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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

TROPE DE ELITE DA CORRUPÇÃO


















TROPA DE ELITE 2 – SAGA POLÍTICA

O filme Tropa de Elite 2, em exibição nos principais cinemas brasileiros, veio em ora muito oportuna para avaliarmos como será tratada a questão da segurança pública no Brasil por quem estiver sentado na cadeira da presidência.
A fita é de uma cruel e violenta realidade do momento atual que experimentamos e dá parca idéia de como o assunto deveria ser resolvido.
Os petistas sonharam em ver esse filme sendo lançado após as eleições por razões óbvias e claras como céu azul.
A diferença entre Tropa de Elite 1 e 2 está na trama como a marginalidade se desenvolve atualmente: uma malha criminosa complexa sempre terminando em algum gabinete político com ganhos eleitorais e, de outro lado, mortes pelo caminho.
A candidata do PT, ao meu ver, representa exatamente a continuidade do processo pelo qual o crime organizado faz seus negócios milionários e distribuem a féria para a laia política do porão do navio.
Não tem como não se arrepiar, ao final do filme, quando o capitão Nascimento debruçado sobre seu filho baleado por milícias urbanas, dá sinal de que está bem, após uma complexa cirurgia para remover o projétil que o atingiu, e na seqüência das cenas seguintes com o ator comentando onde tudo isso termina mostrando o prédio do congresso nacional num sobrevôo espetacular.
Nessa hora pensei nas opções que temos à frente no final deste mês de outubro para elegermos quem vai ser o próximo presidente da república das bananas ou o próximo comparsa de tudo o que está ai.
Violenta a fita em mostrar a brutal realidade do crime. A cadeia de eventos sempre começa com integrantes, geralmente classe média, que buscam a droga nos pontos de venda e termina com uma mala cheia de dinheiro na conta de algum político, passando pelo sistema policial que é corrompido ao máximo.
Todos ganham um pedaço do crime de presente, menos a sociedade que fica com o lixo reciclado do processo: filhos drogados e mortos pelos traficantes, famílias destruídas, violência e o tráfico de armas cada vez mais lucrativo, até mais que a própria droga.
Temo que haja apenas dois caminhos a seguir pelos eleitores: ou votam na direita que não tem qualquer plano de governo ou votam na esquerda que igualmente não tem plano de governo, mas que integra boa parte do sistema corrupto jamais visto em terras brasileiras desde Noé e sua arca.
A solução para isso é notoriamente simples. Entretanto, iria requerer do próximo ocupante do Planalto uma atitude intolerantemente enérgica, honesta, com valentia e coragem.
A começar por desmantelar duas polícias contra producentes. Não necessitamos de polícias militar e civil.
Só uma dá conta do recado. Quando mais se estabelecem ramais no combate ao crime mais há vazamentos de identidade e de competência e, conseqüentemente, mais provável a existência de gente ganhando com a coisa toda.
Segundo plano é o treinamento, sistema de cargos e salários mais seleção para novos recrutas.
Ninguém pode combater crime morando em favelas porque não tem dinheiro para suas contas. Policial mendigo, como a maioria da classe hierárquica mais baixa das duas polícias, é a porta de entrada para o crime cooptar o integrante da força pública que vai no embalo porque tem que comprar o leite e o pão que o Estado não lhe permite comprar.
São Paulo, por exemplo, o estado mais rico paga o salário policial mais miserável.
As armas entram pelos poros brasileiros de suas fronteiras que são livres, desocupadas, não policiadas território perfeito para o abastecimento da violência.
Nesse sentido o Estado tem que assumir o papel de vigilância severa, milímetro a milímetro, passo a passo, controle alfandegário selvagemente intenso e mapeamento do espaço aéreo severamente vigiado.
Não seria uma má idéia o exército, marinha e aeronáutica cuidarem disso. Equipamento e treinamento resolvem boa parte do problema. Não carece criar guarda nacional e outros aparatos que não seriam eficientes.
Utilizar as forças armadas sim. Dizem os amalucados que adoram leis idiotas que exército, marinha e aeronáutica devem combater inimigos do Estado e não crimes comuns.
Quem fala isso desconhece que o crime hoje é o principal inimigo do Estado, da Nação e de todos nós que estamos aqui embaixo sob chuvas de balas.
O sistema corruptivo brasileiro se farta de encher a barriga de dinheiro porque há facilitadores para lavagem de dinheiro.
A máfia italiana, tanto na própria Itália e nos EUA teve suas atividades praticamente encerradas pela inteligência aplicada ao sistema que facilita idas e vindas de dinheiro criminoso. Sistema bancário, claro.
Para quebrar o crime organizado é preciso alterar a estrutura bancária que dá vazão aos narcodólares trocados por moeda local e que abastece a linha do crime em todos os porões, notadamente o político.
Uma reforma política inteligente teria que ser imediatamente empregada para dissolver possibilidades de termos deputados, senadores, prefeitos, vereadores, governadores comandando o crime de seus gabinetes, uma praxe atual incrivelmente comum e diariamente anunciada na mídia brasileira.
A começar pela exigência legal, já na pré-candidatura, que não favoreça o crescimento de ervas daninhas imbecilizantes como alguns palhaços que foram eleitos no primeiro turno emporcalhando a política nacional coberta, hoje por um manto que fede.
Não podemos esquecer que o Tropa de Elite 2 filtra em suas mensagens o cenário perfeito para a perpetuação do crime organizado: uma ignorância e pobreza de uma população que luta para dar comida aos filhos, consumo de drogas que só pode ser diminuído através de um processo educacional sério e não como hoje se vê apenas e tão somente um criador de piadinhas de salão.
Na continuidade, um código penal que coloca na rua quem deveria estar preso e dá tratamento de universidade do crime para quem está atrás das grades. Pagamos muito caro por um detento que, em suma, sai pior do que quando entrou. A sociedade não poderá eternamente pagar para que batedores de carteira se transformem em doutores com PHD em crime como o sistema faz hoje.
Que tal em vez da vadiagem em presídios de segurança máxima uma pé e uma enxada para lavrar a terra e quebrar os bandidos de tanto trabalhar.
Não podemos achar que a utopia de um país sem crime seja alcançada. Nem mesmo se ainda estivéssemos vagabundeando pelo planeta no paraíso inicial de Adão e Eva com comida farta e tudo mundo andando nu.
Mesmo assim haveria crime.
O que precisamos ter como meta é a aplicabilidade da tolerância zero para o crime como faz com louvor o ex-prefeito de New York, Rudolph Giuliani. Carecemos de um período de, pelo menos uma geração, de políticos que não procurem votos para se esconderem na saia da justiça utilizando seus cargos para colocarem gasolina da fogueira da criminalidade e abastecerem seus cofres com dinheiro da morte.
Necessitamos de inteligência na criação de um sistema bancário que não colabore com o crime e os centenas de pilantras que utilizam laranjas para que a maquina criminal seja sempre azeitada.
A cadeia de eventos, finalmente, só poderá estar completa quando a escola em todos os níveis seja séria, desenvolvendo o melhor do ser humano, dando a ele condições de crescimento com oportunidades, mostrando a ética, a civilidade e a inutilidade da juventude sair pelas baladas entupidas com tóxicos, esta a verdadeira culpada pelos eventos criminais após sua aquisição de entorpecentes nas ruas.
O motor do crime precisa ser engripado.
Ao meu ver o primeiro passo seria evitar escolher para presidente do Brasil alguém que já empunhou armas, já assaltou, roubou, e matou em nome de uma liberdade e que agora tem a pachorra de pedir indenização em processo judicial cobrando do estado por ter sido guerrilheira.
Quem não viu vá correndo comprar o ingresso do filme para ver a cara de tudo isso que eu estou falando em cores e sons de balas.
E se puderem reflitam sobre o que nos aguarda.




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Magno Almeida Lopes, escritor e jornalista free-lancer, administrador de empresas com habilitação em negócios internacionais, tecnólogo de obras e solos, engenheiro de rede Lan, membro efetivo da academia Piracicabana de letras, MBA em comércio exterior. Piracicaba (SP), 13 de outubro de 2010. email: lopesmagno@gmail.com

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