JORNAL PENA LIVRE

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terça-feira, 7 de janeiro de 2014

VOCE É DE DIREITA?  DE ESQUERDA?  OU DE CENTRO?

Tudo começou em meados de 1789 na chamada Revolução Francesa. Napoleão Bonaparte, o grande general frances e imperador, costumava sentar-se para reunião com os membros de assembleia nacional e se dividiam entre os que apoiavam o Rei à direita e simpatizantes da revolução à esquerda.
Mesmo com a substituição dessa assembleia nacional por uma legislativa em 1791 e com novos membros em sua totalidade a divisão oficiosa permaneceu conduzindo a uma ideia de que os inovadores se postavam do lado esquerdo, os moderados mais ou menos no centro e na ponta direita os defensores da consciência da Constituição.
De 1789 para cá muita água rolou e muita besteira igualmente passou pelo ralo dessa definição de esquerda, direita ou centro em termos políticos e posicionais.
Assim como quem conta um conto aumenta um ponto, já diziam os antigos, a definição das opiniões e atitudes de esquerda, direita ou de centro receberam versões diversas conceitualmente ao redor do mundo.
Ao ligarmos nossos aparelhos de televisão é muito usual percebermos que as palavras direita, esquerda e centro são usadas para definir pessoas ou grupos políticos.
De verdade mesmo poucos sabem por que cargas d’água esses termos de orientação tem a plenitude de definição/descrição ou perspectiva vigente de algum partido ou personagem político.
Sempre é bom recordarmos os tempos de Napoleão Bonaparte.
Naqueles idos, a mencionada Assembleia Nacional Constituinte ganhava músculos políticos frente às urgentes reformas que a França precisava.
Em linhas gerais, o governo daquele país estava naufragado em dívidas que alcançavam o pilar de sustentação econômico-financeira de boa parte da sociedade francesa.
Entre a cruz e a caldeira Luis XVI resolveu organizar uma eleição em que representantes políticos votariam medidas inéditas que pudessem servir de esparadrapo para tantas feridas e problemas.
Observava-se que naquelas reuniões as vertentes políticas se percebiam tridimensionalmente espalhadas no espaço. Na ala da direita os donos de terra, burgueses enriquecidos, pessoal do serviço público real e algumas pessoas do cunho religioso se negavam a qualquer tipo de mudanças que atingisses seus privilégios enraizados.
No lado oposto pelo vértice os membros da pequena e média burguesia e demais simpatizantes buscavam enxergar no horizonte amplas reformas que pudessem resolver os graves problemas nacionais.
Entra ano sai ano, os próprios atos que fixaram suas marcas no processo revolucionário frances ganharam de brinde a adoção de termos direita, esquerda e centro segundo aquela divisão espacial das opiniões da Assembleia Nacional.
Ficou mais ou menos assim: à direita os grupos de defesa dos interesses que estavam em domínio e a conversação na geladeira das facilidades e mordomias das elites; de outro lado, à esquerda, ganharam uma bússola reformista com base na conquista de benefícios às classes sociais, digamos, menos favorecidas.
O foco no governo central e sua política à direita ou à esquerda definiriam os grupos de oposição frente ao “status” do poder que estava no momento sentado no trono.
No Brasil, claro, a definição desses dois grupos antagônicos, eu diria três não esquecendo os grupos de centro, se perdeu no tempo e ganhou conotações enfadonhas e errôneas.
O governo de direita recebeu definições grotescas quando veio o período militar como sendo um poder que aliciava, matava, torturava e colocava todo mundo preso ao menor sinal de descontentamento.
Os que não aceitavam essas amarras logo receberam a indicação de que seriam de esquerda porque queriam a liberdade, a fraternidade, a sociedade comunitária e um lindo céu cor de rosa.
Nada mais coloridamente falso.
Alguns partidos compraram na esquina os direitos autorais da oposição, especialmente depois da distensão pós-período militar extinto, para cumprir um papel de representante maior dos sonhos de liberdade colocando a direita política como sinônimo de matadores de crianças, perversos, facínoras e monstros azuis.
O que era oposição virou situação e inverteram-se as ideias ou ideais.
Na verdade, busca-se hoje na esquerda brasileira um patamar de bem estar social, proclamação das liberdades amplas e justiça tentando eliminar as instituições que fornecem os pilares de países livres.
O socialismo colado como tatuagem à esquerda brasileira quer se reportar a um tempo de criação dos ideais de organização econômica, capitaneando a administração com estandartes da propriedade pública ou coletiva dos meios de produção. Com isso, correndo paralelo, a distribuição de bens dentro de uma sociedade amalgamada pela igualdade de condições e oportunidades e os consequentes meios para todas as pessoas.
O cenário de fundo revela-se colorido com um papel de parede igualitário de compensação.
Dentro desse prisma, estados totalitários foram criados e o socialismo está no seu ocaso quer queiram ou não, mesmo que no Brasil alguns abestalhados amamentem essa estupidez de cópia circense de furúnculos governativos sob um guarda-chuva de iniquidades, inconformismo, deformações sociais, deturpação dos valores sob uma flâmula de bem estar social.
Governos menores como Coréia do Norte e Cuba, por exemplo, admirados à exaustão por pessoas que acreditam que distribuição de oportunidades, tal como acontece nesses países, faz bem à saúde.
Geralmente o socialismo imperial reflete a sombra do chicote e o açoitamento das liberdades individuais, além de provocar mortes em profusão cataclísmica pela simples oposição de ideias.
Enquanto isso os partidos nacionais brasileiros, ditos de direita, nada fazem, tem medo do debate e do eleitorado.
Qualquer Zé sabe que o brasileiro médio é conservador.
Por definição seria idiota pensar que a maioria do povo brasileiro é de direita?
Todas as vertentes querem a mesma coisa, o tal bem estar social, um estado organizado, economia correndo em alta velocidade, pleno emprego e qualidade de vida.
Só que a direita nascida na definição francesa nunca quis um resultado de eliminar os estatutos da sociedade moderna calçado nas instituições fortes, representativas e onipresentes.
O debate começa aqui. Quem tem razão?
Acovardaram-se os partidos de direita brasileiros porque ficaram águem das ideias modernas, arrojadas e ventiladas. Ficaram à mercê de uma esquerda burra, entupida com fraturas expostas da liberdade deturpada dentro de programas de governo meramente ocasionais e inconsequentes.
A esquerda apossou-se de um marco regulatório que define, por natureza, a direita como sendo sinônimo de homens das cavernas e seres incompletos que querem resgatar regimes de exceção na base da paulada.
Enquanto isso na sala de justiça......o Brasil transforma-se rapidamente sob a égide de um regime que atua na calada da noite derrubando as bases institucionais uma a uma.
Estamos na hora de começarmos esse debate urgente antes que esse país acabe soçobrando.














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