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domingo, 13 de março de 2011

MAIS UMA PIZZA DE ATUM GARÇOM....













UMA GANGUE A MAIS FAZ DIFERENÇA?

Há tempos somos governados por gangues. São quadrilhas especializadas em tungar o dinheiro público obtendo vantagens ilícitas para toda sorte de jogo político, negociatas, acochambrações, locupletações, roubos, seqüestros e vai por ai afora completando toda a lista do Código Penal brasileiro, em especial artigo 171 (estelionato).
O Polícia Federal instaurou nos últimos 10 anos centenas de operações para pegar os larápios que são nossos velhíssimos conhecidos notadamente famílias inteiras de quadrilheiros famosos: uma família manjadíssima da Bahia uma do Maranhão e agora uma no Distrito Federal.
São mafiosos feudos muitos bem estabelecidos que procuram trazer às escuras toneladas de dinheiro público para crimes inafiançáveis quase que exclusivamente.
Nada detém essas famílias de malfeitores e aproveitadores. A justiça não tem força, a política os acobertam há dezenas de anos e tudo temperado com o mais requintado orégano e massa com queijo quente que é onde tudo termina.
Uma das operações mais bem sucedidas da PF foi sem dúvida a que recebeu o nome de Caixa de Pandora.
Trata-se do mais bem documentado escândalo político da história do país, o esquema de corrupção desmontado pela operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, que continua a fazer estragos. Desta vez, a bola da vez foi a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN), flagrada, em vídeo sem truques divulgado na sexta-feira passada (dia 4/03/2011), negociando com Durval Barbosa, pivô das denúncias que desencadearam a operação, para angariar recursos para financiamento da sua campanha a deputada distrital em 2006.
Mais uma integrante da gangue do Distrito Federal, Jaqueline, desta feita recebia, dinheiro oriundo das falcatruas do pai, Joaquim Roriz, para financiar-lhe a campanha eleitoral. A população em geral do DF é viciada na família da moça corrupta, ora coloca o pai como governador, ora algum membro da família.
Roriz, que foi impedido de concorrer ao governo do DF por conta da lei ficha suja, desistiu no meio do caminho abrindo espaço para sua esposa concorrer. Diga-se de passagem, uma tentativa que quase teve sucesso. Ela foi ao segundo turno perdendo finalmente.
O constrangimento nacional foi exemplar. A esposa, Wesliam Roriz, vista em um debate televisivo antes das eleições do segundo turno, mergulhou o País inteiro nas páginas do Pasquim e da comédia pastelão de Buster Keaton.
A esposa do velho político mal sabia dizer seu nome e para que estava concorrendo.
A parlamentar filha de Roriz é mais um peixe grande da política de Brasília a estrelar uma das indiscretas gravações do famigerado ex-secretário de Relações Institucionais do governo Arruda. Bem votada em outubro na disputa por uma vaga na Câmara Federal, é considerada a herdeira natural do espólio político do outrora poderoso ex-governador Joaquim Roriz. A filha do tradicional político é uma estrela em ascensão que já galgava, inclusive, espaços glamourosos de atuação na Câmara Federal, com direito a participação, agora descartada, na comissão que discutirá a reforma política dentro do Congresso Nacional.
Fico lembrando a fábula da raposa que foi convidada para tomar conta de imenso galinheiro cheio de penosas gordas.
Mais do que novo golpe no já combalido, mais ainda presente rorizismo, a divulgação do vídeo da Caixa de Pandora é um lembrete da extensão a que chegou o esquema montado para desviar recursos dos cofres públicos.
A Procuradoria (não são minhas palavras detalhe, mas da própria Procuradoria) considerou que no governo no DF havia de fato uma "quadrilha" que se organizou para fraudar, de maneira sistemática, irrestrita e contínua, a capital federal e seus idiotizados cidadãos que votam ainda no lixo rorizista de maneira consistente.
Motivo, de acordo com o órgão, mais do que suficiente para uma intervenção federal, medida que a Justiça descartou infelizmente porque talvez tenha recebido parte do butim para deixar centenas fora da cadeia.
Quase um ano e meio após o terremoto que devastou a política de Brasília e espantou o país, ainda é preciso avançar muito em dois cenários distintos: primeiro, na aplicação correta das leis a todos os envolvidos nos esquemas fraudulentos que, por tanto tempo, sangraram a capital federal.
Muitos políticos, empresários e outros agentes com maior ou menor grau de participação nos desvios praticados seguem como se o céu fosse cor de rosa.
Em segundo lugar, a criação de mecanismos poderosos que barrem a montagem de prática semelhante de crimes no futuro.
A denúncia se deve à apreensão de planilhas que apontaram para uma folha de pagamento das propinas para deputados distritais votarem a favor do projeto que mudou o Plano Diretor (PDOT) do Distrito Federal, em dezembro de 2008.
Segundo as denúncias cada deputado recebeu R$ 420 mil para votar a favor do Plano Diretor. O nome de Roriz estava no cabeçalho no relatório entregue pela Polícia Federal ao Ministério Público, em 2010, e em uma planilha apreendida na casa do ex-deputado Leonardo Prudente, também envolvido em episódios de propina.
Jaqueline, com a maior cara de pau fruto de aprendizado familiar, alega candidamente que os valores da planilha divulgada se deve a salários de cargos de confiança divididos entre parlamentares da Câmara Distrital. Bah. Tem gente que acredita que há vida inteligente em Talassa uma das luas de Netuno. Risos. Muitos risos.
Bom final da história qual será?
Orégano, alguém duvida? Afinal a aprendiz de gangster Jaqueline cometeu seus atos criminosos antes de ser eleita e isso não poder ser considerado quebra de decoro parlamentar.
Quem sabe apenas um deslize. Tapinhas nas costas e vamos colocar a moçoila para a comissão de justiça e paz. De crime pelo menos ela é craque juntamente com o pai e uma outra irmã também versada em torrar grana dos impostos dos bobocas que ainda votam no clã de Chicago...Ups de Brasília.



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Magno Almeida Lopes, escritor e jornalista free-lancer, administrador de empresas com habilitação em negócios internacionais, tecnólogo de obras e solos, engenheiro de rede Lan, membro efetivo da academia Piracicabana de letras, MBA em comércio exterior. Piracicaba (SP), 13 de março de 2011. email: lopesmagno@gmail.com

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