JORNAL PENA LIVRE

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quinta-feira, 29 de abril de 2010













CASAMENTO HOMOSSEXUAL E DAÍ?


Falar de sexo é um tabu. Tal como a cor predileta, o time de futebol do coração, tipo físico que os homens apreciam ou as mulheres querem é uma discussão tão antiga quanto o mundo que nos cerca.
Alguns preferem o time A os outros o B por simpatia, por herança (o pai também era torcedor), ou por influência dos amigos. Há quem prefira as loiras outros as morenas, ou ruivas e a mesa de conversa vai além do horizonte.
A humanidade evolui e nossos relacionamentos idem. Pelo mundo inteiro os governos vem adotando leis que protegem as pessoas que são homossexuais e, que a partir de um dado momento, podem adotar crianças, comprar planos de saúde conjuntos, direito à herança, enfim, estabelecer uma vida normal como se fossem duas pessoas do sexo oposto.
As igrejas em sua grande maioria fazem aquilo que é de praxe que é criticar e não dar suporte aos novos tempos sexuais modernos.
Padre pedófilo pode ter, mas homem casando como homem....oh que horror! Abominável na mente de muitos que até se dizem portadores da bandeira colorida dos relacionamentos alternativos, mas na verdade na calada da noite querem mesmo é fustigar esse tipo de assunto.
E daí? Ninguém nasce cumprindo um roteiro fixo, a vida vai amalgamando a personalidade, o caráter das pessoas e também sua formas de manifestar amor e carinho e porque não pelo mesmo sexo?
A fulana gosta de ciclana, beltrano quer se casar com seu companheiro. Grande coisa. Seria sim estranho, muito estranho se as pessoas começassem a adotar relacionamentos afetivos com árvores, insetos, bichos em geral ou com o cortador de grama. A partir do instante que se escolhe o(a) parceiro(a) para toda uma vida ninguém tem nada com isso: a Igreja, o Governo, os vizinhos e os eternos defensores histéricos de uma moral acima de todas as coisas. Às vezes são estes seres briguentos, para determinar um rígido padrão de comportamento para todos, que são os mais inclinados a cometerem crimes de pedofilia e outras aberrações da natureza.
Nos ambientes onde frequento ainda enxergo boa parte das pessoas criticando severamente os relacionamentos dentro do mesmo sexo como se isso fosse anomalia crônica. Lembrando que em Roma nos impérios baixo e médio a normalidade do homossexualismo era coisa banal.
Aliás até meio divino, dizem alguns historiadores, pelo fato de que os deuses poderiam habitar o corpo de um homem, mas jamais de uma mulher. No senado, na vida romana cotidiana comum, nas legiões esta opção era sacramentada e respeitada.
Pelo mundo inteiro as leis correm atrás do prejuízo de não preverem relacionamentos novos e mais modernos.
O que os amalucados, que gostam de sentar o pau nesse assunto afirmando e esbravejando que tudo isso não passa de uma grande patifaria e doença, devem se ocupar de cuidar de suas próprias vidas que já estão fazendo um grande favor.
Espiar o que o outro está ou não fazendo, quem frequenta sua cama e seu coração e se importar com isso é um vazio existencial terrível que é difícil de se imaginar.
Cuidar do umbigo seria uma lição vitoriosa ao invés de jogar pedra na Geni.
Ao contrário. Muitos bandeirantes das forças morais espalhados pelo Brasil querem assistir o circo pegar fogo com milhões de pessoas querendo ser reconhecidas pelas opções sexuais que fazem e dos relacionamentos que adotam.
Para esses, desculpem o termo pesado, degenerados organizadores de campanhas vis de difamação dos homossexuais, a camisa de força. Preferem o sofrimento dos desassistidos, observarem as crianças, que poderiam ser amanas no seio de uma família de dois Josés ou duas Marias, minguar à deriva do seu destino e torcer para que todos ardam no mármore do inferno.
A sociedade não necessita de histéricos que brigam por posições de moralidade já ultrapassadas desde a era dos dinossauros.
Eu encaro esse tipo de gente como uma coisa pitoresca das sociedades. Talvez precisemos o confrontamento das ideias opostas para nos fazer acordar o mais cedo possível para as Marias e Josés espalhados pelo mundo, sabe...,gente trabalhadora, respeitosa, digna de fé que quer viver a vida de uma forma completa criar seus filhos adotas que sejam, mas muito amados e educados para cumprir aquilo que a sociedade demanda que é o respeito às leis cumpridoras de seus deveres e sabedoras de seus tantos direitos
O beijo nos lábios das Marias e Josés são tão ou mais verdadeiros que os outros tantos beijos universais, talvez até aposto que o amor deles seja mais visivelmente verdadeiro porque compram uma briga enorme contra todos os tarados morais de plantão e de igrejas neolíticas (vulgo pedra lascada). Querem, de fato e de direito, as milhões de Marias com Marias e Josés com Josés, finalmente, aquilo que todos buscam: o amor e o convívio daqueles que lhe são amados, estabelecerem uma família normal como qualquer outra, viverem uma vida próspera, deixarem herdeiros e dignatários de todo nosso respeito e admiração.
Que me perdoem os vorazes panfleteiros de boa moral etc e tal, mas as sociedades já não estão mais afim de tolerar comportamentos que não almejam os direitos constitucionais de torcer para o time que quiser, escolher o(a) louro(a) ou o(a) moreno(a), adotar o relacionamento homo ou heterossexual e desejar a melhor forma de viver e ser reconhecido.
Tim Maia já dizia o resto vale tudo, só não vale homem com homem e mulher com mulher. Agora vale sim. Muito e veio para ficar.

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