JORNAL PENA LIVRE

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sexta-feira, 11 de setembro de 2009

UM DIA PARA NAO SER ESQUECIDO

Era uma manha fria de terça-feira em São Paulo capital, porém fazia um lindo sol. A cidade acordava sonolenta, preguiçosa e querendo ficar um pouco mais na cama.
Não havia jeito. São Paulo não pode parar e no rugido de sua força a manhã ganhou os contornos de sempre: congestionamentos, barulho, poluição e muita gente circulando pelas ruas cada um correndo para suas tarefas e obrigações.
Onde estávamos todos nós naquela manhã de 11 de setembro de 2001? Lembro-me que ainda morava na capital paulista e, aprumado em meu terno escuro me dirigia ao trabalho, não sem antes verificar na banca da esquina da famosa Avenida Paulista com a Rua Augusta, as manchetes do dia que, sem exceção, falavam da velha politicagem nacional e suas vertentes não muito santas e desonestas.
A internet já era um veículo usual e largamente utilizado para negócios, informações, compras etc. Na minha mesa a conexão estava ativa, como sempre, para captar as últimas do mercado financeiro.
De repente, uma notícia estranha que algo tinha acontecido de anormal em New York. Um avião estatelara-se num prédio famoso daquela metrópole. Conhecedor que era das rotas aéreas sobre a cidade americana, afirmei aos meus colegas de trabalho que podia não se tratar de um erro do piloto, dado as circunstâncias da enorme distância entre o WTC (World Trade Center) e o mais próximo aeroporto – La Guardia. Seria impensável um piloto errar com tamanha magnitude.
Recebi de volta olhares de repreensão pela afirmação feita ou pela idéia expressa.
Quando vinte minutos mais tarde outro impacto, desta vez na torre sul. Outro engano de um segundo piloto maluco? Depois um terceiro ataque seguido de um quarto?
Para mim era o bastante para supor atos terroristas.
Lá se foram seis anos. O que os americanos aprenderam com isso?
Nada. Algumas pessoas ficaram felizes em saber que os EUA todos poderosos haviam sido atacados de fora tão cruel contra inocentes que estavam no lugar errado e na hora errada.
O governo soberbamente incompetente de Bush e seus lacaios aproveitaram-se da situação para deferir golpes profundos na tão grandiosa democracia do Tio San, aprovando atos de espionagem contra o próprio povo americano, estabelecendo salvaguardas inapropriadas, atacar o Iraque, aprovar leis de exceção e coibir a liberdade cotidiana através de atos sabidamente inócuos.
Foi-se o tempo em que viajar para os EUA era sinônimo de conhecer o Mickey, o Pato Donald e de curtir a Disneylandia. Embarcar para o território do norte significa estar sujeito a revistas, maus tratos, passar por dezenas de máquinas que escaneiam as pessoas por completo à procura de qualquer dispositivo que possa ser suspeito.
Ter um visto americano válido é apenas uma certeza que você lá chegará sem saber se voltará ou não no mesmo avião em que chegou.
Seis anos que Bush procura Bin Laden, autor confesso do plano de ataque ao WTC. Procurou no Iraque, não achou. Procurou no Afeganistão, sem sucesso. Não podemos esquecer que Laden é filhote crescido no ambiente da CIA e de longe não é nenhum amador naquilo que se propõe a fazer.
Fontes na época revelaram que os EUA sabiam antecipadamente que algo estava sendo preparado. Um ato terrorista que colocaria de joelhos a nação do norte. Canais a cabo, nesta semana, estão exibindo um programa que fala exatamente isso. E pior. Os responsáveis, à época, confessam agora que nada fizeram para impedir os ataques e pedem perdão aos cidadãos americanos por suas brutais falhas que levaram para o buraco milhares de pessoas inocentes.
Agora é tarde. O próprio Bush isolou-se em lugar desconhecido e ignorado deixando as coisas acontecerem sem comando algum, exceto de subalternos mais que irresponsáveis.
O secretário de defesa norte-americano desmobilizou todo o aparato de investigação, à disposição, mandando para casa milhares de pessoas que poderiam contribuir para elucidar os atentados no mesmo dia do evento. CIA e FBI ficaram com seus corredores vazios e sem poder agir.
Conta-se que Bush deixou a coisa acontecer, sem tomar maiores providências, para justificar possíveis guerras futuras e dar guarida às empresas que financiaram sua campanha, exatamente a industria de armamento civil e militar. Tudo por dinheiro. Especialistas em comportamento humano afirmaram que a imagem de Bush recebendo a noticia dos ataques ao WTC, quando visitava uma escola pública no estado da Flórida, revelaram sinais de que aquilo não era nenhuma surpresa para ele. Imediatamente após a visita Bush sumiu do mapa deixando os americanos sem seu líder no momento de mais necessidade.
Minha homenagem respeitosa e com bastante ênfase aos verdadeiros heróis dessa tragédia:
Os bombeiros que tombaram no salvamento das vítimas, as famílias enlutadas, aos cidadãos simples que ajudaram no que puderam e às pessoas que morreram de forma brutal nos quatro ataques seguidos, ao prefeito Rudolf Jiuliani de N. York que arregaçou as mangas da camisa e esteve lá todo o tempo prestando ajuda mais que necessária.
O lado positivo da tragédia foi observar a solidariedade das pessoas comuns para com desconhecidos, o carinho na tristeza, o amparo no desespero, a irmandade que saiu das cinzas de uma cidade enorme que a todos transforma em robôs frios e insensíveis. A cena das pessoas cobertas pelas cinzas do desmoronamento das torres gêmeas escondia, nas faces sem cor, olhos mais que límpidos de medo e agonia revelando o lado verdadeiro dos indivíduos, sem máscaras, todos iguais pela mesma tonalidade: negros, mulatos, brancos, vermelhos; instantaneamente se vendo uns aos outros pelo mesmo prisma trágico.
De lembrança carrego essas imagens moldadas pela calamidade e, é claro, o horror estampado em cada rosto perdido na névoa seca e nas montanhas de cimento e ferros retorcidos.
Ficou uma lição importante para os americanos da globalidade do terror que pode atingir impensáveis lugares e provocar mortes em todos os rincões do mundo, basta apenas um bom planejamento, tática correta e um louco atrás do gatilho.

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