bolso e aos nossos interesses de consumidor. O governo rebaixou-se à subserviência vergonhosa da um lobby desonesto e aproveitador.
Qual nada.
O Estado perdeu ótima chance de colocar rédeas na indústria nacional pisando no freio dos seus interesses mesquinhos, a começar pelos lucros estratosféricos que alcança vendendo qualquer modelo de carro. Isso é uma vergonha.
O balizamento obrigatório na margem de lucro deveria ser ordem do dia.
Somente os impostos altos não explicam os preços nas nuvens dos carros brasileiros.
É só comparar custo por custo, versus imposto por imposto cobrados aqui e lá fora.
A diferença será os lucros auferidos que aqui marcam um golaço entre as traves de 80% a 106% POR UNIDADE!!!! (dados extraídos do site http://carros.uol.com.br/ultnot/2011/07/13/margem-que-embute-lucro-pode-passar-de-100-no-brasil-e-preciso-discuti-la.jhtm, acesso em 20/09/2011).
Lá fora qualquer país com vergonha na cara a indústria automobilística não cobra mais que 5% a 10% de margem de lucro total bruta.
Por isso temos carros custando caro como aviões. Não são somente os impostos como fazem crer as sacrossantas montadoras nacionais. Mais uma mentira que todo mundo acredita.
Se aqui fosse um país de saco roxo, governado por gente de bem jamais isso aconteceria.
As montadoras que reclamassem da margem de lucro controlada e que não cumprissem seus acordos com o governo seriam sumariamente convidadas para desmontarem suas tralhas que na porta de entrada tem mais 10 empresas querendo montar carros aqui.
Agora o pior. Será que Hyundai (coreana) e JAC (chinesa) que estão com o talão de cheques na mão para montar plantas aqui continuarão seus projetos?
Se eu fosse elas cairia fora e montaria fábricas em Tadjiquistão (Ásia), país mais sério e preocupado com os interesses dos seus cidadãos acima de quaisquer outros.
A encrenca está formada. A OMC vai colocar a colher nesse molho, a Associação Nacional dos Importadores de Veículos vai à forra na Justiça tentar impedir esse assalto e os consumidores que deveriam andar a pé e deixar a industria nacional morrer de fome vão pagar tudo calados como belos cordeirinhos que são.
Ah me ajuda aí ô!!!



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Magno Almeida Lopes, escritor e jornalista free-lancer, administrador de empresas com habilitação em negócios internacionais, tecnólogo de obras e solos, engenheiro de rede Lan, membro efetivo da academia Piracicabana de letras, MBA em comércio exterior. Piracicaba (SP), 21 de setembro de 2011. email: lopesmagno@gmail.com

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