JORNAL PENA LIVRE

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segunda-feira, 26 de abril de 2010


















CRIMES HEDIONDOS DA GUERRA FRIA

O LSD, também chamado de ácido, pills, cones ou trips é uma droga com ação alucinógena ou psicodélica. A dietilamida do ácido lisérgico é sintetizada clandestinamente a partir da cravagem de um fungo do centeio (Claviceps purpúrea). Com esse dado inicial vou lhes contar uma história por demais incrível de como o ser humano pode cometer crimes tão hediondos que nossa imaginação custa a entender.
Nosso cenário: bucólica cidadezinha francesa fundada por volta do ano 500, às margens do rio Ródamo, no sul da França.
Esta comunidade permaneceu intacta com estilo de vida e construções que mais lembram o período medieval. Na SGG (segunda grande guerra) foi tomada pelos insanos alemães que destruíram boa parte dos antigos monumentos. A cidade francesa, PONT SAINT ESPRIT, conta hoje com pouco mais de 700 pessoas e nunca apresentou crescimento populacional digno de nota.
Num belo dia perdido no ano de 1953 a cidade acordou diferente. A população parecia tomada por um delírio coletivo. Alguns se jogavam de janelas abertas, outros tentavam mergulhar em qualquer coisa líquida para escapar de cobras horrendas correndo pelo corpo, um garoto de apenas 11 anos tentou estrangular a mãe.
Uma dessas pessoas gritava pela rua que sua cabeça de cobre iria estourar e, por incrível que pareça, até os animais apresentavam comportamento estranho. Um cachorro parou de correr na praça e uivava ardorosamente olhando para o sol que lhe cegou.
O caso ficou conhecido como Le Pain Maldit (o pão maldito) porque a comunidade correu culpar o padeiro da cidade de colocar veneno nos quitutes de sua padaria. Coisa mais ridícula.
Quase 60 anos após o episodio do pão maldito o jornalista H. P. Albarelli Jr. Lança uma hipótese que mistura teorias de conspiração e psicodelia pura.
Em seu livro intitulado “A Terrible Mistake” (em português o terrível erro ou engano) ele afirma que a CIA por livre vontade envenenou a comida dos cidadãos de Pont-Saint-Esprit como parte de uma experiência ultra-secreta para descobrir os efeitos da droga em grandes populações.
Na verdade li muito sobre o tema e o autor não conta o objeto foco da empreitada da CIA.
O programa MK Ultra como ficou descoberto depois, iniciou-se por ordem de Allen Dulles, ex-diretor da CIA em 1953. O primeiro chefe do programa foi Sidney Gottlieb a título de informação.
O objetivo principal do experimento era produzir uma droga que obrigasse a pessoa falar sempre a verdade. A totalidade do projeto estudava aproximadamente 150 diferentes pesquisas e ainda não se conhece o inteiro teor de todas elas.
Numa das pontes da cidade amigos conseguiram impedir um homem de se jogar de cabeça no rio cheio de pedras alegando estar sendo perseguido por fantasmas, uma menina chorava desesperadamente apontando para a mãe os tigres que a cortariam em pedaços, um outro cidadão brigava com seu médico de família para lhe colocar o coração no lugar porque dizia estar escapando pelos pés, um jovem atirou-se do alto do prédio gritando vruuummm dizendo ser um avião de combate. O homem-avião milagrosamente não morreu e ainda conseguiu correr alguns metros mesmo com as duas pernas quebradas.
Durante noites a fio as pessoas se aglomeravam numa espécie de insônia coletiva em animados papos que se aprofundavam noite adentro, todos com os olhos trincados e cheios de uma forte energia completamente artificial.
Também pudera. Estavam com droga até as raízes dos cabelos e curtindo uma bad trip, como se diz na gíria, tamanho é o poder alucinógeno do LSD.
O caso seria para sempre enterrado no esquecimento não fosse Albareli misturar duas siglas LSD e CIA para descobrir a operação secreta MK ULTRA.
O jornalista deparou-se com a história macabra quando investigava a morte do cientista bioquímico Frank Olson que estava na folha de pagamento da CIA e foi achado morto depois de, presumidamente, se jogar do 13º andar.
A versão do suicídio evidente nunca convenceu a família nem amigos. Olson trabalhava em Maryland em Fort Detrick, lugar determinado pela CIA para estranhas pesquisas com elementos químicos como mescalina, cogumelos venenosos, morfina e heroína.
Acontece que pelo meio do caminho Olson, sem saber de nada, também acabou testado pela CIA com uma dose do ácido lisérgico. A droga foi introduzida numa garrafa de bebida que muitos consumiram numa sala de reuniões em Maryland, onde estavam presentes muitos cientistas e químicos renomados na ocasião. Descontrolado pelos efeitos do LSD, Frank começou a matraquear sobre o projeto e supostamente a CIA colocou fim no falastrão jogando-o do 13º andar de um prédio vizinho.
Em 1994 o corpo, por determinação da justiça americana, foi exumado. Os ossos contariam uma outra história ao invés do improvável suicídio. Havia marcas no crânio e estava, enfim, quebrado indicando assassinato por golpes com algum elemento contundente antes de ser jogado janela afora.
O próprio presidente americano Gerald Ford, quando seu governo estava autorizando a publicação de documentos secretos da CIA, pediu desculpas à família de Olson oferecendo uma quantia em dinheiro como compensação.
A celeuma está lançada. Alguns historiadores apontam que Albareli não tem provas suficientemente boas para argumentar sobre o tema.
Outros apontam falhas no próprio teste executado na cidadezinha francesa como sendo impossível determinar as causas de tanta alucinação coletiva.
O caso do pão maldito continua a todo vapor. Enquanto isso, todos querem saber o que foi que tirou os habitantes da comunidade da órbita terrestre por alguns dias, e os devolveu como parte de um dos mais escabrosos casos da história do Século XX envolvendo militares americanos, CIA, NSA e com testes ilegais realizados em territórios extra americanos.
Os tempos da guerra fria se foram. Não temos mais testes para descobrir drogas secretas capaz do ser humano contar toda a sua verdade, nem explosão de bombas para descobrir como pode se matar por controle remoto uma cidade como São Paulo utilizando um único artefato nuclear.
As pesquisas realizadas hoje em dia, boa parte delas made in USA, visam, sobretudo, o controle das pessoas de alguma forma sub-reptícia para deter o poder absoluto, o chamado Mind Control. Mas, isto fica para outro capítulo senão a CIA vem me pegar.

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