JORNAL PENA LIVRE

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sexta-feira, 11 de setembro de 2009

FRONTEIRAS DO ROUBO

O Brasil está concretizando a aquisição de aeronaves de combate (caças) para modernizar a frota nacional atualmente constituída de relíquias do tipo F5 ou Mirage.
Alguns noticiários apontam a impropriedade desta aquisição alegando aspectos meramente econômicos ou que talvez seja uma manobra política para Lula pontuar junto ás forças armadas.
Claro que comprar no mercado aviões desta natureza, velocidade super sônica, equipamentos super modernos, peças de reposição não é a mesma coisa que comprar pirulitos na esquina. O Brasil vai gastar uma baba astronômica comprando, além dos aviões, alguns submarinos sendo um nuclear e mais uma dezena de helicópteros de vigilância.
Não vamos gastar verbo com o custo nem comentar sobre a parte política que existe de fato, claro.
Analisando de outro lado, temos um país imenso com uma costa oceânica de mais de dez mil kms contando as reentrâncias e baias, fronteiras com muitos países, florestas recheadas com recursos naturais que só existem por aqui.
Para tomar conta de nossas casas contamos com nossa vigilância em não deixar portas ou janelas abertas, cães de guarda, alarmes, porteiros eletrônicos, um guarda de rua, muros altos e cercas.
Estendendo essa idéia para um país que tem mais de 8,5 milhões de quilômetros quadrados o que podemos fazer para implementar uma vigilância apropriada?
Enquanto estamos aqui, eu escrevendo e vocês lendo o presente artigo, milhares de toneladas de pescado estão sendo furtadas neste momento por navios piratas em nossas costas, fauna e flora da Amazônia legal estão sendo comercializadas e pirateadas neste instante por estrangeiros, nas fronteiras a droga entra por todos os lados sem controle, pessoas indo, vindo e saindo do nosso território sem autorização.
Faz tempo que o Brasil virou casa da mãe Joana. Todo mundo pensa em fazer o que quiser quando quiser por quem estiver ao alcance de obter muitos lucros.
Soma-se agora neste cenário o potencial do petróleo na camada pré sal, assunto de interesse do mundo inteiro.
Tomo mundo quer um pedaço das nossas riquezas para levar para casa ilegalmente.
Precisamos, sim, desesperadamente de forças armadas completamente operacionais com equipamentos modernos, viáveis economicamente, com pessoal altamente treinado para tomar conta do que é nosso.
Imagine a cena como é atualmente.
Navio estrangeiro é detectado roubando nossos recursos de pesca. A capitania dos portos aciona seus recursos de observação e coibição utilizando velhas embarcações e helicópteros capazes de voar apenas alguns minutos.
Ao chegar no local a marinha encontra normalmente apenas água com o navio ladrão estando a milhares de quilômetros de distância.
O mesmo para grupos de assaltantes levando embora a riqueza de biodiversidade na região da Amazônia legal. Quando se percebe o movimento e os aviões da força aérea atuais são acionados os meliantes já estão placidamente curtindo e algum país vizinho rindo de nós tolos brasileiros.
Como fazer uma vigilância em num território tão grande? Utilizando navios da segunda guerra e aviões caindo aos pedaços?
Os adeptos da paz universal que me perdoem, mas esta aquisição tão importante não é para sairmos dando tiro no vizinho nem para invadir países limítrofes como pensam alguns, nem para ficarmos competindo com a Venezuela e sua mais recente modernização da força aérea daquele país.
Nada disso.
A defesa de uma grande vastidão como esta requer aviões ultramodernos capazes de atingir diferentes pontos em rápidos movimentos, bem como navios e outros tipos de aeronaves e embarcações ágeis a ponto de cobrir um dos maiores pedaços de terra do planeta. E agir com força bruta sim quando a situação assim requerer. Os piratas de plantão, traficantes, ladrões da biodiversidade quando aportam aqui estão armados até os dentes preparados para levar ou morrer.
Os navios pesqueiros, principalmente japoneses, invadem constantemente as águas costeiras brasileiras. Para eles o rigor de uma boa armada seria capaz de dissuadi-los a arrumar pescado em outro lugar e se capturados com as redes cheias deveriam ser evacuados e afundados sumariamente.
Só desta forma os piratas entenderiam que aqui o espaço não lhes pertence.
Fazer a vigilância total deste país, seguindo a teoria dos pacifistas envenenados com um discurso infame, só nos seria possível utilizar o 14 BIS como base de equipamento e velhas caravelas do tipo de Pedro A. Cabral.
Segundo ponto dessa discussão.
A compra que o Brasil quer fazer envolve a transferência de tecnologia, isto é, montar os aviões aqui no Brasil utilizando projetos originais dos fabricantes. Os EUA se recusam a fazer isso.
Entretanto, a menção de que o Brasil já poderia ter fechado acordo com os franceses para a compra dos Rafale fez com que Barak Obama acenasse querendo transferir, sim, a tecnologia do caça F18, se bem que este modelo já é considerado obsoleto e sem possibilidades de maior desenvolvimento.
O Ministério da Defesa está fazendo o certo exigindo a transferência do como fazer ao invés de comprar o pacote na loja do produtor.
Neste ponto tem outra coisa que os pacifistas se esquecem de colocar na fórmula.
O Brasil produzindo as unidades aqui estaria criando empregos e renda.
Os três concorrentes para o fornecimento dos aviões são:
1. Caça Gripen, fabricação sueca, caro e com problemas de manutenção e peças;
2. F18, fabricação americana (Boeing) já ultrapassado e sem possibilidade de modernização, mas com o preço muito mais suave;
3. Caça Dassault modelo Rafale, fabricação francesa. Bom modelo apesar do preço alto.
Correndo na raia da política há sim problemas com essa licitação para compra de equipamentos estrangeiros. Tem nesse meio muita tramóia não revelada, muitas negociações envolvendo empreiteira brasileira enfiada nesse negócio da montagem dos submarinos, neste caso os franceses só estariam servindo como intermediários da negociata com a empresa brasileira Odebrecht.
O Brasil já pecou no passado quando foi ao mercado comprar equipamentos de uso estratégico. Juscelino fez tolice ao adquirir o porta-aviões, aqui batizado de Minas Gerais, pagando um absurdo para os ingleses que já o haviam encostado como sucata e aqui serviu apenas para aportar revoada de gaivotas utilizando-o como berçário. FHC comprou submarinos IKL alemães, caros, obsoletos, manutenção proibitiva e que só vivem na oficina.
FHC repetiu a dose comprando outra remessa de sucatas, os submarinos Foch e São Paulo dos franceses porque estes os encostaram por conta de uma manutenção caríssima. FHC fez a burrada de comprar estas porcarias flutuantes que só servem mesmo como depositário de fezes de pombos e residência de seres marinhos.
Lula e Cia bela, comprando alguma coisa dessa envergadura no mercado, caros leitores, está na cara que não poderia ser um processo transparente nem legal e que seria enevoado com centenas de maracutaias e tramas escusas.
E agora que Obama se empenhou pessoalmente nesta concorrência?
O certo é que Lula e seu ministro da defesa precisam vir a público esclarecer os entremeios embaralhados e as muitas mentiras que estão sendo contadas.
Corre-se o risco de, comparando-se o péssimo histórico do Brasil comprando maquinário sucateado e caríssimo pelo mundo afora, repetir a dose e ficarmos como estamos ficando, ou seja, a mercê dos invasores, piratas, contrabandistas, saqueadores, traficantes que adotaram nosso país como moradia e sede de sua riqueza.
Temo que se esse negócio for fechado como esta hoje estejamos na verdade comprando mais algumas banheiras furadas e uma porção de velhas relíquias voadoras para tomar conta do que já é quase de posse do alheio.

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