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terça-feira, 18 de maio de 2010



















IRÃ VERSUS SR TROPEÇO

Ted Cassidy protagonizou durante muitos anos o mordomo Lurch ou Tropeço (foto acima) no seriado Família Adans em exibição em alguns canais pagos ainda hoje.
O personagem, muito engraçado por sinal, tinha a característica de ser extremamente desastrado. Tudo o que tocava acabava virando um problema ou quebrava.
O Brasil age da mesma forma que o Sr. Tropeço quando o assunto é o Irã e seus miquinhos amestrados, os tais Aiatolás.
Há um desespero do governo federal que insiste em ocupar um assento no tribunal de exceção chamado conselho de segurança da ONU.
Por conta dessa insanidade, o Brasil vem atropelando as boas relações internacionais a troco de ter um voto no tal conselho que, na prática, não serve para nada.
Entenda o caso.
O urânio é um elemento da tabela periódica com seu lugar numerado como 238. Só que para construir bombas, usar na medicina e combustível de usinas nucleares esse U238 não serve para nada porque é pouco radioativo.
Entretanto, o U235, que em síntese é o mesmo elemento só que isótopo, ou seja, apresenta menos três elétrons na chamada camada da eletrosfera mantendo o mesmo número de prótons e nêutrons. Isso faz com que o U235 apresenta caraterísticas próprias para o emprego, tanto na medicina como na fabricação de bombas.
Num pedaço de U238 consegue se achar alguns elementos do isótopo U235. Para se enriquecer o U238 é usado um sistema de ultra centrifugação em série que permite, paulatinamente, juntar mais isótopos aumentando o percentagem do U235.
Com enriquecimento de aproximadamente 3%, o U235 serve para abastecer usinas termo-nucleares, já com 20% de enriquecimento pode ser usado na medicina e com mais de 90% consegue-se construir uma bomba nuclear.
O Irã atualmente tem tecnologia para apenas centrifugar até 20% para uso medicinal. O enriquecimento acima de 90% é restrito ao clube de países atômicos do qual o Irã não faz parte. De outro lado, autoridades deste clube privê nuclear temem que aquele País possa enriquecer acima de 90%, coisa bem pouco provável.
Imagine um país instável como o Irã, governado por um clã religioso ultra-ortodoxo e hiper extremista, cujo presidente é um violador de carteirinha de todos os direitos humanos ter em mãos um artefato capaz de dizimar uma cidade inteira como Paris ou Telaviv, capital de Israel que seria, inclusive, o alvo número um.
Nem precisa dizer que o mundo inteiro borra nas calças de medo de uma confrontação nuclear se o Irã decidisse lançar uma bomba dessas em cima de Israel, alvo predileto de países muçulmanos radicais. A coisa iria feder e muito.
O nosso presidente resolveu embarcar na cruzada de convencer o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad a não violar os termos dos tratados internacionais que lidam com assuntos atômicos. Há anos que o mundo inteiro tenta convencer o Irã a não construir artefatos nucleares, muitos acordos foram assinados e não seguidos por Mahmoud Ahmadinejad.
O mister Tropeço brasileiro vai mais longe se auto intitulando o Sr. Faz tudo, resolve tudo.
Isso mais parece aquelas historinhas contadas pelo personagem Forest Gump no cinema.
A reunião entre Lula e o presidente russo Dimitri Medvedev acabou sendo mais um prato cheio de vergonha para nós brasileiros e para nossa outrora invejável expertise nas relações exteriores. Sem qualquer conselheiro que pudesse discorrer sobre o que falar e o que não falar, Lula pôs-se a criticar abertamente Dimitri pela invasão do Afeganistão, em linhas gerais um repeteco do Vietnã patrocinado pelo exército vermelho.
Imediatamente Medvedev encerrou a visita pondo fim à conversa do empertigado visitante tropical.
O Sr. Tropeço e seu ministro Celso Amorim mais uma vez perpetraram se meter onde não foram chamados e negociar coisas que não são da sua alçada.
Com isso o Brasil cria há algum tempo atritos nas relações com os demais países, quase todos diga-se de passagem, que não querem ver Teerã com poder nuclear a ponto de explodir o mundo num surto de braveza tipico de Mahmoud Ahmadinejad.
A negociação é letra morta e não serve para nada. Irã vai continuar seu programa de enriquecimento até atingir o ponto dos 90% típicos para uma bomba atômica e já disse isso antes do final da reunião do Sr. Tropeço e Amorim.
Irã acabou sendo o vitorioso na parada nuclear. Negociou através do Brasil a troca de 1.200 kgs de U238 por 120 kgs de U235 a 20% na Turquia ao invés da França ou Rússia como o clube nuclear queria.
Esse material será usado, segundo informa Teerã, na medicina ou como combustível das usinas termo atômicas do Irã. Conversa para boi hibernar anos a fio.
Os especialistas no assunto divergem suas opiniões.
Feldberg, do Núcleo de Pesquisas em Relações Internacionais da USP, discorda. “Sem dúvida nenhuma, podemos dizer que a via diplomática está aberta. Mas qual o problema de negociar, se você não vai cumprir com o que for combinado?”, questiona. (fonte g1.com.br)
“No meu entender, esse acordo é uma rota de fuga. O Irã encontrou no Brasil um instrumento para adiar ao máximo possível a imposição de sanções. Mas, do ponto de vista da efetividade e da capacidade de influenciar os acontecimentos ou o comportamento do Irã, ele é completamente inócuo”, afirma.
Para Cristina Soreanu Pecequilo, da Unesp, o acordo é positivo por abrir a possibilidade de diálogo em uma mesa de negociações até agora travada. (Fonte g1.com.br).
A base do acordo é a mesma de uma proposta feita pela ONU em outubro de 2009, que previa, no entanto, o envio do urânio iraniano para a França e a Rússia. Na ocasião, o Irã chegou a concordar, mas só se a troca ocorresse em seu território – o que a ONU considerou inaceitável.
De qualquer forma Mahmoud Ahmadinejad e sua tropa de Aiatolás estúpidos como mulas e que amam uma guerrinha santa tanto faz como tanto fez. O Irã vai continuar sua marcha rumo ao mundo nuclear de bombas e afins.
A manobra brasileira não convence ninguém. Se por um lado é bom negociar por outro o negociador iraniano tem ficha histórica ruim e de nenhuma confiança.
De mais a mais não vejo a participação do país com bons olhos. O Brasil não precisava se envolver nessa polêmica e nesse ninho de cobras. Nosso país não tem nada a ganhar. Não tem questões comerciais importantes a serem resolvidas, não depende do petróleo do Irã. E o custo desse envolvimento é extremamente alto. O Brasil certamente vai ouvir um monte dos Estados Unidos quando ficar comprovado que o Irã não tomou nenhuma atitude, como de fato percebe-se que vai acontecer. Não somente conversa. Obama pretende, em contrapartida da peripécia diplomática brasileira, azedar a vida comercial do Brasil como um todo.
Irá quis ganhar tempo e ganhou. O Sr. Tropeço mais Celso Amorim até que ensaiaram bem a peça de teatro, mas o fim da história todo mundo já sabia na bilheteria, ou seja, com Irã e seus bruxos religiosos não se negocia nada.

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