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sábado, 25 de janeiro de 2014

                          O ASNO QUE RI
O Programme for International Student Assessment  (Pisa) - Programa Internacional de Avaliação de Estudantes - é uma iniciativa internacional de avaliação comparada, aplicada a estudantes na faixa dos 15 anos, idade em que se pressupõe o término da escolaridade básica obrigatória na maioria dos países.
O programa é desenvolvido e coordenado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Em cada país participante há uma coordenação nacional. No Brasil, o Pisa é coordenado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
O objetivo do Pisa é produzir indicadores que contribuam para a discussão da qualidade da educação nos países participantes, de modo a subsidiar políticas de melhoria do ensino básico. A avaliação procura verificar até que ponto as escolas de cada país participante estão preparando seus jovens para exercer o papel de cidadãos na sociedade contemporânea. (Fonte: Inep.gov.br).
Em dezembro último (2013) dos 65 países que integram a medição que foca as ciências como um todo, matemática e leitura ficamos (alunos brasileiros) de novo com as lanterninhas na mão, fato que se repete desde 2000, ano da primeira edição do PISA. Para não ser incorreto o Brasil ficou em 55º lugar em leitura, 58º em matemática e 59º em ciências.
O burrito que ri a valer e que abre a reportagem desta data é o sinônimo da nossa educação tupiniquim que faz o país crescer ao contrário: números da violência em geral que não param de crescer, distribuição de renda cada vez pior e mais concentrada, universidades fora de qualquer ranking digno de nota em termos comparativos globais, perda de competitividade, exportação de mão de obra, alunos idiotas que não sabem ler, escrever ou interpretar um   texto simples que seja.
O ministro da Deseducação Aloizio Mercadante fez o que lhe ensinaram fazer quando os resultados foram divulgados: tirou um sarro, exibiu números da terra da fantasia e deu de ombros.
Alguns anos atrás a Alemanha experimentou decréscimo no ranking e fez acender as luzes de emergência e as sirenes de alarmes. Imediatamente em toda a Alemanha foram realizadas centenas de reuniões entre as autoridades responsáveis para ver onde estava o erro e onde o sistema alemão de ensino havia falhado.
De fato, as correções de rumo permitiram àquele país recuperar lugares bem mais acima da tabela, enquanto no Brasil o assunto é tratado como sendo de último plano depois de bolas de futebol, samba e o fanatismo do BBB que se encontra tragicamente em sua 14ª edição. Sobe o BBB lembrando que escrevei um texto a seguir bastante pontiagudo.
Mercadante, claro, em vez de assumir uma posição de homem estadista assumir os erros e planejar um futuro melhor preferiu discorrer sobre números idiotas, uma proclamada “grande vitória” da educação brasileira fazendo-me acreditar que ele estava olhando, quem sabe, a educação de Marte ou Vênus.
O ministro pintou de dourado algo que tem mais cor de coco de rato, na verdade.
A educação brasileira em todos os níveis é pitorescamente quadrúpede, administrada por pessoas que tem na escala de valores em primeiro lugar luzes dos holofotes para dizer qualquer asneira como as proferidas pelo Senhor Ministro Mercadante.
Em segundo lugar não existe um pensador nacional capaz de entabular ações capazes de alçar o setor educacional brasileiro a uma condição de sobrevivência capital.
Os alunos se transformam em asnos durante o transcorrer dos períodos em que estudam. Entram na escola analfabetos e saem analfabetos funcionais. É isso.
Distribuir renda não é e nunca será sair às ruas perguntar quem tem fome e dar um pão na boca.
Vale aquele ditado. Em mar que tem peixe é melhor ensinar a pescar.
Está na hora do Brasil aprender que só construiremos uma sociedade mais justa, moderna, competitiva, saudável com escolas de nível sul coreano.
Estamos num imenso Titanic com suas chaleiras cheias de calor e carvão farto e abundante, casco forte e duplo, todas as modernidades e facilidades.
Falta coragem ao navegador assumir um rumo melhor que o do nosso amigo burrito, se bem que o país precisaria saber que rumo desejaria seguir em primeiro lugar. Por enquanto o rumo que escolheu leva a ruína educacional e cria uma geração de alunos estúpidos iludidos achando que por conseguirem acessar a internet e copiar textos para seus trabalhos estão viajando em cima da carne seca.
O iceberg que estamos a bater com nossa nau desgovernada é a competitividade que bate a nossa porta e ninguém sabe atender e entender o chamado.
Enquanto tivermos no mesmo lado da rua estádios de futebol novinhos em folha, bolas maravilhosas, lombos de mulata globeleza e do outro lado da mesma rua escolas em pedaços, alunos com fome, professores despreparados e um sistema de ensino que entope listas de consumo sem qualquer conteúdo chegaremos num lugar destino dos navios pilotados por novatos e gente descompromissada com seus passageiros: o fundo do mar.
Já estamos próximos. Que mais faltará?
Acorda Ministro! Acorda Brasil.
Evidente que tem os que acreditam em duendes e que defendem com unhas e dentes o atual cenário e se encantam com as boçalidades que o governo faz e cogita ainda fazer. Entretanto, a matemática é cruel e nunca diz mentiras.
O PISA esta aí exibindo os números.
Tolice querer pintar o céu de outra cor e não ser a negra.










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