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terça-feira, 29 de março de 2011
















UM GRANDE BRASILEIRO


Quanto me sinto honrado em escrever sobre um homem também honrado que nos deixou rumo ao andar de cima na data de hoje no hospital Sírio Libanês em São Paulo.
Jose Alencar vai deixar saudades.
Arcado sob o enorme peso de sua doença nos deu de presente o comportamento dos homens de fibra, um verdadeiro herói nacional, um político febrilmente explorador das mais caras facetas humanas da honestidade, do caráter, da magnitude de sua simplicidade de um bom comedor de queijo e doce mineiro.
Nasceu, viveu e morreu sob a égide do correto e do politicamente viável.
Todo homem tem seus defeitos, claro.
Jose de Alencar teve os dele, mas jamais freqüentou páginas policiais ou acusou seu colega de casa legislativa com injúrias e difamações, também não traficava influência ou enchia os bolsos com corrupção em cuecas, malas e sacolas como tantos fazem impunemente.
Isso prova que para ser um homem público de fato não é necessário ter ficha suja, nem ser versado em todos os artigos do código penal como é de praxe na emporcalhada politicagem nacional.
Jose de Alencar é do naipe de homens cujos DNA deveriam ser duplicados à exaustão como outro José, o Patrocínio, Rui Barbosa, Juscelino, mais um Jose, o Bonifácio, Campos Sales, Prudente de Morais e vai por ai afora.
Quanta falta homens assim fazem hoje e que desapareceram por completo cedendo espaço a uma alcatéia maltrapilha cercada por quadrilhas de toda ordem que nos assaltam a cada segundo e na calada da noite sepultam nossas esperanças.
A única coisa boa do governo quase interminável de Lula, Jose Alencar funcionou como um oásis para salvaguardar o pouco de dignidade pública que sobrou no meio de tantos homens de preto que não valem sequer um traque.
Deus cometeu uma injustiça, no entanto e levo a ele meu mais veemente protesto.
Negociaria agora mesmo com ele a peso de ouro o retorno a vida deste brasileiro digno em troca de alguns Maracanãs lotados de pilantras que tomaram de assalto este país. Cada grama de um Jose Alencar por alguns milhares de homúnculos cujas vidas só se completam com falcatruas e fichas sujas.
Alencar já tem seu lugar guardado ao lado de Nosso Senhor. Certamente o manto de sua paz recairá sobre a alma deste brasileiro alegre e simples.
Dizia ele não ter medo da morte e sim da vergonha da desonra.
Divido com ele esse medo de perceber que a ignomínia e a carência de grandes pensadores e homens probos destroem a capacidade de um povo escrever seu futuro.
Um país se faz com homens e livros, já pregava Monteiro Lobato.
Livros nós os temos de monte enquanto que homens verdadeiros com assinatura de fio de bigode e de palavra valendo mais que um saco de dinheiro.
Lembremos de Jose Alencar enquanto um homem simples, self made man, instruído com a batuta da vida que Deus lhe deu para nos ensinar que fazer política limpa sem rasgar as leis é apenas uma questão de berço e sabedoria de um povo em votar no melhor da essência de um ser humano.
Que sirva de inspiração às gerações atuais preocupadas apenas em ter e não em ser.
Precisamos buscar mais berços de onde brotem Josés Alencar, Rodrigues Alves, Teodoros Sampaio, Irineus Evangelistas (Barão de Mauá).
Que a vida de Alencar sirva de exemplo para a safadagem de tiriricas que infestam a vida pública e que só nos traz desonra um dos principais temores deste que nos deixou hoje rumo ao próximo estágio de sua peregrinação.



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Magno Almeida Lopes, escritor e jornalista free-lancer, administrador de empresas com habilitação em negócios internacionais, tecnólogo de obras e solos, engenheiro de rede Lan, membro efetivo da academia Piracicabana de letras, MBA em comércio exterior. Piracicaba (SP), 29 de março de 2011. email: lopesmagno@gmail.com

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