JORNAL PENA LIVRE

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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

HINO NACIONAL...VAMOS CANTAR
















HINO NACIONAL

Um dos símbolos do nosso país é o hino nacional. Muitos não sabem cantá-lo porque não conhecem a letra nem o significado das estrofes.
Livardo Alves, Orlando Tejo, Gilvan Chaves (autores), juntamente com Zé Ramalho (intérprete) lançaram um outro hino muito apropriado para o Brasil que, com a licença dos meus leitores, vou transcreve-lo integralmente. Chama-se O MEU PAÍS.
Para ouvir o hino nacional dos tempos modernos clique em http://letras.terra.com.br/ze-ramalho/400344/. Cole e copie na área de endereçamento do seu navegador da internet.
Brasília está em polvorosa com a música. O PT quer tira-la do ar, Lulalá e cia bela querem a cabeça de Zé Ramalho.
A letra é uma primorosa obra prima deveria ser ouvido e tocado em todas as rádios nacionais, na tv aberta e canais a cabo como um alerta para o que vem por ai em termos de politicalha suja. Salve-se quem puder.

Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo

Um país que crianças elimina
Que não ouve o clamor dos esquecidos
Onde nunca os humildes são ouvidos
E uma elite sem deus é quem domina
Que permite um estupro em cada esquina
E a certeza da dúvida infeliz
Onde quem tem razão baixa a cerviz
E massacram - se o negro e a mulher
Pode ser o país de quem quiser
Mas não é, com certeza, o meu país
Um país onde as leis são descartáveis
Por ausência de códigos corretos
Com quarenta milhões de analfabetos
E maior multidão de miseráveis
Um país onde os homens confiáveis
Não têm voz, não têm vez, nem diretriz
Mas corruptos têm voz e vez e bis
E o respaldo de estímulo incomum
Pode ser o país de qualquer um
Mas não é com certeza o meu país

Um país que perdeu a identidade
Sepultou o idioma português
Aprendeu a falar pornofonês
Aderindo à global vulgaridade
Um país que não tem capacidade
De saber o que pensa e o que diz
Que não pode esconder a cicatriz
De um povo de bem que vive mal
Pode ser o país do carnaval
Mas não é com certeza o meu país

Um país que seus índios discrimina
E as ciências e as artes não respeita
Um país que ainda morre de maleita
Por atraso geral da medicina
Um país onde escola não ensina
E hospital não dispõe de raio - x
Onde a gente dos morros é feliz
Se tem água de chuva e luz do sol
Pode ser o país do futebol
Mas não é com certeza o meu país

Um país que é doente e não se cura
Quer ficar sempre no terceiro mundo
Que do poço fatal chegou ao fundo
Sem saber emergir da noite escura
Um país que engoliu a compostura
Atendendo a políticos sutis
Que dividem o brasil em mil brasis
Pra melhor assaltar de ponta a ponta
Pode ser o país do faz-de-conta
Mas não é com certeza o meu país.

Os autores e Zé Ramalho colocam na música o retrato falado do Brasil. Não preciso comentar nada.
Este é o texto mais fácil que escrevi na vida. Bastou-me colar, copiar e rebatizar a música de Hino Nacional Brasileiro.
De outro lado, o mais doído de todos eles. Não tenho como negar que, a cada vez que ouço esta melodia e a letra fantástica que descreve com perfeição a hora em que vivemos, choro lágrimas compulsivas sem piedade.
Para cada coração verdadeiramente verde e amarelo não tem como não chorar.
Hoje (08/10/2010) o canal de notícias G1 (globo news) traz uma notícia da intervenção cirúrgica de Romeu Tuma acometido de insuficiência do coração.
Uma nova técnica cirúrgica instalou no peito do senador uma máquina que substitui, em parte, uma das cavidades do órgão que se encontra severamente debilitado sem possibilidade de um transplante.
O aparelho que ajuda o coração enfraquecido do veterano delegado de polícia é fabricado na Alemanha. É o segundo caso de colocação desse equipamento no Brasil
Detalhe: o preço da brincadeira alcançou R$ 500.000,00 isso mesmo quinhentos mil reais com a vinda, inclusive, dos engenheiros alemães para mostrar aos médicos brasileiros como a maquineta funciona.
Essa é a diferença da saúde pública no Brasil.
Quem tem recursos vai ao Sírio Libanês em SP capital. Quem não tem segue o rumo do buraco.
Esta semana o escritor sul-americano Vargas Llosa ganhou o Nobel de literatura. Quem sabe um pouco da história da América do Sul percebe bem o que representa o trecho da música que diz: “Um país onde os homens confiáveis, não têm voz, não têm vez, nem diretriz, mas corruptos têm voz e vez e bis”. VARGAS Llosa foi candidato a presidência do Peru, em 1990 e perdeu para Alberto Fujimori que detonou o pior período da história peruana com seus golpes e um governo completamente autoritário e reacionário. Deu no que deu.
Vento que venta no Peru também venta aqui.
Tiririca será um dos deputados por São Paulo tendo recebido da patuléia quase 1.350.000 votos, enquanto candidatos que conheço, sabidamente homens probos, inteligentes e com experiência administrativa receberam menos de 500 votos.
Queremos construir um País um ou manicômio?
A escolha é nossa. Depois não adianta chorar na esquina. Ninguém ouvirá nossos clamores e dores.
Talvez a letra do hino nacional de Zé Ramalho mereceria mais um verso que eu colocaria assim:

Um país que vota em Tiririca
Que procura o incerto, feio e ilegal
Não pode a fundo colocar o real clamor
Bala perdida e a morte é real
Um país prega a cruel idolatria
Diz que não tem a pátria nem amor
Destruir berço o hino oficial
Hipocrisia a besta mistifica
Pode ser o país linda cachaça
Mas não é com certeza o meu país.

To vendo tudo, to vendo tudo, mas calado JAMAIS.

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Magno Almeida Lopes, escritor e jornalista free-lancer, administrador de empresas com habilitação em negócios internacionais, tecnólogo de obras e solos, engenheiro de rede Lan, membro efetivo da academia Piracicabana de letras, MBA em comércio exterior. Piracicaba (SP), 08 de outubro de 2010.

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