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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

CUIDADO COM SEUS HERÓIS   

A história está pontuada com diversos marcos importantes separando eras diferentes: a queda da Bastilha, a tomada de Constantinopla, a conquista da lua. Tudo pode ser visto em dois cenários: um antes e um depois de cada acontecimento dessa magnitude.
No esporte pode-se afirmar o mesmo: a era Pelé, Zico, Jean Madruga, Ayrton Senna, Eder Jofre, João de Pulo.
Igualmente o mundo milionário do ciclismo de alta performance e o mega esportista Lance Armstrong vencedor por sete vezes do Tour de France, uma competição semelhante à importância da corrida das 500 milhas de Indianópolis ou à Copa do Mundo de Futebol.
Sem dúvida Armstrong é o Pelé dos pedais, aclamado, ovacionado, rico e com uma lista enorme de patrocinadores oferecendo verdadeiras fortunas para virar garoto propaganda.
O americano pedaleiro, até então imbatível nas pistas, tornou-se o pivô do maior escândalo da era moderna, pós Maratona (Grécia) e a invenção dos jogos olímpicos.
Dia 17/01/2013 as Tvs abertas americanas exibiram entrevista dele concedida a Ophra Winfrey, famosa apresentadora americana líder de audiência no ramos dos famosos talk shows.
Lance, com riqueza de detalhes, acabou revelando o segredo de sua equipe de super vencedores ciclistas americanos: a mais avassaladora, completa, complexa, integral, abundante rede de dooping de atletas de todos os tempos, cuja liderança era dele mesmo o super campeão Armstrong.
O ciclista revelou ter tomado e experimentado de tudo o que é ilícito para ganhar importantes segundos em sua performance ate então invencível: cortisona, anfetaminas, auto transfusão de sangue, anabolizantes, esteroides anabólicos e o escambau a quatro.
O rapaz sustentou e articulou durante anos notável empreendimento para burlar resultados via fraude.
Até jatinhos eram empregados na retaguarda da equipe para fornecer meios de obtenção das drogas potencializadoras de desempenho.
Esforços eram empregados ao extremo para que toda a equipe tivesse acesso às substâncias e pessoal treinado para aplicação das diversas químicas usadas pelo grupo de ciclistas, sob o patrocínio da empresa Usa-Mail a similar dos Correios no Brasil.
Desde os tempos em que Armstrong e seus meninos emplacavam resultados sequenciados que já se ouvia falar em dooping e suspeitas de resultados inflados com muita anfetamina e suco de drogas injetado no corpo dos atletas.
O próprio Armstrong selecionava os candidatos para ocupar uma das vagas e se ele não concordasse em entrar nas picadas da glória o nome era sumariamente vetado.
Foram vários os casos em que os candidatos rejeitados denunciaram o esquema, mas tudo ficava no mundo das suspeitas, já que boa parte dos artifícios usados por Lance e seus ciclistas não eram detectados naquele tempo, a modernidade de detecção ganharia eficácia a partir de 2001 com técnicas a toda prova.
Lance deitou e rolou obtendo resultados incríveis pendurando no pescoço centenas de medalhas muitas delas cassadas pelos comitês do esporte mundial.
Na entrevista de Winfrey, dentro de um esquema tipo dá ou desce, sim ou não sem muito espaço para argumentação. Armstrong revelou que jamais conseguiria obter os resultados que sua equipe galgou sem as muletas químicas injetadas habilmente pela equipe de apoio de Lance em seus atletas.
Fico imaginando quantos mais ídolos esportivos seguiram a mesma ladainha aí pelos idos dos anos 70, 80 e 90 do século XX.
Será que o grande medalhista da natação, o americano Mark Sptiz, não teria também injetado um coquetel de drogas que o fizeram voar dentro dá água?
Não seria pertinente imaginar que João do Pulo não tenha usado nada de anormal para saltar tão longa distância?
Não sei.
Devemos tomar cuidado com os heróis que escolhemos como ídolos.
Quem é ciclista é tem poster de imagens do Lance Armstrong em casa cuidado. Convém trocá-la por uma mulher nua, mais saudável.
Isso prova uma coisa.
No meio esportivo a malandragem está a espreita do que acreditam que vencer pode ser alcançado a todo e qualquer custo.
Agora Lance deverá saudar sua eterna dívida de confiança que nunca mais será possível em vida, além do prejuízo de zilhões de dólares das empresas que calibraram suas verbas de patrocínio para a moçada turbinada de Armstrong e seus pedalistas amestrados.
Quando interesse jogado no lixo.
Imaginar que a Usa-Mail estampou seu selo durante anos nos uniformes dos atletas para tudo terminar numa picada de agulha e segundos a mais forjados/roubados da cronometragem colocando no pescoço dos vencedores as medalhas indevidas.
Isso é apenas a ponta do iceberg.











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